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Manejo Integrado de

Pragas (MIP)do Feijão


Passos para a realização do manejo integrado de
pregas do feijoeiro
1°)- Identificar os danos, as pragas e
seus inimigos naturais.
2°)-Amostrar as pragas e os inimigos
naturais.
3°)- Tomada da decisão
4°)- Escolha da Inseticida.
Estratégias de manejo Integrado

Rotação de culturas,
Plantio direto e coberturas mortas,
Tratos culturais,
Uso de sementes sadias,
Controle químico,
Cultivares resistentes,
Escape.
O MIP-Feijão leva em consideração o reconhecimento das
pragas que realmente causam danos à cultura, a capacidade
de recuperação das plantas aos danos causados pelas pragas,
o número máximo de indivíduos dessas pragas que podem
ser tolerados antes que ocorra dano econômico (nível de
controle), e o uso de inseticidas seletivos de forma criteriosa.
Desta forma, espera-se produzir feijão mais eficientemente,
minimizando os custos, diminuindo o impacto ambiental dos
produtos químicos e garantindo a sobrevivência dos inimigos
naturais das pragas (insetos benéficos).
Principais Pragas do feijoeiro
Broca do caule;
lagarta rosca;
lesma;
vaquinhas;
lagarta-enroladeira;
mosca minadora;
 cigarrinha verde;
 Ácaro-branco;
lagarta das vagens;
Percevejos;
Carunchos.
Tripes
Mosca branca
Broca do Caule
 A lagarta tem cerca de 15 mm de comprimento, apresenta coloração verde-
azulado, com estrias marrons dispostas longitudinalmente. Os adultos possuem de
15 a 25 mm de envergadura, sendo os machos pardo-amarelados e as fêmeas
pardo-escuras ou cinzas.
 Inicialmente, as lagartas alimentam-se das folhas, descem ao solo e perfuram o
colo e abrem uma galeria no interior do caule até a sua parte superior
 Os danos são ocasionados pelas lagartas que penetram no caule, abaixo da
superfície do solo, causando o secamento e, em conseqüência, a morte da planta.
 O controle pode ser realizado por meio da eliminação ou incorporação de restos
culturais.
Lagarta-rosca

A lagarta-rosca habita o solo e durante a noite, atua


causando perfurações ou cortes transversais no caule dos
feijoeiros, provocando redução do estande.
O controle pode ser realizado pela eliminação de restos
culturais e pela preparação adequada do solo. No caso de
grandes infestações recomenda-se o controle químico.
Lesma

A lesma tem constituído em uma praga importante no feijoeiro, principalmente em áreas de


plantio direto.
A lesma e um molusco de corpo achatado, coloração parda, úmida e quando adulta, mede de
5 a 7 Cm.
Para seu desenvolvimento a lesma necessita de alta umidade e, por isso, em período seco
elas são inativas.
A lesma começa seu ataque nas bordas próximas das área úmidas e, posteriormente,
progride para o interior da lavoura. As lemas jovens consomem totalmente as folhas, com
exceção das nervuras, pode causar reduções da ordem de 20% nas plantas e de 16% nos
rendimentos.
O controle das lesmas pode ser realizado com iscas contendo produtos químicos.
Pragas que atacam as folhas
Vaquinhas,
 Lagarta- enroladeira, mosca minadora, cigarrinha verde, mosca branca,
Àcaro branco.

Vaquinha

O
 termo "vaquinha" é utilizado para denominar os pequenos besouros coloridos que
se alimentam ("pastam") das folhas das culturas.

As
 vaquinhas adultas alimentam-se dos tecidos vegetais, danificando folhas flores,
vagens e transmitindo doenças, principalmente viroses. No estádio de larva, atacam o
sistema radicular, reduzindo a capacidade da planta em absorver água e nutrientes e
propiciando a penetração de fungos de solo, sobretudo do gênero Fusarium. Também
atacam as sementes durante a germinação destruindo as plântulas.

O
 controle das vaquinhas adultas deve ser realizado nas etapas iniciais de
desenvolvimento da cultura até o florescimento, quando forem observadas mais de
dois insetos por planta. O controle pode ser realizado com inseticidas a base de
Carbaril, Acephate, Metamidophos e Fenitrothion.
Cigarrinha
As cigarrinhas sugam a seiva da planta e enquanto se alimentam há
ocorre a injeção de substâncias tóxicas que provocam,
posteriormente, o encarquilhamento das folhas e cloroses, retardam
o crescimento, causando nanismo e diminuindo a produtividade.

O inseto adulto mede cerca de 3,0 mm e apresentam coloração


esverdeada.

Como medida de controle é recomendável evitar o plantio de


cultivares muito sensíveis e os inimigos naturais também efetuam
bom controle sobre a praga.
Mosca branca
•Os adultos possuem 2 pares de asas brancas e membranosas recobertas por uma
substância cerosa. A fêmea e o macho medem, em média, 0,9 e 0,8 mm,
respectivamente.

•O dano direto, pela sucção da seiva da planta, não causa dano às plantas do feijoeiro
e o inseto torna-se importante em épocas e regiões onde ocorre a transmissão do vírus.
Os danos indiretos são causados pela transmissão do vírus do mosaico dourado e são
proporcionais à cultivar plantada, à porcentagem de infecção pelo vírus e ao estádio
de desenvolvimento da planta na época da incidência da doença. Os danos indiretos
podem atingir 100%, quando ocorrem altas populações da mosca branca no início de
desenvolvimento da planta do feijão.

•A adoção de medidas de controle adequadas – tais como práticas culturais, cultivares


resistentes e uso racional de inseticidas – pode favorecer o aumento dos inimigos
naturais.
Tripes

• Os adultos de Thrips palmi com 1-1,2 mm de comprimento, apresentam


coloração amarela-clara e dourada, sendo a fêmea maior que o macho.

• Os danos por espécies de tripes são decorrentes da alimentação das


ninfas e adultos nas folhas e flores. As folhas inicialmente apresentam
pontos brancos na face superior. Pontos prateados surgem na superfície
inferior das folhas, resultantes da entrada de ar nos tecidos dos quais os
tripes se alimentaram. Com o tempo, os tecidos mortos necrosam, ficam
bronzeados ou ressecam e tornam-se quebradiços. Brotos foliares e
botões florais, quando atacados, tendem a atrofiar. Pode também ocorrer
uma queda prematura dos botões florais e vagens se a população de
tripes for alta.
Lagarta enroladeira

A lagarta enroladeira pode causar prejuízo ao feijoeiro


esporadicamente, quando em altas populações.Possui o habito de
enrolar em uma folha ou de juntar duas folhas próximas, unindo-as em
fios de seda e criando um abrigo no interior do qual passa a fase larval.

A lagarta e verde escura, podendo medir, ao final do ciclo, de 12-15


mm. A pipa, de cor marrom, permanece no interior do abrigo
construído pela lagarta.
Mosca Minadora
No feijoeiro a ocorrência da mosca-minadora tem sido constatada no
inicio do desenvolvimento da cultura, principalmente no plantio de
inverno
Os adultos medem 1,0 mm de comprimento, sendo o corpo de
coloração preta, com duas pontuações amarelas no dorso.
Os danos causados pelo inseto na lavoura são decorrentes das galerias
que formam nas folhas, provocadas pelas larvas quando se alimentam e
o ataque concentra nas folhas mais velhas do feijoeiro, por isso e
importante o uso de inseticidas.
Ácaro-branco

A infestaçãoinicial se da em reboleiras e os sintomas


de ataque são visíveis nas folhas do feijoeiro , as
quais tendem a se enrolar para cima.
Com base na biologia da praga, cujo ciclo de vida e
curto, recomenda-se que o uso de pulverizações no
combate a praga não ultrapasse quatro dias.
Pragas que atacam as vagens
Percevejos, Lagarta das vagens, Carunchos

Percevejo

Os percevejos atacam as vagens reduzindo a produtividade e


afetando a qualidade de grãos. As principais espécies que causam
danos ao feijoeiro são dos
gêneros Nezara, Piezodorus e Megalotomus. O controle pode ser
realizado com inseticidas a base de Fenitrothion, Metamidophos,
Triclorfom e Clorpiriphos etil.
Lagarta das vagens
Inicialmente,as lagartas se alimentam das flores e dos brotos,
depois, perfuram as vagens, onde passam a habitar se
alimentando das sementes imaturas.
Os adultos têm cerca de 23 mm de envergadura, apresentam
coloração marrom-clara, com manchas nas asas anteriores. A
postura é realizada nas gemas e vagens, sendo que cada
fêmea é capaz de colocar cerca de 150 ovos. As lagartas
apresentam coloração pardacenta e possuem quatro manchas
negras em cada segmento.
Caruncho

Os machos adultos apresentam coloração parda. As fêmeas são maiores e apresentam asas
de cor escura com quatro manchas de cor creme. Põem, em média, 22 ovos e vivem cerca
de 11 dias. Os ovos são colocados sobre o tegumento da semente, que é perfurada pelas
larvas, que levam cerca de 14 dias para completarem o seu desenvolvimento.
O controle é feito realizando o expurgo da semente, que consiste na aplicação de
inseticidas gasosos, como a fosfina.
Os carunchos alteram o peso do produto e o poder germinativo das sementes, alem da
depreciação do valor comercial devido à presença dos insetos mortos, ovos e excrementos
e orifícios nos grãos.
A tecnologia do MIP-Feijão foi validada em várias regiões
produtoras de feijão. Na região de Santa Helena de Goiás-
GO, com a utilização desta tecnologia, reduziu-se em 64%
a aplicação de inseticidas, com uma economia de 78% no
custo de controle e produtividade média de 3030,7 kg/ha
(Tabela 1). Na região de Cristalina-GO e Gameleira de
Goiás-GO, em algumas das áreas amostradas, o feijão foi
colhido sem nenhuma pulverização e, em outras, com
somente uma pulverização, reduzindo o custo de controle
em cerca de 89,2% (Tabelas 2 e 3).
Referencias Bibliográficas
Feijão Clibas vieira, Jose de Paula Junior,
Aluizio Borem ed. Ufv 2006
Doenças e pragas do feijoeiro Vieira
Clibas Viçosa UFV 1988

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