Você está na página 1de 37

Prof. Me.

Rita Porto
DEFINIÇÃO
 Doença caracterizada por limitação do fluxo
aéreo que:
 não é completamente reversível
 é progressiva
 está associada à exposição crônica a fumos, poeiras e
poluentes
 é causada por
 Doença das pequenas vias aéreas – Bronquite Crônica
 Destruição do parênquima pulmonar – Enfisema

 Passível de Prevenção e Tratamento


ENFISEMA
Destruição dos alvéolos, aumento dos espaços aéreos
distais e deterioração das paredes alveolares.

BRONQUITE CRÔNICA
Tosse produtiva crónica
 3 meses por ano
 por pelo menos 2 anos consecutivos

 tendo sido excluídas outras causas

Com ou sem Dispneia


FATORES DE RISCO
PESSOAIS AMBIENTAIS

 Fatores Genéticos:  Tabagismo;


deficiência de alfa-  Poeiras e substâncias
antitripsina;(mutação no químicas ocupacionais;
gene SERPINA1, que codifica
o inibidor de protease alfa-
 Poluição ambiental;
1 antitripsina (AAT). A DAAT  Condição sócioeconômica;
predispõe os indivíduos a
DPOC e doença hepática).
 Infecções;
 Hiperreatividade brônquica;
 Asma;
ENFISEMA
 Sem tosse e expectoração;
Dispnéia pecoce, progressiva e grave;
Hipóxia;
Enfisema = tórax em barril;
Perda de peso;
Na ausculta pulmonar a diminuição dos murmúrios
vesiculares e ausência de ruídos adventícios.(sibilos)
BRONQUITE
Cianose;
Edema de MMII;
 Produção de escarro;
 Dispnéia ao esforço;
Na ausculta pulmonar a diminuição dos
murmúrios vesiculares, mas há presença de ruídos
adventícios.(sibilos, roncos, estertores)
 Insuficiência respiratória;
 Falência respiratória;

Diagnóstico diferencial
 Pneumonia;
 Asma;
 Bronquiolite;
 Insuficiência cardíaca;
 BRONQUIECTASIA ( fechamento dos bronquíolos) -
Atelectasia
DIAGNÓSTICO
 Doença de instalação insidiosa,
insidiosa com uma
fase inicial frequentemente não
diagnosticada;
 Suspeita: avaliação clínica direta;
 Confirmação: espirometria – avalia a
obstrução do fluxo de ar;
 Rx tórax importante para fazer diagnóstico
diferencial;
 Anamnese
 Sintomas

 Tosse
 Expectoração

 Dispneia

 História de exposição a fatores de risco

 História familiar de doença respiratória crônica


 Dispneia
ÍNDICE DE DISPNEIA MODIFICADO DO MEDICAL RESEARCH COUNCIL

GRAU CARACTERÍSTICA
0 Falta de ar ao realizar exercício intenso
1 Falta de ar quando apressa o passo, sobe escadas ou
subidas
2 Precisa parar algumas vezes quando anda no próprio
passo, ou anda mais devagar que outras pessoas da
mesma idade
3 Precisa parar muitas vezes devido à falta de ar
quando anda perto de 100 metros, ou poucos
minutos de caminhada em terreno plano
4 Sente tanta falta de ar mesmo quando não sai de
casa, ou precisa de ajuda para se vestir ou despir
Estádio Características
0: em risco Espirometria normal
Sintomas crónicos (tosse, expectoração)

I: DPOC ligeira FEV1(volume de ar exalado no primeiro segundo)/FVC


(volume máximo de ar exalado)<70%
FEV1≥80% do valor teórico
Com ou sem sintomas crónicos (tosse, expectoração)

II: DPOC moderada FEV1/FVC<70%


30%≤FEV1<80% do valor teórico
Com ou sem sintomas crónicos (tosse, expectoração,
dispneia)

III: DPOC grave FEV1/FVC<70%


FEV1<30% do valor teórico ou FEV1<50% do valor
teórico e insuficiência respiratória ou sinais clínicos de
insuficiência cardíaca direita
 Nos estádios mais avançados de DPCO é importante medir as pressões
parciais dos gases no sangue arterial

 Este teste deve ser realizado em pacientes com:


 FEV1<50% do valor teórico
 SaO2<92%

 Sinais sugestivos de insuficiência respiratória ou insuficiência cardíaca


direita (cianose central, aumento da pressão venosa jugular)

 Insuficiência Respiratória

 PaO2(pressão parcial de O2 dissolvida no sangue arterial)<60mmHg - PARCIAL

 PaCO2(Pressão parcial do gás carbônico)>50mmHg - TOTAL

(ao ar ambiente ao nível do mar)


 Prevenir a progressão da doença
 Aliviar os sintomas
 Melhorar a tolerância à atividade física
 Melhorar o estado de saúde
 Prevenir e tratar complicações
 Reduzir a mortalidade
 Minimizar os efeitos colaterais do tratamento
 Redução dos fatores de risco
 Intervenção farmacológica
 Reabilitação Pulmonar
 Nutrição
 Terapia com Oxigênio de longa duração
 Cessação tabágica
 educação, intervenção farmacológica
 Medidas de redução do impacto de poeiras e
produtos químicos ocupacionais/domésticos
 fumo de lenha, combustíveis, produtos químicos
 Prevenção das infecções
 Vacinação (gripe, pneumococos)
 Melhoria das condições socioeconômicas
 Broncodilatadores: (isolados ou em combinação)
 Corticóides inalados:
escolha depende:
 disponibilidade dos medicamentos
 resposta do paciente
 efeitos colaterais
 Segundo prescrição médica
 Estudo evidencia o aumento da prevalência, em
portadores de DPOC, dos fatores clássicos de
risco cardiovascular: hipertensão arterial, diabetes
mellitus e dislipidemia, que estão relacionados
diretamente ao aumento do risco de isquemia
coronariana.
 Pelo menos 15-18 horas por dia
 Tem por objetivo manter SaO2>90%
 Durante o exercício, o repouso e o sono
 Deve ser feita reavaliação da quantidade de
O2 30-90 dias após exacerbação
 Geralmente introduzido em doentes com
DPCO grave:
 PaO2<55mmHg ou SaO2<88% em repouso com
ou sem hipercapnia
 Promover a cessão do tabagismo;
 Melhorar a troca gasosa;
 Obter a limpeza da via aérea;
 Melhorar os padrões respiratórios;
 Estimular estratégias de autocuidado.
É uma inflamação do parênquima pulmonar causada por diversos
microrganismos, ocorrendo preenchimento do espaço alveolar com
infiltrado necro-inflamatório.

FATORES DE RISCO
Hospedeiro - Faixa etária, estado nutricional, estado imunológico,
baixo peso ao nascer, desmame precoce, viroses pregressas, má-
formações anatômicas e patologias de bases.

Ambientais - Poluição atmosférica e intradomiciliar (cigarro,


bolor), aglomerações (creches, escolas).

Socioeconômicos - Habitação, saneamento, vacinação, renda


familiar e grau de instrução dos pais.
 Aspiração de secreções das vias aéreas superiores
 Inalação
 Hematogênica
 Contiguidade
 Aspiração de conteúdo gástrico
 Inoculação nas vias por procedimentos (ex intubação)
Classificação quanto a pneumonia:
 Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)
 Ocorre no contexto comunitário, sem nenhuma exposição
regular ao sistema de saúde recentemente ou unidades
especiais de atenção à saúde;
 Ou apresentou dentro das primeiras 48h após a hospitalização
ou institucionalização.
 Pneumonia Adquirida em Hospital (PAH)
 Início dos sintomas de pneumonia dentro de mais de 48h
após a admissão do paciente; Ou 15 dias após a alta
hospitalar.
 Principais causadores – Bacilos Gram-negativos e
estafilococcos.
 Fatores que predispõem: Comprometimento das defesas,
condições comórbidas, posição em decúbito dorsal e
aspiração, coma, desnutrição, hospitalização prolongada,
hipotensão e distúrbios metabólicos.

 PAVM Pneumonia Associada a Ventilação


Mecânica (PAV)
 É aquela que surge em 48-72 horas após intubação
orotraqueal e instituição de VM invasiva.
 A PAVM também é classificada em precoce e tardia.
 Pneumonia associada aos cuidados de saúde (PACS)
Pneumonia que ocorre em qualquer doente que tenha estado
internado pelo menos durante 2 dias num hospital de agudos nos
90 dias precedentes, resida em instituição de cuidados
prolongados, tenha sido submetido a quimioterapia, terapêutica
antibiótica endovenosa, tratamento de feridas ou visita a centro
de hemodiálise nos 30 dias precedentes ou que conviva com um
indivíduo infectado com microrganismos multirresistentes.

Avaliação diagnóstica:
 Anamnese e exame físico
 Radiografia de tórax
 Amostra de escarro
 Hemocultura
 Aspiração nasotraqueal ou orotraqueal ou broncoscopia em
pacientes que não podem expectorar ou induzir uma amostra de
escarro.
Iníciosúbito de calafrios e rápida elevação da febre (38,5°C a
40,5°C);
Tosse produtiva de escarro purulento
Escarro ferruginoso, tinto de sangue, viscoso ou esverdeado

Dor torácica pleurítica


Pode ocorrer Taquipnéia (25 a 45 incursões/min) acompanhada de
ruídos adventícios, sinais de angústia respiratória, frêmito tátil,
macicez à percussão.
Bradicardia relativa para o grau de febre

Lábiose os leitos ungueais demonstram cianose central


Ortopneia

Apetite diminuído, sudorese e fadiga.


 Antibióticos
 Hidratação, antipiréticos, medicamentos antitussígenos,
anti-histamínicos ou descongestionantes nasais
 Repouso no leito
  Oxigenoterapia
 Suporte ventilatório
 Avaliação - Oximetria de pulso ou gasometria arterial
 Prevenção - Vacinação pneumocócica e  influenza

Admissão em Unidade de Terapia Intensiva –


Choque Séptico e necessidade de vasopressores; insuficiência
respiratória aguda; e, pelo menos, 3 critérios: aumento da
FR; infiltrados multilobares, confusão mental, uremia,
leucopenia e hipotermia.
 Considerada como uma condição anormal da via
aérea, caracterizada, principalmente, por inflamação
reversível;
 Obstrução do fluxo aéreo intensamente reversível;
 Fisiopatologia: contato irritantes  hiper
responsividade das vias aéreas  edema de mucosa
muco;
 Manifestações clínicas: tosse, sibilos, dispneia,
opressão de tórax;
 Tratamento: corticoides.
A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)
consiste em uma lesão pulmonar aguda + hipóxia, edema
pulmonar não cardiogênico (Ocorre em consequência:
lesão direta dos pulmões (p. ex., traumatismo torácico,
aspiração, inalação de fumaça).

Fatores de risco:
Pneumonia;
Aspiração de conteúdo gástrico;
Sepse;
Trauma grave;
Transfusões.
 Dispnéia intensa;
 Tosse seca;
 Taquipnéia rárida;
 Uso da muscilatura acessória;
 Cianose
 Extertores;
 Rx com infiltrado alveolar e derrame pleural,
normalmente necessário VM.
O diagnóstico da SDRA baseia-se na satisfação de três
critérios:

Início agudo (dentro de 1 semana);

Opacidades bilaterais na radiografia torácica

Oximetria de pulso e gasomentria arterial;


 Aspiração das vias aéreas;
 Posicionamento adequado do paciente;
 Prevenir broncoaspiração;
 Assistência ventilatória;
 Monitorização respiratória;
 Monitorização dos SSVV.
 Vasodilatadores, medicamentos inotrópicos, agentes
de contratilidade, conforme prescrição;
 Diuréticos;
 Líquidos são restringidos;
 Ansiolítico e analgésico, conforme prescrição;
 Oxigênio. A depender, intubação e ventilação
mecânica.
 Pressão expiratória final positiva (PEEP)
 Monitoramento da oximetria de pulso e gasometria.
Ajudar na administração de oxigênio; preparar o material para a
intubação e a ventilação mecânica, se necessário
Posicionar o paciente em decúbito dorsal (no leito, se necessário)
com as pernas pendentes
Fornecer informações frequentes, simples e concisas sobre o que
está sendo realizado para tratar a condição, e os resultados
esperados
Monitorar os efeitos dos medicamentos. Observar o paciente
quanto à eliminação de grande quantidade de urina após a
administração de diuréticos, depressão respiratória excessiva,
hipotensão e vômitos. Realizar equilíbrio hídrico rigoroso
O paciente que recebe infusões contínuas de agentes vasoativos,
exige monitoramento do ECG e avaliação frequente dos sinais
vitais.
 Arend WP; Armitage JO et al. – Cecil Textbook of Medicine -22nd
edition; Saunders, 2004;
 Kasper; Fauci et al. – Harrison’s Principles of internal medicine - 17th
edition, McGraw-Hill, 2008;
 McPhee SJ - Pathophysiology of Disease – 3rd edition, Lange Medical
Books,McGraw-Hill 3ª, 2001;

 Global Strategy for the diagnosis, management, and prevention of


Chronic Obstructive Pulmonary Disease, Updated 2008

 Standards for the Diagnosis and Management of Patients with COPD,


American Thoracic Society and European Respiratory Society, 2004

Você também pode gostar