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Relatórios
Projetos Sociais

UFCD 10378
EFA
CEFCO_P208_V1

10-10-2022
Relatórios na Gestão de Projetos Sociais

• Temáticas:
1. Relatórios: definição e importância;

2. Orientações para a elaboração de relatórios;

3. Modelos de relatórios: relatórios macro, micro e mezo;

4. Técnicas de elaboração: os documentos e os seus destinatários;

5. Formatação.
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PROJECTO RELATÓRIOS

Planeamento Execução Avaliação e


Atividades Melhoria

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Relatório: finalidades

• 1.ª Finalidade: fornece um relato permanente, global e coerente de um


projeto desenvolvido, ou de uma atividade realizada;

• 2.ª Fornece a informação necessária á tomada de decisões;

• 3.ª Serve como meio de comunicação entre várias partes interessadas.

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Relatório

• O facto de o relatório descrever de forma lógica os passos dados ajuda a


garantir que eles foram mesmo realizados. É uma evidência do trabalho.
• O relato do trabalho realizado requer por isso cuidado e atenção na forma
como construímos esse relato/report.
• O relatório vive da informação que foi produzida e recolhida para esse
fim.

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Relatório

• Um relatório é um documento.
• Mas é também o produto final de um trabalho já desenvolvido.

• Quase toda a informação contida num relatório foi já anteriormente escrita


e recolhida, naquilo que se designa de “documentos de trabalho”.
• Se os “documentos de trabalho” forem completos e bem organizados, a
redação do relatório será mais fácil.
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Classificação dos documentos de trabalho

•Informação de fundo: documentos já publicados, recortes de jornais ou revistas,


artigos da imprensa local ou nacional, correspondência trocada;
Esta informação poderá ajudar a reforçar o conteúdo do relatório, aprofundando
alguns aspetos da temática em questão, as imagens/fotografias de jornais podem
ser esclarecedoras e complementar os textos.

Nota: Sempre que se utilizam estas fontes devem ser citadas no final do
relatório, em apêndice.
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Plano de trabalho/relatório, que contenha:

i. uma listagem dos assuntos a serem cobertos pelo relatório;


ii. A forma como pretendemos apresentar os dados;
iii. as pessoas que precisamos contactar;
iv. a divisão do trabalho pela equipa (quem vai fazer o quê);
v. Dados a inserir.
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Dados a inserir no relatório:
i. Factos e números;
ii. gráficos;
iii. Resultados de experiências;
iv. Questionários preenchidos;
v. Resultados de entrevistas;
vi. Outros
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Relatórios sobre o progresso do trabalho:
se um projeto/atividade for demorada no tempo é frequente existirem
relatórios “intermédios”, que foram relatando o decorrer das atividades.

Podemos ter um relatório final anual e um relatório intermédio a meio do


ano, ou mesmo ao trimestre. Podemos ter também relatórios intermédios por
ocasião do Natal ou Páscoa, sem prejuízo do relatório final.
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• O relatório é sempre conclusivo, ou seja, corresponde ao fechar de um
ciclo para que se possa abrir um novo.
• Foca principalmente nas conclusões de um projeto ou ano de
atividade, reunindo nas suas entradas (tópicos abordados) os pontos
mais relevantes e que vão permitir uma análise fundamentada e
coerente do trabalho realizado.
• Permite que se consiga propor melhorias e ações para novos projetos e
atividades de forma eficaz e de modo a assegurar uma evolução
favorável.
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• Página de título
• Sumário
• Índice
Estrutura de • Introdução
Relatório • Corpo central
• Conclusão
• Apêndice
• Anexos

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Página de título

A página de título deverá:


i. ser a primeira depois da capa;
ii. o título deverá dar uma indicação clara do assunto tratado, no menor
número de palavras possível;
iii. deverá ainda ser indicado se se trata de um relatório provisório ou final;
iv. Deverá incluir o nome do autor ou da organização responsável pela
feitura do relatório, e morada/local se for o caso.

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Sumário

O Sumário tem por finalidade apresentar o enquadramento temático, definir


claramente a justificação e a motivação para o trabalho. Explicará a finalidade do
relatório, os métodos utilizados para recolher a informação, e as principais
conclusões.

Com o Sumário o leitor fica imediatamente ao corrente do tema, motivações,


abordagem, resultados e conclusões, e decide se lhe interessa ou não o relatório.
Alguns leitores fazem arquivos apenas com o sumário dos relatórios e assim
quando precisam pesquisam por tema o sumário.
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Sumário

O sumário transmite a visão geral do documento, mas é um resumo!!


Visa sintetizar o essencial do relato. Quatro partes a considerar:

1. A razão por que estamos a redigir o relatório, e a descrição sucinta do


projeto/atividade;
2.Quais os objetivos e as ações perseguidas/levadas a cabo para resolver a
situação;
3.A metodologia e os resultados alcançados;
4.Conclusão sobre como o projeto resolveu a situação e o impacto nos
intervenientes, os benefícios do projeto/atividade desenvolvida.
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Índice

O índice deverá:
i. enumerar os capítulos e as secções de cada capítulo;
ii. Indicar o número de páginas;
iii. Ser feito automático;
iv. Não se numera a introdução, conclusão, referências bibliográficas e
apêndices e anexos.

Se o índice estiver bem feito a consulta do relatório é rápida e eficaz.


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Gráficos, Figuras, Quadros e Tabelas (GFQT)

• Deve existir um índice próprio de GFQT;


• Devem ter numeração específica e sequencial (tal como
aparecem no corpo do texto);
• O índice dos GFQT deve aparecer no relatório a seguir ao
índice deste;
• Só se apresenta no índice os elementos que foram utilizados
no trabalho.
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Abreviaturas, Acrónimos e Siglas (AAS)

• Abreviatura – representação de uma palavra ou expressão


com menos letras do que as da sua grafia normal, sendo
obrigatória a rematação com ponto (sinal da abreviação),
Ex: V. Exa. (por Vossa Excelência).
• Acrónimo – palavra formada pela inicial ou por mais de uma
letra de cada um dos segmentos sucessivos de uma locução,
ou pela maioria destas partes, que se pronuncia como uma
palavra só; lê-se a palavra como um todo e não letra a letra.
EX: FENPROF (Federação Nacional de Professores)
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Abreviaturas, Acrónimos e Siglas (AAS)

• Sigla – letra inicial ou sinal gráfico usado como abreviatura;


letras iniciais que funcionam como abreviatura de uma ou
mais palavras, lê-se letra a letra.
Ex: OIT (Organização Internacional do Trabalho)
Ex: EUA (Estados Unidos da América)

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Abreviaturas, Acrónimos e siglas (AAS)

• A listagem das AAS deve referir apenas os elementos


utilizados no corpo de texto;
• Deve organizar-se por ordem alfabética;
• A primeira vez que aparece no texto deve ser por extenso,
seguida da forma abreviada entre parêntesis:
Na lista de acrónimos: AT – Autoridade Tributária
Na 1.ª vez no trabalho Autoridade Tributária (AT)

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Introdução

Introdução: o primeiro capítulo de um relatório deverá designar-se por


“Introdução”.

Com a “Introdução” o leitor entende generosamente o enquadramento da


situação ou projeto, que se pretende relatar e seus objetivos. É também
apresentada a estrutura do relatório.

Por vezes é substituída a “Introdução” por “Enquadramento”, o que é um


erro. O enquadramento do tema fará parte da introdução.
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Corpo central: partes*, capítulos, subcapítulos

O corpo central: consiste numa série de capítulos ou secções em sequência


lógica, assunto por assunto, dispostos de forma a apresentar primeiro os
factos e depois uma análise destes.

Se existirem subcapítulos deverá seguir-se esta ordem, exemplo:


Capítulo 1: Actividade A
Parágrafo introdutório esclarecendo a temática dos subcapítulos
Subcapítulo 1: actividade A no local B
* No caso de um relatório muito extenso.
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Corpo central

O corpo central: consiste numa série de capítulos ou secções em


sequência lógica, assunto por assunto, dispostos de forma a apresentar
primeiro os factos e depois uma análise destes.

Deverão ser apresentados os factos decorrentes da realização do projeto


ou da atividade, os métodos que foram utilizados no projecto para
recolha de informação, e os resultados obtidos, podendo ser usados
tabelas e/ou gráficos.

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Corpo central

Posteriormente deve ser feita a análise dos factos apresentados,


referindo a sua importância ou relevância, as soluções e as
recomendações que forem oportunas.

Todas as tabelas e gráficos incluídos no corpo do texto deverão ser


numerados e identificados, e acompanhados de uma breve explicação.
No texto devem ser referenciados: “Pode observar-se através da tabela
2.1 que …”
A escrita deve ser impessoal e neutra.
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Corpo central: factos

Atividades e caracterização dos participantes:


a. Quais as atividades desenvolvidas;
b. Que participantes estiveram envolvidos;
c. Como decorreu a atividades/como foi executado, os locais onde se
desenrolou e os profissionais afetos;
d. Quais os resultados conseguidos;

Metodologia: como foram recolhidos os dados; questionário, entrevista,


observação, etc. 25
Elementos textuais

Em conjunto a:

• Introdução;
• Capítulos e subcapítulos;
• Conclusão

Formam os chamados elementos textuais.


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Corpo central: análise

Em projetos/atividades menos extensos a análise pode ser feita à medida


que se vão apresentando os resultados; sempre de forma impessoal e
neutra.

Noutros casos, convém dedicar um capítulo à análise dos resultados para


que não fiquem por observar quaisquer resultados, que sejam relevantes
para a avaliação do projeto.

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Conclusão

A conclusão finaliza o relatório e nela deve constar uma síntese das ideias mais
relevantes; uma apreciação crítica sobre o cumprimento dos objetivos propostos
inicialmente, as limitações encontradas e as conclusões e, ainda, as possibilidades
de melhoria e recomendações para trabalho futuro.

Na conclusão não deve ser inserido nenhum elemento novo ao relatório.

Após a conclusão deverão ser citadas as referências bibliográficas, e webgrafia, se


for o caso.

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Referências bibliográficas

• O conjunto das obras consultadas, quer sejam ou não


referenciadas, diz-se bibliografia;

• O conjunto das obras consultadas e referenciadas no corpo


do texto diz-se referências bibliográficas. No relatório devem
considerar-se as ref. bibliográficas.

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Referências bibliográficas
São apresentadas por ordem alfabética segundo o apelido do
autor.
• Ex. Álava Reyes, M.J. (2010).O não também ajuda a crescer.
Lisboa: A Esfera dos Livros.

Consulta de website:
Universidade de Aveiro. (2009).Serviço de Apoio ao Utilizador
com Necessidades Especiais. Acedido a 14 de dezembro de
2010, disponível em http://portal.doc.ua.pt/baes/
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Apêndice

Apêndice: todos os quadros, tabelas, cálculos que forem muito extensos ou


técnicos deverão ser colocados em apêndice, da mesma forma documentos
auxiliares que serviram o relatório, desde que produzidos pelos próprios autores do
relatório. Caso sejam de fonte externa colocar-se-ão em “Anexo”.

No corpo de texto deve fazer-se referência ao apêndice.

Poderão existir vários apêndices consoante a natureza do material que se pretenda


apresentar, mas deverão ser numerados sequencialmente e iniciar em página
própria.
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Anexo

Anexo: quando citados documentos de outros autores, ou referida


legislação, fontes não produzidas pelos autores do relatório, estes deverão
ser colocados em “Anexo”

No corpo de texto deve fazer-se referência ao anexo.

Poderão existir vários anexos consoante a natureza do material que se


pretenda apresentar, mas deverão ser numerados sequencialmente e iniciar
em página própria.
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Erros a evitar

1. Não ser objetivo criando interpretações enviesadas dos resultados;


2. Desproporção entre a dimensão dos capítulos;
3. Erros de concordância verbal e nominal;
4. Início de parágrafo com a mesma expressão do título;
5. Uso de palavras repetidas no mesmo parágrafo;
6. Uso da 1.ª pessoa do singular ou do plural, quando deveria usar a 3.ª
pessoa do singular no texto;
7. Não referenciar os apêndices e anexos no texto;
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Erros a evitar

1. Uso de siglas sem especificação;


2. Não mencionar e não justificar na conclusão se os objetivos foram
atingidos;
3. Não normalização dos modelos de gráficos, tabelas e quadros;
4. Não colocar palavras estrangeiras em itálico;
5. Referenciar bibliografia sem estar referenciada no corpo de texto.

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Orientações práticas para o relatório

• Identificação do projeto: identificar de forma clara e sem


ambiguidade, descrevendo de forma resumida as principais
informações do projeto. “Relatório do projeto X”
• Desempenho do Projeto: deve descrever o desempenho do projeto
de uma forma geral; como correu?
• Principais problemas enfrentados: apontar algum problema ou
dificuldade encontrada;
• Propostas de Melhoria e Recomendações;
• Informações adicionais (inclui ações futuras).
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Regras de formatação gráfica

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Trabalho em Grupo: dia 4 de maio

• Analisar o relatório;
• Identificar a estrutura do relatório;
• Apontar alguns aspetos menos bem conseguidos;
• Outras observações acerca do relatório.

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Quanto à natureza do relatório
Os relatórios podem descrever uma análise:
• Macro – de caráter geral de uma determinada entidade ou organização,
sendo realizados em intervalos de tempo geralmente longos (meses ou
anos), acompanhando o plano inicial. Por ex. relatório de contas de uma
organização; relatório anual dos projetos desenvolvidos.
• Micro – de uma determinada situação particular, são de caráter mais
específico e acompanham o decorrer de atividades unitárias. Por ex.
relatório de uma atividade realizada com os utentes de um determinado lar;
• Mezo – de uma situação individual; ex.: relatório de fisioterapia. 44
Relatórios

Os relatórios podem descrever uma análise:


• Da situação individual de um utente; criança, idoso, jovem relativo
à sua saúde, ou a uma actividade particular realizada apenas com
ele (ginástica, fisioterapia,etc); à avaliação feita aquando da
institucionalização num lar ou centro de acolhimento…

• Sendo um relato, o relatório pode abranger situações muito


diversas.
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Relatórios

Dependendo do fim a que se destina o relatório:

• Relatório Anual de atividades de uma instituição;


• Relatório intermédio de atividades da instituição;
• Relatórios de um projeto social desenvolvido;
• Relatório de uma atividade temporária ou ocasional;
• Relatório Individual de um utente;
•…
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Relatórios

… e dependendo do destinatário:

• A direção da organização;
• As diferentes partes interessadas (stakeholders);
• O familiar de um utente;
• O médico ou o educador.
Assim o relatório deverá se mais ou menos detalhado. Se for divulgado
externamente deverá ser mais formal na sua estrutura e na sua redação,
do que se for para utilização apenas na instituição.
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Trabalho de avaliação: dia 12 de maio

• Analisar um relatório;
• Identificar a estrutura do relatório;
• Apontar alguns aspetos menos bem conseguidos ou erros;
• Sugerir melhorias na construção do relatório;
• Elaborar o sumário.

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Orientações práticas

• Um relatório deve conter:


Introdução – nesta fase, dever-se-á enquadrar a entidade,
organização ou projeto, à cerca do qual se prepara o relatório,
circunstanciando aspetos que revelem interesse para os seus
destinatários.
Atividades desenvolvidas – nesta fase, dever-se-á enumerar as
atividades que foram desenvolvidas, indicando quem as desenvolveu,
onde e quando foram desenvolvidas, bem como os objetivos inerentes e
os resultados atingidos.
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Recursos empregues – nesta fase, dever-se-á indicar os
recursos humanos, materiais e financeiros despendidos com o
projeto e os respetivos desvios.

Indicadores de desempenho – nesta fase, deverão ser


apresentados os indicadores de desempenho de cada uma das
atividades e seus resultados.

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Propostas de melhoria – nesta fase, deverão ser propostas
ações para corrigir desvios e ainda ações de melhoria para o
futuro.

Conclusões final – nesta fase deverão ser descritas algumas


conclusões sobre o sucesso do projeto desenvolvido, seja ele uma
atividade ou um ano inteiro de trabalho de uma organização.

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