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Na análise do discurso tomar a palavra é um ato social com todas as suas implicações:
conflitos, reconhecimentos, relações de poder, constituição de identidades etc.
Linguagem e Método
Todo falante e todo ouvinte ocupa um lugar na sociedade, e isso faz parte da
significação.
As palavras mudam de sentido ao passarem de uma formação discursiva para outra, pois
muda sua relação com a formação ideológica.
Linguagem e Método
O sujeito que produz linguagem também está reproduzido nela, acreditando ser a fonte
exclusiva de seu discurso quando, na realidade, retoma sentidos preexistentes. A isso
chamamos “ilusão discursiva do sujeito” (Pêcheux; Fuchs, 1975).
O conceito de discurso despossui o sujeito falante de seu papel central para integrá-lo no
funcionamento de enunciados, de textos, cujas condições de possibilidades são
sistematicamente articuladas sobre formações ideológicas (Maingueneau, 1976).
O dizer não é apenas domínio do locutor, pois tem a ver com as condições em que se
produz e com outros dizeres. Em suma: o dizer tem a sua história.
Linguagem e Método
O parafrástico: é o que permite a produção do mesmo sentido sob várias de suas formas (matriz da
linguagem).
O polissêmico: é o responsável pelo fato de que são sempre possíveis sentidos diferentes, múltiplos
(fonte da linguagem).
Linguagem e Método
Uma vez que o contexto é constitutivo de sentido, abandona-se a posição que privilegia a
hipótese de sentido nuclear, mais importante hierarquicamente (literal) em relação aos
outros.
A noção de texto, enquanto unidade da análise do discurso, requer que se ultrapasse a noção
de informação, assim como coloca a necessidade de se ir além do nível segmental. O texto
não é a soma de frases e não é fechado em si mesmo.
Vale ainda lembrar que esse todo em que se constitui o texto é de natureza incompleta. Indo
mais além, podemos afirmar que a condição de existência da linguagem é a incompletude.
Outro aspecto a se considerar em relação à incompletude é que, uma vez que se constitui na
interação, o sentido do texto não se aloja em cada um dos interlocutores separadamente, mas
está no espaço discursivo criado pelo (nos) dois interlocutores.
Linguagem e Método
Todo dizer necessariamente tem a sua configuração. Por isso é sempre possível se
reconhecer um tipo em qualquer instanciação da linguagem.
Linguagem e Método
Cada tipo de discurso tem a sua tipologia. A tipologia tem sua aplicabilidade regulada
pelos objetivos da análise em sua relação com a natureza do texto.
Não devem ser estabelecidas relações categóricas entre os tipos. É preferível falar em
tendências, há discursos que tendem para o tipo autoritário, cômico etc. Não tipos
puros, apenas no nível ideal.
As marcas não são suficientes para caracterizar um funcionamento discursivo. Para tal é
preciso remetê-las à propriedade.