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• Tema: Holocausto

• Data: 20/10/2022
• Alunos: Gabriel Miranda e
Pedro Lucas
• Turma: 9°B

Trabalho de
história
Holocausto  e seu significado

Holocausto
Holocausto foi o genocídio de judeus
cometido pelos nazistas durante a
Segunda Guerra Mundial e resultou na
morte de seis milhões de pessoas,
aproximadamente.
Significado
Holocausto é o nome que se dá para o
genocídio cometido pelos nazistas ao
longo da Segunda Guerra Mundial e
que vitimou aproximadamente seis
milhões de pessoas entre judeus,
ciganos, homossexuais, testemunhas
de Jeová, deficientes físicos e mentais,
opositores políticos etc. De toda
forma, o grupo mais foi vitimado no
Holocausto foi o dos judeus. Estes, por
sua vez, preferem referir-se a esse
genocídio como Shoah, que em
hebraico significa “catástrofe”.
Antissemitismo
nazista
O Holocausto foi o resultado final de um processo de
construção do ódio de uma nação contra um grupo
específico que vivia na Europa. O antissemitismo na
Alemanha não surgiu com o nazismo e remonta a
meados do século XIX, em movimentos
nacionalistas, além de ter sido manifestado por
personalidades alemãs da época, como Hermann
Ahlwardt e Wilhelm Marr.

Quando o partido nazista surgiu, em 1920, o


antissemitismo era um elemento que já fazia parte da
plataforma do partido, e os historiadores acreditam
que Adolf Hitler tornou-se antissemita em algum
momento de sua juventude, quando vivia em Viena,
capital da Áustria. A presença do antissemitismo no
nazismo, durante sua fundação, era perceptível no
programa do partido, que afirmava que nenhum
judeu poderia ser considerado cidadão alemão.
O antissemitismo alemão partia do pressuposto de que a raça alemã era superior e de que
os judeus eram responsáveis por todos os males da sociedade alemã. Hitler e os nazistas
começaram por colocar nos judeus a culpa da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial
por meio da “teoria da punhalada nas costas”.

Os nazistas falavam que os judeus possuíam um plano de dominação mundial e criticavam


contundentemente o liberalismo econômico e o capitalismo financeiro, pois afirmavam
que ambos eram dominados pelos judeus. Um dos exemplos claros dessa ideia (situada
na época das teorias da conspiração utilizadas para acusar os judeus) foi um livro de
origem russa e autor desconhecido que foi sucesso de vendas na Alemanha: “Os
protocolos dos sábios de Sião”.

Quando os nazistas assumiram o poder na Alemanha, em 1933, o processo de exclusão e de


violência contra os judeus foi iniciado de maneira progressiva. O discurso nazista, aliado
à doutrinação realizada na sociedade alemã, tornou os judeus bodes expiatórios e vítimas
de perseguição intensa, não só por parte do governo, mas também pelos civis.
Leis de Nuremberg
As Leis de Nuremberg foram um conjunto de três leis, aprovadas no ano de 1935, que
legislavam sobre a miscigenação, a bandeira e a cidadania alemã. As duas leis que se
relacionavam diretamente com o antissemitismo na Alemanha eram a Lei de
Proteção do Sangue e da Honra Alemã e a Lei de Cidadania do Reich.

A primeira lei tratava a respeito da miscigenação, proibindo que judeus e não judeus
casassem-se, além de proibir também que não judeus tivessem relações sexuais com
judeus. Essa lei também falava que judeus não poderiam ter empregadas domésticas
com idade inferior a 45 anos nem portar as cores do Reich (preto, vermelho e
branco).

A segunda tratava a respeito da cidadania, basicamente definindo quem era cidadão e


quem não era. Segundo essa lei, todas as pessoas que tivessem ¾ de sangue judeu ou
fossem praticantes do judaísmo seriam consideradas judias e automaticamente não
teriam direito à cidadania. Com isso, os judeus eram considerados apenas “sujeitos
de Estado” e eram pessoas que tinham de cumprir suas obrigações, mas não tinham
direito a receber nada do que um cidadão receberia.
A Noite dos Cristais foi um marco na história do
antissemitismo porque oficializou um ponto de
partida para o aumento da violência contra os
judeus na Alemanha. Esse acontecimento passou-
se em 1938 e é definido como um pogrom, isto é,
um ataque violento que é organizado contra um
grupo específico.
Noite dos
Esse ataque aconteceu em represália ao assassinato de
Ernst vom Rath, um diplomata alemão, por um
estudante judeu de 17 anos que queria vingar-se
Cristais
da expulsão de seus pais da Alemanha. Dias após
o diplomata alemão ser atacado em Paris, uma
ordem foi emitida por Hitler e Goebbels para que
ações de violência fossem organizadas como
forma de intimidar os judeus.

Os ataques da Noite de Cristal iniciaram-se na noite


de 9 de novembro de 1930 e estenderam-se até a
metade do dia seguinte. Membros do
partidonazista, a maioria à paisana, partiram para
um ato de violência inédita na Alemanha. Casas,
estabelecimentos, orfanatos e sinagogas foram
atacadas com os agressores destruindo o que
encontravam pela frente, agredindo as pessoas
que estavam nesses locais e, por fim, incendiando
as construções.

Ao fim do pogrom, milhares de estabelecimentos


foram destruídos, e, apesar do número oficial de
mortos ser 91, especula-se que os mortos nesse
ataque possam ter chegado à casa dos milhares. A
Noite dos Cristais também inaugurou o
aprisionamento de judeus em campos de
concentração, pois, durante o pogrom, 30 mil
judeus foram presos e encaminhados para
Dachau, Buchenwald e Sachsenhausen.
Solução Final
Com o início da Segunda Guerra, em 1939, a cúpula do partido nazista
começou a discutir “soluções” sobre como tratar a “questão judia”
na Europa. Como mencionado, o aprisionamento de judeus em
campos de concentração foi iniciado ainda na década de 1930.
Esses locais, no entanto, não haviam sido preparados para serem
locais de extermínio como aconteceu durante a guerra.

Quando a guerra começou, os judeus no Leste da Europa começaram a


ser agrupados em guetos, um local específico da cidade que era
cercado pelas tropas nazistas e separado especificamente para o
abrigo de judeus. Os guetos agrupavam-nos para que mais tarde
fossem enviados para os campos de concentração e extermínio.

Além disso, os nazistas debatiam soluções a serem colocadas em


prática para lidar com a “questão judia”, e duas dessas foram
amplamente debatidas. Na primeira, os nazistas tentaram obter
autorização para deportar os judeus para a União Soviética, mas
Stalin não aceitou recebê-los. Outro plano ficou conhecido como
Plano Madagascar, em que os nazistas cogitaram deportar os
judeus da Europa para a ilha de Madagascar, na África.
De toda forma, o plano de exterminar todos os
judeus após a guerra é classificado pelo
historiador Timothy Snyder como uma utopia
de Hitler que foi reformulada por dois
membros do Partido Nazista à medida que a
guerra foi tomando o rumo que não era
desejado pelos nazistas. Os reformuladores do
plano de extermínio dos judeus foram
Reinhard Heydrich e Heinrich Himmler e, por
isso, ambos são considerados arquitetos do
Holocausto.
Grupos extermínio
Quando a Solução Final foi elaborada, o que estava na mente de
Heydrich e Himmler era: “os judeus que não pudessem trabalhar
teriam que sumir, e os fisicamente capazes de trabalhar seriam
usados como mão de obra em algum lugar na União Soviética
conquistada até que morressem.” Os primeiros judeus vítimas
desse plano foram alvo dos Einsatzgruppen, os grupos de
extermínio.

Esses grupos de extermínio atuaram na Polônia, nos países bálticos


e na parte do território soviético que os nazistas estavam
ocupando. A atuação deles era simples: promover a limpeza
sistemática de judeus dessas áreas por meio de fuzilamentos. Os
judeus dessas localidades eram reunidos em um local específico,
posicionados nus em frente a uma vala comum e fuzilados um a
um até que toda a população judia desses locais estivesse morta.
A atuação dos grupos de extermínio nos locais citados, como
os países bálticos (Estônia, Lituânia e Letônia), levou à
morte por fuzilamento milhares de pessoas:

na Lituânia, 114.856 judeus foram mortos;


na Letônia, 69.750 judeus foram executados; e
na Estônia, foram encontrados 963 judeus e todos eles foram
executados.
Durante esses fuzilamentos, os grupos de extermínio também
executaram outras pessoas, como as que tinham
colaborado com os soviéticos. O fuzilamento organizado
pelo Einsatzgruppen que mais ficou conhecido recebeu o
nome de Massacre de Babi Yar, quando os judeus de Kiev
foram reunidos em um ponto da cidade e fuzilados
durante um período de 36 horas. Desse massacre
resultaram as mortes de 33.761 pessoas, que foram
depositadas em uma vala comum.
A atuação dos grupos de extermínio, no entanto, tinha limites
sensíveis aos objetivos nazistas. Primeiro, por mais
eficiente que fosse o Einsatzgruppen, a velocidade com
que faziam a limpeza étnica era abaixo do que os nazistas
desejam. Segundo, o envolvimento dos soldados em uma
quantidade assombrosa de execuções trazia-lhes graves
problemas psicológicos. Isso forçou os nazistas a pensarem
em uma alternativa que fizesse o genocídio de judeus
acontecer de maneira mais ágil e impessoal.
Campos de concentração

A solução encontrada pelos nazistas foi a de promover a


execução de judeus em câmaras de gás, que foram sendo
instaladas nos campos de concentração. Além disso, foram
construídos seis campos de extermínio cujo intuito era
unicamente promover a execução de judeus. A diferença é
que, nos campos de concentração, os judeus, além de
executados, também tinham sua mão de obra explorada ao
máximo.

As câmaras de gás para a execução de judeus foi uma ideia


exportada do Programa de Eutanásia, também conhecido
como Aktion T4. Nesse programa, os nazistas executavam
os que eram considerados inválidos, ou seja, aqueles que
possuíam algum tipo de distúrbio mental ou deficiência
física.
Os campos de extermínio, construídos pelos nazistas a partir do
segundo semestre de 1941, foram: Chelmno, Belzec, Sobibor,
Treblinka, Auschwitz e Majdanek. Todos esses campos
localizavam-se na Polônia, e o primeiro deles a ser construído foi
o de Belzec — local no qual foi desenvolvida uma câmara de gás
à base de monóxido de carbono e que matava suas vítimas por
asfixia. Depois, outros campos foram construídos, e os nazistas
começaram a utilizar Zyklon-B para assassinar os prisioneiros.

Dos campos de extermínio citados, a quantidade de mortos foi a


seguinte:

Auschwitz-Birkenau: aproximadamente 1,2 milhão de mortos.


Treblinka: aproximadamente 900 mil mortos.
Belzec: aproximadamente 400 mil mortos.
Sobibor: aproximadamente 170 mil mortos.
Chelmno: aproximadamente 150 mil mortos.
Majdanek: aproximadamente 80 mil mortos.
Dentre os horrores cometidos nos campos de
concentração, destacaram-se a jornada de
trabalho extenuante, os maus-tratos diários e as
péssimas condições de higiene. Os prisioneiros
ficavam em alojamentos abarrotados de pessoas e
eram mal alimentados. Execuções sumárias sem
motivação aparente aconteciam como forma de
tortura psicológica aos prisioneiros, além das
execuções nas câmaras de gás.

"Os prisioneiros recebiam roupas insuficientes para


o inverno, e, na maioria das vezes, elas eram
recolhidas em abril (principalmente no caso de
Auschwitz) independentemente se o frio tivesse
passado ou não. Eles eram obrigados a suportar a
enorme quantidade de percevejos e pulgas nos
alojamentos. Quando adoeciam, o tratamento
oferecido era sempre insuficiente. Na questão
médica, também há registros de testes realizados
em cobaias humanas por médicos nazistas em
diversos campos de concentração.

Os prisioneiros dos campos de concentração foram


sendo libertados à medida que os nazistas foram
perdendo a Segunda Guerra Mundial. No
decorrer em que suas posições no Leste Europeu
eram ameaçadas, os nazistas intensificaram a
velocidade das execuções de judeus nas câmaras
de gás, além de terem tentado ocultar os indícios
do genocídio, seja com a destruição de
documentos, seja com a exumação dos corpos."
Depois que os nazistas renderam-se em maio de 1945,
muitos deles e seus colaboradores, que atuaram
diretamente no Holocausto, foram presos e levados a
julgamento no Tribunal Militar Internacional de
Nuremberg. Os julgamentos em Nuremberg
estenderam-se durante nove meses e condenaram
Julgamentos alguns nazistas à morte por enforcamento, enquanto
outros receberam penas de prisão perpétua ou por

em certa quantidade de tempo.

Nuremberg Entre os condenados à morte por enforcamento, estavam


Hermann Göring, chefe da Luftwaffe (força aérea), e
Joachim von Ribbentrop, ministro das Relações
Exteriores da Alemanha. Entre os condenados à prisão
perpétua, estavam Rudolf Hess, vice-líder do partido
nazista, e Erich Raeder, comandante da Kriegsmarine
(marinha alemã).

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