UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - Semestre
2022.2 Compreensão e Produção de texto em Língua Portuguesa – Profa. Andréa Moraes Leitura e Produção de Texto Acadêmico – Profa. Suzana Cortez
A COESÃO REFERENCIAL NO CONTO
FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE LISPECTOR Discentes: Evelyn Stephany Lemos Pereira, Isabel de Santana Sarmento, Juniérica Maria do Nascimento Bastos e Nierlis Kaliane Lopes Melo CONTEXTUALIZAÇÃO: • Desde a década de sessenta, foram iniciados, pelos teóricos Roland Barthes, Émile Benveniste e Oswald Ducrot, estudos que objetivavam analisar o texto para além dos limites das frases (BENTES, 2001, grifos nossos). Os sete critérios de textualidade, propostos por Beaugrande e Dressler (1981).
A coesão textual, evidenciada por Koch (1989) e
Antunes (2005).
As definições de língua, texto e gênero de
Marcuschi (2008). OS SETE CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE: • Aceitabilidade, coerência, coesão, informatividade, intencionalidade, intertextualidade e situacionalidade.
“Um TEXTO será definido como uma OCORRÊNCIA
COMUNICATIVA que reúne sete fatores de TEXTUALIDADE. Se qualquer um desses fatores não for considerado e satisfeito, o texto não será comunicativo. Assim, os textos não-comunicativos são tratados como não-textos.” (Beaugrande & Dressler, 1981. p. 6. Grifos nossos). COESÃO TEXTUAL: “Pode-se afirmar que o conceito de coesão textual diz respeito a todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperáveis) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.” (KOCH, 1989. p. 18.)
“[...] a função da coesão: a de criar, estabelecer e sinalizar os laços
que deixam os vários segmentos do texto ligados, articulados, encadeados. Reconhecer, então, que um texto está coeso é reconhecer que suas partes – como disse, das palavras aos parágrafos – não estão soltas, fragmentadas, mas estão ligadas, unidas entre si.” (ANTUNES, 2005. P. 47. Grifos nossos.) LÍNGUA, TEXTO E GÊNERO: • “De outro ponto de vista, pode-se dizer que a língua é um sistema de práticas sociais e históricas sensíveis à realidade sobre a qual atua, sendo- lhe parcialmente prévio e parcialmente dependente esse contexto em que se situa.” (MARCUSCHI, 2008. p. 61) • “O texto pode ser tido com um tecido estruturado, uma entidade significativa, uma entidade de comunicação e um artefato sócio-histórico. De certo modo, pode-se afirmar que o texto é um (re)construção do mundo e não uma simples refração ou reflexo.” (MARCUSCHI, 2008. p. 72) • “Os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas.” (MARCUSCHI, 2008. p. 155) METODOLOGIA: • Nosso corpus é composto por uma análise exploratória qualitativa, dando ênfase à coesão referencial: elipse, anáfora, catáfora, inferência e reiteração. E, na maneira que esta se relaciona imanente ao conto.
“Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um
componente da superfície do texto faz remissão a outro(s) elemento(s) nela presentes ou inferíveis a partir do universo textual.” (KOCH, 1989. p. 18.) “Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.” (LISPECTOR, 1981. p. 6. Grifos nossos.) “Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.” (LISPECTOR, 1981. p. 6. Grifos nossos.) CONCLUSÃO: • Resultados da análise; • Pontos positivos e negativos da análise. REFERÊNCIAS: • BENTES. Anna Christina. Linguística textual. in: Mussalim, Fernanda; Bentes, Anna Christina (Org.) Introdução à linguística. Domínios e fronteiras. Volume 1. 7ª edição. São Paulo: Cortez, 2007. • BEAUGRANDE, Robert-Alain de. DRESSLER, Wolfgang U. Introduction to text linguistics. Londres: Longman, 1981. • KOCH, Ingedore Grünfeld Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 1989. • ANTUNES, Irandé. Lutar com Palavras. São Paulo: Parábola, 2005. • MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. • LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina: contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
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