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CONCILIAÇÃO DE

CONFLITOS
Profa. MSc. Susana dos Reis Machado Pretto
METAS DE  Identificar os meios adequados de solução de
COMPREENSÃO conflitos extraprocessuais
 Reconhecer corretamente as situações
apropriadas para cada meio adequado de
solução de conflitos;
 Empregar corretamente os meios consensuais
adequados de solução de conflitos;
A conciliação pode ser
definida como um processo
autocompositivo breve no
qual as partes ou os
interessados são auxiliados
por um terceiro, neutro ao
CONCILIAÇÃO conflito, ou por um painel de
pessoas sem interesse na
causa, para assisti‑las, por
meio de técnicas adequadas,
a chegar a uma solução ou a
um acordo.
Fonte: Manual Mediação – CNP – 6ª edição.
É um método utilizado em conflitos mais
simples, ou restritos, no qual o terceiro

CONCEITO facilitador pode adotar uma posição mais


ativa, porém neutra com relação ao
conflito e imparcial. É um processo
consensual breve, que busca uma efetiva
harmonização social e a restauração, dentro
dos limites possíveis, da relação social das
partes.

Meio pelo qual um terceiro imparcial intervém para, mediante atividades


de escuta e fala, auxiliar os contendores a celebrar um acordo, se
necessário expondo vantagens e desvantagens em suas posições e
propondo saídas alternativas para a controvérsia sem, todavia, forçar a
realização do pacto. É importante disponibilizar elementos para que os
membros da família possam reforçar tal instituição de forma que ela mesma
supra suas necessidades, sem precisar delegar a solução de suas crises a
terceiros. https://slideplayer.com.br/slide/3493229/
 Na época imperial (século XVI e XVII), precisamente nas
Ordenações Manuelinas (1514) e Filipinas (1603) que trazia em seu
livro III, título XX, § 1º, o seguinte preceito: “E no começo da
demanda dirá o Juiz a ambas as partes, que antes que façam
despesas, e sigam entre eles os ódios e dissensões, se devem
HISTÓRICO concordar, e não gastar suas fazendas por seguirem suas vontades,
porque o vencimento da causa sempre é duvidoso. […].”(ALVES,
E 2008, p. 3)
 No século XIX, através da primeira Constituição Imperial Brasileira
EVOLUÇÃO (1924), que a conciliação ganhou status constitucional, trazendo em
seu artigo 161, o seguinte texto: “Sem se fazer constar que se tem
intentado o meio da reconciliação não se começara processo
algum”. (VIEIRA, s/d, p. 2).
 A Constituição Brasileira de 1988, também priorizou dentre seus
objetivos fundamentais, a implementação de alternativas
adequadas e céleres para resolução de conflitos (art. 3º, inciso I, e
art. 5, LXXVIII).
 O Código Civil de 2002 também não foi alheio em relação ao presente
instituto, dispondo em seu artigo 840, que, “É lícito aos interessados
prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas”.
 No ano de 2006 a conciliação renasce no cenário jurídico, através do
Conselho Nacional de Justiça, que lançou naquele ano a campanha
‘Movimento pela Conciliação’ e vem desde então, em parceria com
HISTÓRICO órgãos do Poder Judiciário, OAB, Conselho Nacional do Ministério
Publico, Defensoria Publica, Entidades e Universidades, lançando
E campanhas anuais em prol da utilização do presente instituto na
resolução de conflitos.
EVOLUÇÃO  Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça lançou a Resolução n. 125,
regulamentando a Política Judiciária Nacional de tratamento
adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário,
sedimentando e apoiando a prática da conciliação e mediação por
reconhecer nestes institutos, verdadeiros instrumentos de pacificação
social.
 Em 2015, o Código de Processo Civil, reforça o instituto da conciliação.
CONCILIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL OU EXTRAJUDICIAL

Esse procedimento se constitui em um método de prevenção de


litígios e funciona como opção alternativa ao ingresso na via
judicial, objetivando evitar o alargamento do número de
MODALIDADES demandas nos foros e a abreviação de tempo na solução das
DE pendências, sendo acessível a qualquer interessado em um
sistema simples ao alcance de todos. […] A principal
CONCILIAÇÃO característica dessa modalidade de conciliação é a promoção
de encontros entre os interessados, nos quais um conciliador
buscará obter o entendimento e a solução das divergências por
meio da composição não adversarial e, pois, ainda antes de
deflagrada a ação. […].(PROJETO MOVIMENTO PELA CONCILIAÇÃO, 2006, p. 02)
CONCILIAÇÃO JUDICIAL – PROCESSUAL
(endoprocessual)

MODALIDADES Somente ocorre após a instauração judicial da lide.


Trata-se também de instrumento hábil e célere que
DE em muitos casos resolve o litígio, encontrando
CONCILIAÇÃO amparo em vários dispositivos legais, dentre eles,
destaca-se a Lei 9099/95 e o Código de Processo
Civil.
 Violação obrigacional;
 Descumprimento de situação relativa a posse;
CAUSAS DOS  (co)propriedade;
CONFLITOS  vizinhança;
 Crises em relações familiares;
 Disputas sucessórias.
  Naconciliação, o conciliador auxilia na relação processual,
Conciliação – gerenciando as negociações - sugerindo propostas,
participação mais efetiva apontando vantagens e desvantagens, com o fim de
do conciliador que pode alcançar o acordo entre os Sem problemas, desde envolvidos.
fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/255180/conciliadores-e-mediadores-utilizam-tecnicas-para-conduzir-acordo-entre-as-partes

sugerir soluções.  O conciliador é um auxiliar da justiça e exerce um múnus


público, que necessariamente deve estar preparado para
Conciliador exercer a função, onde o primordial é fazer a conexão de
diálogo entre as partes, ou restabelecê-la, conduzindo a
negociação com neutralidade até alcançar a resolução da
contenda. Fonte:
https://www.editorajc.com.br/a-conciliacao-como-instrumento-de-pacificacao-social-na-resolucao-de-conflitos/#:~:text=No%20entanto%2C%20foi%20no%20s%C3%A9culo,n%C3%A3
o%20se%20come%C3%A7ara%20processo%20algum%E2%80%9D
.

 O conciliador é uma pessoa da sociedade que atua, de forma


voluntária e após treinamento específico, como facilitador do
acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao
entendimento mútuo, à aproximação de interesses e à
harmonização das relações. Fonte: https://
jus.com.br/artigos/73080/mediacao-e-conciliacao-do-codigo-de-processo-civil
 A utilização de técnicas adequadas na
conciliação, como as ferramentas da mediação,
pressupõe na essência que os profissionais não
se afastem dos princípios norteadores dos
métodos mediativos, dispostos no Código de Na prática há uma sutil
Ética da Resolução 125 de 29/11/2010, diferença, a técnica usada na
ressaltando‑se especialmente: conciliação para aproximar
 Confidencialidade: tudo o que for trazido, as partes é mais direta, há
gerado, conversado entre as partes durante a uma partição mais efetiva do
conciliação ou mediação fica adstrito ao conciliador na construção e
processo; sugestão de soluções. Na
 Imparcialidade: o conciliador/mediador não mediação, o mediador
TÉCNICAS DE toma partido de nenhuma das partes; interfere menos
soluções e age mais na
nas

CONCILIAÇÃO  Voluntariedade: as partes permanecem no


processo mediativo se assim desejarem;
aproximação das partes.

 Autonomia da vontade das partes: a decisão


final, qualquer que seja ela, cabe tão somente
às partes, sendo vedado ao conciliador e ao
mediador qualquer imposição.
 São elas: Recontextualização do caso;
audição de propostas implícitas; apoio;
Quais as silêncio; sessões privadas ou individuais;
técnicas de inversão dos papéis; perguntas
conciliação? orientadas a geração de opções;
normalização; organização de questões e
interesses; enfoque prospectivo; teste de
realidade e validação de sentimento.
https://www.migalhas.com.br/quentes/255180/conciliadores-e-mediadores-utilizam-tecnicas-para-conduzir-acordo-entre-as-partes
fonte:
São princípios que norteiam a conciliação (art. 1º,
Código de Ética dos Conciliadores - Resolução 125/10,
CNJ):
 a) Confidencialidade – o sigilo acerca das informações obtidas
na sessão conciliatória é primordial para o sucesso do acordo;
Princípios que  b) Competência – o conciliador deve ser pessoa habilitada à
norteiam a atuação judicial, com capacitação na forma da resolução 125/10,
CNJ;
conciliação  c) Imparcialidade – o conciliador não deve interferir no
resultado do trabalho nem aceitar qualquer tipo de favor ou
presente;
 d) Neutralidade – deve atribuir valores iguais a cada uma das
partes, respeitando sempre os seus respectivos pontos de vistas;
 e) Independência e autonomia – o conciliador deve atuar na
seção com liberdade, sem pressão interna ou externa.
 Código de Processo Civil:
Art. 165. [...]
§ 1o [...]
CÓDIGO DE § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em
que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir
PROCESSO soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo
CIVIL 2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.

§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em


que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos
interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais
que gerem benefícios mútuos.
 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou
de mediação com antecedência mínima de trinta dias, devendo ser citado o réu
com pelo menos vinte dias de antecedência. (Art. 334)
CÓDIGO DE A audiência não será
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na
realizada:

PROCESSO composição consensual; II – no processo em que não se admita a


autocomposição. (§4º)
CIVIL 2015 O autor deverá indicar, na petição inicial,
seu desinteresse na autocomposição, e o réu, por petição, apresentada com dez
dias de antecedência, contados da data da audiência. (§ 5º)
A audiência de conciliação ou de mediação
Da Audiência pode realizar-se por meios eletrônicos, nos termos da lei. (§ 7º)
 O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de
de Conciliação conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida
ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. (§ 8º )
A autocomposição obtida será reduzida a termo
e homologada por sentença.(§ 11)
Existe
diferença?
MAPA
MENTAL

https://www.dicasconcursos.com/mediacao-e-conciliacao/
O QUE É
CONCILIAÇÃO?

https://www.facebook.com/cnj.oficial/videos/403782447177487
COMO
CONCILIAR?

https://www.facebook.com/cnj.oficial/videos/430267917648150
COMPREENDENDO
A CONCILIAÇÃO NA https://audienciasonline.com.br/
PRÁTICA

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