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Neurociências

Aplicadas à Educação
Aula 2

Professora Adriana Silva de Araújo


adriaraujo1977@gmail.com

https://www.facebook.com/adriana.silvaaraujo.18
 http://lattes.cnpq.br/7865825460514083
FORMAÇÃO ACADÊMICA E ATUAÇÃO
a
PROFISSIONAL
Atualmente: Professora de Pós-Graduação - CENSUPEG
Professora de Educação Infantil - Prefeitura de São Bernardo do Campo

No passado: Fisioterapeuta na Prefeitura de Itaquaquecetuba - Neurologia Infantil


Técnica em Informática – Atendente de Call Center
Professora de Computação

FORMAÇÃO:
Mestra em Neurociências e Cognição - Universidade Federal do ABC (UFABC)
Especialista em Neuropsicopedagogia Clínica - CENSUPEG
Especialista em Educação Infantil – UCDB
Especialista em Psicopedagogia Institucional – UCBD
Especialista em Fisiologia Humana - Faculdade de Medicina do ABC
Especialista em Fisioterapia aplicada a Neurologia Infantil – UNICAMP
Graduada em Pedagogia – UniSEB
Graduada em Fisioterapia - Universidade Bandeirante de São Paulo
Técnica em Processamento de Dados – ETE Lauro Gomes
Unidade 2

Cognição: inteligências
e raciocínio
Cognição

Cognição é uma função psicológica atuante


na aquisição do conhecimento e se dá através
de alguns processos, como a percepção, a 
atenção, associação, memória, raciocínio, 
juízo, imaginação, pensamento e linguagem.

A palavra Cognitione tem origem nos escritos


de Platão e Aristóteles.

http://neuroser.pt/2016/03/08/alteracoes-cognitivas-pos-avc/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3% https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/psico
A7%C3%A3o logia-percepcao-e-cognicao-construcoes-e-desconstrucoes/
Cognição
É a forma como o cérebro percebe, aprende,
recorda e pensa sobre toda informação
captada através dos cinco sentidos, bem
como as informações que são disponibilizadas
pelo armazenamento da memória, isto é, a
cognição processa as informações sensoriais
que vem dos estímulos do ambiente que
estamos e também processa o conteúdo que
retemos em relação às nossas experiências
vividas.

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3 https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/psico
%A7%C3%A3o logia-percepcao-e-cognicao-construcoes-e-desconstrucoes/
Cognição
Mas a cognição é mais do que simplesmente
a aquisição de conhecimento.

Ela começa com a captação dos sentidos e


logo em seguida ocorre a percepção. É,
portanto, um processo de conhecimento, que
tem como material a informação do meio em
que vivemos e o que já está registrado na
nossa memória.

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https://www.facebook.com/groups/2742860797
61944/permalink/572760649914484/
Inteligência
Capítulo 4

O papel das diferenças individuais em


inteligência na aprendizagem escolar e sua
relação com a Terapia cognitivo-
Comportamental

Marcela Mansur-Alves
Marli Valgas-Costa

Páginas 66 a 92

https://www.facebook.com/groups/2742860797
61944/permalink/572760649914484/
Inteligência
O estudo científico da inteligência é um dos mais
antigos dentro da Psicologia, remontando ao
início do século XX, mas ainda não há uma
definição totalmente consensual sobre o que
seria a inteligência.

Gottfredson (1997, p. 13): “a inteligência envolve


a capacidade para raciocinar, planejar, resolver
problemas, pensar abstratamente,
compreender ideias complexas, aprender com
as experiências e aprender com velocidade”.

https://www.facebook.com/groups/2742860797
(Mansur-Alves e Valgas-Costa, 61944/permalink/572760649914484/
2018 in ;Alves et al., 2018, p. 70)
Inteligência
Como sabemos que alguém é inteligente?

Existem testes padronizados de inteligência, é


um instrumento que permite observar
respostas de uma pessoa a uma série de
situações para as quais há um consenso
universal sobre qual é a resposta correta.
(Colom, 2006, 2008).

O primeiro teste de inteligência foi criado por


Alfred Binet no início do século XX.

(Mansur-Alves e Valgas-Costa, 2018 https://www.facebook.com/groups/2742860797


61944/permalink/572760649914484/
in ;Alves et al., 2018, p. 70, 71 e 76)
Inteligência
Existe um modelo de estudo da inteligência
humana chamado Cattell-Horn-Carrol (CHC),
resultado de décadas de pesquisa desses 3
cientistas.

Ele propõe entre outras coisas, a existência da


Inteligência Fluída e da Inteligência Cristalizada.

(Mansur-Alves e Valgas-Costa, 2018 https://www.facebook.com/groups/2742860797


61944/permalink/572760649914484/
in ;Alves et al., 2018, p. 72 e 73)
Inteligência
Inteligência Fluída
Capacidade de raciocinar e resolver problemas
novos, extrair significados e se adaptar a
situações não usuais, assentada em processos
biológicos.

Inteligência Cristalizada
Conhecimentos adquiridos durante a vida, em
grande parte, dependentes da cultura e do nível
de escolarização do sujeito, e à possibilidade de
se utilizar das capacidades básicas para adquirir
novos conhecimentos.

(Mansur-Alves e Valgas-Costa, 2018 https://www.facebook.com/groups/2742860797


61944/permalink/572760649914484/
in ;Alves et al., 2018, p. 73, 79 e 80)
Inteligência
Só a inteligência prediz resultados escolares?

Há várias outras características que têm papel


essencial para o alcance de bons resultados
escolares:

- Individuais: autoestima, motivação,


personalidade, hábitos de estudo, existência
de condições clínicas associadas
- Familiares
- Sociais e culturais

https://www.facebook.com/groups/2742860797
(Mansur-Alves e Valgas-Costa, 61944/permalink/572760649914484/
2018 in ;Alves et al., 2018, p. 81
https://bomdia.lu/coimbra-e-a-capital-do-cubo-de-rubik/
rubik-cube/
https://ensaiosenotas.com/2016/01/09/dicotomias-para-
melhorar-o-raciocinio/
Raciocínio

Capítulo 5

Síndromes de déficit no
desenvolvimento de funções
mentais superiores em crianças

Páginas 120 a 182

https://bomdia.lu/coimbra-e-a-capital-do-cubo-de-rubik/
rubik-cube/
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melhorar-o-raciocinio/
Raciocínio
“A capacidade de análise e síntese é a
propriedade comum do cérebro, alcançada
em determinado nível de desenvolvimento”
(Lebedinsk, 1998)

“...uma habilidade para analisar, comparar e


sintetizar a informação recebida pela
interação com os objetos e fenômenos reais
e abstratos. A habilidade de chegar a
conclusões próprias e de usar a própria
experiência intelectual é de suma
importância.”

https://bomdia.lu/coimbra-e-a-capital-do-cubo-de-rubik/
rubik-cube/
(Glozman, 2014, p. 155) https://ensaiosenotas.com/2016/01/09/dicotomias-para-
melhorar-o-raciocinio/
Vídeo:

Organização cerebral
- Fernanda Tovar Moll
https://www.youtube.com/watch?v=7fxflQEXcus&t=4s

http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Unidade 2

Teorias do
Desenvolvimento
Humano
Teorias do
Desenvolvimento
Humano

PIAGET
PIAGET

É o maior expoente da
cognição humana.

Iniciou suas pesquisas nos


anos 1920, com enfoque
construtivista. Considerava
que a aquisição do
conhecimento é um
processo.

(Tabacow, 2006, p. 20) https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget


PIAGET

Epistemologia Genética: a disciplina que estuda


os mecanismos e processos mediante os quais
se passa de “estados de menor conhecimento
aos estados de conhecimento avançado”, e cujo critério é
o de sua menor ou maior proximidade ao conhecimento
científico.

Epistemologia = significa ciência, conhecimento, palavra


de origem grega.
Genética = gênese
-> como é formado o conhecimento.
(Tabacow, 2006, p. 20)
PIAGET

À época do início de suas pesquisas, o


pensamento psicológico sobre o
desenvolvimento cognitivo das crianças era dominado
pelas perspectivas da maturação biológica – que dava
ênfase quase total ao componente natureza no
desenvolvimento – e da aprendizagem ambiental, a
qual dava ênfase quase exclusiva ao componente
“experiência”. Piaget enfocou a interação entre as
capacidades de maturação natural da criança e suas
interações com o ambiente.
(Tabacow, 2006, p. 20)
PIAGET

Esquemas de ação: “Um esquema é a estrutura ou a


organização das ações, as quais se transferem ou generalizam no
momento da repetição da ação, em circunstâncias semelhantes ou
análogas”. (PIAGET e INHELDER, 2003, p.16 apud TABACOW, 2006, p.
20).

Os primeiros esquemas são reflexos, depois passam a ser esquemas


representativos – as ações são representadas mentalmente.

(Tabacow, 2006, p. 20 a 22)


PIAGET

Se a nova ação não se encaixa num esquema


Existente ocorre o desequilíbrio, depois a criança
modifica o esquema, esse é o processo de
acomodação, ou seja uma reestruturação da estrutura
cognitiva, uma reequilibração.

Esses três conceitos são o “núcleo duro” da teoria de Piaget


e neles encontra-se o seu construtivismo (assimilação,
acomodação e equilibração).

(Tabacow, 2006, p. 20 a 22)


PIAGET (Tabacow, 2006, p. 22)

De acordo com Piaget, todas as crianças


passam por quatro estágios cognitivos mais
ou menos na mesma idade, independentemente da
cultura em que vivem.

Nenhum estágio pode ser omitido, uma vez que as


habilidades adquiridas em estágios anteriores são
necessárias para o domínio em estágios posteriores.
(Tabacow, 2006, p. 22)
Apresentação do vídeo institucional
Apresentação do vídeo institucional

(Adaptado de CIASCA et al.,


2015, pág. 33)
Controvérsia
s
da Literatura

Argumentos contrários
PIAGET

(Tabacow, 2006, p. 28)


PIAGET

(Tabacow, 2006, p. 29)


Controvérsia
s
da Literatura

Argumentos favoráveis
PIAGET

Gonçalves e cols (2004) fizeram um estudo


para estabelecer uma aproximação dos
conceitos piagetinos com os avanços da
neurociência, procurando confirmar a compreensão do
processo de construção das estruturas mentais.

Para Piaget, a inteligência resulta das trocas que o


organismo estabelece com o meio. É um fenômeno
adaptativo que implica a existência de mecanismos
funcionais assimilativos tanto quanto a de outros sistemas
orgânicos.
(Tabacow, 2006, p. 32 e 33)
PIAGET

Nessa troca, o sujeito transforma o meio


e seu mecanismo é operatório.

Assim, agindo no cérebro do sujeito, as redes


neuronais são modificadas, podendo aumentar o
número de sinapses dos neurônios componentes.

Modificando as redes neurais, a mente é


modificada, manifestando-se, dessa forma, o
desenvolvimento cognitivo.
(Tabacow, 2006, p. 32 e 33)
PIAGET

Neopiagetianos, grupo de pesquisadores


teóricos que concordam com a teoria de Piaget.

Robbie Case, um desses representantes (1985, 1992),


acredita que as crianças expressam um conceito por
intermédio de “processos, como a memória, a atenção e
as estratégias em um ambiente específico, e sua
capacidade limitada de memória de curto prazo restringe
essa expressão”. (FLAVEL e cols, 1999, p. 17).

(Tabacow, 2006, p. 33)


PIAGET
Além de concordar com os quatro estágios
sugeridos por Piaget, Case (1985-1992)
sustenta que uma das principais mudanças no
desenvolvimento está na capacidade de uma criança
reunir “esquemas mentais” – planos para resolver
diferentes tipos de problemas.

A capacidade para manipular essas representações


internas, aumenta na mediada em que aumenta a
capacidade de processamento de informações das
crianças.

(Tabacow, 2006, p. 33)


Teorias do
Desenvolvimento
Humano

VYGOTSKY
VYGOTSKY

Para Vygostsky, a influência do fator


social
e histórico-cultural no desenvolvimento
cognitivo era mais significativo do que o
fator biológico.

Vygotsky focaliza a importância do


contexto social na mudança cognitiva,
em particular o suporte dos adultos e
suas orientações no desenvolvimento
cognitivo das crianças.

(Tabacow, 2006, p. 35) https://pt.wikipedia.org/wiki/Lev_Vygotsky


VYGOTSKY

Na visão de Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo


não é uma construção individual, mas uma
construção conjunta, na qual as crianças são
guiadas em direção a habilidades e corpos de
conhecimentos inseridos em sua cultura.

Essa é uma diferença da teoria de desenvolvimento cognitivo


de Piaget que, embora fale sobre a contribuição da experiência
social, a imagem dominante que passa seus escritos é a da
criança autônoma que autoconstrói o conhecimento por meio
de suas trocas ativas com o ambiente.

(Tabacow, 2006, p. 35 e 36)


VYGOTSKY

(Tabacow, 2006, p. 36)


VYGOTSKY

Para Vygotsky, as sociedades criam instrumentos


e sistemas de signos ao longo da história com os
quais modificam e influenciam seu
desenvolvimento sócio-cultural.

É com a internalização de sistemas de signos produzidos


culturalmente que se dá o desenvolvimento cognitivo (VYGOTSKY,
1988).

A combinação de uso de instrumentos e signos é característica


essencialmente do ser humano e permite o desenvolvimento de
funções mentais ou processos psicológicos superiores.

(Tabacow, 2006, p. 37 e 38)


VYGOTSKY

Esse desenvolvimento das funções mentais


superiores passa, necessariamente, por uma fase
externa, uma vez que cada uma delas é, antes,
uma função social, entre pessoas (interpessoal,
interpsicológica), e, por uma fase interna, em nível
individual (intrapessoal, intrapsicológica).

Os signos são internalizados quando o ser humano


capta os significados socialmente. Este é o teor
fundamental da interação social – a pessoa pode captar
significados e certificar-se de que os mesmos são aqueles
compartilhados para os signos em questão.
(Tabacow, 2006, p. 37 e 38)
VYGOTSKY

Vygostky considera a linguagem como o


sistema de signos mais importante para
o desenvolvimento cognitivo da criança.

Por meio da linguagem, a criança


consegue desvincular-se de contextos
concretos imediatos e quando dominar a
linguagem abstrata seu pensamento será
flexibilizado.

(Tabacow, 2006, p. 39 a 41)


VYGOTSKY

Para Vygotsky, o desenvolvimento da


linguagem no indivíduo se dá nesta
ordem:

- fala social (comunicação com outros)


- fala egocêntrica (linguagem mediando ações)
- fala interna (descontextualização, abstração
que leva à conceitualização de objetos e eventos
do mundo real)

(Tabacow, 2006, p. 39 a 41)


VYGOTSKY

Zona de Desenvolvimento Proximal:

“a diferença existente entre o nível do que


a pessoa é capaz de fazer com a ajuda dos
outros e o nível das tarefas que pode fazer de
maneira independente”

- Desenvolvimento potencial (possibilidade de


expansão de potencialidade).
- Desenvolvimento real (desenvolvimento já
realizado).

(Tabacow, 2006, p. 39)


VYGOTSKY

(Tabacow, 2006, p. 43)


VYGOTSKY

(Tabacow, 2006, p. 46)


Vídeo:

Piaget e Vygotsky
https://www.youtube.com/watch?v=rTqWOsAjPeI&t=4s

http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Vídeo:

Estamos ficando mais burros? 


https://www.youtube.com/watch?v=nW-Mqe9Tgjc
http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Unidade 2
Teorias do desenvolvimento
cognitivo baseadas no
processamento da informação
Teoria do Processamento da Informação
Capítulo 3

Marcos do
desenvolvimento da
criança: cognição e
comportamento
Fernanda Konzen Castro
Rayssa Santos Lima
Juliana Mendes Alves

(Castro, Lima e Alves in Alves


et al, 2018, p. 47 a 65)
Teoria do Processamento da Informação

É uma abordagem para


compreender a cognição
humana e os processos
envolvidos na aprendizagem.

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 57)
Teoria do Processamento da Informação

Mike Eysenck e Mark Keane, em seu


livro Psicologia cognitiva: Um manual
introdutório, de 1994, dizem que o
processamento da informação é um
arcabouço de ideias; o construto base
da psicologia cognitiva que coloca o
homem como um processador de
informações (Eysenck & Keane, 1994).

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 59)
Teoria do Processamento da Informação

Processamos informações a todo o


momento e criamos significados a
partir de conhecimentos
aprendidos...

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 59)
Teoria do Processamento da Informação

Desenvolvimento Cognitivo
(Adaptada de Rosa Neto (1996)

2 – 3 meses:

 Presta atenção nas expressões faciais


das pessoas.
 Começa a seguir objetos com os
olhos.
 Reconhece as pessoas a distância.
 Olha e brinca com as mãos.
Teoria do Processamento da Informação
4 meses:
 Agarra objetos na linha de visão.
 Retira pano do rosto.

6 meses:
 Imita certos gestos.
 Procura objetos fora da linha de
visão.

10 meses:
 Atira objetos para ver a trajetória.
 Bate um objeto contra o outro.
 Compreende ordem simples (dá, dá).
(Castro, Lima e Alves in Alves et
al, 2018, p. 58)
Teoria do Processamento da Informação

12 meses:

 Explora objetos de diversas formas,


como chacoalhar, bater ou atirar.
 Coloca objeto dentro do outro.
 Retira objetos de um recipiente.
 Noção de causa X efeito.
 Resolve problemas simples.

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 58)
Teoria do Processamento da Informação
2 anos:
 Imita linha circular.
 Faz rabiscos.

3 anos:
 Gosta de brincar com brinquedos e
coisas que descobre como
funcionam.
 Imita cruz.
 Faz traço vertical.

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 58)
Teoria do Processamento da Informação
4 anos:
 Desenha figura humana.
 Nomeia membros da família.
 Fecha círculo.

5 anos:
 Conhece as coisas usadas
diariamente, como o dinheiro e a
comida.
 Conta até dez.
 Desenha figuras com ângulo.

(Castro, Lima e Alves in Alves et


al, 2018, p. 58)
Vídeo:

Metodologias ativas - Turbinando a


aprendizagem em aulas
https://www.youtube.com/watch?v=lgD_G0_5EYE
http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&v
iew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do
-cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Unidade 2
Desenvolvimento das
inteligências múltiplas
Unidade 2
Trabalho em Grupo Metodologias
Ativas

Inteligências
Múltiplas
Unidade 2
Criatividade: como realizar
projetos criativos
Unidade 2
Trabalho em Grupo Metodologias
Ativas

Criatividade: como realizar


projetos criativos
Unidade 2
Criatividade: como realizar projetos criativos

Como funciona o cérebro


das pessoas criativas
Vídeo:

De onde vêm os gênios?


https://www.youtube.com/watch?v=L2sidVgRnbY
http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
As pessoas que têm ideias originais em sua vida
cotidiana possuem um cérebro diferente dos
demais, segundo pesquisa liderada por Roger
Beaty, especialista em neurociência cognitiva
pela Universidade Harvard.

Assim como a inteligência, a criatividade é algo


que todos temos em maior ou menor medida.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
Beaty estudou o comportamento das distintas
redes neurais de 163 pessoas, por meio de
ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI, na
sigla em inglês). Essa técnica permite obter
imagens das atividades em múltiplas áreas do
cérebro durante atividades que envolvem
habilidade artística e criativa, como pensar "fora
da caixa", falar em linguagem figurativa,
improvisar uma música, compor poemas ou
produzir algo visualmente artístico.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
As redes neurais criativas

Durante a pesquisa, publicada na revista científica


Proceedings of the National Academy of Sciences
(PNAS), Beaty identificou que o pensamento criativo
ocorre sobretudo no interior de três redes neurais.

São elas: a rede de modo padrão, usada quando o


cérebro está gerando ideias e simplesmente
imaginando; a rede de controle executivo, ativada
para a tomada de decisões e avaliações de ideias; e a
rede de saliência, usada para discernir quais ideias
são relevantes e para facilitar a transição das ideias
entre os modos padrão e executivo.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
Em geral, essas redes não funcionam
simultaneamente.

Mas a pesquisa sugere que "as pessoas criativas têm


uma habilidade maior em coativar redes neurais
que costumam trabalhar separadamente", explicou
Beaty.

"O cérebro criativo está conectado de uma maneira


diferente, e as pessoas criativas são mais capazes de
ativar sistemas cerebrais que tipicamente não
funcionam juntos."

https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
O pesquisador tem destacado, porém, que o
pensamento criativo não é necessariamente algo
exclusivo de poucos sortudos e que ainda é preciso
entender melhor como funciona esse complexo
esforço neural.

Ainda assim, disse, é possível treinar o cérebro em


determinadas áreas para estimular ideias originais.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-4
3148020
https://escolastransformadoras.com.br/
materiais/criatividade-educacao-mundo/
Unidade 2

Funções Executivas
Quentes e Frias
Vídeo:

The Marshmallow Test (legendado)


https://www.youtube.com/watch?v=77XIyD0YTqU&feature=youtu.be

http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Funções Executivas
Referem-se às funções corticais
superiores associadas ao lobo frontal
(Moss e Killiany, 1994 apud Russo, 2015 , p. 57).

São: planejamento, flexibilidade


cognitiva, memória de trabalho, atenção
seletiva, controle inibitório e
monitoramento (Gazzaniga et al., 2006; Lezak et al.,
2004; Malloy-Diniz et al.,2008 apud Russo, 2015, p. 58).

https://www.menteturbinada.com.br/funco
es-executivas/
Funções Executivas
Planejamento: elaborar e executar um
plano de ação, estipular os passos
necessários para atingir um objetivo.

Flexibilidade Cognitiva: mudar de foco,


considerar diferentes alternativas,
adaptação a diferentes contextos.

Memória de Trabalho: manter a


informação em mente, transformá-la e
integrá-la a outras informações.
https://www.menteturbinada.com.br/funco
(Russo, 2015, p. 58) es-executivas/
Funções Executivas
Atenção seletiva: selecionar apenas o que
será importante, focar a atenção e não se
distrair com os diversos estímulos do
ambiente.

Controle inibitório: controlar o


comportamento, inibir a atenção a
estímulos não relevantes.

Monitoramento: metacognição, monitorar


processos mentais e realização de tarefa.
https://www.menteturbinada.com.br/funco
(Russo, 2015, p. 58) es-executivas/
Vídeo:

Funções Executivas: Habilidades


Para a Vida e Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?v=6gIY_X9IXH8

http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Funções Executivas
O russo Aleksandr Romanovich Luria
(1902-1977), pioneiro da neuropsicologia
moderna... Estudou veteranos da Segunda
Grande Guerra... Partindo da observação
do desenvolvimento de crianças normais e
pacientes portadores de lesões frontais,
Luria mostrou que os lobos frontais são
essenciais para a regulação verbal do
comportamento... cumprir ordens
verbais...

(Oliveira-Souza et al. in Lent,


2015, p. 293)
Funções Executivas

Luria concluiu que os lobos frontais


são responsáveis pelas formas mais
elaboradas de comportamento – as
que resultam da imposição de metas
preestabelecidas pelo próprio
indivíduo... e que dependem de planos
e estratégias que regulam ideias e
comportamentos por meio da fala
interior.

(Oliveira-Souza et al. in Lent,


2015, p. 293)
Funções Executivas
O domínio executivo compreende um
elenco de operações cognitivas do qual
fazem parte a flexibilidade e o
planejamento cognitivos, e a
capacidade de auto-regulação dos
processos mentais e comportamentais.

... mecanismos que presidem as formas mais complexas


do comportamento humano, ... se manifestam,
caracteristicamente, no universo social, regidas pela
qualidade e pela adequação das relações interpessoais.
(Oliveira-Souza et al. in Lent,
2015, p. 288)
Funções Executivas

Conjunto de processos cognitivos


responsáveis pelo controle do
comportamento, orientando-o em uma
sequência de ações visando atingir uma
determinada meta (Natale, Teodoro e
Haase, 2008).

(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-


executivas/
Alves et al., 2018, p. 261)
Funções Executivas

As FE podem ser definidas como um grupo


de capacidades mentais que auxiliam o
indivíduo na realização de tarefas de
maneira independente, auto-organizada,
criativa, eficaz e adaptada socialmente.

(Lezak, 1982; Lezak, 1995; Gazzaniga et al.,


2002; Royall et al., 2002; Denckla, 2007)

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 127)
Funções Executivas
Envolvem etapas de um comportamento
dirigido a um objetivo:

- intenção, planejamento, estabelecimento


de hierarquia de prioridades, tradução da
intenção em ação, seleção de estratégias,
monitoramento de desempenho,
flexibilidade para mudança de estratégia,
quando as anteriormente estabelecidas
não forem suficientes ou eficazes, e a
autoavaliação do desempenho.
(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes
-executivas/
2015, p. 127)
Funções Executivas
Bases Neurais

Os estudos das FE iniciaram-se com a


descrição e investigação dos déficits
cognitivos, emocionais e de conduta nos
indivíduos que apresentavam lesões nos
lobos frontais.

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 131)
Funções Executivas
Bases Neurais

Dependem de um circuito
cerebral no qual o córtex pré-
frontal desempenha um papel
proeminente.

(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-


executivas/
Alves et al., 2018, p. 261)
Funções Executivas
Bases Neurais
Historicamente, as funções executivas
são relacionadas à integridade
anatômica dos lobos frontais, mais
especificamente do córtex pré-frontal...

Evidência adicional de que regiões extensas dos


hemisférios cerebrais e do cerebelo participam
ativamente da elaboração dos comportamentos
executivos.

(Oliveira-Souza et al. in Lent,


2015, p. 288)
Funções Executivas
Bases Neurais
O conceito de “redes executivas
frontais” acomoda esses achados ...
postulando que o desempenho
executivo é organizado em redes
neurais distribuídas por alças córtico-
subcorticais integradas em setores
especializados dos lobos frontais.

(Oliveira-Souza et al. in Lent,


2015, p. 288)
Funções Executivas
Bases Neurais

... o funcionamento executivo normal


depende da integridade de “redes
frontais”, ou seja, da integridade não
apenas dos lobos frontais, mas das
estruturas corticais e subcorticais a eles
conectadas.

(Oliveira-Souza et al. in Lent,


2015, p. 292)
Funções Executivas
Bases Neurais
Do ponto de vista evolutivo, essa região
obteve o seu desenvolvimento mais
tardiamente quando comparada a outras
regiões na espécie humana e é mais
desenvolvida em relação a outros
mamíferos (Consenza e Guerra, 2011).

(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-


executivas/
Alves et al., 2018, p. 261)
Funções Executivas
Memória de trabalho:

Espaço mental no qual as informações são


manipuladas enquanto executamos alguma
atividade mental.

Permite transformar instruções em ações e


relacionar e contextualizar informações
previamente aprendidas entre si e entre novos
conceitos.

(Diamont, 2013, 2014)

(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-


executivas/
Alves et al., 2018, p. 262)
Funções Executivas
Controle inibitório:

Auxilia o indivíduo a regular o seu


comportamento em situações em que
precisa resistir a tentações ou responder
de forma mais ponderada ao invés de
responder de forma mais impulsiva,
controlar suas emoções e resistir a
interferências dos processos atencionais.

(Barkeley, 1997)
(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-
executivas/
Alves et al., 2018, p. 262)
Funções Executivas
Componentes

Planejamento: conjunto de
representações mentais e/ou uma
sequência de comportamentos dirigidos
para um objetivo, que envolve a
coordenação de processos cognitivos e
motivacionais diferentes e
interdependentes (Dehaene e Changeux,
1997).

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 133)
Funções Executivas

Flexibilidade cognitiva:

Capacidade de mudar o curso de ação


baseado em novas informações.

Resolver problemas a partir de diferentes


estratégias.

(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-


executivas/
Alves et al., 2018, p. 262)
Funções Executivas

Tomada de decisão

Processo pelo qual uma decisão é realizada


após a reflexão sobre suas consequências
(Bechara e Van Der Linden, 2005)

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 139)
Funções Executivas

Luria (1981) foi o primeiro autor que


descreveu os transtornos relacionados às
funções Executivas (FE), caracterizados por
alterações na iniciativa, planejamento das
ações e autocontrole dos comportamentos
e relacionados a lesões no lobo frontal.

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 127)
Funções Executivas
Alteraçãoes nas funções executivas são
comumente encontradas em TDAH
(Willcutt, et al., 2005), autismo (Hill,
2004), dislexia (Reiter, Tucha e Lange,
2005) e discalculia (Raghubar et al.,
2010).

São uma importante medida de desfecho


de empregabilidade, adaptação social e
saúde física e mental (Diamond, 2013,
2014)
(Gomides, Santos e Alves in https://www.menteturbinada.com.br/funcoes-
executivas/
Alves et al., 2018, p. 262)
Funções Executivas

A avaliação das funções executivas traz


informações importantes par a compreensão
das dificuldades de aprendizagem, uma vez
que seu desenvolvimento adequado está
diretamente relacionado ao desempenho
escolar.

(Lima e Ferreira in Ciasca et al., https://www.menteturbinada.com.br/funcoes


-executivas/
2015, p. 142)
Vídeo:

Construir as Competências dos Adultos para


Melhorar o Desempenho das Crianças
https://www.youtube.com/watch?v=bsFXSH8Z5H0

http://www.noticias.uem.br/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=22680:inscricoes-abertas-para-quinta-edicao-do-
cinema-e-educacao&catid=986&Itemid=101
Referência Bibliográfica
ALVES, J. M. et al. Abordagens Cognitivo-Comportamentais no Contexto Escolar. Novo
Amburgo: Sinopsys, 2018.

CIASCA S. M.; RODRIGUES S. D.; AZONI C. A. S.; LIMA R. F.; Transtornos de Aprendizagem:
Neurociência e Interdisciplinaridade. São Paulo: Book Toy, 2015.

GLOZMAN, J. A prática neuropsicológica fundamentada em Luria e Vygotsky: avaliação,


habilitação e reabilitação na infância. São Paulo: Memnon, 2014.

LENT, R. Neurociência da Mente e do Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2015.

RUSSO, M. T. R. Neuropsicopedagogia Clínica. Curitiba: Juruá, 2015.

TABACOW, Luiz Samuel. Contribuições da neurociência cognitiva para a formação de


professores e pedagogos. 2006. 264 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2006.

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