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Comunhão: Resultado de experiências

radicais com Jesus.


(Estudo 2)
João 20.19-29

Pr. Fernando Fernandes

PIB em Penápolis, 08/08/2010

Mês da Comunhão
2
Segundo o Dr.
Peter Kreeft, no
livro Jesus, o
maior filósofo que
já existiu, “o
problema
fundamental da
sociedade é o
aglutinante.” 3
Para este filósofo, somos
naturalmente egoístas e o nosso
grande desafio não é apenas a
unidade espiritual, idológica, social ou
relacional, mas sim encontrarmos o
fator que promova o ajuntamento e a
unidade, e que nos permita a vivência
em comunhão fraterna e amorosa.
4
Este desafio é tão grande que, como já
disse, o próprio Senhor Jesus orou,
intercedendo por nós, para que Deus
nos conceda a graça da unidade
espiritual e da vivência em comunhão
na igreja local, João 17.20-23.

5
O povo de
Deus sempre
enfrentou
dificuldades
para
promover e
desfrutar da
comunhão.
6
Temos dificuldade
em relação a
comunhão por
que ainda não
compreendemos
que além do
amor A, DE e EM
Cristo, devemos
desenvolver a
solidariedade.
7
A solidariedade
como
aglutinador
humano é mais
poderosa do que
a justiça, por ser
concreta e
mística ao
mesmo tempo. 8
A igreja tem em
Cristo, que morreu
para nos reconciliar
com Deus, conosco
mesmo e com a
humanidade, o
verdadeiro
fundamento para a
solidariedade
humana,
2Co 5.16-21. 9
Porém, para que
sejamos solidários e
promotores da
comunhão cristã, e
não apenas pessoas
naturalmente
solidárias,
carecemos de
experiências
radicais com Jesus. 10
Jesus é o fundamento concreto da
nossa fé e da Igreja, e nos transpõe de
uma religião puramente mística para
uma espiritualidade concreta e
incondicionalmente submissa a ele, e,
por isso, abençoadora e promotora da
unidade espiritual que predispõe o
nosso ideário e o nosso coração à
comunhão na igreja local. 11
Por esta razão, afirmo que a segunda
experiência radical que devemos ter
com Jesus para promovermos e para
vivenciarmos a comunhão é...

12
2. A submissão
ao senhorio de
Cristo –
João 20.24-29.

13
Submissão é a disposição para
obedecer, para aceitar uma situação
de subordinação. É docilidade,
obediência e subalternidade.

Na perspectiva teológica, submissão é


a disposição para obedecer e para
aceitar uma situação de subordinação
com docilidade, em obediência e
reconhecimento da subalternidade.14
Na Bíblia, o termo submissão –
(submetam-se) – aparece com o
sentido de reconhecer a autoridade,
de se submeter e se consagrar, na
busca de abençoar e de alegrar o líder
espiritual da igreja local, o pastor, que
deve ser submisso a Cristo e prestará
contas a Deus por cada uma de suas
ovelhas, Hebreus 13.17. 15
Senhorio é o domínio ou o direito do
senhor sobre algo ou alguém. É
mando. É autoridade.

Na Bíblia, o termo senhor tem o


mesmo sentido que o da língua
portuguesa, porém, há uma distinção
quando esta palavra é usada para se
referir a Jesus Cristo. 16
A Bíblia afirma
que Jesus é
Senhor e orienta
para que toda a
língua confesse
que Jesus é O
Senhor, para a
glória de Deus,
Fl 1.2 e 2.11.
17
Ao asseverar que Jesus é O Senhor, o
termo usado na Bíblia é kúrios ou um
de seus derivados.

Kúrios, senhor, indica o Senhor e


Mestre que tem pleno e absoluto
controle sobre as pessoas que a ele se
submetem, mas que também tem
soberania sobre todas as coisas.18
Ou seja, o que desejo ressaltar é que
para que promovamos, desfrutemos e
vivamos em comunhão, Jesus deve ser
O Mestre e O Senhor absoluto de
nossas vidas – (corpo, alma, espírito,
mente e coração) – , tendo pleno
controle de todos os nossos
pensamentos e sentimentos, bem
como de todas as nossas emoções e
reações, vontades e decisões. 19
Por esta
razão, Tomé,
chamado
Dídimo, é o
personagem
do nosso
estudo hoje.
20
O nome Tomé
significa gêmeo,
por isso, Dídimo.
Tomé é
conhecido na
história da Igreja
como o
“discípulo da
incredulidade”.
21
Tomé tinha uma
personalidade marcante
e, ao mesmo tempo em
que demonstrava
pessimismo e
incredulidade, explodia
em arroubos de
coragem indomável e
de altruísmo, Jo 11.1-
16, 14.1-7 e 20.24-25. 22
Tomé era discípulo de Jesus e
participante do Corpo Apostólico, mas
declara não saber o caminho a ser
trilhado na vida cristã e não acreditar
na ressurreição de Jesus, que é o
marco, o totem, o emblema, por
excelência de sua vitória sobre a
morte, o pecado, o diabo e o inferno,
Jo 14.5, 20.25 e 1Co 15.55-57. 23
Na verdade, o que
faltava a Tomé era
a experiência de
submissão ao
senhorio de
Cristo.

24
A comprovação de que faltava a Tomé
essa experiência radical de submissão
ao senhorio de Jesus para que ele
vivesse em comunhão com os demais
discípulos reside no fato de que ele
não acreditou nos relatos sobre a
ressurreição e nem estava presente
com os demais apóstolos quando
Jesus apareceu-lhes e soprou sobre
eles o Espírito Santo, Jo 20.21-25.
25
O grande
problema da não
submissão ao
senhorio de
Cristo vai além
da falta, da
quebra, e da
atitude fugidia
da comunhão. 26
O mais grave da
atitude costumeira
de não submissão
a Jesus é que esta
atitude indica a
incredulidade que
domina a mente e
que impera no
coração da pessoa.
27
Sabemos que comunhão é a
participação interativa e sinérgica em
uma associação mista e indivisível,
que gera prazer e dor ao mesmo
tempo, mas que é motivada pelo
espírito do compartilhar gracioso em
contraste com o espírito egoísta.
28
A comunhão cristã é um
compartilhar de amizade
concretizada na divisão
prática dos bens, na
unidade da fé, no
imaginário consensual e na
unção do Espírito Santo,
que nos auxilia na vivência
desta mutualidade e na
submissão a Jesus Cristo e
ao líder espiritual da igreja
local. 29
Por sua vez, o nosso líder
espiritual, deve nos
instruir, na Bíblia, sobre o
papel de Jesus como o
Agente Aglutinador que
nos liberta da
incredulidade e que nos
ajuda a renunciar o
egoísmo e a predisposição
naturalmente conflituosa
da sociedade sem Deus. 30
Como uma pessoa incrédula
conseguirá vivenciar em comunhão e
desfrutar de suas bênçãos, se em sua
mente ainda não existem convicções
de fé e se seu coração ainda não é
inteiramente dominado pela certeza
da salvação e pelo desejo espiritual de
se submeter ao senhorio o Jesus
Cristo? 31
É impossível que a pessoa que ainda
não teve a experiência de submissão
incondicional ao senhorio de Cristo
reconheça-o como Deus e Senhor de
sua vida, sendo habilitado, por isso,
para vivenciar a comunhão cristã em
benfazeja mutualidade na igreja local.
32
A história de Tomé é prova disso, mas é
também um chamado a mudança
radical de pensamento, de sentimento,
Convertida a Jesus
de vida e de espiritualidade.na Igreja Bola de
Neva, Regininha
Poltergeist, ou
melhor, Regina de
Oliveira Soares,
mudou sua vida e
abandonou a
carreira de atriz
pornô. 33
A Bíblia mostra que ao se encontrar
com Jesus e colocar seus dedos nas
feridas causadas pela crucificação,
bem como no ferimento causado pela
lança pontiaguda que perfurara o lado
Jesus, Tomé é liberto da incredulidade
e, prostrado diante de Jesus, declara:
“Senhor (Kúriós) meu e Deus meu!”,
Jo 20.28. 34
Tomé reconhece
o senhorio, ou
seja, o domínio,
o direito, o
controle pleno e
absoluto de
Jesus, e confessa
a autoridade
espiritual dele
sobre a sua vida.
35
Ao se prostrar submisso Tomé
confessa publicamente a sua
disposição de obedecer e de se
autossubordinar a Jesus, com
docilidade e amor, devotando ao
Senhor da sua salvação, em
reconhecimento de sua
subalternidade e em obediência, a
sua mente, o seu corpo, a sua alma e
o seu espírito, integralmente.36
Tomé agora estava pronto, capacitado
e habilitado para promover, buscar,
vivenciar a comunhão COM e EM
Cristo com os demais discípulos e
apóstolos, e para desfrutar das
bênção espirituais, materiais e
relacionais que a comunhão e a
mutualidade cristãs propiciam,
At 1.12-14. 37
Esta pode ser a sua experiência hoje.

Como Tomé, você pode confessar


publicamente que está disposto a ser
submisso a Jesus Cristo, O Senhor e
Salvador de sua vida.

38
Basta que você vença
a incredulidade e
renuncie todas as suas
dúvidas existenciais,
espirituais e
religiosas, se
entregando a Jesus e
pedindo que ele seja
O Senhor e Salvador
da sua vida. 39
A submissão ao
senhorio de
Cristo é uma
das experiência
radicais das
quais depende
a nossa
vivência em
comunhão na
igreja local.
40
Amém. 41

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