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Princípios do Processo
Administrativo – Parte I
Constituiçã o Federal.
Regras e princípios: a integridade no processo
administrativo
Embora a regra tenha uma natureza está tica e seja refém de seu texto,
ela existe para concretizar o princípio, razã o pela qual a
interpretaçã o de sua semâ ntica deve ser dinâ mica, de forma a melhor
corresponder aos mandamentos constitucionais.
Princípio da legalidade
Princípio da finalidade
Princípio da motivaçã o
Princípios
Princípio da moralidade
norteadores do
Princípio da publicidade
Processo
Princípios da eficiência e da devida duraçã o do
Administrativo
processo
Princípio da proporcionalidade
Este princípio, em sentido formal, identifica-se com a primazia da lei e com reserva de lei, pois o legislador é
legitimado, democraticamente, por um mandato recebido diretamente do povo, através do supremo mandamento
constitucional de que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
Nã o se pode pensar que o principio da legalidade é a ú nica fonte de produçã o legiferante. A ideia de que a lei é a
fonte da legalidade nã o afasta a possibilidade de que outros atos normativos concorrem para com mesmo status.
Há que se interpretar o princípio da legalidade no sentido de que as leis, em sentido formal, nã o podem abranger
todas as hipó teses previstas no mundo fá tico, porque as diversas manifestaçõ es sociais, econô micas e políticas
finalidade o resguardo dos interesse pú blicos. Estes, em apertada síntese, podem ser compreendidos como a vontade democrá tica
e soberana da sociedade, bem como a incondicional observâ ncia da legalidade e da constituiçã o; o que nã o se confunde com o
Atos administrativos que apenas formalmente adequam-se à legalidade, por visar a satisfaçã o de escuso interesse particular,
A definiçã o de abuso de autoridade é, segundo §1º do art. 1º Lei nº 13.869/2019: “as condutas descritas nesta Lei constituem
crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal”.
No campo do processo administrativo, deve a Administraçã o exercer legitimamente seus atos processuais em estrita observâ ncia
das formalidades essenciais à garantia dos administrados, nos termos do artigo 2º,p.u., III, VIII e XIII da Lei nº 9784/99.
Segundo o art. 20 da LINDB, “nas esferas administrativa, controladora e judicial, nã o se decidirá com base em valores jurídicos
Segundo o art. 21 da LINDB, “a decisã o que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidaçã o de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e
administrativas”.
Princípio da Finalidade - Jurisprudência
Segundo p.u, inciso III do art. 2º da Lei nº 9.784/1999, “nos processos administrativos serã o observados, entre
outros, os critérios de: “III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoçã o pessoal de
agentes ou autoridades”.
De acordo com o § 2º do art. 51 da Lei nº 9.784/1999, “a desistência ou renú ncia do interessado, conforme o caso,
nã o prejudica o prosseguimento do processo, se a Administraçã o considerar que o interesse pú blico assim o exige”.
Ainda segundo o art. 55 da da Lei nº 9.784/1999, “em decisã o na qual se evidencie não acarretarem lesã o ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderã o ser convalidados
pela pró pria Administração”.
No art. Art. 26 da LINDB, “para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situaçã o contenciosa na aplicaçã o do
direito pú blico, inclusive no caso de expediçã o de licença, a autoridade administrativa poderá , apó s oitiva do ó rgã o
jurídico e, quando for o caso, apó s realizaçã o de consulta pú blica, e presentes razõ es de relevante interesse geral,
celebrar compromisso com os interessados, observada a legislaçã o aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de
sua publicaçã o oficial”.
Indisponibilidade do Interesse Pú blico -
Jurisprudência
O motivo do ato administrativo diz respeito à causa imediata que
autoriza a sua prá tica, ou seja, o pressuposto fá tico e normativo que
enseja a sua prática. Quando se trata de um ato discricionário, a lei
autoriza a prática do ato, à vista de determinado fato. A decisã o da
Administraçã o é tomada segundo os critérios de oportunidade e
conveniência, dentro dos limites da lei. A motivação é a declaração
escrita dos motivos que ensejaram a prática do ato e integra a
forma do ato administrativo, acarretando a sua ausência a
nulidade do ato, por vício de forma (STJ, RMS 55732/PE, Ministra
Assusete Magalhã es,Segunda Turma, DJe 30/05/2019)
Referências
Para explorar o tema de forma mais profunda, apresentamos
abaixo a bibliografia utilizada na elaboraçã o da aula, bem como
demais links para acesso a outros conteú dos relativos ao tema:
RIVERO, Jean et WALINE, Jean. 16.ª edition. Droit administratif. Paris: Dalloz, p.46).