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Terceira Idade e a

Contemporaneidade
Fernanda Mello
Karla do Rosário
Conteúdo abordado

 Aspectos sociais, culturais e políticos relativos a valores, preconceitos e sistemas


simbólicos que permeiam as relações sociais estabelecidas entre o grupo dos idosos e dos
não idosos na sociedade contemporânea.
 Esquemas simbólicos do imaginário e das representações sociais: construção de mitos e
crenças enaltecedoras ou estigmatizantes dos grupos de idosos ao longo da história.
 Categorias velho, idoso e terceira idade como construções sociais utilizadas para situar o
indivíduo nas várias instituições da sociedade, em proveito da ordem social e do poder.
Vovó Izaura
Idoso na sociedade
 

 Velho/velhice 

 Homem como “agente produtivo”

 Visão utilitarista
Uma fealdade e uma velhice confessada são, a meu ver,
menos velhas e menos feias do que outras disfarçadas e
esticadas.
Michel de Montaigne
Envelhecimento
 

 Construção do significado da velhice: crenças, mitos, preconceitos, estereótipos

 “Velhice” como uma questão privada

 
“A velhice confessada é menos velhice.“

Anne Lambert
Biologização da velhice
 

 Entrada da dimensão do Estado no curso de vida Moderno.

 Categorias de idade são como construções culturais e sociais arbitrárias que atendem a interesses
políticos de grupos sociais na luta pelo poder.

 Limitações ao pleno exercício da cidadania numa fase biologicamente mais vulnerável.

 Estado como agente responsável pela proteção social, sobretudo dos mais vulneráveis.  
 Velho

 Idoso

 Terceira Idade
Envelhecimento “Moderno”
 Valorização do idoso?1?

 Idoso como “ator político”, como “mercado de consumo”

 Propostas de adiamento interminável da velhice e a imposição de estilos de vida: dominação


simbólica.

 Idosos x Não-Idosos

 Autoimagem positiva no processo de envelhecimento.

 Só é velho quem quer!


A velhice é o fim? Porque associamos a morte à velhice?
 
A possibilidade da morte também está posta para o menino de 1 minuto de vida!

 - Os gregos acreditavam “somos homens naturais” por isso a morte é natural. Na vida basta se adequar àquilo que você é (artesão, mulher,
criança, escravo). A vida é natural! Por isso, a morte é natural!
Velho é aquele que deixa raízes! (conselho)

 - Pensamento religioso: promete uma vida após a morte. É democrático: Todos somos iguais e temos que conquistar um bom lugar.
Velho é alguém recatado! (humildade, fé)

 - A partir do séc. XVI e XVII: descobertas científicas, Iluminismo. Deus não dá mais conta de explicar tudo. É o saber que orienta a
transcendência humana. Assim quanto mais velhos, mais sábios, mais eruditos e mais felizes.
Velho é alguém sábio, mestre, professor! (não tem dúvidas, tem certezas)

 - A partir do séc. XIX: há uma desconstrução. No mundo de hoje a velhice não pode obedecer a nenhum modelo: o mundo exige singularidade.
Não há um modelo estável, não há protocolos à priori: aquilo que eu fiz, fez um sentido para você e te gerou outro sentido.

Valorização da singularidade!
Música do Arnaldo Antunes
“Envelhecer”
Fontes

RODRIGUES, Lizete de Souza; SOARES, Geraldo Antonio. Velho, Idoso e Terceira Idade na
Sociedade Contemporânea. Revista Ágora, Vitória, p. 1-29, 2006.

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