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GESTÃO DO TEMPO E

STRESS

Formadora:
Isabel Migas
OBJETIVOS:

. Identificar e aplicar técnicas individuais de gestão do tempo;


• Planificar tarefas e atividades de trabalho, pessoais;
• Identificar os desperdiçadores de tempo profissionais e pessoais;
• Identificar fatores positivos e negativos que influenciam o seu desempenho, tendo em
conta a gestão de tempo;
• Identificar o conceito de stress, causas, consequências negativas do mesmo;
• Identificar as técnicas preventivas, de controlo e gestão de stress profissional;
• Caracterizar o conceito de emoção.
O TEMPO
• O tempo é um conceito
abstrato, em conexão com
o espaço, cujo
desenvolvimento se
encontra estritamente
relacionado com o
conceito de adaptação à
realidade.
• A gestão do tempo é uma ferramenta
essencial que tanto pode ser utilizada
nas empresas como na vida pessoal,
permitindo a organização de metas
pessoais e profissionais com menor
dispêndio de energia física e mental.
• A boa administração de tempo é
provavelmente o fator mais importante
na administração de si mesmo e do
trabalho executado.
DESVANTAGENS VANTAGENS DA BOA
GEST. TEMPO
· Desvalorização do Homem · Valorização do Homem
• Perda de autoridade · Maior responsabilização
• Perturbação · Melhoria da comunicação
• Penalização · Mais justiça
• Custos mais elevados · Maior rentabilidade
• Falhas no desempenho · Melhor desempenho
• Impossibilidade de previsão · Favorecimento da previsão
• Menos tempo livre · Mais tempo disponível
Regras básicas de organização pessoal….
• Para proceder à organização do tempo, torna-se crucial,
antes de mais nada, que tente encontrar resposta para
as seguintes questões…
• Em relação à rotina do dia-a-dia e aos resultados a
alcançar pela sua equipa:
• Quais são as atividades mais produtivas, menos
produtivas e que tempo é consagrado a cada uma
delas?
• Que quantidade de tempo é perdido por interrupções?
• Existem atividades cuja eficácia
não tenha sido analisada?
• Quanto tempo destinamos às
questões urgentes e às
verdadeiramente importantes?
• Os objetivos de progressão são
claros e quantificados, ou
continuam vagos? Todas as
pessoas os conhecem?
• Que parte do tempo é dedicada
pela equipa para o
aperfeiçoamento e “discussão dos
problemas”.
Relativamente à comunicação interna e à
forma como as tarefas estão distribuídas:
• Das tarefas que eu normalmente
desempenho, quais as que poderei passar
para os meus colaboradores?
• Quais dessas tarefas estou
psicologicamente preparado para
“abandonar” desde já? Existe alguém na
minha equipa capaz de as executar
imediatamente?
• Quais as tarefas que quero ir
delegando gradualmente?
Existe um plano de delegação a
médio prazo?
• Conheço os meus
colaboradores suficientemente
para que possa, em
consciência, elaborar um plano
de delegação?
• Como prepará-los para a
aceitação de novos desafios e
maiores responsabilidades?
• Existe o hábito de avaliar com regularidade o andamento dos
trabalhos e os resultados atingidos? Se sim, costumo dar
feedback dessa avaliação aos meus colaboradores?
• Que técnicas e instrumentos costumo utilizar para fazer essa
avaliação? Serão eles os mais fiáveis?
• Encontradas as respostas para estas questões ou outras valerá a pena ter
presente, certos princípios habitualmente considerados decisivos para uma
gestão eficaz e saber:
• Definir e clarificar os objetivos; escrevê-los e estabelecer prioridades;
• Centrar-se nos objetivos e não nas atividades;
• Estabelecer pelo menos, um objetivo por dia e atingi-lo;
• Registar regularmente o tempo;
• Eliminar, pelo menos, um “desperdiçador de tempo” por semana.
• Planificar o tempo; elaborar planos de
curto, médio e longo prazo.
• Escrever uma lista do que fazer todos
os dias, incluindo objetivos,
prioridades e tempos estimados;
• Preconizar limites de tempo por tarefa;
• Eliminar as “crises repetitivas”; agir em
vez de reagir;
• Acabar o que se começou; não deixar
tarefas inacabadas.
• Para aproveitar ao máximo o
tempo de que dispõe, importa,
finalmente, que tenha sempre
presentes duas dimensões: a
eficiência – fazer a tarefa de
maneira certa – e a eficácia –
fazer a tarefa certa.

• Sendo ambas importantes,


importa, contudo, não perder
de vista o objetivo , que é o de
alcançar resultados, isto é, ser
eficaz!
Listas de tarefas
…as tarefas, poderão ser
hierarquizadas em função de três
conceitos-chave:
• Prioridade (associada ao grau de
importância);
• Grau de urgência (associado ao prazo de
entrega);
• Grau de complexidade (relacionado com
o tempo e concentração necessários à
sua execução).
Para estabelecer prioridades
e eliminar tarefas inúteis, ou
que possam ser delegadas, é
importante questionar:
• Será esta tarefa imprescindível
neste momento?
• Poderá acumular-se com
outra?
• Poderá ser feita por outra
pessoa e noutro local?
• Poderá ser feita de forma mais
simples e eficaz?
• As tarefas poderão ainda ser reunidas em quatro grandes grupos:
• 1. Prioritárias e urgentes
• 2. Prioritárias, mas não urgentes
• 3. Urgentes, mas não prioritárias
• 4. Nem urgentes, nem prioritária
Uma tarefa poderá ser urgente e não prioritária se dela estiverem
dependentes, por exemplo, outros serviços ou pessoas, como é o caso
da distribuição do correio.
…obviamente, as tarefas classificadas como não prioritárias e
não urgentes ficarão para último lugar.
• O uso regular / agenda:
• Permitirá que a memória seja poupada e, por conseguinte, resultará numa redução da
ansiedade diária.
• Será prudente evitar, tanto quanto possível, marcar compromissos: Para o princípio da
manhã (deve dar-se, ao menos, uma margem de segurança de 30 minutos após o início
do expediente) ou fim da tarde, para permitir uma gestão mais eficaz das tarefas
planificadas e fazer face a imprevistos, deixando também intervalos de pelo menos 15
minutos entre cada um).
• A seguir a uma ausência (viagem profissional, férias, doença, etc.), para permitir que
assuntos sejam primeiramente postos em dia…
Análise das atividades
desenvolvidas e sua
priorização.
• Uma Prioridade é uma tarefa
que fazemos antes de outra. O
bom gestor de energia não está
sempre a trabalhar a 100%.
• Trabalha a 10% das suas
capacidades quando as tarefas
não são prioritárias para poder
dar os seus 90% naquilo que
de facto interessa.
A divisão das tarefas não implica que a quantidade delas vá
diminuir.
• Quando há uma grande solicitação para executar diversas tarefas,
pode ser útil realizar uma lista dos prazos em que estas devem ser
concluídas.
Evitar o excesso de tarefas
• Na vida profissional somos constantemente solicitados para realizar
inúmeras tarefas, algumas das quais são pouco importantes, não são
da nossa competência, ou poderiam ser desempenhadas por outros
indivíduos.
• O excesso de tarefas pode
tornar-se no principal
“ladrão” de tempo, que é
um bem escasso nos dias
de hoje.
• Para evitar o excesso de
tarefas deve-se evitar
assumir mais trabalho do
que aquele que realmente
se pode fazer.
Planeamento de tarefas
• O que é o planeamento????
• O planeamento é o pensamento que antecede a
ação. Planear é estabelecer metas e fixar
objetivos, determinar as atividades a realizar, a
sua sequência de execução e prazos de
cumprimento.
• Permite-lhe prever e projetar as suas Ações no
futuro, reduzindo as incertezas.
… outras finalidades do planeamento.
• Projetar o futuro;
• Definir objetivos realizáveis e claros e
estabelecer uma organização da ação por forma a
alcançar os objetivos definidos;
• Controlar a ação desenvolvida, interpretando os
desvios;
• Disciplinar a forma de pensar e agir;
• Rentabilizar recursos humanos;
• Possibilidade de eliminar práticas de trabalho
rotineiras.
Regras a observar na elaboração de um
plano de melhoria de desempenho:

• Considerar o dia, a semana, o mês e o ano


como conjuntos. Fazer figurar no plano,
tempos fortes e tempos de respirar de
modo a reduzir ao máximo os momentos
de pressão.
• ·Prever os compromissos e obrigações
fixas de curto, médio e longo prazo.
• ·Reservar, sistematicamente, tempo para a
reflexão e para o trabalho solitário.
• ·Utilizar grelhas / fichas de planeamento
que permitam uma fácil leitura. Se lhe der
jeito, use símbolos e cores.
• Não esqueça, ainda, quando fizer o seu plano, de:
• Planear apenas cerca de 60% do seu tempo de trabalho,
deixando os restantes 40% para os imprevistos.
• Tornar rentável o espaço entre acontecimentos.
• Centrar-se nos objetivos e resultados a atingir.
• Planear os assuntos mais importantes nos períodos do dia
em que a sua energia e concentração estão mais elevadas
(reserve a parte da tarde para as tarefas de rotina, período
do dia em que um grande número de pessoas já revela
uma menor frescura).
• Utilizar os últimos minutos no seu local de trabalho para
planear o dia seguinte, na medida em que tal lhe permitirá
rever o dia que acaba.
PARA ALÉM DESTAS REGRAS, DEVE
ESTABELECER OBJETIVOS
… já que, a definição de objetivos permite:
· Aumentar a autoconfiança;
· Ajudar a produzir mais e melhora o desempenho;
· Ajudar a decidir como usar o tempo;
· Eliminar e clarificar expectativas;
· Aumentar a motivação;
· Ajudar a diminuir o stress e a ansiedade.
Organização de horários
• Por vezes faz-se confusão entre Planear e
Construir horário.
• Planear é decidir o que fazer enquanto que
construir é decidir quando fazê-lo. O
importante ao fazer um horário é deixar tempo
necessário para cada tarefa e não tempo a mais
para o que der e vier.
• Os horários devem começar com as tarefas
mais importantes do plano diário. À partida, as
estimativas de tempo estão feitas no plano
diário.
• Um horário funciona como um amigo, é uma
preciosa ajuda. Para que o dia seja
rentabilizado não é conveniente desperdiçar as
suas melhores horas a fazer tarefas rotineiras.
• Somos atacados por montanhas de papéis, mas
não há dúvida que cada pedaço representa um
esforço do remetente em comunicar connosco.
Definição de prioridades • Uma boa maneira de lidar com esta tarefa é
dividir os papéis em três categorias:
• 1. Agir de imediato. Faça o que há a fazer,
tome uma nota à margem e ponha no tabuleiro
de saída.
• 2. É possível começar a agir, mas não concluir
a ação. Faça o que puder fazer, ponha uma nota
à margem. Coloque no tabuleiro dos assuntos
pendentes.
• 3. Memorandos, materiais para ler e pôr a
circularem. Se o texto for pequeno, poderá lê-
lo rapidamente.
Desperdiçadores de tempo
Segundo vários estudos, as perdas de
tempo são originadas sobretudo por:
• Chamadas telefónicas desnecessariamente
longas, repetitivas ou imprevistas;
• Interrupções constantes de colegas, clientes,
fornecedores, etc.;
• Falta de pessoal;
• Má perceção das instruções recebidas;
• Perfeccionismo em excesso;
• Dificuldade na gestão de assuntos pessoais;
• Lacunas de formação ou incapacidades;
• Dificuldades na comunicação;
• Indefinição de objetivos;
• Objetivos demasiado ambiciosos;
• Local de trabalho confuso/ desorganizado;
• Equipamento insuficiente,
subdimensionado ou defeituoso;
• Resistência humana à mudança;
• Dificuldade em dizer não;
• Insegurança;
• Fadiga/ doença.
• Dado que muitas das perdas de tempo resultam
de fatores controláveis parcialmente, indicam-se
algumas formas de o fazer, melhorando cada
uma das atividades desenvolvidas:
Chamadas telefónicas
• Preparar a chamada com os pontos a abordar;
• Cingir-se aos pontos essenciais;
• Pedir para ligar mais tarde;
• Abordar a questão por e-mail;
• Escolher a altura do dia mais propícia para
efetuar chamadas (aquela em que houver menos
interrupções, que exija menos concentração ou
em que não haja coincidência de prazos).
Interrupções
Arranjar “truques” para eliminar ou
reduzir as interrupções:
• Continuando a olhar para o monitor;
• Fazendo perguntas fechadas;
• Respondendo com monossílabos ou não
parando ao ser interpelado no caminho, etc.
• Dizer que a altura não é oportuna;
• Refugiar-se num local que não favoreça as
interrupções;
• Desviar a extensão para um colega ou para a
caixa de mensagens.
Falta de pessoal
• Sugerir a admissão de mais pessoal;
• Sugerir a colocação de estagiários;
• Pedir ajuda a um colega;
• Explicar ás chefias que não será possível ter as tarefas
prontas no prazo estabelecido.
Má perceção das instruções
• Confirmar o entendimento das instruções recebidas;
• Pedir explicações, em caso de dúvida;
• Ir mantendo a chefia a par do progresso da tarefa.
Perfeccionismo em excesso
Não ceder à tentação de:
o - Refazer a tarefa várias vezes;
o - Corrigir tarefas que não
sejam da sua responsabilidade.
• Dificuldade na gestão de
assuntos pessoais
• Separar a vida pessoal da
profissional;
• Será preferível abordar o
assunto com a chefia,
explicando o porquê da
dificuldade de
concentração ou dos
atrasos.
Lacunas de formação ou incapacidades procurar informação
• Sugerir a possibilidade de frequentar uma ação de formação na área;
• Confessar a incapacidade;
• Em último caso, considerar um pedido de transferência para funções ou
departamentos mais adequados às competências.
Dificuldades de comunicação
• Utilizar a escuta ativa;
• Certificar-se de que percebeu as instruções e os prazos;
• Escolher a altura certa para clarificar instruções.
Indefinição de objetivos
• Pedir esclarecimentos sobre os objetivos, tentando obter dados concretos
sobre prazos e tarefas a executar;
• Ter coragem de dizer quando os objetivos parecem difíceis ou inatingíveis.
Local de trabalho desorganizado
• Organizar o posto de trabalho de forma adequada às necessidades diárias
(pondo os objetos no sítio próprio, inutilizando papel desnecessário, etc.)
• Manter o arquivo em dia, certificar-se de que dispõe e sabe a localização de
todos os recursos;
· Reunir toda a documentação de apoio à tarefa que vai executar;
• Manter atualizada a lista de referências.
Equipamento insuficiente,
subdimensionado ou defeituoso.
• Solicitar assistência técnica;
• Propor a substituição de
equipamentos.
• Resistência à mudança
• Esforçar-se por não ficar preso a velhos hábitos e por ver os aspetos positivos da
mudança;
• Estar aberto à possibilidade de implementar novos procedimentos e tecnologias;
• Estar aberto a sugestões;
• Aceitar o facto de que talvez existem pessoas que percebem mais de uma matéria
específica e que poderão prestar um auxílio fundamental à conclusão de uma tarefa
num determinado prazo.
• Dificuldade em dizer não
Ter a coragem de dizer não quando se
sabe que:
• Não se é capaz;
• Não se tem tempo;
• Não se tem conhecimentos.
Insegurança
• Fazer um esforço para acreditar que se é capaz, mesmo que se tenha de pedir ajuda –
o pensamento positivo contribui determinantemente para a execução de uma tarefa
com sucesso.
Fadiga/ doença
• Refletir sobre se não será melhor tirar uns dias de descanso ou de baixa, falando com
a respetiva chefia, em vez de continuar a insistir, com pouco ou nenhuns resultados.
ESTRATÉGIAS GERAIS PARA GANHAR TEMPO

Prazos
• Anotar os prazos na agenda e verifica-los regularmente.
Tarefas
• · Fazer uma lista das tarefas a executar, riscando as que se forem concluindo e acrescentando novas,
á medida que surgem.
Relevância
• Assegurar-se, antes de iniciar uma tarefa, que se compreendeu a sua urgência, importância e
objetivo.
Tarefas penosas
• Executar as tarefas mais penosas mal se chegue ao escritório, sem o que se tenderá a adiá-las
continuamente.
Concentração
Alocar os períodos do dia em que se tem mais facilidade de
concentração, e em que se é menos interrompido, procurando nos períodos mais calmos elaborar
as tarefas mais complexas.

Monotonia
Alternar tarefas monótonas/cansativas com outras de menor exigência.

Agrupar
Agrupar as tarefas, tanto quanto possível, por natureza – ex: cópias, faxes, distribuição de
documentação, registo do correio, etc.
ESTRATÉGIAS ESPEC. PARA GANHAR TEMPO (AO
TELEFONE)

•1. Decida quem vai contactar e pense numa alternativa para o caso
de essa pessoa não estar;
•2. Anote o número, indicativo, extensão/departamento e mantenha
essa anotação junto de si;
•3. Tome umas quantas notas rápidas sobre o que vai dizer ou pedir;
•4 Organize todos os papéis a que necessitar de recorrer.
•5. Faça a chamada. Nunca deixe o telefone tocar mais de cinco vezes;
•6. Quando atenderem o telefone: Diga quem fala; Explique em linhas
gerais o que a levou a telefonar …Envie a mensagem ou a pergunta e
verifique se a outra pessoa percebeu bem;
•7. Se não puder obter uma resposta imediata, não fique à espera. Ofereça-
se para telefonar outra vez e combine a hora;
•8. Volte a ligar à hora que marcou.
EVITAR O DESPERDÍCIO DE TEMPO NA
PREPARAÇÃO DE REUNIÕES
A fama das reuniões é serem uma das principais fontes de preocupações por causa do tempo perdido. Mas,
se forem bem preparadas e conduzidas, podem ser a melhor (ou mesmo a única) maneira de discutir com
o pessoal diretivas, progressos feitos ou aspetos a reforçar, tais como:
• Pôr certos factos a descoberto;
• Procurar novas ideias;
• Tentar mobilizar pessoas.
Quem está a dirigir a reunião deve:
• Ser hábil a colocar as questões que vão provocar discussão, não se
afastar do assunto que está a ser tratado, ir resumindo o que é dito,
rejeitar habitualmente tudo o que for irrelevante.
DELEGAR
Delegação eficaz…

• É função de uma chefia obter resultados mediante dois recursos básicos as


pessoas e o tempo. O aproveitamento das potencialidades de todos os membros
da equipa é uma exigência que um verdadeiro líder não deve declinar.
• O que é delegar?
• Poder-se-á dizer que se delega quando deliberadamente se confere autoridade a
um colaborador para executar uma tarefa que até então era desempenhada pela
chefia.
• Para que a delegação seja bem-sucedida, exige-se um razoável equilíbrio
entre a autoridade e a responsabilidade. Não faz sentido atribuir a alguém
responsabilidade sem autoridade. É, pois, fundamental verificar se os
colaboradores dispõem de autoridade, na justa e exata medida da responsabilidade
que lhes foi conferida.

• Quanto à confiança, a situação já é diferente. Quem delega não pode demitir-se,


em momento algum, do que delegou. As chefias são sempre, em última instância,
responsáveis por tudo o que se passa nos seus serviços.
VANTAGENS DA DELEGAÇÃO

• Permite-lhe concentrar-se em aspetos do trabalho que requerem a sua


experiência e as suas aptidões específicas, ou seja, deixa-lhe tempo e
espaço estratégico que só a si competem, enquanto responsável;
• Possibilita-lhe fazer antecipações, mediante um planeamento atempado;
• Melhora a coesão da equipa, fomentando um
maior espírito de cooperação;
• Prepara os “delegados” para maiores
responsabilidades;
• Confere-lhe a possibilidade de observar
melhor o nível de desenvolvimento dos seus
colaboradores.
DIFICULDADES DA DELEGAÇÃO
Apesar das vantagens apontadas, há, contudo, um conjunto de crenças,
receios e dificuldades por parte de algumas chefias, que estão
frequentemente na origem da não adoção deste mecanismo. A título de
exemplo:
Sentimento de ameaça
• E se ele não é capaz de “dar conta do recado”, o que me acontecerá a mim?!
Dificuldade em renunciar
• Uma dificuldade habitual consiste em a chefia não conseguir prescindir de
certas tarefas que gosta de desempenhar,
• “Não sou pago para não trabalhar”
• “Ser tolerante é uma exigência “–

FRASES • “Se calhar ainda vou ter mais trabalho


LIMITADORAS delegando”
• Medo de ser ultrapassado ou de ficar
sem os melhores colaboradores.
O que é …e o que não é delegável?

• Não será uma boa ideia delegar áreas-chave, como, por exemplo, o
planeamento estratégico, a gestão ocasional de crises, os assuntos
confidenciais de recursos humanos, a gestão da carteira de
clientes importantes, se for o caso.
TAREFAS NÃO DELEGÁVEIS
• Liderança;
• Sistema de recompensas;
• Controlo – responsabilidade pela eficácia;
• Pessoal- avaliações e a tomada de decisões confidenciais sobre
promoções, revisões, contratações e demissões;
• Clientes-alvo;
• Estratégia;
• Comunicações - transparência interna no domínio das informações;
• Resultados Avaliar os resultados e a aplicação de medidas no caso de
desvio das metas propostas.
PLANO PRÁTICO DE DELEGAÇÃO:

As cinco fases que um qualquer processo de delegação deve respeitar:


1- Aceitação da responsabilidade por parte do colaborador que vai receber a
delegação;
2- Transmissão à pessoa habilitada (ao colaborador em quem vai delegar) qual
e porquê da tarefa delegada;
3- Comunicação perfeita – explicitação de todos os pormenores importantes
para uma boa execução da tarefa;
4- Verificação da existência das
condições necessárias à realização
com sucesso da tarefa delegada;
5- Acompanhamento pela chefia
(mais ou menos próximo,
consoante o nível de
desenvolvimento do colaborador).
LIDAR COM O STRESS
GESTÃO DO STRESS
BREVE INTRODUÇÃO
• Todos os seres humanos de uma forma ou de outra
estamos expostos ao stress.
• A própria sociedade em que vivemos, produz – nos
situações de stress contínuo alterando a nossa qualidade
de vida.
• No entanto em alguns de nós, os efeitos produzidos por
este fenómeno são mais graves e traduz-se no
aparecimento de inúmeros problemas de saúde .
BREVE INTRODUÇÃO

A personalidade de cada indivíduo influência a forma em com este reage numa


situação de stress e determina o grau de intensidade o stress se manifesta.

Os desafios ao longo da vida vão mudando á medida que o indivíduo envelhece e


as causas deste fenómeno a que ele está sujeito, vão também sendo alteradas.
CONCEITO DE
STRESS:

• O conceito de stress
teve origem no termo
inglês stress.
• O especialista que
apelidou este termo foi
o médico Hans Hugo
Bruno Selye
• Tensão provocada por situações arrebatadoras,
as quais criam reações psicossomáticas ou
transtornos psicológicos.
O QUE É O
STRESS:

• O stress é uma tensão física ou psicológica


fora do habitual, que provoca um estado
ansioso no organismo.
• O stress relacionado com o trabalho pode
ser definido como um conjunto de reações
CONCEITO DE emocionais, cognitivas, comportamentais,
STRESS
e fisiológicas a aspetos adversos da
organização e do ambiente de trabalho.
• No entanto também podemos dizer que o stress
pode ser definido como uma situação de alerta
físico e mental, que nos prepara para satisfazer
uma necessidade ou superar uma dificuldade.
CONCEITO DE • Quando a tensão aumenta os níveis de atenção e
STRESS concentração também crescem e, como
consequência o desempenho pode melhorar.

• O Stress permite-nos enfrentar desafios,


utilizando o máximo das capacidades de cada um.
STRESS

• Podemos então afirmar que apesar de tudo


stress não merece ter uma imagem tão
negativa.
• E que algum stress não faz mal, pois a sua
ausência pode produzir tédio e apatia e
diminui a concentração.
• No entanto deve-se evitar o seu excesso,
pois a exposição prolongada ou muito
intensa tem como consequência a
diminuição de desempenho.
- O processo de stress perante um ou dois estímulos stressores
faz com que o indivíduo entre em várias fases a seguir
descritas:
• Fase de alarme: É uma fase rápida que ocorre logo após o
estímulo dos fatores stressores. Ao perceber esse estímulo, o
FASES DO corpo prepara uma resposta imediata.
STRESS • Fase de resistência, intermediária ou stress contínuo:
(DESCRIÇÃO) persiste o desgaste e é necessário à manutenção do estado de
alerta.
• Fase da exaustão ou esgotamento : queda de imunidade e
surgimento da maioria das doenças.
• Stress agudo : Organismo incapaz de lidar com os estímulos e
tem reações que geralmente afasta da realidade.
• O stress relacionado com o trabalho é um dos grandes problemas da
atualidade, em particularmente nos países mais desenvolvidos, onde o
mundo do trabalho é caraterizado pela necessidade de constante inovação,
mudanças tecnológicas e organizativas acompanhado de uma crescente
insegurança no trabalho.
• Nas últimas décadas, tem sido dada uma grande importância ao estudo do
impacto das condições de trabalho sobre o bem-estar psicológico e a saúde
das pessoas.
O Eustress - lado bom do stress e manifesta-se , por
exemplo, quando estamos apaixonados, quando a pessoa
vive a eminência de ser promovido no trabalho ou
quando, de modo geral, nos sentimos muitos felizes ou • Então, podemos
eufóricos com determinada situação…aqui o estado
mental extremamente positivo. dizer que
existem 2 tipos
de stress:
O Distress não tem nada de positivo, é provocado por
acontecimentos ruins ou tristes, que causam sofrimento
mental, físico e até espiritual.
A origem deste tipo de stress são os sentimentos de:
tristeza, abandono, desamparo, perda, tensão, medo,
cansaço, desrespeito, ansiedade e desvalorização,
FATORES DE RISCO: EMOCIONAIS
SÃO FATORES INTRÍNSECOS AO PRÓPRIO
INDIVÍDUO

• Acontecimentos traumáticos – acontecimentos graves que nos


marcaram tais como: ameaça de morte, ser vítima de um incêndio,
vitima de violência, acidentes diversos entre outros.
• Acontecimentos na vida que alteram todo o funcionamento que
gerava a estabilidade Ex: divórcio ou morte do cônjuge, despedimento
de um emprego, saída dos filhos de casa (o chamado ninho vazio).
• Situações crónicas indutoras de
stress/ problemas perturbadores
constantes nas atividades diárias
ex.: constantes conflitos familiares ou
colegas de trabalho, várias tarefas
para realizar ao mesmo tempo,
imposição de prazos limite nas tarefas
diárias a cumprir.
• Pequenos acontecimentos que acontecem no nosso quotidiano –
os chamados Micro Indutores de stress – ex.: circular diariamente
em zonas de muito trânsito, realizar tarefas que não pertencem á
nossa área de conforto, estar exposto diariamente a ambiente de
fumo, sendo não fumador, ter vizinhos incomodativos.
• Não podemos esquecer que o impacto que estes têm no indivíduo,
depende da forma em como este reage as dificuldades.
FATORES DE RISCO: SOCIAIS

• São fatores que estão diretamente ligados á organização e


funcionamento do sistema social e que afetam o indivíduo, a
título exemplificativo: Impostos elevados, grande prevalência de
desemprego, períodos económicos de recessão.
• Não ocorrência de acontecimentos desejados EX.: promoção na
carreira, pretensões de nascimento de um filho que não acontece,
ter divergências com um familiar de quem se gosta e não se
consegue fazer as pazes etc.
• Traumas ocorridos nos desenvolvimento – alguns acontecimentos que
aconteceram na infância podem ter consequências graves na vida adulta,
isto porque enquanto crianças estamos num processo formativo,
vulneráveis portanto devido á ausência ou fracas defesas psicológicas.
• Assim, uma criança que viveu num clima de violência ou negligência,
tende a ter dificuldades de vinculação com outras pessoas.
• Estas crianças habitualmente apresentam perturbações na capacidade de auto -
regulação, esta por vezes está associada a comportamentos adictos, estados de
depressão e comportamentos impulsivos e tendencialmente desenvolvem
comportamentos autodestrutivos, como causar lesões nele próprio, transtornos
alimentares e numa fase mais grave tentativas de suicídio
No âmbito profissional, temos 5 potenciais fontes de stress:

• Fatores ambientais diretamente relacionados com o trabalho:


• Condições físicas do serviço;
• Exigência de Formação;
• Exposição a perigos físicos;
• Escassos recursos materiais disponíveis.
Fatores
relacionais • Mau relacionamento com superiores
relacionados hierárquicos, colegas e subordinados;
com elementos • Receber ordens contraditórias;
da equipa de
• Restrição de autonomia e falta de
trabalho:
confiança;
• Informação estanque.
Fatores • Horários sobrecarregados;
relacionais • Aumento de responsabilidades e falta de
relacionados recompensas afetas a este aumento de
com elementos volume laboral;
burocráticos
• Má organização na distribuição de tarefas.
Fatores
relacionais • Baixos salários;
relacionados • Tarefas repetitivas e pesadas;
com o • Contacto com público alvo agressivo ou não
desempenho de colaborante;
papeis
• Noção de baixo nível de formação;
• Ambições pessoais frustradas.
Falta de Colaboradores para execução das
Fatores tarefas;
relacionais Solicitação da presença do indivíduo em vários
relacionados locais em simultâneo;
com a Cumprir ordens por duas ou três pessoas em
exigência: simultâneo;
Imposição de prazos por outras pessoas;
Necessidades e exigências familiares.
SINAIS E SINTOMAS DO STRESS

• É do conhecimentos geral que o stress pode causar danos generalizados, pelo


facto, é importante conhecermos as nossas limitações como indivíduos e as suas
diferentes fases.
• Como já foi referido a resistência de cada individuo é diferente. Enquanto que
uns desmoronam perante uma frustração ou obstáculo outras lidam bem com as
situações e até parecem prosperar sobre a emoção e o desafio de um estilo de
vida de exposto a  alto stress.
SINAIS E SINTOMAS DO STRESS

• Já foi referido que a capacidade de tolerância do indivíduo depende de fatores,


tais como, a qualidade dos seus relacionamentos, a sua visão geral sobre a vida,
a sua inteligência emocional e a própria genética.
SINAIS E SINTOMAS DO STRESS (CONT.)

• …torna-se imperativo aprender a reconhecer quando o nível de stress está


fora do seu controlo e é entendido por si como ultrapassando os seus recursos
disponíveis, físicos e psicológicos. É importante saber reconhecê-lo e efetuar
uma boa gestão do stress, de forma a minimizar o problema.
• Para melhor perceção é conveniente ter noção das diferenças entre sinais e
sintomas, pois na maior parte das vezes os dois conceitos tendem a ser
confundidos.
Sinais
• Os sinais são alterações do organismo de uma
pessoa que podem ser percebidas através do
exame médico.

SINAIS E sintomas:
SINTOMAS DO • são alterações do organismo apenas
STRESS (CONT.)
percebidas e relatadas pela própria pessoa,
não sendo possível a outra pessoa diagnosticar.
SINAIS E SINTOMAS DO STRESS

• Os sinais e sintomas estão intrínsecos ao indivíduo á sua a forma de


reagir, sendo este influenciado pelos aspetos culturais, pelo tipo de
situação que desencadeou a situação de stress, pela sensação de
controlo ou não controlo e pelo organismo de cada indivíduo.
SINAIS DO STRESS
Alguns Diminuição de
rendimento, erros,
exemplos de distrações e faltas no
Sinais do stress: trabalho;

Falta de organização,
Indecisão,
adiamento e atrasos
julgamentos errados
de tarefas, perda de
e precipitados; prazos;
SINAIS DO STRESS

A concentração Coisas que


anteriormente eram
e a memória prazerosas tornam-se
diminuem; uma sobrecarga.

Uso de férias, feriados e


Reclamações fins de semana utilizados
mais frequentes para por serviço em dia,
SINTOMAS DO STRESS
Os sintomas podem
ser subdivididos em
quatro classes sendo Emocionais;
elas:

Comportamen
Mentais;
SINTOMAS DO STRESS (CONT.)

Alguns exemplos de sintomas Emocionais que mais se destacam:


• Cansaço;
• Ataques de ansiedade;
• Baixa autoestima;
• Instabilidade emocional;
Alguns exemplos de sintomas Comportamentais:
• Ranger dos dentes durante o sono;
• Tentativa de relaxamento com álcool, nicotina, drogas excesso de
comida causando outras complicações no organismo;
• Afastamento social (da família e amigos);
• Posição de conflito constante com os outros;
Alguns exemplos de sintomas Físicos:
• Ganho ou perda de peso;
• Infeções, gripes e outras viroses, tais como, herpes;
• Pressão arterial e colesterol elevados, favorecendo o aparecimento de
arteriosclerose, derrames e enfartes;
• Dores de cabeça; musculares, “coluna” e fibromialgia;
• Má digestão, úlceras e gastrites;
• Prisão de ventre, diarreia;
• Acne, pele envelhecida, olheiras, queda de cabelo e enfraquecimento
de unhas;
• Diminuição de líbido.
Alguns exemplos de sintomas Mentais:
• Ataques de pânico, que podem ou não evoluir para a síndrome de
pânico;
• Perda de memória;
• Apatia e desânimo (pensamentos negativos);
• Ansiedade;
• Preocupação excessiva;
• Alterações no humor (mau humor constante, ou mais frequente);
• Sentimentos de estar sobrecarregada ou sobrecarregado;
• Depressão ou tristeza;
Alguns exemplos de sintomas Laborais:
• Menor satisfação com o emprego;
• Redução do rendimento laboral;
• Perda de vitalidade e de energia;
• Quebra de comunicação;
• Deficiente tomada de decisões;
• Falta de criatividade e inovação;
• Concentração em tarefas improdutivas.
CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DO STRESS

O stress tem consequências que contribuem para o deterioramento da qualidade de


vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Os custos associados ao stress só podem ser calculados por indicadores indiretos.
Estes consistem no mal estar, nas incapacidades, e nas mortes prematuras que gera,
na maneira como afeta o coração e outros órgão vitais, no transtorno físico, psíquico
que provoca no consumo de analgésicos, tranquilizantes, tabaco drogas ilícitas e
bebidas alcoólicas.
• No plano organizacional - reflete-se diretamente
no comportamento do indivíduo e indiretamente
no clima da organização ou entidade, na
CONSEQUÊNCIAS
insatisfação com o desempenho das tarefas, na
NEGATIVAS DO
STRESS baixa adesão aos objetivos propostos pela
entidade, nos atrasos de produção, nos acidentes
com máquinas, nas constantes mudanças de
emprego e nas reformas antecipadas.
Existem características em determinados
empregos que têm influências negativas sobre o
indivíduo, nas quais podemos destacar :
CONSEQUÊNCIAS • O trabalho por turnos;
NEGATIVAS DO
• Pouca autonomia de decisão;
STRESS
• Sobrecarga no trabalho;
• Condições físicas adversas.
…quando é intenso, repetitivo e prolongado, suas
consequências poderão ser muito preocupantes,
lesando o bem estar físico e psíquico do indivíduo.
Indicamos aqui algumas consequências da
CONSEQUÊNCIAS exposição ao stress excessivo:
NEGATIVAS DO
• Desenvolvimento ou agravamento de uma doença
STRESS
física ou psíquica;
• Influência negativa na família e vida social;
• Evocar emoções negativas fortes;
• Proporciona maior número de acidentes no
trabalho e/ou rodoviário;
• Prejudica processos de tomada de decisão;
CONSEQUÊNCIAS
NEGATIVAS DO • Tem efeitos negativos a nível económico;
STRESS
• Provoca alterações no sono, metabolismo e
sistema imunitário;
MEDIDAS PREVENTIVAS
Não menos importante será referenciar que, não só, o indivíduo, mas também, a
entidade patronal tem um papel ativo na prevenção de combate ao stress.
Num plano organizacional temos:
• Avaliação apropriada dos riscos: utilização de inquéritos e escalas de avaliação
do stress para avaliar o estado atual dos indivíduos/ trabalhadores e permitir
medidas de antecipação;
• Planificação e ajustamento gradual: os objetivos a
atingir, as tarefas a cumprir, as responsabilidades, os
recursos necessários devem ser planificados antes de
início da atividade/tarefa;
MEDIDAS • As medidas devem ter sempre como alvo o grupo de
PREVENTIVAS trabalho: as intervenções devem ser sempre dirigidas
a grupos de trabalho e apenas, se estritamente
necessário, a uma pessoa em particular;
• Inclusão da opinião dos trabalhadores: a
experiencias dos trabalhadores nas distintas
atividades devem ser levadas em conta para
identificar problemas e possíveis soluções;
Intervenções efetuadas por profissionais
especializados: os planos de prevenção devem ser
elaborados por profissionais competentes nas áreas da
saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes
sociais);

MEDIDAS Gestão dos riscos pelas hierarquias


PREVENTIVAS superiores: compromisso dos quadros superiores de
colocar a gestão dos riscos como uma prioridade.
Num plano mais pessoal/individual, certas condutas
poderão ter efeitos preventivos, tais como:
• Encontrar ideias construtivas para resolver um problema;
• Estabelecer prioridades, avaliar o que é inadiável e o que
pode ser delegado;
MEDIDAS • Comunicar aos superiores possíveis lacunas ou excessivo
PREVENTIVAS volume de trabalho.
• Apresentar propostas de melhoria;
• Identificar novas tarefas que possam ser atribuídas;
• Seguir as políticas vigentes na entidade;
• Defender a responsabilidade para planear o
trabalho;
• Em situação de assédio sexual, reportar
imediatamente a situação para os superiores
hierárquicos;
MEDIDAS • Pedir informações sobre inovações que serão
PREVENTIVAS
implementadas;
• Aceitar e contribuir para uma avaliação de
desempenho justa;
• Comprometimento em formação continua.
TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS PROFISSIONAL

O termo Inglês “Coping” apesar de não ter tradução fácil para a língua (portuguesa) é
atualmente muito usado e o seu significado refere-se a estratégias para lidar com o stress.

• Deste modo, as estratégias de coping correspondem às respostas que o sujeito tem, com a
finalidade diminuir a “carga” física, emocional e psicológica ligada aos acontecimentos
geradores de stress. As estratégias para lidar com situações de stress podem ser
centradas: no indivíduo, na diminuição das emoções sentidas ou, na busca de apoio
social.
TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS
PROFISSIONAL

• Um plano de ação ideal seria:


• Primeiro alguém tomar a iniciativa de querer resolver o problema;
• Segundo, recorrer a alguém que possa mediar um diálogo entre ambas as partes;
• Terceiro, avaliar os pontos divergentes;
• Quarto, reunir com o mediador e o/a colega de trabalho; debater os
pontos divergentes e tentar encontrar soluções e medidas para que o trabalho
possa fluir.
TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS PROFISSIONAL

• As estratégias focadas na resolução do problema são as mais aconselhadas, pois,


permitem remover definitivamente as fontes de perturbação. 
• As estratégias de coping que levam à busca de informação e resolução do problema
têm efeitos benéficos sobre o funcionamento psicológico e, permitem reduzir a
influência adversa das mudanças negativas e das situações de pressão que
reaparecem no tempo. 
Estratégias para ligar com o problema focadas na
emoção:
• Quando o stress é sentido como mais grave, o foco é mais
orientado para o controlo das emoções. Quando atingem
uma intensidade grave são difíceis de tolerar e afetam as
TÉCNICAS DE rotinas e interferem largamente com o seu bem-estar.
CONTROLO E
GESTÃO DE
STRESS • Por vezes, tentamos fugir das situações que nos provavam
PROFISSIONAL demasiada tensão, fugimos de forma real ou imaginada da
(CONT.) situação desagradável em que vivemos. Os mecanismos
que reduzem os estados de tensão têm diferentes
finalidades.
TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS
PROFISSIONAL
Algumas são uteis, onde a pessoa apenas busca uma forma imediata para reduzir as emoções desagraváveis, no entanto, ajuda a uma análise posterior mais objetiva:

Ouvir musica, ver um filme;

Praticar Ioga ou relaxamento;

Fazer exercício físico;

Distanciar-se do problema para vê-lo de uma forma/perspetiva diferente;

Comparar os problemas com outros potencialmente mais graves (relativizar a situação);

Canalizar a energias para outros objetivos prioritários/importantes.


TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS
PROFISSIONAL

Outras são prejudiciais na medida em que adiamos indefinidamente a resolução do


problema e apenas adiamos a dor moral, tais medidas poderão ser:

• Ficar na cama durante dias seguidos;


• Pensar como que o problema não existisse;
• Consumir drogas ilícitas e automedicação;
• Beber ou comer em excesso.
Estratégias para lidar com o stress focadas na interação social:
• Estes tipos de estratégias estão associadas à forma como lidamos e mantemos o
relacionamento com outras pessoas em situação de stress. A pessoa que dá apoio
manifesta uma relação empática.
• Se souber ter o dom para observar a situação na perspetiva/ ponto de vista de
quem o solicita, se souber evitar o juízo de valor e, compreender o que a pessoa
diz em linguagem verbal e não-verbal, tende a ser procurada, pelos outros, para
ser um apoio na resolução do problema e redução da sensação de stress.
TÉCNICAS DE CONTROLO E GESTÃO DE STRESS
PROFISSIONAL

Aqueles que prestam cuidados a


terceiros tendem a ser os mais
compreensivos e genuinamente
empáticos e desenvolvem mais
facilmente planos de ação para a
resolução dos problemas.
A procura de apoio emocional tende a
recair para alguém com quem se possa
desabafar, contar os problemas e
encontrar compreensão.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE AGONIA E
SOFRIMENTO
• Sofrimento o que é?

O sofrimento é o padecimento, a pena ou a dor que sente uma pessoa.


Trata-se de uma sensação, consciente ou inconsciente, que se reflete no
padecimento, no esgotamento (ou depressão) ou na infelicidade.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE
AGONIA E SOFRIMENTO(CONT.)
• Agonia o que é?
O conceito de agonia é usado para se referir a um sofrimento doloroso e muito forte que
uma pessoa ou animal pode viver como uma espécie de sentimento pouco antes de
morrer. A palavra agonia vem da língua grega que significa “dor” e “sofrimento”. …A
agonia é um sentimento comparado a uma dor longa e profundo.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE
AGONIA E SOFRIMENTO

Se quisermos compreender o que é capaz de ameaçar ou lesar uma pessoa, teremos de perceber a sua rede de preocupações. Se
quisermos perceber quais são as suas preocupações, teremos de conhecer, quais são as suas crenças e valores.

Assim os valores relacionam-se com aquilo que um indivíduo quer ou prefere e ligam-se aos ideais ou objetivos que a pessoa pretende
atingir, enquanto, as crenças dizem respeito ao que o indivíduo pensa na realidade independentemente de gostar e aprovar ou não.

Os valores e crenças são gerados no seio de família, logo, qualquer um destes conceitos pode
levar a formas desajustadas de lidar com a vida.
COMO AJUDAR ?

• A psicoterapia é um meio para a mudança e para o restabelecimento


emocional. Não podemos descurar a ajuda de profissionais, quando
deixamos de ser capazes de gerir emocionalmente o que nos preocupa,
nos bloqueia, nos retira o bem-estar necessário para uma vida saudável.
• Recorrer a técnicos especializados (psiquiatras, psicólogos) pode ser o
caminho mais rápido para a recuperação e evitar as recaídas.
• Também a forma como nos colocamos perante uma situação desagradável
poderá aumentar ou diminuir o foco de tensão, assim como a dor ou
sofrimento.
• Desta forma, quando estamos associados (associação) a uma dada situação,
estamos no aqui e no agora, absorvidos no presente e damos muita
importância ás sensações vividas, assim, tendemos a aumentar o grau de
agonia, de sofrimento pois estamos a viver a situação na primeira pessoa.
• ….no entanto, se conseguirmos distanciar-nos da situação (dissociação),
no plano de pensamento, da imaginação, podemos afastar-nos das
sensações corporais e vivemos a situação na terceira pessoa. A dissociação
permite gerir, reduzir o grau de desconforto e sofrimento e distanciar-
se de situações desagradáveis. As técnicas de relaxamento e de indução de
pensamento, como a Hipnoterapia e Programação Neurolinguística,
permitem adquirir e desenvolver a capacidade de dissociação cognitiva.
• O processo de luto (perda), não só, poderá significar a morte de um familiar,
amigo, ou pessoa ao seu cuidado, mas também outro tipo de perdas, tais
como: emprego, divórcio ou mudança de residência. Existe uma sensação de
desmoronamento, agonia e tristeza profunda.
• Desde o momento em que se dá a perda até ao restabelecimento emocional
total, o indivíduo passa por várias etapas.
• A etapa seguinte só pode acontecer após a resolução da anterior.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE
AGONIA E SOFRIMENTO

• 1- Aceitar a realidade da perda: A primeira tarefa é aceitar que a pessoa não voltará. Se
no seu íntimo não deixa a pessoa partir, pois assume nas suas vivências como se ela
estivesse presente no dia-a-dia criará resistências à aceitação natural.
• Desprender-se da maioria dos objetos ou recordações e no discurso usar os verbos no
passado “ ele/ela foi, esteve, gostava…” será um meio para a aceitação.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE
AGONIA E SOFRIMENTO(CONT.)

• 2- Elaborar a dor da perda: É necessário que a pessoa em luto passe e assuma a dor,
não deve evitar ou suprimir a dor da perda. Não elaborar a dor é não sentir e prolongar
no tempo o sentimento de agonia, sendo então fulcral uma terapia do luto.
• 3- Ajustar-se ao ambiente diário sem presença da pessoa: A perda significa um vazio
criado, novos papéis a assumir, reajustar as tarefas do dia-a-dia de forma diferente, pois
quem estava já não está. Torna-se importante adaptar as novas rotinas e encontrar
motivação para os novos desafios/compromissos.
COMO LIDAR COM SITUAÇÕES DE
AGONIA E SOFRIMENTO

• 4- Reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a


vida: Ninguém esquece as lembranças de alguém que teve grande significado na
sua vida. O importante não é esquecer, mas sim, recolocar a pessoa num “local
emocional” adequado para que se possa estar disponível para as novas
experiências/vivências e continuar a viver com motivação e interesse.
TÉCNICAS DE AUTO-PROTECÇÃO
• A experiência do stress é muito pessoal e afetam-nos de formas diferentes em
ocasiões diferentes. Quando nos encontramos submetidos a uma pressão
extraordinária, enfrentamo-la, sentimo-nos estimulados, e, por vezes
conseguimos seguir em frente. Em outras circunstâncias, talvez revelemos
indícios de frustração, desmotivação ou até apatia.
• O reconhecimento das origens de tais pressões e o desenvolvimento de
estratégias para as abordar e prevenir, pode livrar-nos de um stress
considerável.
TÉCNICAS DE AUTOPROTEÇÃO

• Não se expor a situação de stress: Para conservar a sua saúde e energia, não
pode dizer sim a tudo quanto lhe pedem; delegar tarefas reduz o volume de
situações potencialmente stressantes; é útil utilizar os dias de férias, feriados e
fins-de-semana para descansar e realizar atividades que conceda satisfação
pessoal.
• Aprender a resolver problemas: A resolução adequada de um problema elimina,
ou pelo menos modifica de forma substancial a fonte de stress.
A resolução adequada passa por 4 etapas:
• 1) Definição e formulação: reunir a maior quantidade
de informação para o problema passar de vago a
concreto, seguidamente, estabelecer objetivos realistas
de resolução;
• 2) Génese de soluções alternativas: passa por criar o
TÉCNICAS DE maior número possível de alternativas válidas;
AUTOPROTEÇÃO • 3) Tomada de decisão: tem como propósito avaliar as
várias alternativas e escolher/aplicar/agir a que nos
parece mais indicada para resolver o
problema/situação;
• 4) Implementação e verificação das soluções:
avaliação dos resultados após a ação realizada, ou seja
perceber se foi eficaz.
TÉCNICAS DE AUTOPROTEÇÃO

Pensar com lógica: A a) Não


avaliação dos acontecimentos
nem sempre é realizada com pensa
lógica, é importante: crenças

b) Não atribuir
arbitrariedade às
causas das ocorrências;
• Melhorar a autoestima: Entre diversas
mudanças necessárias para melhorar a
autoestima, uma delas é:

TÉCNICAS DE
AUTOPROTEÇÃO Aprender: a compreender, aceitar, perdoar a
si mesmo e aos outros.
Outra consiste em criar objetivos de vida.
TÉCNICAS DE AUTOPROTEÇÃO

• Em contextos interpessoais (relação no trabalho, nos grupos, com pares sociais)


ser autoafirmativo permite, embora respeitando os direitos dos outros, lutar
pela defesa dos seus próprios direitos.
As aptidões de autoafirmação estão ligadas a duas grandes classes.

• Quando o próprio precisa responder à iniciativa de alguém ou quando tem que


tomar a iniciativa em relação a outra pessoa.
TÉCNICAS DE AUTOPROTEÇÃO
• Quando responde à iniciativa de
alguém:
• há assinalar a importância de dizer não,
saber lidar com as críticas, aceitar
felicitações, saber manter conversas e
responder a solicitações para futuros
encontros.
Realizar críticas construtivas: não impor pontos de vista.
Serve para ajudar o próprio a criar perspetivas diferentes
sobre um dado problema;

TÉCNICAS DE
Revelar preferências: demostrar o que agrada ou não e
AUTOPROTEÇÃO mudar o assunto quando está desgastado ou a tornar-se
desagradável;

Capacidade para tomar iniciativa: iniciar conversas, terminar


interações indesejáveis, aprender a discordar, pedir favores,
impedir que lhe interrompam o que está a expor.
Quando é necessário fazer uma crítica deve-
se: 
• começar e terminar com uma referência
positiva à outra pessoa, exprimir o que
TÉCNICAS DE sente em relação a determinada situação,
AUTOPROTEÇÃO dirigir-se sobre os aspetos específicos do
seu comportamento, solicitar modificações
concretas, e, falar em voz neutra e não
zangada.
• Relaxamento deriva da hipnose e produz
modificações físicas e psíquicas.
• Atua determinando uma resposta de repouso.
Esta prepara o organismo para um estado de
calma, inatividade do comportamento e o
TÉCNICAS DE AUTO restauro das modificações existentes.
PROTEÇÃO

Com o relaxamento consegue-se a diminuição da


atividade fisiológica do indivíduo que é
acompanhada de uma sensação de bem-estar.
Usualmente é utilizado como meio de controlo da
ansiedade.
AUTOCONHECIMENTO E RESPOSTAS PERANTE O
STRESS.

Quem sou eu??? (do ponto de vista profissional)


• Pessoas diferentes podem percecionar os mesmos stressores de forma
diferente, a avaliação que cada um faz das fontes de pressão tem um
importante papel no ciclo de stress.
Para me descobrir eu tenho que me avaliar.
Existem dois tipos de avaliação:
• Avaliação primária - quando um indivíduo atribui significado à situação e
avalia se ela se apresenta como uma ameaça real , ou potencial ao seu bem-
estar.

• Avaliação Secundária - quando as opções para lidar com a situação são


consideradas, ou seja os recursos sociais, pessoais, económicos e
organizacionais que posso utilizar para me resolver, bem como o nível de
controlo que o indivíduo considera ter sobre a situação.
Dentro da Avaliação podemos ainda fazer uma Avaliação de
pontos fortes e fracos.

• Como???
Pensando naquilo que realmente fazemos e em seguida promover
uma análise dos seus pontos fortes e fracos, por fim definir estratégias
que permitam desenvolver ou neutralizem esses pontos.
Pontos fortes - o que faço com prazer, o que me permite alcançar
resultados e ser bem-sucedido.
O que me vale o reconhecimento dos outros, o que me causa sensação
de bem-estar e segurança.

Pontos Fracos - O que faço com menos prazer ou me custa realmente


fazer; o que faço com menos rendimento.
• O que costuma ser apontado pelos outros como falhas, o que
provoca em mim sentimentos de insegurança.
 
Estratégia para neutralizar ou diminuir estes pontos:
• Delegar funções;
• Reconhecer a existência perante si e os outros (dos pontos fortes e
fracos);
• Procurar ajuda em termos de formação técnica ou outra indicada para o
efeito.
• Perceber que tem valor, nunca deixar de investir em si ….e claro, ter em
atenção que a opinião que os outros tem de nós é algo que não
controlamos e que apenas é um problema deles e não nosso.
CARACTERÍSTICAS SITUACIONAIS
(TIPOS DE APOIO)

Apoio social permite reduzir a experiência de stress, mas


também para mitigar o impacto do stress na saúde. Existem
três tipos de apoio social:
• Apoio emocional, que envolve a empatia, a confiança e a
demonstração de afetividade;
• Apoio instrumental, envolve comportamentos de ajuda;
• Apoio informacional, ou seja, o fornecimento de
informação, de conselhos e sugestões.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Como Lidar com o Cooper C. e S
Stresse, 1998, 2011 Deco Controlar o Str
Proteste , 2ª Edição, Numa Sema
Editores, Lda. Ediciones Gest

O`Connor, J. (2001)Manual
de programação
neurolinguística. Rio de
Janeiro : Qualitymark

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qualidade de vida no trabalho: O Stress na v
AA VV. Manual de
formação: Gestão do
tempo, AEP/
PRONACI, 2002

Borges, Maria João,


Secretariado – Uma
visão prática, Edições
ETEP
OBRIGADA
PELA ATENÇÃO

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