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Direito Constitucional

2º Encontro

Prof. Msc. Arlley Andrade de Sousa


“Ninguém pretende que a democracia seja
perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia
é a pior forma de governo, salvo todas as demais
formas que têm sido experimentadas de tempos em
tempos”.

Winston Churchill
1. CONSTITUIÇÃO
1.1. Conceito Geral da Palavra Constituição:

“A palavra Constituição abrange toda uma gradação de significados,


desde o mais amplo possível - a Constituição em sentido etimológico, ou seja,
relativo ao modo de ser das coisas, sua essência e qualidades distintivas - até
este outro em que a expressão se delimita pelo adjetivo que a qualifica, a
saber, a Constituição política, isto é, a Constituição do Estado, objeto aqui de
exame”.(BONAVIDADES, 2005, p.80)

“Demais, cumpre lembrar que o termo Constituição, consagrado


pela linguagem política e jurídica para nomear de início apenas as
Constituições escritas, fora desconhecido “antes do século XVII, pois as leis
qualificadas como constitucionais se denominavam então leis fundamentais
ou leis políticas”. (BONAVIDADES, 2005, p.80).
1. CONSTITUIÇÃO
1.2 Conceito Material de Constituição.

“Do ponto de vista material, a Constituição é o conjunto de


normas pertinentes à organização do poder, à distribuição da
competência, ao exercício da autoridade, a forma de governo, aos direitos
da pessoa humana, tanto individuais como sociais. Tudo quanto for, enfim,
conteúdo básico referente à composição e ao funcionamento da ordem
política exprime o aspecto material da Constituição...

… Em suma, a Constituição, em seu aspecto material, diz


respeito ao conteúdo, mas tão somente ao conteúdo das determinações
mais importantes, únicas merecedoras, segundo o entendimento
dominante, de serem designadas rigorosamente como matéria
constitucional”.(BONAVIDADES, 2005, p.80-81).
1. CONSTITUIÇÃO
1.3 Conceito Formal de Constituição.

No sentido formal, denomina-se de Constituição tudo que está


inserido no texto constitucional, mesmo que não sejam matérias
essencialmente constitucionais.

“Diz Kelsen, enunciando o conceito formal de Constituição:


“Fala-se de Constituição em sentido formal quando se faz a distinção entre
as leis ordinárias e aquelas outras que exigem certos requisitos especiais
para sua criação e reforma".(BONAVIDES, 2005.p.82)
2. CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES

2.1. As Constituições rígidas e as Constituições flexíveis

2.2. As Constituições costumeiras e as Constituições escritas

2.3. As Constituições codificadas e as Constituições legais

2.4. As Constituições outorgadas, as Constituições pactuadas


e as Constituições populares

2.5. Constituições concisas e Constituições prolixas


3. SENTIDOS DA PALAVRA CONSTITUIÇÃO

3.1) Sentido sociológico de constituição - Quem fez o estudo


deste sentido foi FERDINAND LASSALE. Ele dizia que a Constituição
refletia os fatores reais de poder de uma sociedade.

Em todas as sociedades há interesses que se chocam. A


Constituição deve refletir o que é a sociedade, prevendo os seus conflitos.
Se ela não refletir o que é a sociedade (não refletir tais fatores reais), “ela
não passa de uma folha de papel”.
3. SENTIDOS DA PALAVRA CONSTITUIÇÃO

3.2) Sentido político de constituição – atribuído a CARL SCHMITT,


compreendia a Constituição como “a decisão política fundamental de um
povo/do titular do poder constituinte”.

Ou seja, a norma Constituição teria duas funções básicas:


1) estruturar o Estado (se é República, Monarquia,
Presidencialista, etc.);
2) assegurar um rol de direitos fundamentais.

Para ele, outras disposições existentes no texto da Constituição, que


não trate do temas acima, seriam meras leis constitucionais.

Ou seja, estariam na Constituição, mas não seriam, materialmente


Constituição.
3. SENTIDOS DA PALAVRA CONSTITUIÇÃO

3.3) Sentido jurídico de constituição – descrito por HANS KELSEN,


toma a palavra “Constituição” em dois sentidos:

Lógico-jurídico – Constituição significa norma fundamental


hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da
validade da Constituição jurídico-positiva;

Jurídico-positiva – Equivale à norma positiva suprema,


conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional
no seu mais alto grau.

Todas as normas jurídicas de um país poderiam ser representadas


por uma pirâmide, estando no topo desta pirâmide a Constituição.
4. REFERÊNCIAS

BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo:


Malheiros, 2005.

GOMES CANOTILHO, Joaquim José. Direito Constitucional e


Teoria da Constituição. 7 ed. Coimbra: Almedina, 2003.

HERKENHOFF, João Baptista. Como aplicar o Direito. 12 ed.


ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2010.

HESSE, Conrad. Temas Fundamentais de Direito Constitucional.


São Paulo: Saraiva, 2009.

HESSE, Konrad. (Trad. Gilmar Mendes). A Força Normativa da


Constituição. Sérgio Antônio Fabris Editor: Porto Alegra, 1991.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

FIM

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