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PROCARIONTES

ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFESSOR SALUSTIANO ANTONIO CABREIRA


PROFESSORA: MARIANA SANTOS
EMAIL: 622859@profe.sed.sc.gov.br
TELEFONE: (49) 98871-5134
Os procariontes são fundamentais para a manutenção da vida em nosso planeta:
• algumas espécies atuam como decompositoras, degradando organismos mortos ou partes deles,
como folhas, flores e frutos, e, com isso, contribuem
para a reciclagem da matéria orgânica no planeta;
• outras espécies são fotossintetizantes, entre elas as cianobactérias;
há também as bactérias sulfurosas púrpuras e as sulfurosas verdes, que realizam a fotossíntese não
oxígena, com liberação de enxofre;
• algumas espécies são quimiossintetizantes e importantes produtoras em ambientes especiais;
• certas espécies vivem em associação com outros organismos, trazendo-lhes benefícios, como é o
caso das bactérias que ocorrem na nossa flora intestinal e que produzem vitamina K;
• algumas espécies que fazem fermentação são usadas na indústria de alimentos
para a produção de iogurtes e outros produtos;
• certas bactérias e cianobactérias conseguem fixar o nitrogênio (N2) do meio e
transformá-lo de modo que possa ser aproveitado pelas plantas para a síntese de
proteínas e ácidos nucleicos; outras bactérias liberam o N2 para a atmosfera.
Diversidade morfológica em procariontes
A maioria dos procariontes é unicelular, com células medindo entre 0,5 μm e 5 μm, muito menores
que as células eucarióticas. Há, no entanto, exceções: a bactéria Thiomargarita namibiensis mede
cerca de 0,75 mm de comprimento, e a Epulopiscium fischelsoni mede cerca de 0,6 mm de
comprimento. Ambas podem ser vistas a olho nu.
Parede celular
No Domínio Bacteria, a parede celular é sempre de peptideoglicano (polímero de aminoácidos e
dissacarídeos). Nas arqueas, por outro lado, a composição da parede celular varia nas diferentes
espécies, podendo ser, por exemplo, de polissacarídeos complexos associados a proteínas, mas não
há peptideoglicano.
Algumas poucas espécies de arqueas e de bactérias não têm parede celular. Entre as bactérias há os
micoplasmas, parasitas que podem viver dentro de outras células ou fora delas.
Coloração de Gram
A coloração de Gram é um dos mais
importantes métodos de coloração utilizados
em laboratórios de microbiologia e de análises
clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo
para a caracterização de amostras de bactérias.
Esse processo foi desenvolvido em 1884 pelo
bacteriologista dinamarquês Hans Christian
Gram (1853-1938) e permite a classificação das
bactérias em dois grandes grupos: gram-
positivas e gram-negativas.
Domínio Bacteria
Dentro do Domínio Bacteria estão as cianobactérias, único grupo de
procariontes que realiza fotossíntese com produção de O2.
Os pigmentos fotossintetizantes são clorofila a, ficoeritrina (pigmento
vermelho) e ficocianina (pigmento azul). Algumas cianobactérias
apresentam também clorofila b.
Podem-se encontrar cianobactérias entre cristais de gelo, em águas
aquecidas de fontes termais da superfície do planeta e em locais com
temperaturas de até 70°C.
Fonte potencial para numerosos produtos biologicamente ativos, como
os de uso farmacológico com atividade citotóxica, antifúngica,
antibacteriana, antivirótica, imunossupressora e antitumoral.

Várias espécies de cianobactérias, no entanto, produzem toxinas, em


geral hepatotoxinas e neurotoxinas. Se ingeridas, essas toxinas podem
causar a morte de animais, inclusive de seres humanos. Sob condições
ambientais favoráveis, essas cianobactérias exibem as chamadas
“florações”.
Reprodução das bactérias
As bactérias (incluindo as cianobactérias) apresentam alto poder de
reprodução assexuada por bipartição.
É comum entre as bactérias a formação de estruturas de resistência, os
esporos.
Para as demais bactérias, três mecanismos são bem conhecidos:
• Conjugação
• Transformação
• Transdução
As bactérias e a saúde humana
Uma das doenças causadas por riquétsias em humanos é o tifo
epidêmico, cujos sintomas são grave comprometimento do estado
geral, febre alta que se mantém por algum tempo e manchas
vermelhas na pele. São transmitidas principalmente pela picada de
pulgas, carrapatos e piolhos contaminados por essas bactérias. Outra
doença é a febre maculosa, transmitida pela picada de carrapatos.
As clamídias são transmitidas aos humanos de modo direto, pessoa a
pessoa. São exemplos de doenças humanas causadas por esses
organismos o tracoma (que causa cegueira) e o linfogranuloma venéreo
(infecção sexualmente transmissível).
Domínio Archaea
Entre as arqueas de especial interesse estão as metanogênicas, as halófilas
extremas (halo = sal; filo = que tem afinidade por) e as termófilas extremas (termo
= calor).
As metanogênicas recebem esse nome por produzirem o gás metano (CH4) como
um subproduto de seu metabolismo; são anaeróbias estritas. São comuns no
intestino de ruminantes e de seres humanos, causando flatulência. Ocorrem também
nos pântanos, em sedimentos anóxicos e ricos em matéria orgânica presentes no
fundo de lagos e mares e no solo de florestas. 
Há espécies que vivem em rochas próximo a fontes de água muito quente, vários
quilômetros abaixo da superfície, em geleiras, no solo quente do deserto e em
muitos outros locais sem oxigênio (anóxicos), como aterros sanitários.
As halófilas extremas vivem em ambiente
aquático com salinidade muito elevada, como no
Mar Morto e em salinas. Nessas regiões, a água
do mar é represada em lagoas rasas de
evaporação, a fim de obter o sal de cozinha.
Colônias de algumas espécies desses seres
deixam a água com cor rósea ou púrpura-
avermelhada em função da presença do
pigmento bacteriorrodopsina, semelhante ao
pigmento rodopsina existente na retina do olho
humano.
As termófilas extremas vivem em ambientes
aquáticos onde a temperatura da água é muito
elevada, proliferando melhor em temperaturas
entre 60 °C e 150 °C. A maioria delas obtém
energia da oxidação do enxofre, sendo
quimiossintetizantes. Um exemplo interessante é
o do gênero Sulfolobus, que vive em fontes
quentes e sulfurosas do parque Yellowstone
(Estados Unidos), onde a temperatura da água
fica em torno de 70°C e o pH em torno de 2.
Protistas
O termo protista deriva do grego e significa “primeiro de todos”,
refletindo a ideia de que eles teriam sido os primeiros eucariontes a
surgir no curso da evolução.
O termo protozoário deriva do grego e significa “primeiro animal”. Ele
foi criado há muitos anos, quando se falava em Filo Protozoa dentro do
Reino Animal, para unicelulares heterótrofos.
São algas os seres fotossintetizantes oxígenos que vivem em ambiente
aquático ou terrestre úmido e que não apresentam organização
complexa do corpo, podendo ser uni ou multicelulares, mas sem formar
tecidos diferenciados.
Certas espécies de algas multicelulares produzem grandes quantidades
de substâncias utilizadas comercialmente.
É o caso dos alginatos, do ágar e da carragenina (carragena ou
carragenana).
Diplomonadidas e parabasálidas
O exemplo mais importante de diplomonadidas para a saúde humana é a Giardia intestinalis (ou G.
lamblia) parasita intestinal responsável pela giardíase.
Os parabasálidas mais importantes são:
• triconinfas (gênero Trichonympha) que vivem em mutualismo no intestino de insetos comedores
de madeira, como é o caso dos cupins; esses protistas locomovem-se por meio de muitos flagelos e
fagocitam os fragmentos de madeira ingeridos pelo inseto; digerem a celulose por si mesmos ou
graças a bactérias simbiontes que vivem em seu citoplasma.
• Trichomonas vaginalis que causa a tricomoníase, infecção sexualmente transmissível de ampla
ocorrência, afetando cerca de 170 milhões de pessoas no mundo. Além do contato sexual, a
transmissão pode ocorrer pelo uso de sanitários e banheiras não higienizadas e pelo uso de toalhas
úmidas contaminadas por tricomonas. Afeta o sistema genital; nos homens causa infecções uretrais
e nas mulheres, infecções vaginais.
Amebozoários
Nesse agrupamento estão os mixomicetos e as amebas.

Protistas que vivem em água doce, como a Amoeba proteus, possuem citoplasma com concentração
maior que a do meio externo. Em função dessa diferença de concentração, grande quantidade de água
do meio externo entra na célula por osmose. Esse fenômeno não causa seu rompimento, porque nesses
organismos existem organelas citoplasmáticas denominadas vacúolos contráteis ou pulsáteis, que
recolhem e eliminam a água em excesso do citoplasma. Os vacúolos contráteis participam da
osmorregulação nesses protistas.
O tipo de reprodução mais comum entre os ameboides é a divisão
binária ou bipartição.
As amebas parasitas de maior importância médica pertencem à espécie
Entamoeba histolytica.
Foraminíferos
Foraminíferos são organismos principalmente marinhos que vivem no
sedimento, embora existam algumas espécies que vivem em suspensão
na água. Eles geralmente apresentam exoesqueleto formado por
carbonato de cálcio ou pela aglutinação de areia, espículas de esponjas
ou outros materiais inorgânicos. Esses organismos deixaram amplo
registro fóssil.
Cinetoplastídeos
São caracterizados pela presença de uma única e
grande mitocôndria que, na base do flagelo, apresenta
uma dilatação onde se encontra grande quantidade de
DNA. Essa região da mitocôndria rica em DNA é
denominada cinetoplasto (cineto = movimento).
Há cinetoplastídeos de vida livre, vivendo em água
doce, no mar e em solos úmidos; há também os
parasitas.
Os mais importantes para a espécie humana são os
parasitas dos gêneros Trypanosoma e Leishmania.
Euglenófitas
Ciliados
Balantidium coli que causa a balantidiose.
Apicomplexos
No ciclo de vida desses parasitas ocorre um tipo de
reprodução típica do grupo: a esporogonia.
Logo após a formação do zigoto, essa célula pode sofrer
um encistamento e uma divisão meiótica, dando
origem a quatro esporozoítos haploides. Essas células
multiplicam-se por mitoses sucessivas, dando origem a
esporozoítos, que, finalmente, são eliminados do cisto.
Dinoflagelados
Esse grupo também é denominado Dinophyta (dino = terrível) ou Pyrrophyta (pyrro = fogo).

Existem dinoflagelados clorofilados que vivem dentro do corpo de outros organismos


(protistas e invertebrados), em uma relação de mutualismo. Esses dinoflagelados simbiontes
são chamados zooxantelas.
Os dinoflagelados reproduzem-se assexuadamente por divisão binária,
mas ocorre também reprodução sexuada com formação de gametas.

Entre os dinoflagelados existem representantes tóxicos, como


Gonyaulax catenela e Gymnodinium breve, duas das espécies que
podem provocar um fenômeno conhecido por maré vermelha.
Metade das espécies de dinoflagelados é heterótrofa, como é o caso da espécie
Noctiluca scintillans, uma das responsáveis pela bioluminescência nas águas do mar.
Diatomáceas
As diatomáceas vivem em ambiente de água doce ou no mar. São unicelulares ou
coloniais e fotossintetizantes.
A célula apresenta parede celular rígida, denominada frústula ou carapaça
impregnada de compostos de sílica.
Existem depósitos seculares dessas carapaças, denominados terras de diatomáceas
ou diatomito, que, em algumas regiões, como o Nordeste brasileiro, atingem
grandes proporções e são explorados comercialmente.
Algas pardas
As algas pardas ou feofíceas (Phaeophyta) são principalmente marinhas. Entre elas
há representantes de grande porte, com cerca de 60 m de comprimento, que são
conhecidos por kelps e chegam a formar extensas “florestas aquáticas” nas costas
frias e temperadas dos continentes.
Outro exemplo de alga parda comum no Brasil pertence
ao gênero Sargassum que ocorre em rochas nas regiões
entre marés de grande parte do litoral brasileiro.

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