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Adolescênci
a
Eliana, Gabrielle, Karolaine, Milene,
Willian, Williene
ENF 60
Gravidez na Adolescência
A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública
devido aos riscos à saúde da mãe e do bebê, tais como
prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia,
depressão pós-parto e outros, além de agravar problemas
socioeconômicos já existentes. As complicações na gravidez e
no parto na adolescência são as principais causas de morte em
todo o mundo.
Oportunidade de Emprego
Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
Segundo dados publicados pela Organização PanAmericana da Saúde1 (OPAS), cerca de 830 mulheres morrem
por dia em todo o mundo ao longo da gestação e durante o parto em decorrência de causas evitáveis, como
hipertensão pré-eclâmpsia (PE) e eclâmpsia, hemorragias graves (principalmente após o parto), infecções
(normalmente depois do parto); complicações no parto e abortos inseguros. A grande maioria dessas mortes
ocorre em países em desenvolvimento, representando 99% do total de mortes. Em comparação a outras faixas
etárias, as adolescentes, até 15 anos de idade, são mais suscetíveis a complicações e mortes decorrentes da
gravidez
Má formação fetal
Além do uso de medicamentos inadequados e uso de álcool e cigarro, existem também outras causas
de má formação. Algumas coisas simples que fazemos e usamos durante o nosso dia a dia e que
muitas vezes não temos idéia que podem ser uma das causas da má formação do bebê, devem ser
evitadas durante a gravidez.
Consequência
s biológicas
Consequências
sociais e
psicológicas
Como consequências biológicas relacionadas à gravidez precoce, a mãe
poderá apresentar anemia, principalmente se possuir baixa renda, fato ligado
diretamente a má alimentação e maior incidência de verminoses, menor ganho
de peso, hipertensão arterial, doenças sexualmente transmissíveis, maior risco
de desenvolver doenças e morte durante o parto e puerpério, abortos e partos
prematuros má formação fetal, crescimento fetal alterado, desproporção feto-
pélvico, hemorragia feto materna, problemas com a cavidade amniótica,
recém- nascido com baixo peso, infecção puerperal, dentre outras, sendo que,
as implicações obstétricas normalmente estão relacionadas à imaturidade
física das futuras mães adolescentes. Dentre as principais causas de óbito por
complicações da gravidez, parto e puerpério, destacam-se os estados
hipertensivos, as infecções puerperais, as hemorragias e os abortos,
principalmente nas adolescentes que não foram assistidas no pré-natal
A gravidez na adolescência além das consequências biológicas para a mãe e para o bebê,
traz consequências sociais e psicológicas como relatado por vários autores. Guimarães
citado por Santos e Carvalho “aborda algumas consequências psicossociais da gravidez na
adolescência. São elas: limitação de oportunidades vocacionais, estudo interrompido,
persistência na pobreza, separação dos pais do bebê e repetição da gravidez”. O Protocolo de
Saúde do Adolescente abrange algumas consequências sociais e psicológicas a mais, que
podem ser encontradas em decorrência de gestações não planejadas: ocorrência de abortos
provocados, dependência financeira dos adultos, abandono ou interrupção dos estudos,
dificuldade de retorno à escola, profissionalização deficiente e dificuldade de inserção no
mercado de trabalho com manutenção do ciclo de pobreza, falta de apoio e/ou isolamento
social e familiar, maior risco de separação conjugal, ausência do pai durante a gestação e a
vida da criança, sentimento de insegurança, maior risco de depressão e suicídio e maior risco
de exploração sexual. Muitas adolescentes ao engravidarem abandonam a escola, muitas
vezes por vergonha dos colegas ou dos professores e outras vezes porque sofrem com as
acusações dos pais dos alunos, dizendo que as mesmas são um mau exemplo para seus
filhos, assim a escola deixa de funcionar como fator protetor numa segunda gravidez, que
muitas vezes acontecem dois a três anos após a primeira gravidez
Motivos comuns para a gravidez na adolescência
Preservativo
apresenta maior variação entre a
taxa de proteção no uso perfeito
(98%)
IBGE 2018
Dados da OMS sobre a gravidez na adolescência
Embora tenha apresentado queda nos índices de gravidez na adolescência nos últimos anos, o Brasil ainda está acima da média mundial e
tem registrado altas taxas de gravidez precoce em relação a outros países, inclusive entre as menores faixas etárias. De acordo com dados do
Ministério da Saúde reunidos pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), são mais de 19 mil nascidos vivos por ano de mães com
idade entre 10 a 14 anos.
De acordo com o relatório sobre a Situação da População Mundial do Fundo de População da ONU, o Brasil tem uma taxa de fecundidade
geral (que engloba diversas faixas etárias) baixa, de 1,7 filhos por mulher, se comparada à média mundial, que é de 2,5. Quando analisamos a
fecundidade específica na adolescência, no entanto, o país está acima da média mundial: são 53 adolescentes grávidas a cada mil, enquanto
no mundo são 41, o que demonstra um “rejuvenescimento da fecundidade”. Isso também tende a indicar uma dificuldade de se garantir o
fortalecimento de trajetórias, os direitos e a saúde de adolescentes no país, considerando-se que na grande maioria das vezes a gravidez
nessa idade não é intencional, e frequentemente também está relacionada a situações de abusos e violência sexual.
No caso das meninas com menos de 15 anos que engravidam, o componente da vulnerabilidade a diversos tipos de violência, incluindo a
violência sexual, é importante de ser considerado e, em determinadas situações, observam-se mesmo casamentos informais ou uniões
precoces e forçadas. De fato, a gravidez em adolescentes menores de 15 anos e o abuso sexual e a violência como causa potencial dessas
gestações constituem um problema de saúde e de direitos humanos, com consequências biológicas, psicológicas e sociais significativas.
As consequências mais gerais da gravidez não intencional na adolescência, especialmente em contextos de políticas públicas pouco
abrangentes, costumam incluir a interrupção ou o abandono escolar, o atraso ou a inserção não qualificada no mundo do trabalho e uma
continuidade do ciclo intergeracional de pobreza e desigualdade. Meninas de famílias com menos renda, com os níveis mais baixos de
escolaridade, e de comunidades indígenas e afrodescendentes, são desproporcionalmente afetadas pela gravidez precoce.
Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência.
A Lei nº 13.798 institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência. Foi sancionada em 2019 e passou a vigorar também no Estatuto
da Criança e do Adolescente. Deve ocorrer na semana que inclui o dia 1º de
fevereiro anualmente.
Realizada pela primeira vez em 2020, a campanha trouxe o tema “Tudo tem seu
tempo – Adolescência primeiro, gravidez depois” com destaque para as
consequências da gravidez não intencional e a necessidade de ampliação do
diálogo sobre esse assunto.
Porém, com o Projeto de Lei nº 4883 de 2020, foi transferido de fevereiro para
setembro para acompanhar o calendário internacional que em 70 países
celebram na data de 26 de setembro o Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na
Adolescência.