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Política Nacional de Saúde Mental e

Reforma Psiquiátrica

Marcione Ribeiro CRP: 09/013553


POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL

Lei Federal nº 10.216/2001 (Paulo Delgado):


Direito das pessoas com transtorno mental e/ou em uso de SPA’s.
Garantia do direito ao tratamento que respeite a sua cidadania e deve
ser realizado de preferência em serviços comunitários, ou de base
territorial, sem exclusão do convívio na sociedade.
Objetivo: Mudar o “tratamento” oferecido às pessoas com transtorno
mental e sofrimento psíquico, em instituições manicomiais/asilares por
equipamentos de tratamento humanizado.
GARANTIAS PREVISTAS NA LEI 10.216/2001

I- Ter acesso ao melhor tratamento do SUS, de acordo com suas


necessidades;
II- Ser tratado com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de
beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção
na família, no trabalho e na comunidade;
III- Ser protegido contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV- Ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V- Ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer,
ou não, de sua hospitalização involuntária.
GARANTIAS PREVISTAS NA LEI 10.216/2001

VI- Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;


VII- Receber o maior número de informações a respeito de sua doença
e de seu tratamento;
VIII- Ser tratado em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos
possíveis,
IX- Ser tratado, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde
mental.
Obs.: A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada
quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
Modalidades de Internação Previstas na Lei

Internação Voluntária:
Usuário solicita e/ou consente e tem o direito de pedir a suspensão a qualquer momento.
Internação Involuntária:
Sem consentimento do usuário e solicitado por terceiro. O ministério Público Estadual deve
ser comunicado em até 72 horas
Internação Compulsória:
Determinada pela justiça.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – RAPS
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS)

RAPS:
• Fundamentada pela Portaria MS/GM nº 3.088, de 23/12/2011, é um
equipamento de ações e serviços de saúde de uma Região de Saúde.
Finalidade:
I – Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;
II – Promover o acesso das pessoas com TM e com necessidades decorrentes
do uso de substâncias psicoativas (SPA’s) e suas famílias aos pontos de atenção,
III – Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de
saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do
acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.
DIRETRIZES - RAPS

• Respeito aos Direitos Humanos: garantir a autonomia, a liberdade e o


exercício da cidadania;
• Promoção da equidade: reconhecer os determinantes sociais da saúde
(lazer, moradia, alimentação, saneamento básico etc.);
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços: ofertar integralidade
no cuidado e assistência multiprofissional, à luz da interdisciplinaridade;
• Organização dos serviços: estabelecer ações intersetoriais, garantir o
cuidado,
• Cuidado centrado: de acordo com as necessidades da pessoa com
transtorno mental e adição.
COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Atenção Básica em Saúde Unidade Básica de Saúde (UBS); Núcleo de Apoio a Saúde da
Família (NASF); Consultório na Rua e Centro de Convivência e
Cultura.
Atenção Psicossocial Estratégica Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), diversas modalidades.

Atenção de Urgência e Emergência SAMU 192; UPA 24h e portas hospitalares de atenção à
urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Atenção Emergencial de Caráter Unidade de acolhimento; Serviços de Atenção em Regime
Transitório Residencial CT’s.
Atenção Hospitalar Leitos de saúde mental em Hospital Geral.
Estratégias de Desinstitucionalização Serviços Residenciais Terapêuticos e programa de volta para
casa.
Estratégia de Reabilitação Psicossocial Iniciativas de geração de trabalho e renda e fortalecimento de
Protagonismo de usuários e familiares.
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)

CAPS I: Menor porte, em município com população entre 20 mil e 50 mil


habitantes. Atende 5 dias úteis, até 240 pessoas por mês.
CAPS II: Médio porte, em município com mais de 50 mil habitantes. Prioridade,
adultos com TM severos e persistentes. Até 360 pessoas por mês durante os 5
dias úteis.
CAPS III: Maior porte da rede CAPS, em municípios com mais de 200 mil
habitantes. Atende 24h em todos os dias da semana. Capacidade para 450
atendimentos por mês.
CAPSi: Voltados para crianças e adolescentes com TM em municípios com mais
de 200 mil habitantes. Atende em dias úteis cerca de 180 usuários por mês.
CAPSad: Em município com mais de 200 mil habitantes. Atendimentos para
pessoas adictas em dias úteis, com capacidade de realizar 240
acompanhamentos por mês.

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