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INTRODUÇÃO

 Emergências químicas

 Plano de emergência

 Noções de extintores

 Acidente de Múltiplas vitimas


APH -ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS
PERIGOSOS
APH -ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS

 PARTICULARIDADES: Presença de uma zona


tóxica; Risco de contaminação secundária;
Trabalhar com equipamentos de proteção
individual; Necessidade de informações
durante atendimento
ÁREAS DE RESPONSABILIDADE DA SAÚDE

Determinar os perigos:

para a equipe de atendimento e às vítimas:


Determinar riscos de contaminação secundária.
Planejar uma resposta:
para garantir cuidados médicos de emergência:
Determinar se o equipamento de proteção pessoal previsto é o apropriado.
Determinar se o equipamento e os insumos previstos serão suficientes para as
necessidades de atenção à múltiplas vítimas.
implementar a resposta planejada:
Preparar a recepçãodas vítimase prevenir a contaminação secundária. Tratar
as vítimas do incidente. Transportar as vítimas de maneira a propiada.
Prover assistência médica as equipes de resposta.
Encerrar o incidente:
Registrar
Avaliar
APH -ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS
PERIGOSO

Os profissionais do atendimento pré-hospitalar devem ter


fontes de informações sobre o produto químico, seus
efeitos sobre a saúde e as medidas de tratamento.
Saber realize a descontaminação adequada das vítimas.
Medidas de suporte básico e avançado de vida.
Kit de medicamentos para Produtos Perigosos.
Transporte adequado conforme orientação da regulação
médica ao hospital.
APH -ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS
PERIGOSO

REGLAS BÁSICAS
Proteja-se, não se exponha.
Aproxime-se com cautela, de costas para o vento.
Mantenha uma distância segura.
Respeite perímetro definido como zona de risco.
Resista à tentação de correr para salvar
APH -ACIDENTES COM PRODUTOS QUÍMICOS
PERIGOSO

Não prove,
Não se torne
coma, cheire,
uma vítima
nem toque nada
Os 4 não
Não suponha
Não se precipite
nada
ORGANIZAÇÃO DA ÁREA DO EVENTO

ZONA MORNA FRIA ZONA ZONA QUENTE

Profissionais
do APH, Área de Somente
menor ou Descontaminação –
Profissionais do
profissionais com
proteção
sem SAMU e demais completa para
Serviços com
proteção vestimentas de
químicos (corpo
de bombeiros)
adicional. proteção química
DESCONTAMINAÇÃO OBJETIVOS
Diminuir ao máximo a carga de tóxico.

Diminuir o tempo de exposição.


DESCONTAMINAÇÃO OBJETIVOS

Proteger a equipe médica de emergência.


Proteger a comunidade (contaminação secundária)
Proteger os equipamentos (reduzindo a contaminação,
permeação e/ou degradação).
DESCONTAMINAÇÃO DE PELE

 Retirar antes, se possível:


 Roupas contaminada
 Calçados
 Acessórios.

 Especial cuidado ao remover a substância das


préguasde pele, unhas e pêlos
DESCONTAMINAÇÃO

•Fenol Polietilenoglicol300 o 400, ou glicerol

•Ácido fluorídrico Gel de gluconato de cálcio


•Fósforo branco Permanganato de potássio
•Cromo hexavalente Solução de ácido ascórbico
•Organofosforados Hipoclorito de cálcio
MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO

Se não puder realizar a descontaminação, será


necessário embalar/envolver a vítima para
reduzir a contaminação secundária da equipe
e dos veículos.

 PREVINA A HIPOTERMIA
MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO

Se não puder realizar a descontaminação, será


necessário embalar/envolver a vítima para
reduzir a contaminação secundária da equipe
e dos veículos.

 PREVINA A HIPOTERMIA
TRIAGEM -TRATAMENTO

MÚLTIPLAS VÍTIMAS
 COMANDO:
 COMUNICAÇÃO:
 CONTROLE TRIAGEM :
 TRATAMENTO :
 TRANSPORTE:
A TRIAGEM NOS PERMITE

Realizar classificação por gravidade


Estabelecer prioridades de ação
Ordenar a resposta desde o início
Garantir atenção ao maior número de vítimas
com os recursos disponíveis
Utilizar eficientemente os recursos
ANTIDOTERAPIA

Orgafosforados e Carbamatos Atropina

Metahemoglobinemias Azul de Metileno

Cianureto Hidroxocobalamina

Hiposulfito de Na Nitrito de
Sódio

Organofosforados Pralidoxima

Hipóxias(CO) Oxigênio
CUIDADOS MÉDICOS DAS EQUPES DE ATENDIMENTO

Componentes de avaliação pré-entrada e pós-entrada


na zona quente:
Sinais vitais,
Peso corporal
Estado geral
Estado da pele e mucosas (irritação, bolhas, etc.)
Estado neurológico (orientação, fala e caminha
normalmente),
Traçado eletrocardiográfico do rítmo, se tiver
disponível.
PLANO DE EMERGÊNCIA
PLANEJAMENTO

É essencial a preparação para a resposta aos


acidentes com produtos perigosos
Formando um grupo de trabalho, que
desenvolva o plano de emêrgencia
Realizando no mínimo, uma revisão e
atualização anual.
Simulado: um exercício de treinamento anual,
no mínimo, para determinar a adequação e a
efetividade do plano.
NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO
COMBATE AO FOGO

 FOGO:
É uma reação química que
gera luz, calor e
transforma materiais.
 FOGO NATURAL:
Vulcão, entrada de
meteorito, luz solar.
 FOGO ARTIFICIAL:
Feitos pelo homem.
PROPAGAÇÃO

 CONVECÇÃO:
PELA FUMAÇA.

 CONDUÇÃO:
ATRAVÉS DE METAIS.

 IRRADIAÇÃO:
PELAS ONDAS DE CALOR.

 INFLAMAÇÃO:
CONTATO DIRETO DA CHAMA.
CLASSES DE INCÊNDIO
CLASSE A

SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
AGENTE EX. – ÁGUA
Umidifica e resfria os materiais.
CLASSE B

LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
AGENTE EX. – PÓ QUÍMICO
EXTINTOR DE INCÊNDIO

 Os extintores contem um
selo no qual estão
informações sobre o seu
uso em determinado tipo
de incêndio.
CLASSE C

EQUIPOS ELÉTRICOS
AGENTE EX. – CO2
EXTINTOR DE CO2

•Extintor de 6kg
•Peso full 18kg
•Peso vazio 12kg
•Alcance do jato: 4 m
•Não possui
manômetro
•Validade carga: 365
dias
MÉTODO START
Acidentes com Múltiplas Vítimas

 Situação em que há um desequilíbrio entre os


recursos imediatamente disponíveis e as
necessidades. Porém, com recursos locais se
consegue manter um padrão de atendimento
adequado
 Eventos súbitos com mais de 5 vítimas graves
Uma explosão provocou na madrugada desta terça-
feira (5) o desabamento de uma padaria no bairro
Jardim Iguatemi de São Mateus, Zona Leste de São
Paulo. Pelo menos oito pessoas foram retiradas dos
escombros.
MÉTODO START

 O atendimento a acidentes com


múltiplas vítimas é um desafio com
o qual os serviços de atendimento
pré-hospitalar móvel e os hospitais
que atendem urgências se deparam
com frequência.
MÉTODO START

 Diariamente temos em nosso país


acidentes dos mais variados tipos, com
ônibus, trens, vans, automóveis,
desabamentos, colisão de vários veículos e
incidentes em eventos com aglomerado de
pessoas, que causam um número de
vítimas superior a cinco.
MÉTODO START

 Há também a possibilidade de vítimas em


massa associadas a eventos naturais, à
ação do homem ou mistos.
DEFINIÇÕES

 Desastres, Calamidades e Catástrofes são


sinônimos definidos como eventos com
Potencial de Criação de Lesão.
Desastre de Massa
 Ocorrência súbita de um evento
calamitoso, normalmente instantâneo
e violento, resultando em dano
material significativo, deslocamento
considerável de pessoas, número
grande de vítimas e perturbação
significativa da sociedade...”.
No atendimento pré-hospitalar

 Catástrofe é aquela situação em que as


necessidades de atendimento excedem os
recursos materiais e humanos
imediatamente disponíveis, havendo
necessidade de medidas extraordinárias e
coordenadas para se manter a qualidade
básica ou mínima de atendimento.
Desastre

 “Fenômeno ecológico súbito de magnitude


suficiente para exigir auxílio externo.”

 FONTE: OMS in Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado / NAENT –


Rio de Janeiro: Elsevier, 2007
Exemplos de situações de catástrofes

• 1982 —Explosão de reator nuclear, Chernobyl/antiga


URSS;
• 1995 —Desabamento de edifício residencial,
Guaratuba/PR;
• 2009 —Queda de teto na igreja Renascer, São
Paulo/SP;
• 2011- Terremoto seguido de tsunami e acidente
nuclear, Japão.
• 2011- tiroteio em escola, Rio de Janeiro
• Alem de enchentes, terremotos, tornados, furacões ,
etc.
Atendimento a Múltiplas Vítimas (protocolo SAMU ABC)

 Avaliar se os recursos disponíveis são


suficientes para o atendimento de todas as
vítimas.
MÉTODO START

 Caso os recursos sejam suficientes,


distribuir as equipes no
atendimento das vítimas de acordo
com as prioridades (ABCs).
 Caso os recursos não sejam
suficientes, iniciar a tiragem das
vítimas pelo método de START.
A Primeira Equipe de Atendimento que Chegar ao Local Deve:

 Avaliar a cena, segurança e


situação;
 Contatar a Central de Regulação e
informar o tipo de evento e o
número de vítimas;
A Primeira Equipe de Atendimento que Chegar
ao Local Deve

 Solicitar reforço sempre que necessário;


 Iniciar o atendimento das vítimas de acordo
com as prioridades ou dar início à triagem
pelo método START, dependendo dos
recursos disponíveis.
Triagem

 Implica classificar em vários graus de


prioridades para o tratamento e transporte
das vítimas, com o objetivo de assegurar o
melhor cuidado médico para o maior
número de vítimas.
Triagem

 A triagem deve ser realizada quando os


recursos de pessoal e de material forem
insuficientes frente a um acidente.
Exemplo:

 Acidente com ônibus, com várias vítimas,


com número insuficiente de recursos
prontamente disponíveis. Neste caso
precisa triagem.
MÉTODO START

 Portanto, a triagem quando bem realizada,


determinará o sucesso na diminuição da
mortalidade.
 A triagem deve ser feita através de
parâmetros simples e rápidos, gastando no
máximo de 60 a 90 segundos por vítima.
Escala de classificação das vítimas
START

 Atualmente é o modelo adotado pela


Associação de Chefes de Bombeiros do Estado
da Califórnia nos EUA.

 START é a abreviatura de Simple Triage And


Rapid Treatment   (Triagem Simples  e
Tratamento Rápido) . 
Start

 Divide as vítimas em 4 categorias.


 Óbito (preta): pacientes que não respiram,
mesmo após manobras simples de abertura
de vias aéreas.
 Imediata (vermelha): respiração presente
somente após manobras de abertura de
vias aéreas, ou respiração maior que 30/min
CLASSIFICAÇÃO

 Atrasada (amarela): pacientes que não se


enquadram nem na prioridade imediata
nem na menor.
 Menor (verde): feridos que estão andando
no local.
START

• Como fazer:
• Respiração > Se o paciente não respira,
checar presença de corpos estranhos
obstruindo a via aérea > remova prótese e
dentes soltos >alinhe a cabeça cuidando da
coluna cervical > se após este procedimento
não iniciar esforços respiratórios > cartão
preto > se iniciar respiração > cartão
vermelho
Start
RESPIRAÇÃO

 Como fazer:
 Frequência respiratória maior que 30 ou
menor que 8 > cartão vermelho
 Vítimas respirando entre 8 e 30 > não
classificar agora > acessar perfusão
 Perfusão > enchimento capilar maior que 2
segundos > cartão vermelho > se for em até
2 segundos > avaliar nível de consciência
Start
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

 Nível de consciência > solicitar


comandos como: feche os olhos,
aperte minha mão, ponha a
língua para fora > se a vítima não
obedece a estes comandos
>cartão vermelho > se obedece a
comandos > cartão amarelo
Start
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

 Cartão verde > pacientes que estejam


andando ou que não se enquadrem em uma
destas situações
Resumo
 Vítima deambulando
 Sem respirar após abertura de VAS
Respiração - acima de 30
Perfusão - acima de 2 s
Mental - incapaz de seguir ordens simples
- capaz de seguir ordens simples
Área vermelha (prioridade 1)

 Pacientes com risco de vida


imediato e que terão uma
evolução favorável se os
cuidados médicos forem
iniciados imediatamente.
EXEMPLOS
Pacientes que necessitam transporte rápido para o
hospital

• Lesões intra-abdominais
• Insuficiência
respiratória • Lesões arteriais
• Lesões de face e olho
• Pneumotórax
hipertensivo • Queimaduras de 2º grau
maiores que 20-40% ou
• Hemorragia grave de 3º maior que 10-30%
• Choque • Lesões extensas de
• Queimaduras em face partes moles
• Lesões por inalação • Amputações
Área Amarela (prioridade 2)

• Vítimas que necessitam de algum atendimento


médico no local e posterior transporte ao hospital,
porém não estão em risco de vida imediato.

• Fraturas
• Traumatismos abdominais e torácicos
• TCE leve; moderado
• Ferimentos com sangramento que necessitam
suturas
• Queimaduras menores
Área Verde (prioridade 3)

• Apresentam pequenas lesões, geralmente


sentadas ou andando, sem risco de vida, que
podem ser avaliadas ambulatorialmente.
• Geralmente estão com dor e em estado de
choque e tendem a ser pouco cooperativos.
• Contusões
• Pequenos ferimentos
• Hematomas
• Escoriações
OBSERVAÇÃO

 Não entendem o fato de estarem


agrupados numa área e recebendo cuidados
mínimos.
 É extremamente importante um apoio
psicológico para manter essas vítimas
nessas áreas; caso contrário, elas tendem a
deixar o local indo sobrecarregar o hospital
mais próximo.
Área Preta (prioridade 4)

 Todos os pacientes com traumatismo


severo, com poucas chances de sobrevida e
os em óbito, vão para este local.óbito

 múltiplos traumas graves


 queimaduras de 2º e 3º graus extensas
Fluxos
Fluxo de Vítimas
Triagem Tratamento Transporte
TRANSPORTE/ HOSPITAL
• As ambulâncias que chegam até o local ficam à
distância do ponto de triagem e atendimento.
Deve ter um responsável pelo setor, coordenando
o fluxo de entrada e saída dos veículos sem que
haja congestionamento, garantindo que
nenhuma ambulância deixe o local sem a
liberação da coordenação médica, promovendo a
aproximação das ambulâncias somente quando
forem solicitadas para realizar o transporte.
PRINCÍPIOS
 Paciente correto
 Destino correto
 Momento correto
 Meio correto
Área de Transporte

Viaturas

• Velocidade máxima de 30 km \ h
• Sirenes desligadas
• Giroscópio e faróis acesos
 Os hospitais de referência
devem preparar-se para receber
as vítimas, de acordo com
planos preparados
antecipadamente.
Organização do Hospital
• Preparação da SE:Triagem • Bloco
• Esvaziamento SE cirúrgico/Esterilização
• Chamamento de pessoal • Enfermaria per-operatória
(REFORÇO) • Cuidados Intensivos
• Equipamentos • Transportes
• Organização por área • Parque de Equipamentos
clínica • Farmácia
• Sala de Catástrofe • Comunicações
• Segurança • Informação
• Registros • Imprensa
 

EXERCICIO:
 

No meio de uma catástrofe temos as seguintes


vítimas a serem socorridas, estabeleça a ordem de
prioridade e justifique:
 
a)Vítima com TCE grave X Vítima com hemorragia
intra-abdominal . Quem socorrer ?????
 
Resp: Socorre-se a vítima com hemorragia
abdominal,pois esta tem mais chances de sobrevida,
e caso a vítima de TCE grave venha a falecer, a outra
enquanto espera socorro morre devido à hemorragia.
b)Vítima em PCR X Vítima em hipóxia +
fratura de fêmur . Quem socorrer ?????
 
Resp: Se salva a segunda vítima pois sua
chance de sobrevida é maior, por estar
em PCR a primeira vítima é classificada
como preto.
 
O
B
RI
G
A
OBRIGADO
G
O

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