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Objetivo alimentícios, e nas coleções biológicas como na (d) laminoteca e (e) herbário.
Identificar as plantas do Jardim Sensorial do IFRJ CPIN de acordo com o Considerações finais
sistema iorubá de nomenclatura e classificação das folhas, valorizar e divulgar A proposta de identificação das plantas presentes no Jardim Sensorial a
etnossaberes das plantas e desenvolver ações de combate à intolerância partir do sistema iorubá de classificação de folhas é inovadora, visto que
religiosa e de educação ambiental. não há Jardins Sensoriais na região, e tem como perspectiva uma educação
decolonial, intercultural e antirracista. Buscamos valorizar tanto os saberes
Materiais e Métodos científicos, como os saberes locais e populares, e experiências vividas pela
comunidade. A proposta tem caráter interdisciplinar e está em consonância
1. Serão realizadas atividades de revisão de literatura e discussões com
com as leis 10.639/03 (Brasil, 2003) e 11.645/08 (Brasil, 2008), que
membros do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFRJ
orientam a obrigatoriedade da temática de história e cultura Afro-brasileira
CPIN. e Indígena para o currículo da rede de ensino. Partindo do pressuposto de
2. Para inserção da nomenclatura iorubá serão utilizados critérios ancestrais que todos os conhecimentos devem ser valorizados (FREIRE, 1996),
perpetuados a partir da oralidade e descritos na literatura. acreditamos na educação que visibilize os conhecimentos dos povos
3. Para compartilhamento das informações das espécies serão produzidas nativos e de pessoas escravizadas que foram trazidas para a região do Vale
placas de identificação das plantas contendo nomes populares, nome do Café.
científico, nomenclatura iorubá de cada espécie e sistema Braille de leitura e
um QR-code que irá guiar para a cartilha com mais informações sobre a Referências bibliográficas
espécie. As visitas ao Jardim Sensorial irão ocorrer semanalmente após seis
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista brasileira de ciência política,
meses de início do projeto.
n. 11, p. 89-117, 2013.
4. Como ação de combate à intolerância religiosa e de educação ambiental,
BARROS, José Flávio Pessoa de; NAPOLEÃO, Eduardo. EWÉ ÒRÌSÀ. Uso litúrgico e terapêutico
serão trabalhados itans específicos que relatem a relação das plantas com os
dos vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô. 3ªed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.
seres humanos. As atividades desenvolvidas pela proposta serão divulgadas
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de Janeiro de 2003.
através das redes sociais, em eventos acadêmicos, através de materiais
impressos e digitais, e por resumos e artigos científicos. BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de Março de 2008.
ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de outro mundo: el programa de investigácion
Agradecimentos de modernidade/ colonialidad latino-americano. Tabula Rasa, n.1, p.51 – 86, Ene. – Dic. 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. 43 edição.
São Paulo: Paz e Terra, 2011.
JAGUN, Márcio de. Ewé: a chave do portal. Rio de Janeiro: Instituto Ori, 2011.
MUNSBERG, João Alberto Steffen; DA SILVA, Gilberto Ferreira. Interculturalidade na
perspectiva da descolonialidade: possibilidades via educação. Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, v. 13, n. 1, p. 140-154, 2018.
VERGER, Pierre F. Ewé: o uso das plantas na Sociedade Iorubá. Companhia das Letras. 1995.