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Gravidez na

Adolescênci
a
Eliana, Gabrielle, Karolaine, Milene,
Willian, Williene

ENF 60
Gravidez na Adolescência
A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública
devido aos riscos à saúde da mãe e do bebê, tais como
prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia,
depressão pós-parto e outros, além de agravar problemas
socioeconômicos já existentes. As complicações na gravidez e
no parto na adolescência são as principais causas de morte em
todo o mundo.

No Brasil, embora o número de gestações na adolescência


venha caindo, o país ainda possui a taxa de 68,4 nascimentos
para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos. Esse índice é
elevado em comparação com a taxa mundial de 46 nascimentos
a cada mil adolescentes.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)


considera-se adolescente a pessoa entre 12 e 18 anos de idade. O
Ministério da Saúde, assim como a Organização Mundial de Saúde,
define como adolescência o período de dez a 19 anos....
O que precisamos saber?
Fatores que
Consequencia
aumentam os
s
riscos
e riscos

prevenção Vida Social


Fatores que aumentam os riscos na gravidez na
adolescência

altura da adolescente inferior a 150 cm ou peso menor que 45kg;

adolescente usuária de álcool ou de outras drogas lícitas ou ilícitas (cocaína/crack ou


medicamentos sem prescrição médica)

gestação decorrente de abuso/estupro ou outro ato violento/ameaça de violência sexual;

presença de doenças crônicas: diabetes, doenças cardíacas ou renais; infecções sexualmente


transmissíveis; sífilis, HIV, hepatite B ou C; hipertensão arterial;
A falta de informação está relacionada com o aumento das gravidezes na adolescência
Apesar do que muitos pensam, os adolescentes dos dias atuais possuem sim conhecimento sobre a existência
de métodos contraceptivos, uma vez que informações são fornecidas nas escolas, televisões e na internet.
Entretanto, a maioria não sabe prevenir-se de forma adequada, e não compreendendo o funcionamento de
cada método, utilizando de maneira errada ou abandonando por outras questões.
de acordo com dados governamentais, a gravidez na adolescência está associada diretamente com baixa
renda, baixa escolaridade e pouca perspectiva de futuro
Há diversos fatores que levam a gravidez no início da vida reprodutiva, tais como:

° Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;


° dificuldade de acesso a esses métodos;
° dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo parceiro;
°desestruturação familiar;
° violência e abuso;
° desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
° forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da
maternidade;
° início da vida sexual cada vez mais precoce.
Consequências e riscos da gravidez na adolescência
Abandono Escolar

A gravidez precoce compromete as oportunidades de desenvolvimento das


adolescentes, pois a evasão do sistema educacional gera um obstáculo para a
conclusão da educação formal, o que, consequentemente, repercute em
desvantagens em relação ao trabalho e à inserção produtiva, bem como as torna
vulneráveis ​à pobreza, violência, criminalidade e exclusão social.

Oportunidade de Emprego

A uma redução em torno de 30% no salário de mulheres que ficaram


grávidas durante a adolescência. Em grande parte dos casos, a jovem
gestante precisa deixar a escola ou pausar os estudos
temporariamente. Elas acabam em empregos compatíveis com a falta
de habilidades, que pagam menos e que não tem nenhum seguro saúde
ou ajuda social, o que complica mais ainda a vida dessas mulheres
Parto Prematuro
A adolescente não tem maturidade do sistema reprodutor, pois ele ainda não foi totalmente
desenvolvido. Em geral, os riscos de uma gravidez na adolescência são o abortamento espontâneo, o
parto prematuro e o desenvolvimento de hipertensão arterial. O grupo mais propenso a esse risco está
na faixa etária de 11 a 15 anos

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
Segundo dados publicados pela Organização PanAmericana da Saúde1 (OPAS), cerca de 830 mulheres morrem
por dia em todo o mundo ao longo da gestação e durante o parto em decorrência de causas evitáveis, como
hipertensão pré-eclâmpsia (PE) e eclâmpsia, hemorragias graves (principalmente após o parto), infecções
(normalmente depois do parto); complicações no parto e abortos inseguros. A grande maioria dessas mortes
ocorre em países em desenvolvimento, representando 99% do total de mortes. Em comparação a outras faixas
etárias, as adolescentes, até 15 anos de idade, são mais suscetíveis a complicações e mortes decorrentes da
gravidez

Má formação fetal
Além do uso de medicamentos inadequados e uso de álcool e cigarro, existem também outras causas
de má formação. Algumas coisas simples que fazemos e usamos durante o nosso dia a dia e que
muitas vezes não temos idéia que podem ser uma das causas da má formação do bebê, devem ser
evitadas durante a gravidez.
Consequência
s biológicas

Consequências
sociais e
psicológicas
Como consequências biológicas relacionadas à gravidez precoce, a mãe
poderá apresentar anemia, principalmente se possuir baixa renda, fato ligado
diretamente a má alimentação e maior incidência de verminoses, menor ganho
de peso, hipertensão arterial, doenças sexualmente transmissíveis, maior risco
de desenvolver doenças e morte durante o parto e puerpério, abortos e partos
prematuros má formação fetal, crescimento fetal alterado, desproporção feto-
pélvico, hemorragia feto materna, problemas com a cavidade amniótica,
recém- nascido com baixo peso, infecção puerperal, dentre outras, sendo que,
as implicações obstétricas normalmente estão relacionadas à imaturidade
física das futuras mães adolescentes. Dentre as principais causas de óbito por
complicações da gravidez, parto e puerpério, destacam-se os estados
hipertensivos, as infecções puerperais, as hemorragias e os abortos,
principalmente nas adolescentes que não foram assistidas no pré-natal
A gravidez na adolescência além das consequências biológicas para a mãe e para o bebê,
traz consequências sociais e psicológicas como relatado por vários autores. Guimarães
citado por Santos e Carvalho “aborda algumas consequências psicossociais da gravidez na
adolescência. São elas: limitação de oportunidades vocacionais, estudo interrompido,
persistência na pobreza, separação dos pais do bebê e repetição da gravidez”. O Protocolo de
Saúde do Adolescente abrange algumas consequências sociais e psicológicas a mais, que
podem ser encontradas em decorrência de gestações não planejadas: ocorrência de abortos
provocados, dependência financeira dos adultos, abandono ou interrupção dos estudos,
dificuldade de retorno à escola, profissionalização deficiente e dificuldade de inserção no
mercado de trabalho com manutenção do ciclo de pobreza, falta de apoio e/ou isolamento
social e familiar, maior risco de separação conjugal, ausência do pai durante a gestação e a
vida da criança, sentimento de insegurança, maior risco de depressão e suicídio e maior risco
de exploração sexual. Muitas adolescentes ao engravidarem abandonam a escola, muitas
vezes por vergonha dos colegas ou dos professores e outras vezes porque sofrem com as
acusações dos pais dos alunos, dizendo que as mesmas são um mau exemplo para seus
filhos, assim a escola deixa de funcionar como fator protetor numa segunda gravidez, que
muitas vezes acontecem dois a três anos após a primeira gravidez
Motivos comuns para a gravidez na adolescência

Midia Escola Pensamentos Familia


Um ponto muito relevante a O “pensamento mágico” é
A escola é tida como um fator Casos anteriores de gravidez
ser considerado é que na protetor no que tange ao próprio do adolescente. Ele
acredita que nada de ruim precoce na família da jovem
mídia ocorre uma problema gravidez na
adolescência, assim o sistema são apontados como um fator
banalização do corpo, pode lhe acontecer,
educacional brasileiro deve estar predisponente. Para que a
havendo um estímulo da inclusive a gravidez, história se repita. “Valores
alerta aos altos índices de
sexualidade, passando a adolescentes fora da escola que mesmo apresentando vida familiares se confrontam com
pessoa a ser vista como engravidam por falta de sexual ativa e conhecendo informações duvidosas,
objeto” “transformando informações. As meninas que o método anticonceptivo, distorcidas e contraditórias
apresentam baixa escolaridade
fatos que gerariam não o usam devido ao dos meios de comunicação,
têm piores perspectivas de futuro,
problemas na vida real em pensamento mágico, sendo dando aberturas para atitudes
dessa maneira, a gravidez se
situações que se resolvem torna um meio para ser alguém muitas vezes de desafio e autoafirmação
na vida, ou pelo menos ser mãe, surpreendidas quando a dos jovens, algumas vezes
da melhor maneira possível
exercendo um papel de resultando em gravidez
na tela” como a gravidez gravidez é confirmada
responsabilidade na sociedade indesejada”
na adolescência.
Métodos de prevenção

É o método anticoncepcional que

Preservativo
apresenta maior variação entre a
taxa de proteção no uso perfeito
(98%)

a pílula garante de 95% a 99,9% de


Anticoncepcional proteção contra uma gestação
indesejada

Quando usado corretamente, a taxa de


prevenção de gravidez é de 99%. Sua
Anel
100% Vaginal eficácia é de 0,4 a 1,2% a cada 100
mulheres por ano.

É um método contraceptivo muito eficaz,


com apenas 0,1% a 0,6% de falha para a
Injeção injeção mensal e de 0,3%, para a
injeção trimestral, o que é equivalente à
eficácia da ligadura de trompas.
Veja alguns dados

Em pesquisa realizada pela ONU, o Brasil


7,3 milhões de adolescentes se tem 68,4 bebês nascidos de mães

tornam mães a cada ano ao redor adolescentes a cada mil meninas de 15 a


19 anos.
do mundo, das quais 2 milhões são
menores de 15 anos; Vale salientar ainda que cerca de 30%
das meninas que engravidam na
no ano de 2010 um relatório divulgado adolescência acabam tendo outro filho
por um órgão ligado à ONU indica que
no primeiro ano pós-parto
12% das adolescentes entre 15 e 19
anos tinham pelo menos um filho;
Dados do Ministério da Saúde mostram um
o Brasil tem 21 milhões de adolescentes total de 274 mortes relacionadas com a
gravidez em adolescentes em 2004
com idade entre 12 e 17 anos, sendo
que cerca de 300 mil crianças nascem
de mães nessa faixa etária;
Gravidez na adolescência no Brasil, por
região
21,3% 12,10% 18,15% 12,21%

Norte Sul Nordeste Sudeste


Para Paraná Pernambuco Rio de janeiro
Tocantins Santa Catarina Ceara São Paulo
Acre… Rio Grande do Sul Bahia… Minas gerais…

IBGE 2018
Dados da OMS sobre a gravidez na adolescência
Embora tenha apresentado queda nos índices de gravidez na adolescência nos últimos anos, o Brasil ainda está acima da média mundial e
tem registrado altas taxas de gravidez precoce em relação a outros países, inclusive entre as menores faixas etárias. De acordo com dados do
Ministério da Saúde reunidos pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), são mais de 19 mil nascidos vivos por ano de mães com
idade entre 10 a 14 anos.

De acordo com o relatório sobre a Situação da População Mundial do Fundo de População da ONU, o Brasil tem uma taxa de fecundidade
geral (que engloba diversas faixas etárias) baixa, de 1,7 filhos por mulher, se comparada à média mundial, que é de 2,5. Quando analisamos a
fecundidade específica na adolescência, no entanto, o país está acima da média mundial: são 53 adolescentes grávidas a cada mil, enquanto
no mundo são 41, o que demonstra um “rejuvenescimento da fecundidade”. Isso também tende a indicar uma dificuldade de se garantir o
fortalecimento de trajetórias, os direitos e a saúde de adolescentes no país, considerando-se que na grande maioria das vezes a gravidez
nessa idade não é intencional, e frequentemente também está relacionada a situações de abusos e violência sexual.

No caso das meninas com menos de 15 anos que engravidam, o componente da vulnerabilidade a diversos tipos de violência, incluindo a
violência sexual, é importante de ser considerado e, em determinadas situações, observam-se mesmo casamentos informais ou uniões
precoces e forçadas. De fato, a gravidez em adolescentes menores de 15 anos e o abuso sexual e a violência como causa potencial dessas
gestações constituem um problema de saúde e de direitos humanos, com consequências biológicas, psicológicas e sociais significativas.

As consequências mais gerais da gravidez não intencional na adolescência, especialmente em contextos de políticas públicas pouco
abrangentes, costumam incluir a interrupção ou o abandono escolar, o atraso ou a inserção não qualificada no mundo do trabalho e uma
continuidade do ciclo intergeracional de pobreza e desigualdade. Meninas de famílias com menos renda, com os níveis mais baixos de
escolaridade, e de comunidades indígenas e afrodescendentes, são desproporcionalmente afetadas pela gravidez precoce.
Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
A Lei nº 13.798 institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência. Foi sancionada em 2019 e passou a vigorar também no Estatuto
da Criança e do Adolescente. Deve ocorrer na semana que inclui o dia 1º de
fevereiro anualmente.

Tal período foi definido devido a proximidade da comemoração do carnaval para a


adoção de comportamentos moderados e preventivos durante esse período e
tem como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e
educativas para a redução da gravidez na adolescência.

Realizada pela primeira vez em 2020, a campanha trouxe o tema “Tudo tem seu
tempo – Adolescência primeiro, gravidez depois” com destaque para as
consequências da gravidez não intencional e a necessidade de ampliação do
diálogo sobre esse assunto.

Porém, com o Projeto de Lei nº 4883 de 2020, foi transferido de fevereiro para
setembro para acompanhar o calendário internacional que em 70 países
celebram na data de 26 de setembro o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na
Adolescência.

Além disso, a proposta inicial de realizar a campanha nacional no início do mês


de fevereiro no ano passado se mostrou tímida no âmbito educacional, visto que
pelo ano letivo ainda não ter iniciado, reduziu o alcance da campanha...
Obrigado pela atenção

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