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DESAFIOS NA CONDUÇÃO

DA TERAPIA COGNITIVO-
COMPORTAMENTAL
 ♦ DESAFIOS QUE SE ORIGINAM COM O CLIENTE

 Falta de adesão ao tratamento


 Não comparecer às sessões e chegar atrasado para as
consultas
 Não realizar as tarefas de casa ou lutar com a estrutura
da própria terapia
 Os clientes que estabelecem metas claras e fazem suas
tarefas de casa têm mais chance de chegar a bons
resultados.

(Burns Spangler, 2000; Helbig e Fehm, 2004; Rees, McEvoy e Nathan, 2005)
UM CLIENTE QUE NÃO ADERE A ALGUM
ASPECTO DO TRATAMENTO

 O primeiro passo é identificar e descrever seu


comportamento antes de determinar o problema.

 Alguns clientes podem apresentar muitos tópicos


relacionados e não relacionados durante a sessão de
terapia e sobrecarregarem-se.

 Alguns clientes são desorganizados e podem perder ou


esquecer a tarefa de casa.
 Colete dados ao longo do tempo e apresente o padrão a
seu cliente de uma maneira não crítica e direta.

 Veja se você e o cliente podem juntos identificar esse


padrão como um problema que possa interferir no
tratamento de sucesso.

 Faça aos clientes perguntas sobre o que você e ele veem.


 O cancelamento de uma consulta depois de uma sessão
difícil apresenta-nos a tentação de especular.

 Muitos terapeutas podem chegar a conclusões


precipitadas.

 Embora tais ideias possam ser válidas, sempre lembre


que o cliente pode simplesmente estar resfriado!
 Não é bom o cliente se sentir acusado ou se defender de
sua suspeita não fundamentada isso pode levar à ruptura
da aliança terapêutica.

 O que o terapeuta percebe como não adesão pode se


dever a sintomas de um transtorno psicológico.
 Se os clientes enfrentam dificuldades em lidar com a
realização de atividades cotidianas, é provável que essa
dificuldade será trazida para a terapia.

 A falta de motivação, a baixa energia, a fadiga ou ter


pouca habilidade para resolver problemas são fatos que
podem interferir na capacidade que o cliente tem de
realizar suas tarefas.
 Problemas cognitivos, tais como baixa concentração,
podem fazer com que os clientes esqueçam a tarefa de
casa logo depois da sessão caso não contem com algum
auxílio à sua memória.
 A ansiedade sobre o julgamento de ordem social pode se
traduzir na não realização das tarefas de casa por medo
de uma avaliação negativa.

 Faça previsões e reveja sua formulação de caso


conforme for necessário.

 Pergunte-se se há algo em relação a seu comportamento


que possa ter algum efeito negativo sobre os clientes.
 Ao usar um caderno de atividades para o cliente é
importante ter uma cópia das atividades prescritas nos
arquivos do consultório.
CLIENTES EXAGERADAMENTE COMPLACENTES

 Eles nunca chegam atrasados; possível até que cheguem


cedo.
 Não tendem a cancelar sessões, podem vir para a sessão
mesmo quando estão doentes.
 São esses clientes que talvez tragam pequenos presentes
para você em datas especiais. Eles expressam
preocupação com o final da terapia.
 Embora trabalhar com esses clientes possa ser bastante
gratificante para os terapeutas, é importante certificar-se
de que a colaboração verdadeira esteja ocorrendo.

 Alguns clientes podem ser muito complacentes porque


em seu padrão típico tal atitude lhes seja conveniente;

 Outros podem estar fingindo, isto é, podem não


expressar seus pensamentos e opiniões ao terapeuta.
 Eles podem ter pensamentos automáticos, tais como:

 Meu terapeuta não vai gostar se eu...”.

 Se essa complacência é para agradar você, mais do que


fazer mudanças para eles próprios, crie experimentos
comportamentais nos quais eles possam deliberadamente
tentar desagradar você.
CLIENTES BRAVOS E AGRESSIVOS
 Ficam irritados quando suas expectativas não são atendidas.
Podem culpá-lo quando se sentem desapontados.

 Se você transferir uma consulta, atrasar-se ou parecer


distraído.

 Se uma tarefa de casa não transcorrer conforme o previsto,


eles podem culpá-lo pelo resultado.

 Eles podem ter a expectativa de que você deixe suas tarefas


de lado para falar com eles sobre preocupações menores
fora da sessão.
 É importante obter a compreensão das crenças deles que
subjazem ao comportamento.

 Apresente uma (feedback).

 Os clientes que expressam raiva são menos propensos a


receber feedback das pessoas que preferem concordar
com as demandas ou aprendem a evitá-los.

 Como terapeuta, você não quer repetir esse padrão.


 Não tolere formas verbais ou outras maneiras de abuso
de parte de seus clientes.

 Seja claro com os clientes sobre o comportamento que


você considera reprovável.
CLIENTES DIVERTIDOS
 Alguns clientes parecem gostar de entreter os terapeutas.

 É fácil cair no hábito de ser entretido pelo cliente, mas


esse não é o papel adequado para você desempenhar.

 Tais clientes podem exibir um padrão de evitação


justamente por agirem como pessoas divertidas.
 Esse padrão de “entretenimento” pode interferir na
terapia, embora haja momentos em que pode ser de fato
útil responder ao estilo do cliente.

 Trabalhe para identificar padrões que interfiram na


terapia e que não colaborem para seu crescimento.
 Existem muitos outros padrões interpessoais, incluindo
clientes excessivamente dependentes e não
comunicativos, além de clientes que reclamam, são
intrusivos ou negativos.

 Incentivamos você a identificar esses estilos


interpessoais o mais cedo possível na terapia e a rever
sua formulação de caso com frequência.
DESAFIOS QUE SE ORIGINAM COM O
PRÓPRIO TERAPEUTA
 Que predições você faz antes da sessão?
 Você tem vontade de atender o cliente ou espera, secretamente,
que ele cancele a sessão?
 Você fica feliz quando a sessão termina?

 Você se irrita com determinado cliente?

 Você se preocupa mais com alguns clientes do que com outros?

 Trabalhe para desenvolver sua própria autoconsciência.

 Ouça seus pensamentos automáticos sobre os clientes. Use um


Registro de Pensamentos Funcionais para os seus próprios
pensamentos.
 Avalie se seus pensamentos sobre os clientes são distorcidos ou
realistas.

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