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ALIMENTAÇÃO
E
HIDRATAÇÃO
Formador: João André
Carga Horária – 50
-horas
Pontos de crédito: 4,5
-Métodos e técnicas pedagógicas: Apresentação expositiva
através do formato Power Point, Brainstorm, debates,
dinâmicas de grupo e visualização do filme Magic Pill
Apresentação Avaliação
Assiduidade e Pontualidade
- Respeitar horários
- Devem estar presentes em 90% das horas
Apresentação dos
trabalhos de grupo
Grupo I – Dieta diabética
Grupo II – Dieta Parentérica
Grupo III – Dieta Hipossalina
Grupo IV – Alimentação
Saudável
•Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisão direta do profissional de saúde e
aquelas que podem ser executadas sem necessidade de supervisão direta;
O Homem tem aumentado a sua
esperança de vida e longevidade,
sendo esta uma realidade cada vez
mais frequente no mundo e
também em Portugal.
Uma alimentação e nutrição adequadas constituem requisitos básicos de direitos a vida
para a promoção da saúde e proteção contra doenças, o que torna possível um grande potencial
de crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida. Embora cada fase de vida
No processo de envelhecimento, a alimentação vai tendo cada vez mais um papel fulcral
nutricionais declinam com a idade devido à diminuição do metabolismo, por outro necessitam de
Existem sete famílias de nutrientes, em que cada família tem as suas características, a sua
constituição e a sua função:
1 gr de gordura = 9 quilocalorias.
Vitaminas
Necessárias ao bom funcionamento e desenvolvimento do
organismo, mas em pequenas quantidades.
Lipossolúveis Hidrossolúveis
•Vitamina B1 (Tiamina)
•Vitamina B2 (Riboflavina)
•Vitamina A •Vitamina B5 (Ácido pantoténico)
•Vitamina B6 (Piridoxina)
•Vitamina D •Vitamina B12 (Cobalamina)
•Vitamina C (Ácido ascórbico)
•Vitamina E •Vitamina H
•Vitamina M
•Vitamina K •Vitamina PP
•Vitamina P
Sais Fibras
Minerais
Catalisam e regularizam os processos de
Indispensáveis ao trânsito intestinal,
para o funcionamento normal de parte
assimilação dos alimentos. O organismo
do intestino delgado e de todo o
necessita de cerca de vinte minerais, mas
intestino grosso, favorecem a absorção
os principais são o cálcio, o sódio o
regular da água e dos constituintes dos
potássio e o ferro.
alimentos e a sua passagem para o
sangue.
Águ
A água é o componentea
mais abundante do
organismo. Num adulto, cerca de 60 a 70% do seu
peso é constituído por água.
• Completa
• Variada
• Equilibrad
a
RODA DOS
O número deALIMENTOS
porções a serem ingeridas diariamente deverá ser de acordo com as
necessidades individuais de cada indivíduo, pelo que estas dependem de vários fatores
como o sexo, a idade, estado fisiológico, atividade física, entre outros
Contudo, nas crianças com idades compreendidas entre 1 aos 3 anos as porções
devem ser inferiores ao que é estabelecido, bem como nos homens fisicamente
ativos e rapazes adolescentes pelo que necessitam de maior aporte energético
Grupo dos Cereais,
Derivados e
Tubérculos
Alimentos ricos em hidratos de carbono complexos, sendo este
substrato a principal fonte energética das nossas células. São
praticamente isentos de gordura e fornecedores de proteínas de
média qualidade, uma vez que apresentam como aminoácido
limitante o triptofano. São também boas fontes de minerais
(Selénio, Potássio e Magnésio) e vitaminas (B1, B2, B3, B6 e C)
Crianças
As necessidades Bebés
nutricionais nas Período pré-escolar
Idade Escolar
diferentes fases da Adolescência
Idosos
Nutrição na
gestação
As recomendações nutricionais são direcionadas para o consumo de energia pelo
organismo e o ganho de peso durante a gestação, sendo assim uma adequada
ingestão energética se resume em um ganho ponderal gestacional satisfatório. O
ganho de peso mostra o crescimento fetal e a expansão de tecidos maternos como
placenta, tecido adiposo, útero e mamas, e também aumento de líquido
extracelular, volume sanguíneo e líquido amniótico.
evitar na
dieta Reduzido consumo de Saltar refeições
dos alimentos ricos em fibras Começar o dia sem tomar o pequeno
-Se a capacidade digestiva é limitada, as refeições devem ser planeadas de modo que a
pessoa idosa evite certos alimentos. Uma bebida quente à noite pode ser agradável para o
idoso, ajudando mesmo a induzir ao sono.
-As refeições na terceira idade devem ser pouco abundantes e repartidas, para que cada uma
não sobrecarregue demasiado o estômago do idoso. À medida que aumenta a idade, a
tendência será para que as refeições se tornem isocalóricas e com intervalos de cerca de 2,30
a três horas.
Pontos
-Estas refeições devem importantes
ser preparadas para facilitarem a mastigação e permitirem uma
fácil digestão, evitando a utilização de condimentos fortes e de gorduras em excesso e
muito aquecidas.
Qualquer sistema do corpo pode ser afetado por uma desordem nutricional:
-Sistema nervoso: deficiência de niacina (pelagra), tiamina - vitamina B1, deficiência ou excesso
de vitamina B6 (piridoxina), e deficiência de vitamina B12.
-Sistema cardiovascular afetado pela obesidade, por uma dieta com muita gordura que leva à
hipercolesterolemia e à doença coronária, ou por uma dieta com excesso de sal que conduz à
hipertensão.
-Sistema gastrointestinal deficiência de ácido fólico e alcoolismo.
-Os ossos e articulações são afetados pelo raquitismo (deficiência de vitamina D), osteoporose.
Dietoterapia
- Adotar hábitos saudáveis como praticar desporto, não fumar e tentar viver
de forma calma e sem stress.
Dieta progressiva
Uma desidratação continuada, ainda que leve, tem efeitos a longo prazo,
nomeadamente a nível cardíaco, renal, respiratório e digestivo.
Na nova Roda dos Alimentos a água também está representada. Está
localizada ao centro uma vez que é essencial para a vida e faz parte de
quase todos os alimentos.
Importância da
Ahidratação
ingestão de líquidos é muito importante para a saúde mesmo quando
não se realiza exercício. As perdas diárias de água não se resumem apenas
a perdas pela urina. Estamos continuamente a perder a água do organismo
(através da respiração e do suor), o que vem reforçar a necessidade de
uma hidratação correta.
Efeitos da quando as perdas de água não são repostas. Existe uma tendência
natural para a desidratação na medida em que os rins têm que,
Sistema circulatório
Doença coronária – alguns autores descrevem uma associação inversa entre o consumo de água e o
risco de doença coronária.
Efeitos da desidratação na
saúde
Cognição
Em estado de desidratação ligeira, observaram alterações de funções cognitivas como
diminuição da capacidade de atenção, concentração e memória, comprometendo em alguns casos, a
tomada de decisão e a eficácia da resolução de problemas de aritmética.
As crianças e os adolescentes parecem estar particularmente sujeitos a risco de
comprometimento da função cognitiva devido a insuficiente hidratação.
Sintomas da desidratação:
Cãibras;
Fadiga;
Hipertensão Arterial;
Vertigens e tonturas;
Náuseas e vómitos;
Alterações visuais e
auditivas.
Restrições hídricas
A avaliação do estado de hidratação pode ser realizada por testes laboratoriais, por medições objetivas
não invasivas e por observações subjetivas.
Prestar atenção especial a pacientes com presença de sonda nasogástrica ou necessidade de aspiração de
secreções, tendem a apresentar maior acumulação de sujidade na boca e maior desidratação da mucosa
oral. Pelo que é fundamental a higiene cuidada da mesma.
Dever-se-á trocar o adesivo de fixação da sonda nasogástrica diariamente, após o banho.
A prestação de cuidados na alimentação e hidratação oral do cliente
Se o paciente for capaz de se auto-cuidar, deverá ser realizada supervisão e, se necessário ensino.
Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes instruções:
Reunir todo o material: luvas, escova de dentes ou espátula com compressa, pasta
dentífrica, antisséptico oral, copo, bacia, toalha, resguardos, palhinha, vaselina ou
pomadas.
Posicionar o paciente, de preferência sentado, ou em decúbito lateral (de lado) se
inconsciente;
Associar, no copo, o antisséptico e a água em partes iguais;
Se possível pedir ao Doente para gargarejar com o líquido previamente preparado
(podendo utilizar a palhinha), relembrando que não pode deglutir.
Embeber a espátula envolvida com compressa ou escova de dentes na mesma solução preparada
anteriormente;
A prestação de cuidados na alimentação e hidratação oral do cliente
Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes instruções (continuação):
Realizar a limpeza da língua, movendo-a de um lado para o outro para evitar provocar o vómito.
Não esquecer de limpar também as partes laterais, inferior e palato (céu da boca), além das
gengivas;
No caso do paciente possuir prótese dentária, esta deve ser retirada e lavada (água morna), escova
e pasta de dentes, devendo-se lavar a boca normalmente como anteriormente foi referido; colocar
prótese dentária em locais adequados (não embrulhar em lenços ou outro material).
Hidratar os lábios com vaselina ou outro produto semelhante.
No caso de pacientes semi-dependentes, promover uma correta higiene oral, aconselhando escovar
os dentes após as refeições, lavando todas as faces dos dentes, língua, gengivas, palato e parte
interna das bochechas, em movimentos circulares, utilizando uma escova com cerdas suaves. Pode
também ser aconselhada a utilização do fio dentário.
Posicionamento para alimentação/hidratação:
à mesa; no cadeirão; na cama
Posicionamento durante a refeição
O utente deve permanecer sentado ou recostado antes da alimentação, durante a alimentação e durante
30min após alimentação.
Posição para uma alimentação segura, na cama e em cadeira de rodas, com o tronco elevado e cabeça
direita.
Posição sentado, com o tronco direito, o braço afetado em cima da mesa. O prato pode ser colocado
sobre uma superfície antiderrapante para evitar o seu deslize.
Flexão da cabeça (queixo ao peito). Aumenta o espaço vascular e desta forma protege as vias
respiratórias.
Apresentação do prato e a preparação dos alimentos (cortar e descascar)
Sempre que o cliente se encontre incapacitado para tomar uma refeição, os colaboradores, devem:
Preparar cuidadosamente o espaço da refeição;
Promover a autonomia do cliente e respeitar as suas preferências e necessidades
individuais;
O prato, os talheres, o copo ou a chávena, devem estar adaptados para facilitar o seu uso; Aquecer
os alimentos que não se encontrem à temperatura indicada ou que não satisfaçam o cliente;
Garantir, nas situações de doentes acamados, que o cliente se encontra num
posicionamento correto (90º), i.e. sentado para tomar a refeição, para que este não se engasgue
ou sufoque;
Apoiar, se necessário, na toma dos alimentos. Nesta tarefa, o colaborador deve possuir uma atitude
calma e pausada, não apressar a refeição e colocar pouca comida no garfo ou colher para
salvaguardar uma boa mastigação e deglutização dos alimentos.
Apresentação do prato e a preparação dos alimentos
(cortar e descascar)
Limpar a boca do cliente, sempre que necessário, e posicionar-se de frente para o cliente,
mantendo uma conversa permanente.
Socorrer-se de ajudas técnicas /instrumentos de apoio para alimentar o cliente, sempre que
necessário;
Aumentar a consistência dos líquidos (p.e chá, café, sumos, sopas, etc), sempre que o cliente
tenha dificuldades em engolir, através de espessantes, ou seja de produtos de preparação
fácil e instantânea, sem paladar e que mantenham constante a espessura dos líquidos ao longo do
tempo, não lhe retirando o seu aspeto atrativo;
Não se esqueça de oferecer líquidos, mesmo que ele não os solicite. É muito importante manter
a hidratação;
Apresentação do prato e a preparação dos alimentos
(cortar e descascar)
Observe se as refeições estão a ser bem toleradas, caso contrário, procure apoio junto da sua
enfermeira/médico de família para conhecer outras alternativas de dieta;
A dor diminui o apetite. Certifique-se que o paciente esteja medicado com os analgésicos
prescritos pelo médico para que a dor não dificulte a alimentação;
Se for possível, ofereça sempre pequenas quantidades de comida e permita que o paciente escolha
entre várias opções de alimentos;
No caso dos pacientes com problemas na movimentação dos braços, lembre-se sempre de colocar os
alimentos e a água próximos ao lado não afetado.
Diferentes vias de
alimentação
ENTÉRICA PARENTÉRICA
A ingestão alimentar por via enteral não invalida que a pessoa não ingira alimentos por
via oral. Devemos, de facto, privilegiar a via oral por ser a mais fisiológica.
A alimentação entérica é utilizada também para: evitar perda de peso, má cicatrização de
feridas, diarreia, obstipação, vómitos, preparar o organismo para tratamentos como:
cirurgias, quimioterapia, radioterapia e diálise, entre outros.
Entérica
Estão incluídas dietas entéricas de diversas categorias, algumas das quais podem ser administradas por via oral: como
suplemento de alimentos correntes (quando a ingestão é insuficiente) ou como única forma da nutrição oral (em geral
dietas poliméricas).
Tipos ou Categorias de dietas entéricas
Suplementos dietéticos orais
Completos
Modulares
Dietas entéricas
Poliméricas
Modificadas
Pré-digeridas
Específicas de doenças (cardiopulmonar, hepática, renal)
Específicas de doenças metabólicas
A administração por via oral implica um paladar "agradável" para os doentes, o que é conseguido através de "sabores".
Estes são uma constante dos suplementos dietéticos.
Nas dietas poliméricas, a presença de sabores leva a um aumento de osmolalidade quando administradas por sonda deve
ser sempre selecionada a formulação neutra.
Entérica
Cuidados com sonda nasogástrica
A fixação externa da sonda pode ser trocada pelo cuidador, desde que tenha cuidado para não a deslocar.
Para fixar a sonda é melhor utilizar adesivo antialérgico, e mudar frequentemente o local de fixação, assim pode evitar
ferir a pele ou causar alergias.
Antes de dar a dieta coloque a pessoa sentada na cadeira ou na cama, com as costas bem apoiadas e deixe-a nessa
posição por 30 minutos após terminar a alimentação. Esse cuidado é necessário para evitar que em caso de vómitos
ou regurgitação, restos alimentares entrem nos pulmões.
Injete a dieta na sonda lentamente quase gota a gota. Esse cuidado é importante para evitar diarreia, formação
de gases, distensão abdominal, vómitos e também para que o organismo aproveite melhor o alimento e absorva os
seus nutrientes.
A quantidade de alimentação administrada de cada vez deve ser no máximo 350ml, várias vezes ao dia; ou de
acordo com a orientação da equipa de saúde.
Quando terminar a alimentação entérica injete na sonda de 20ml de água fria ou tépida se for fervida, para evitar
que os resíduos de alimentos entupam a sonda.
A sonda deve permanecer fechada sempre que não estiver em uso.
A dieta deve ser dada em temperatura ambiente, não há necessidade de aquecer a dieta em banho-maria ou no
micro-ondas.
Tarefas no âmbito de
intervenção do/a
Técnico/a Auxiliar de
Saúde No que respeita à alimentação e hidratação, este
profissional deve auxiliar na prestação de
cuidados aos utentes, de acordo com orientações do
enfermeiro:
Sob orientação de um Auxiliar nas tarefas de alimentação e
Enfermeiro, tem de executar hidratação do utente, nomeadamente na
sob sua supervisão direta preparação de ligeiras ou e
suplementos refeições no
alimentares
acompanhamento durante as refeições
Tarefas no âmbito de
intervenção do/a Devem ser cumpridos alguns aspectos dos quais se
Técnico/a Auxiliar de salientam os mais significativos:
Saúde No inicio do turno da manhã ou sempre que seja
necessário, transportar ao serviço de alimentação a
requisição das alimentações dos doentes.
Receber as alimentações dos doentes que são
Sob orientação e supervisão fornecidas pelo serviço de alimentação e efectuar a sua
de um Enfermeiro, pode distribuição aos doentes.
executar sozinho/a Colaborar na administração das refeições aos
doentes.
Manter a copa arrumada.
Nesta matéria, espera-se que o técnico/a auxiliar de saúde
tenha autonomia suficiente para o desempenho das
seguintes tarefas:
Aplicar técnicas de apoio na alimentação e
hidratação oral.
Tarefas no âmbito de Preparar um tabuleiro de alimentação, segundo
intervenção do/a plano alimentar/ dietético, prescrito.
Técnico/a Auxiliar de Preparar, acondicionar e conservar alimentos
frescos e confecionados, para pequenas refeições e
Saúde suplementos alimentares, prescritas em plano
alimentar/dietético.
Utilizar e descartar corretamente o equipamento de
proteção individual adequado.
Obrigado
Formador: João André