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Ética na psicoterapia

Romano S. Zattoni
Nessa aula…
1 A relação terapêutica

2 Questões práticas
1
A relação terapêutica
Ética, julgamento e poder
Pressuposto
A posição de psicoterapeuta é de um
saber suposto. Isso é uma das condições
para a relação de confiança, porém, ao
mesmo tempo, para a possibilidade de
abuso de poder.
Questão da vulnerabilidade

Por definição, quem procura a psicoterapia está


em situação de vulnerabilidade, ou necessita
expor-se em sua vulnerabilidade, para que o
problema seja identificado e tratado.

Portanto, o manejo da vulnerabilidade


emergente é crucial para o bom andamento da
psicoterapia.
Diferenças

Não-julgamento Normalização
Poder trabalhar no contexto Supor que tais pensamentos, atitudes
psicoterápico com pensamentos, e posturas possuem legitimidade no
atitudes e posturas que são moralmente âmbito social e, logo, devem ser
condenáveis em sociedade. aceitos por todos.
Escuta
O jogo entre o saber e o não-saber
Atender é
cuidar?
Momentos da ética do cuidado
Atenção 1
Responsabilidade
Implicar-se na relação
Reconhecer a situação de ajuda
de necessidade take care of
care about

4 2

Responsividade Competência
Atentar-se à necessidade de Refletir sobre a
ajuda de outrem e a sua
3 possibilidade concreta
autonomia de intervir
care receiving care giving

Fonte: Tronto (2009, 147–150)


2
A prática terapêutica
Normas, leis e o bom senso
Onde encontrar
orientação?
• Guia de orientação do CRP
• Resolução CFP 13/2022
• Diversas notas técnicas
Questões práticas I

Contrato Abordagem Sigilo Tempo


Quanto dura uma
Ditos e não-ditos Como você trabalha e O dentro e o fora
psicoterapia
como outros querem
que você trabalhe
Questões práticas II

Honorários Relações Online Direito


cruzadas Clínica e o poder
Quanto custa O virtual e o real
judicial
Quem sou eu e quem
é o outro
O trabalho com crianças (CFP 13/2022)
1. ter autorização, por escrito de, ao menos,
um responsável legalmente constituído,
antes do início do acompanhamento
psicoterapêutico;

2. primar pela proteção integral e melhor


interesse da criança e do adolescente,
conforme preconiza o Estatuto da Criança
e do Adolescente; e

3. propor a participação dos responsáveis no


acompanhamento do processo
psicoterapêutico da criança ou do
adolescente e acioná-los sempre que se
fizer necessário.

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