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Dermocosmética

Radiação Solar
Efeitos Genéricos na Pele
Melanoma

Formadora: Ângela Dias Alves


Formandos: António Paris, Leandra
Lagarto, Marta Lopes
Radiação Solar

• Radiação Solar e os seus Efeitos Genéricos na Pele.


• A Radiação Solar é o nome dado à energia enviada pelo Sol, em particular
aquela que é transmitida sob a forma de radiação eletromagnética. Essa
radiação é a principal fonte de energia do planeta e traz muitos benefícios,
desde a fotossíntese, à regulação da temperatura, até à produção de Vitamina
D nos humanos.
• A exposição solar é benéfica à pele mas pode ser prejudicial quando em
demasia, como em todos os processos biológicos, é necessário um equilíbrio.
A radiação solar é dividida principalmente em três
tipos de raios:
• 49% são raios infravermelhos (IR) que
fornecem calor.
• 43% são raios visíveis (VI) que fornecem luz.
• 7% são raios ultravioleta (UV).
• 1% são outros tipos de raios.

Da radiação solar que chega às camadas
superiores da atmosfera, apenas uma fração
atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e
absorção dos raios solares pela atmosfera. Desta
fração, são os raios ultravioleta que terão o
maior impacto na nossa pele.
Raios Ultravioleta

A radiação eletromagnética que recebe o nome de UV é a mais forte e, portanto, a mais perigosa
para os seres vivos presentes na Terra. São três, os diferentes tipos de classificação dos raios
ultravioletas, e possuem características distintas:
• Os raios UVA são os que mais incidem na superfície terrestre. Isto porque não são absorvidos
pela camada de ozono. Os raios UVA incidem igualmente independentemente da estação do
ano, do dia e das diferenças climáticas.
• Os raios UVB são parcialmente absorvidos pela camada de ozono e, são mais incidentes durante
o verão. É por isso que no verão não se deve permanecer ao sol nas horas de maior incidência.
• Os raios UVC não atingem a superfície terrestre, são absorvidos completamente pela camada de
ozono.
Absorção da Radiação Solar

• Tal como a nossa atmosfera, a nossa pele filtra e absorve a


radiação solar que até nós chega
• Aproximadamente 5% da radiação UV que atinge a pele é
refletida, a restante penetra os tecidos onde é dispersa e
absorvida por moléculas nas várias camadas.
• A radiação UVA atinge a derme onde é absorvida principalmente
pela hemoglobina do sangue.
• A radiação UVB é amplamente absorvida na epiderme,
particularmente pelo DNA e pela melanina.
• A radiação UVC é completamente absorvida pela nossa atmosfera
e, portanto, não chega até nós.
Benefícios do Sol
Numa altura em que se ouve falar tanto dos perigos da exposição solar, é muito importante realçar alguns dos benefícios de uma exposição
adequada ao Sol, como por exemplo:

• Aumenta a produção de Vitamina D - A exposição ao Sol é a principal forma de produção de vitamina D pelo corpo, é maior
e traz mais benefícios ao longo do tempo do que a suplementação oral. A vitamina D é essencial de várias maneiras para o
organismo:
• Aumentando os níveis de cálcio no organismo, o que é importante para o fortalecimento de ossos e articulações.
• Ajudando a prevenir a formação de doenças como osteoporose, doenças cardíacas, e doenças autoimunes.
• Diminui o risco de depressão aumentando a produção de endorfina pelo cérebro, uma substância antidepressiva natural
que promove sensação de bem-estar e aumenta os níveis de alegria. Além disso, a luz solar estimula a transformação da
melatonina, uma hormona produzida durante o sono, em serotonina, que é importante para o bom humor.
• Melhora a qualidade do sono, ajudando a regular o ritmo circadiano (período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se
baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos), que instrui ao nosso corpo que está na hora de dormir ou de ficar
acordado.
• Protege contra radiação perigosa, estimulando a produção de melanina, que é a hormona que dá o tom mais escuro à pele,
impedindo a absorção de mais raios UVB, e protegendo o corpo naturalmente contra os efeitos tóxicos de alguma da
radiação solar.
Perigos da exposição Solar
Infelizmente, uma exposição solar excessiva pode ser bastante nociva, para a saúde da nossa pele e, para a nossa saúde em geral. Abaixo
estão alguns dos efeitos nocivos do sol na pele.

 Escaldão - Quando a nossa pele fica avermelhada e sensível após a exposição solar, isso quer dizer estivemos demasiado tempo ao
sol. Embora muitas vezes não sê dê muita importância a um “pequeno escaldão” ele é na verdade uma queimadura térmica na
camada mais exterior na pele, constituindo uma queimadura de primeiro grau, que poderá fazer com que a pele escame nos dias
seguintes, o que pode resultar em alterações que potenciam o aparecimento de manchas, rugas ou até cancro de pele.
 Bolhas na pele - Resultam de uma queimadura térmica mais profunda do que a de um escaldão. São, portanto, uma queimadura
de segundo grau geralmente mais dolorosa. Deve-se ter o cuidado de não rebentar as bolhas que se formam, pois são uma
proteção. Deve, neste caso, aconselhar-se com um profissional de saúde para o seu tratamento.
 Tom de pele irregular - Variações na coloração da pele podem derivar da exposição solar desprotegida, originando uma
pigmentação irregular, com zonas que parecem descoloridas e outras manchadas.
 Rugas - As rugas são precipitadas e agravadas pela exposição aos raios ultravioleta que danificam diretamente as varias camadas
da pele. Ao longo do tempo, a pele perde elasticidade e surge mais enrugada, formando as rugas, um dos sinais de
envelhecimento precoce da pele que pode ser evitado.
Perigos da exposição Solar

 Queratose Solar - Mais comum em pessoas de pele branca, louras ou ruivas, ou de olhos azuis ou verdes, tratam-se de lesões com
erupções cutâneas, escamosas, vermelhas ou acastanhadas, tipo uma pequena ferida. Pode aparecer nas zonas expostas ao sol
como a face e os braços, mas também é comum nos lábios.
 Cancro da Pele - É o cancro mais comum em todo o mundo, com uma percentagem de incidência superior ao cancro da mama, do
pulmão, dos intestinos e da próstata juntos, o que lhe dá grande importância e uma preocupação acrescida. Existem três tipos:
1) Carcinoma baso-celular Este é o tipo de cancro de pele mais comum e também o mais tratável, pois progride lentamente.
Geralmente surge como uma irregularidade da pele (com relevo), mas também pode aparecer como uma lesão plana, escamosa
ou branca.
2) Carcinoma espino-celular - Este tipo acaba por ser mais agressivo que o anterior sendo mais recorrente a reprodução para os
gânglios linfáticos ou para outros órgãos.
3) Melanoma - Este tipo de cancro da pele é o mais conhecido uma vez que também é o mais maligno, já que tende a alastrar-se
precocemente quando não é detetado a tempo.
Melanoma
Descrição Teórica, Fatores de Risco
e Como evitar

•Melanoma é um dos mais perigosos e agressivos cancros da pele.


•A principal causa de melanoma é a exposição à radiação ultravioleta em pessoas
com baixos níveis de pigmento na pele. Esse tipo de radiação pode vir da luz solar
ou de outras fontes, como dispositivos de bronzeamento.
•O Melanoma desenvolve-se a partir dos melanócitos, localizados na camada mais
profunda da Epiderme.
•Os melanócitos são as células da pele responsáveis pela produção da melanina, o
pigmento que dá cor à pele e a protege da radiação solar. Estão também presentes
em manchas não cancerosas (benignas) que são chamadas de sinais ou nevos. 
Existem 4 subtipos principais de melanoma cutâneo: 
• Melanoma de Extensão Superficial - É do tipo cutâneo mais comum e abrange
aproximadamente 70% de todos os melanomas primários em pessoas de etnia branca.
Pode surgir em qualquer parte do corpo, especialmente em zonas mais expostas ao sol,
cresce frequentemente de forma lenta, espalhando-se horizontalmente na pele,
tornando-se mais perigoso quando invade a camada inferior da pele a derme.

• Melanoma Nodular  - Costuma localizar-se na cabeça e pescoço. É mais frequente nos


homens que nas mulheres e desenvolve-se entre os 50 e os 60 anos. O seu aspeto é o
de uma lesão em forma de nódulo tumoral e cresce rapidamente. A cor varia, podendo
apresentar-se preto, azulado, castanho ou avermelhado. Sangra com frequência e está
elevado em relação à superfície da pele. Uma pequena percentagem de melanomas
nodulares são não pigmentados e podem-se confundir com lesões benignas, tornando-
se extremamente difíceis de detetar.

Melanoma • Melanoma de Lêntigo Maligno - Este tipo de melanoma constitui 4 a 15% dos
melanomas da pele. Geralmente acontece em locais da pele cronicamente exposto ao
Subtipos e as suas características sol como por exemplo a cabeça, região do pescoço e antebraços. Pode crescer
lentamente e superficialmente durante muitos anos até atingir a profundidade da pele.

• Melanoma Acral - Afeta as plantas dos pés e, em menor grau, as palmas das mãos, os
dedos, os genitais e a boca. Este tipo de tumor é mais comum entre afrodescendentes e
asiáticos. É um tumor raro, de crescimento lento que surge independentemente da cor
da pele ou do histórico de exposição ao sol.
Fatores de Risco
As causas exatas do melanoma são desconhecidas e, embora já se conheçam alguns dos fatores de risco
que podem aumentar a probabilidade de vir a ter a doença, qualquer pessoa está em risco.

Os principais fatores de risco:

• Hereditariedade - Existem mutações genéticas hereditárias que aumentam o risco de melanoma e podem ser passadas de uma geração para
outra. Na maioria das vezes, o melanoma hereditário tem alterações nos genes supressores de tumor. Cerca de 10% dos doentes com
melanoma têm historial familiar.

• Radiação ultravioleta - O excesso de exposição à radiação ultravioleta é um dos principais fatores de risco para o melanoma, pois a radiação
pode danificar o DNA das células da pele. Depende obviamente da intensidade da radiação, da duração da exposição e da forma como a pele
foi, ou não, protegida. Queimaduras solares com bolhas, em especial durante a infância, aumentam o risco de melanoma.

• Muitos sinais ou sinais atípicos - Os sinais são áreas da pele com muita melanina. A existência de um elevado número de sinais (>50) ou com
caraterísticas atípicas, constitui um fator de risco para melanoma.

• Estados de imunossupressão, síndromes genéticas, portadores de mutações genéticas específicas, são grupos mais raros da população, mas
com risco acrescido de melanoma.
Como Evitar
O número de pessoas com melanoma tem aumentado ano após ano, mas existem formas de reduzir o risco de desenvolver a doença. Abaixo estão
alguns cuidados que podem fazer a diferença:

• Verificar os sinais do corpo com periodicidade e avisar o médico de qualquer


alteração nos mesmos ou na pele. Se existirem muitos sinais, deverá consultar um
dermatologista regularmente.
• Evitar a exposição excessiva ao sol, que não só provoca o envelhecimento da pele,
como pode contribuir para o desenvolvimento de cancros da pele, nomeadamente
do melanoma. Esta exposição contribuiu para o aumento da incidência de
melanoma maligno em pessoas com antecedentes de queimaduras solares na
infância.
• Nunca fazer solário com o objetivo de repor vitamina D. Os solários são fontes
artificiais de radiação ultravioleta e a sua utilização está associada ao aumento de
risco de melanoma, em particular em pessoas que iniciaram essa prática com idade
inferior a 35 anos.
• Fazer o diagnóstico precoce, na maioria dos casos leva à cura do tumor, mas o
diagnóstico em fases tardias acarreta elevada mortalidade e morbilidade, pelo que é
importante aumentar a fiabilidade diagnóstica do melanoma. A maioria das pessoas
poderá curar-se se o melanoma estiver localizado na epiderme, pelo que é
fundamental detetar o melanoma antes que o mesmo afete a derme
Imagens que ajudam a
sensibilizar e a reconhecer o
perigo.

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