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4º grupo

Responsabilidade civil do Estado


Responsabilidade Civil

Responsabilidade, em sentido etimológico, reflete o


sentido geral de obrigação, encargo, dever,
compromisso, sanção, imposição. No sentido jurídico,
revela a obrigação de satisfazer ou executar o acto
jurídico que se tenha convencionado ou a obrigação de
satisfazer a prestação de cumprir o fato atribuído ou
imputado à pessoa por determinação legal.
Responsabilidade civil do Estado
A responsabilidade civil do Estado é decorrente
da sujeição de todas as pessoas públicas e
privadas à ordem jurídica, ou seja, o Estado tal
como as demais pessoas jurídicas é um sujeito
de direitos e deveres.
Assim, diante de um dano injusto causado pelos
seus agentes recai sobre este a obrigação de
repará-los.
Continuação

Segundo Yussef Said Cahali, entende-se por


Responsabilidade Civil do Estado a obrigação que lhe
recai de reparar os danos causados na esfera jurídica de
terceiros, decorrentes de actos lícitos ou ilícitos,
comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos
perpetrados por seus agentes, nessa qualidade.
Assim sendo, a visão actual determina a
responsabilização do Estado pelos danos que seus
agentes possam vir a causar a terceiros, a conhecida
responsabilidade civil objectiva, posição adoptada
pelo direito pátrio, onde várias teorias foram
delineadas para explicar a responsabilidade atribuída
ao Estado, tendo havido uma evolução entre elas,
conforme veremos a seguir.
Teoria da irresponsabilidade

Esta teoria acreditava na ideia de que o


Estado não podia ser responsabilizado por
danos causados aos cidadãos, por actos dos
seus agentes ou órgãos.
Assim sendo, o Estado estava ligado na ideia
de soberania e de uma concepção absolutista
do Estado, segundo a qual o Estado dispõe de
poderes e de autoridade incontestável
perante o facto, que sendo o garante do
direito não poderia errar.
Teorias Civilistas

Os Civilistas destacaram-se nessa fase, opondo-se à


irresponsabilidade absoluta do Estado, porém sem
com isso pregarem a responsabilidade civil total do
Estado.
Os partidários dessa teoria distinguiam as formas
de actuação da administração defendendo que só se
podia responsabilizar civilmente o Estado por
danos causados por actos de gestão privado,
baseando-se em princípios do direito privado de
responsabilidade de terceiro (comitente,
representante ou mandante, etc).
Teorias Subjectiva e Objectiva

A ideia da responsabilidade do Estado, depois de


admitida no século XIX, expandiu-se, evoluindo
de uma responsabilidade subjectiva, baseada na
culpa, e para uma responsabilidade objectiva,
alicerçada na simples relação de causa e efeito
entre o comportamento da pessoa colectiva de
direito público e o evento danoso.
Teoria de Risco Administrativo
Pela teoria do risco administrativo, a
actuação Estatal que cause dano ao
particular faz nascer para a administração
pública a obrigação de indemnizar,
independentemente da existência de
falta do dolo ou de culpa de determinado
agente público.
Basta que exista o dano decorrente de
actuação administrativa, sem que para ele
tenha concorrido o particular.
Teoria do Risco Integral
Segundo essa teoria, basta a existência do evento
danoso e do nexo causal para que surja a
obrigação de indemnizar para o Estado, sem a
possibilidade de que este alegue causas
excludentes de sua responsabilidade, Porem, a
teoria do risco integral foi abandonada por muitos
Estados na prática por conduzir a abuso e à
iniquidade social, porque entende-se que dessa
forma a administração ficaria obrigada a
indemnizar todo e qualquer dano
suportado por terceiros, ainda que resultante de
culpa ou dolo da vítima.
Natureza Jurídica da Responsabilidade Civil do Estado
Entretanto, os princípios e as normas de
direito privado definem o valor e apuramento
dos danos sofridos pelos particulares, e
princípios e normas do direito público que em
razão da posição do Estado oferecem uma
protecção ampla ao particular. Contudo, a
natureza jurídica da responsabilidade civil do
Estado no nosso entendimento pode-se
perceber que é Privada.
Os Elementos da Responsabilidade Civil Do Estado
Os Agentes Estatais

São pessoas jurídicas de direito público e


pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos.
Causas Excludentes e Atenuantes da
Responsabilidade
O estado esta isento da responsabilidade civil nos
casos da responsabilidade exclusiva do terceiro, dolo
ou culpa, e nos casos fortuitos e de forca maior.
Para que seja configurada a responsabilidade do Estado,
deve-se de antemão verificar a conduta do lesado na
ocorrência do dano. Se este em nada participou, sendo
apenas uma mera vítima, o ente Estatal virá a assumir
toda a responsabilidade.
No entanto, se da causa do dano participou não é justo
que o Poder Público assuma esse encargo sozinho,
portanto a indemnização devida pelo Estado deve ser
reduzida conforme o grau de sua participação, em real
aplicação do sistema de compensação das culpas
originário do direito privado, a culpa concorrente é uma
causa atenuante de responsabilidade.
Obrigado pela atenção dispensada

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