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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO- UFMT

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA- LICENCIATURA EM QUÍMICA

O ZINCO E A TEORIAS DO CAMPO LIGANTE

Disciplina: Química Inorgânica II


Docente: Adriano Siqueira
Discentes: Francielle Mendes, Gabriel Stelzer, Gabriela Bueno Gonzales e Leticia Rosa

Cuiabá, dezembro de 2021


INTRODUÇÃO
A Teoria do Campo Cristalino TCC é bem A Teoria do Campo Ligante TCL veio para
sucedida na explicação das formas dos complementar a TCC. A teoria do campo
complexos (distorções) e suas propriedades ligante é parecida com a teoria do orbital
espectroscópicas e magnéticas, mas, ignora a molecular, onde é composta por diagramas
de níveis de energia dos orbitais
existência de interações covalentes que ocorrem
moleculares que são construídos a partir de
para alguns complexos.
orbitais atômicos do metal e das
A ordem dos ligantes na série espectroquímica combinações lineares dos orbitais dos
não pode ser explicada considerando apenas as ligantes.
forças eletrostáticas.
INTRODUÇÃO
Algumas contribuições da TCL:
1) Considera as ligações σ entre o átomo
metálico e os ligantes;
2) Considera as ligações π;
A Teoria do Campo Ligante TCL veio
3) Entendimento do ∆0 (HOMO e
para complementar a TCC. A teoria do
LUMO);
campo ligante é parecida com a teoria
do orbital molecular, onde é composta
por diagramas de níveis de energia dos O ∆o é uma explicação do por que a teoria do
orbitais moleculares que são construídos campo cristalino não pode explicar a série
espectroquímica.
a partir de orbitais atômicos do metal e
das combinações lineares dos orbitais
dos ligantes.
ORBITAIS MOLECULARES PARA COMPLEXOS
OCTAÉDRICOS
Ligantes doadores σ possuem apenas orbitais de simetria σ
(interação frontal) para interagir com o metal. Ex: H2O, NH3, em.

O símbolo ∆o também é usado na


teoria do campo ligante como uma
medida da magnitude das interações  Interações σ
metal-ligante.
Os seis orbitais de doador ligante
preenchidos contribuem com doze
elétrons para os seis orbitais
moleculares de menor energia neste
diagrama. Os elétrons de valência
do metal ocupam os orbitais t2g e
eg*.

Interações doador- σ com orbitais s, p e d do zinco.


ORBITAIS MOLECULARES PARA COMPLEXOS TETRAEDRICOS

Interações σ e π
Ligantes doadores σ e π possuem além de orbitais
de simetria σ (interação frontal), orbitais de
simetria π (interagem através de mais de um
par de elétrons não ligantes, ou de orbitais
preenchidos) para interagir com o metal. Ex:
Halogênios (Cl-, F-, I-) e OH-.
Exemplo de complexo: [ZnCl4]2-
(tetraclorozincato).

Ligantes retrodoadores estão entre os mais


fortes da série espectroquímica,. Eles possuem
orbitais de simetria σ, e orbitais vazios de
simetria π. Ex: phen, NO2-, CN-, CO.
A SÉRIE ESPECTROQUÍMICA

Os ligantes que ocuparam os orbitais π , como os haletos, podem funcionar


como doadores-π. Eles doam esses elétrons para o metal, enquanto
simultaneamente doam seus elétrons s ligantes.

Quando os ligantes têm orbitais π * vacantes ou d de energia adequada, há a


possibilidade de retrodoação π, e os ligantes podem ser aceptores-π.
DIVISÃO DE ORBITAL E SPIN ELETRÔNICO

 Para centros de metal d0 até d3 e d8 até


d10, à somente uma configuração de
elétron possível. No caso do Zinco,
apenas a configuração de spin alto
independente do ligante.
DIVISÃO DE ORBITAL E SPIN ELETRÔNICO

A energia de emparelhamento de dois elétrons


depende da energia coulombiana de repulsão entre
dois elétrons na mesma região do espaço, ∏ c e a
energia de troca mecânica quântica, ∏e.

Centros metálicos d10 como é o caso dos


compostos de zinco não possuem energia de
emparelhamento, assim como a energia de
desdobramento também será nula.
ENERGIAS DE ESTABILIZAÇÃO DO CAMPO LIGANTE
A diferença entre (1) a energia da configuração eletrônica t 2g/eg resultante da divisão do campo ligante e
(2) a energia hipotética da configuração eletrônica t 2g/eg com todos os cinco orbitais degenerados e
igualmente povoados é chamada de energia de estabilização do campo ligante (EECL).
ENERGIAS DE ESTABILIZAÇÃO DO CAMPO LIGANTE
CONCLUSÃO
REFERENCIAS

 Atkins, Peter e Loretta Jones. Princípios químicos: The Quest for Insight: Quarta edição . WH Freeman and
Company, 2008.
 Ayala, J.D. Química de Coordenação. Disponível em:http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/coord.pdf. Acesso
em: 27 de novembro de 2021.
• Harris, D.; Bertolucci, M. (1989). Simetria e Espectroscopia . Publicações Dover.
• MIESSLER, G.; FISCHER, P. J.; TARR, D. A. Química Inorgânica. 5ª ed. São Paulo: Pearson Education, 2014.

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