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Planejamento Familiar e

Métodos Contraceptivos
Profa. Natasha Louise
Planejamento Reprodutivo

 Conjunto de ações de regulação da fecundidade:


 Prever e controlar a geração e o nascimento de filhos;

 Englobam adultos, jovens e adolescentes.

 As ações do planejamento reprodutivo ou planejamento familiar são

definidas e amparadas pela Lei n° 9.263/1996.


Escolha do Método
☺ Sempre privilegiar o método escolhido pela mulher e considerar a escolha prioritária;

☺ Quando o método escolhido for contraindicado (pelas características clínicas da mulher), o

profissional deve discutir a questão com a mulher, apresentando outros métodos possíveis. É

preciso garantir que a mulher se comprometa com a escolha, pois fará diferença no uso do método

escolhido.
☺ Ao apresentar os métodos existentes e disponíveis nos serviços privilegie informações sobre: as

características, o modo de uso, os riscos e benefícios e a eficácia.


Critérios de Elegibilidade
 São definidos pelo conjunto de características apresentadas pela candidata ao uso de um
determinado método e indicam se aquela pessoa pode ou não utilizá-lo.
O que compõem a contracepção?

MÉTODOS DE BARREIRA
• Preservativo masculino; CONTRACEPÇÃO DE LONGA
• Preservativo feminino; DURAÇÃO REVERSÍVEL
• DIU hormonal;
• Diafragma.
• DIU de cobre.

CONTRACEPÇÃO

ANTICONCEPCIONAIS COM CONTRACEPÇÃO


HORMÔNIOS DEFINITIVA
• Combinados; • Vasectomia;
• Únicos (minipílula); • Laqueadura.
• Contracepção de Emergência.
Introdução aos Anticoncepcionais
• Elevados índices de IST’s – dupla proteção – preservativo + algum outro método
anticoncepcional – prevenção gravidez + IST;
• Escolha do método;
• Preferência da mulher, do casal;
• Características dos métodos;
• Fatores individuais e contexto de vida relacionadas ao paciente.
Métodos Naturais (Comportamentais)

 Tabela (Ogino-Knaus);
 Curva térmica basal ou de temperatura;
 Billings (muco cervical);
 Coito interrompido;
 Sintotérmico – associação de métodos acima.
Métodos de Barreira –
Preservativo Masculino

♂ Conhecidos popularmente como camisinha ou também denominado,


nos países de língua inglesa, como condom. Constitui um invólucro
para o pênis, fino e elástico, podendo ser feito de látex.
♂ Podem ser lubrificados com silicone, glicerina, gel à base de água ou
espermicida em creme ou gel, mas não com substâncias à base de
óleo, como derivados do petróleo, óleo mineral ou vegetal, como a
vaselina, pois podem enfraquecer o látex.
Método de Barreira -
Preservativo feminino;
♀ Dispositivo que é inserido na vagina antes do coito com a
finalidade de impedir que o pênis e o sêmen entrem em
contato direto com a mucosa genital feminina;
♀ Feito de borracha sintética ou poliuretano;
♀ O modelo feminino quando comparado ao masculino, confere
uma maior proteção ao casal por recobrir uma área maior de
contato genital incluindo a vulva que é sede frequente de
úlceras genitais provocadas por IST’s.
Método de Barreira - Diafragma

 Dispositivo vaginal de anticoncepção, que consiste em um


capuz macio de borracha, côncavo, com borda flexível, 
que cobre parte da parede vaginal anterior e o colo
uterino. Servem como uma barreira mecânica à ascensão
do espermatozoide da vagina para o útero;
 Necessária a medição por profissional de saúde treinado,
para determinar o tamanho adequado a cada mulher;
 O prazo de validade do diafragma é em média de cinco
anos.
Anticoncepcionais com Hormônios –
Combinados
o Inibem a ovulação (principal mecanismo);
o Muco cervical torna-se espesso e hostil aos espermatozoides pela ação progestogênica.

Contraindicações:
 Hipertensão Arterial 160x100 mmHg;
 Fumantes após 35 anos;
 Doença vascular (AVE), doença cardíaca isquêmica pregressa ou atual,
embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou cirurgia de grande porte com
imobilização prolongada;
 Mutações trombogênicas ;
 Quando houver câncer de mama;
 No diabetes com nefropatia, retinopatia ou neuropatia;
 O uso de rifampicina e anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazebina,
barbitúricos, primidona).
Anticoncepcionais com Hormônios –
Minipílula
 Contém doses baixas de progestógeno;
 São apresentados com 28 ou 35 pílulas;
 Seu mecanismo de ação consiste no espessamento do muco cervical impedindo a
ascensão dos espermatozoides, inibição da ovulação;
 Usados para lactantes;
 O maior benefício é a ausência de efeitos sobre o aleitamento, sendo o método de
escolha para esse período;
 Inicia-se o uso contínuo, 6 semanas após o parto.
Anticoncepcionais com Hormônios –
Contracepção de Emergência

Esse método pode causar


alguns efeitos colaterais, como:
Diarreia;
 A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, que Dor de cabeça;

deve ser utilizado apenas esporadicamente, em caso de relação sexual Vômitos e náuseas;

desprotegida ou falha no uso do anticoncepcional. Cansaço;


Dor abdominal;
 Sua função é inibir a ovulação, contudo, não funciona como método
Sangramento fora do período menstrual;
abortivo. Assim, não tendo eficácia caso o espermatozoide já tenha
Sensibilidade nos seios;
fecundado o óvulo.
Menstruação irregular, atrasando ou
 A pílula do dia seguinte pode ser comprada em uma cartela com um
adiantando o período.
comprimido composto de 1,5 mg de levonogestrel ou uma cartela com dois
comprimidos compostos de 0,75 mg da substância em cada um.
Injetáveis Mensal e Trimestral

 Via: IM, dorso glútea;


MENSAL;
 Administrado com intervalos entre 27 e 33 dias;
TRIMESTRAL  Recomenda-se que se fixe o dia do mês para
aplicação do medicamento.
Efeitos:
 Alterações do ciclo menstrual;
 Escapes;
 Sangramento prolongado;
 Amenorreia;
 Ganho de peso;
 Cefaleia;
 Diminuição da libido;
 Ressecamento vaginal.
Contracepção de Longa Duração
Reversível – DIU hormonal

Na ausência de contraindicações, o DIU


pode ser considerado para qualquer
mulher que esteja procurando por um
método contraceptivo de confiança,
reversível, independente do coito, de
longo prazo.
Contracepção de Longa Duração
Reversível – DIU de cobre

 Impedir a fertilização, através de uma reação inflamatória que produz lesão


tecidual mínima, porém suficiente para ser espermicida.
 Além de causar alterações no muco cervical;
 A ovulação não é afetada com o uso de DIU de cobre;
 Duração do DIU de cobre, 10 anos.
Contracepção Definitiva – Laqueadura
No Brasil, a regulamentação deste procedimento deu-se através da Lei Nº 9.263/96.

 Homens ou mulheres com mais de 25 anos OU com pelo


menos dois filhos vivos;
 Necessário o prazo mínimo de 60 dias entre a
manifestação da vontade e o procedimento cirúrgico;
 Mulheres casadas com aprovação do cônjuge;
Consentimento expresso de ambos os cônjuges;
Contracepção Definitiva – Vasectomia

 Ligadura (fechamento) dos canais deferentes no homem.


Pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto,
na qual é cortado o canal que leva os espermatozoides do
testículo até as outras glândulas que produzem o esperma. Após
a vasectomia, a ejaculação continua normal.
 A vasectomia torna o homem estéril, mas não interfere na
produção de hormônios masculinos nem em seu desempenho
sexual.
 O líquido produzido na próstata e na vesícula seminal continua
sendo eliminado normalmente durante a ejaculação. Assim, não
há interferência na função erétil ou na potência sexual; os nervos
e vasos sanguíneos responsáveis pela ereção do pênis não
estão envolvidos na cirurgia de vasectomia.
 Não é necessária a internação.
Método da Lactação
o Amenorreia em decorrência da amamentação exclusiva;
o Muito efetivo – 0,5-2% de taxa de gravidez em 100 mulheres;
o Liberação de prolactina pela amamentação supressão da ovulação;
o A mulher deve permanecer em amenorreia retorno da menstruarão indica que a secreção de
prolactina não é mais tão intensa.
Taxa de Eficácia
“O MELHOR MÉTODO PARA UMA PESSOA USAR
É AQUELE QUE A DEIXA CONFORTÁVEL E QUE
MELHOR SE ADAPTA AO SEU MODO DE VIDA E
SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE (BRASIL, 2009).”
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília. Caderno
de Atenção Básica, n° 26. 2010. 300 p.
Brasil. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres. Instituto Sírio-Libanês
de Ensino e Pesquisa. Brasília. Ministério da Saúde, 2016. 230 p.
Profa. Natasha Louise
natashalouiseenf@gmail.com

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