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CULTURA É O ESTILO

PARTICULAR DO
RECALQUE PARA CADA
SOCIEDADE
• O período Barroco vai do século XVII até princípios do XVIII).
• Este movimento teve auge em alguns países de valores culturais católicos e sua
entrada no Renascimento.
• Está inicialmente vinculado à Contrarreforma católica e à ideologia monárquica
absolutista, pero é possível de identificar na obra de artistas pertencentes a países
protestantes e não absolutistas. Teve nascimento europeu e influenciou
fortemente a américa latina.
• Este arte refletiu a importância da religião nos países católicos e foi da mão dos
gostos burgueses nos países protestantes. Suas principais características foram o
realismo, a riqueza e a intensidade de cores, bem como os contastes entre luz e
sombras
• O barroco surge numa época de grandes tensões religiosas. Após a reforma
protestante e a resposta da Contrarreforma.
• Então os países europeus se dividiam entre absolutistas e parlamentares: os
primeiros dotados de um rei cuja vontade era indiscutível e os segundos de um
parlamento que lhe fazia contrapeso. Nos parlamentares a burguesia local
acumulava novos poderes e se começavam a sentar as bases do capitalismo
proximo.
• A pintura barroca presenciou o nascimento de novos géneros pictóricos, como as
tavernas e quadros de costumes, que enriqueceram a iconografia religiosa herdada
do medievo.
• Voluptuosidade da forma
• O Rococó foi um movimento artístico que teve lugar na França
entre os anos 1730 e 1770. Teve expressão tanto na pintura bem
como na música, cultura, escultura e arquitetura. Representa a
vida aristocrática daquela época.

• O Rococó teve como característica a escolha de cores claras,


principalmente o branco, procurando refletir o aspecto
agradável, sensual e refinado das cosas e quase não utiliza os
contrastes.

• O movimento se apresenta em quase todas as expressões


artísticas já que buscava mostrar a vida aristocrática do
momento, e as relaciones sociais eram o eixo principal de seu
estilo de vida ostentoso.
• O discurso capitalista é loucamente astuto[...],
marcha sobre rodas, não pode ir melhor. Mas,
precisamente, vai demasiado rápido; se
consuma. Se consuma tão bem que se
consome». Lacan, «Conferencia na universidade de Milao», 12 de
maio de 1972.

• Na lógica capitalista, pontuava Lacan, «o


escravo antigo» foi substituído por homens
reduzidos ao estado de «produtos»:
«produtos [ ... ) tão consumíveis como os
outros». Lacan, O reverso da psicanalise, Seuil, París, 1991, sessão de
17 de dezembro de l 969.
Inauguração Loja Havan Belem PA
• Sob a aparência de progresso, sobreviveria
uma discreta antropofagia? O que então
consumiria hoje o capitalismo? Os corpos? Na
realidade, ele os usa desde faz já muito
tempo, como o demonstra a já antiga noção
de «corpos produtivos»! A grande novidade
seria a redução das mentes.
Legalização da prostituição discutida no Parlamento Portugues. Há “raparigas
que ganham 500 euros por dia
• O conceito de «corpo produtivo» entendido
como corpo biológico integrado no processo
de produção ja está presente no Capital de
Marx, (ver Livro primeiro, «O
desenvolvimento da produção capitalista»,
seção «A produção da plusvalía relativa ».
Prostitutas da Grécia antiga
• É como se o pleno desenvolvimento da razão
instrumental (a técnica), permitido pelo
capitalismo, se realizasse ao custo de um
déficit da razão pura (a faculdade de julgar a
priori o que é verdadeiro ou falso, ou inclusive
o que está bem ou mal). Precisamente este
traço nos parece o que mais apropriadamente
caracteriza o marco da historia chamado «pós-
moderno»: o momento em que uma parte da
inteligência do capitalismo se pôs a serviço da
«redução das cabeças».
• Razão instrumental é um termo usado por Max Horkheimer no contexto de
sua teoria crítica, para designar o estado em que os processos racionais são
plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt). À razão instrumental,
Horkheimer opõe a razão crítica.

• A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a


decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres
humanos. A razão ocidental, caracterizada pela sua elaboração dos meios
para obtenção dos fins, se hipertrofia em sua função de tratamentos dos
meios, e não na reflexão objetiva dos fins.

• Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de


ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se
um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela
ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação
de massa, engendra uma mitologia - a Religião da Ciência - contrária ao
espírito iluminista e à emancipação da Humanidade.
• Na Critica da Razão Pura, Kant tenta responder a
primeira das três questões fundamentais da filosofia:
"Que podemos saber? Que devemos fazer? Que nos é
lícito esperar?"

• Ele distingue duas formas de saber: O conhecimento


empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos,
isto é, posteriores à experiência. E o conhecimento puro,
aquele que não depende dos sentidos, independente da
experiência, ou seja, a priori, universal, e necessário. O
conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção
entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que
são as categorias do entendimento.
• Ao tratar a primeira, Kant afirma, contra o empirismo da
Ilustração, que o que organiza o conhecimento não é a
experiência mas o poder da razão. Certamente, todo
conhecimento começa com a experiência, mas, em
nenhum caso, poderia se reduzir a ela. De fato, meu
conhecimento está condicionado pela percepção sensível
dos objetos. Pois bem, na sensibilidade, Kant isola duas
formas a priori, o espaço e o tempo, anteriores a toda
experiência, que segundo ele formam parte da estrutura
mesma de nossa mente. Logo, o entendimento organiza a
experiência. É assim como intervenho sem cessar no
campo do conhecimento, estabelecendo relações entre os
objetos por meio de categorias que se referem ao
principio racional de causalidade.
• Em relação a Freud, também ele teve que ser kantiano para construir
o sujeito freudiano, ou seja, teve que se sujeitar ao poder
ensamblador da mente para edificar uma teoria em relação com os
fenómenos até então considerados como desconexos e acidentais (os
sonhos, os chistes, os atos falhos .. .). Sabemos que Kant quis que o
metafísico se entendesse como o físico. Pois bem, Freud retomou
integralmente por sua conta esta posição a respeito do psíquico; é o
único sentido possível do que se chama o «fisicalismo» de Freud. Mas
Freud é kantiano não apenas pela sua postura formal respeito da
ciência; também é pelo conteúdo desta ciência. Segundo um dos
melhores epistemólogos do freudismo, Paul-Laurent Assoun Freud
procurou fundamentalmente exibir «a "verdade Psicológica" radical»
da subjetividade kantiana. E o fez formulando uma dupla equação
calcada em Kant: «consciente = fenómeno» e «inconsciente = coisa
em si». Desta formas não desmedido afirmar que Freud comentou
Kant tomando «ao pé da letra seu texto e suas metáforas».
• A morte programada do sujeito da modernidade não é alheia à
mutação que observamos ha mais de vinte anos no capitalismo. O
neoliberalismo, este novo estagio do capitalismo, está desfazendo
todas as formas de intercambio que subsistiam por referencia a
um garante absoluto ou meta-social dos intercâmbios. Poderíamos
dizer que fazia falta um patrão -o ouro, por exemplo- para garantir
os intercâmbios monetários, assim como fazia falta um garante
simbólico (a Razão, por exemplo) para sustentar os discursos
filosóficos. Pois bem, hoje se deixou de lado toda referencia a um
valor transcendental para se entregar aos intercâmbios. No dizer
de Marcel Gauchet, agora estamos perante «atores que se
consideram rigorosamente liberados e sem nada por cima deles
que lhes impeça a maximização de suas empreitas».
• Em outras palavras o intercambio comercial hoje tende a des-
simbolizar o mundo
• Em Maio de 1967, durante o seminário «A lógica do
fantasma». Lacan fala da posição masoquista que
consiste em se colocar em situação de ser recusado
pelo Outro. E, como exemplo clínico, lhe ocorre
colocar ... o caso do Vietnã para assinalar que ali se
atacou às «pessoas, para convencê-las de que
estavam equivocadas ao não querer ser admitidas
dentro dos benefícios do capitalismo e preferir, no
entanto, ficarem excluídas». E na sequencia, Lacan
apresenta esta propositura sumamente interessante:
«não digo que a política seja o inconsciente mas que,
simplesmente, o inconsciente é a política ... »
• Hoje se recusa vivamente o sujeito crítico kantiano, como forma ideal, capaz,
em quanto tal, de presidir a formação de todo individuo moderno. Que valor
tem ainda esse sujeito crítico quando tudo se trata unicamente de vender e
comprar mercadorias? Para Kant, de fato, nem tudo tem equivalente em
moeda: «Tudo tem ou um preço, ou uma dignidade. O que tem um preço
pode se substituir pelo seu equivalente; mas o que não tem preço e
portanto não tem equivalente, é o que possui uma dignidade». De forma
mais clara: a dignidade não pode ser substituída «não tem preço nem
equivalente, fala somente da autonomia da vontade e se opõem a tudo
aquilo que tem preço. É por isso que o sujeito critico não é conveniente para
o intercambio comercial da mercadoria; na realidade para as vendas, o
marketing e a promoção é tudo o contrario do que se precisa. Querem nos
convencer de que esta recusa do sujeito critico não é mais que um retorno
do utilitarismo e da revanche tardia de Hume sobre Kant.
• Mas, como não perceber aqui que se trata de um utilitarismo duplamente
adocicado? Por um lado, apregoa a busca da felicidade individual muito mais
que a busca da felicidade da maioria; por outro lado, reduz e circunscreve a
felicidade individual a uma única dimensão: a apropriação do objeto
comercial.
• Este novo estagio do capitalismo é o melhor produtor do sujeito esquizoide, o da
pós-modernidade. No presente, não é conveniente o sujeito que promove uma
libertação em nome do imperativo moral da liberdade. Assim como não convém o
sujeito neurótico preso a uma culpa impulsiva. O que se requer hoje é um sujeito
precário, acrítico, e «psicotizante», e com este último termo me refiro a um sujeito
aberto a todas as flutuações identitarias e, consequentemente disposto a seguir
todas as ramificações comerciais. A vivacidade do sujeito deixa progressivamente
seu lugar ao vazio do sujeito, um vazio exposto a todos os ventos. É verdade que
não todos os indivíduos tem se tornado psicóticos.
• O fato de que a forma dominante do sujeito seja hoje a do sujeito acrítico e
psicotizante, não significa que a humanidade pós-moderna esteja sofrendo uma
psicotização generalizada. Nem tudo no mundo se tornou pós-moderno, ainda
restam vastas regiões modernas e inclusive restam regiões pré-modernas. Por
outro lado, nos locais onde a ofensiva pós-moderna é mais intensa, há resistência,
pelo menos por enquanto: o pensamento crítico e a neurose ainda tem resto e um
futuro pela frente. Em grandes traços, em todos os lugares onde ainda existem
instituições vivas, quer dizer, ali onde nem tudo foi desregulado ou esvaziado de
toda substancia, há ainda resistência a esta forma dominante. Isto não quer dizer
que todos os sujeitos vão ficar loucos, mas os promotores do novo capitalismo e
do sujeito ideal, contribuem em alto grau para que isto ocorra. Principalmente ao
submeter os sujeitos a um mundo sem limites, a um mundo onde Eu Penso Eu
posso Eu faço, deixando-os num estado borderline.
• A psicose (do griego ψύχωσις, psychosis, por sua vez
derivada de ψυχή, 'alma, mente') é um termo genérico
utilizado em psicanalise e psiquiatria para se referir a um
estado mental descrito como una excisão ou perda do
contato com a realidade. Não confundir com psicopatia,
um transtorno da personalidade sem relação alguma
com a psicose. As pessoas que sofrem psicose podem
apresentar alucinações ou delírios e podem exibir
câmbios em sua personalidade e pensamento
desorganizado. Estes sintomas poden ser acompanhados
por um comportamento inusual ou estranho, assim como
por dificuldade para interagir socialmente e incapacidade
para levar a cabo atividades da vida cotidiana.
• O transtorno esquizoide da personalidade é uma
inclinação na qual as pessoas evitam as
atividades sociais e continuamente evitam a
interação com terceiros, além de possuir um
status de expressão emocional limitado.
• No perfil esquizoide a pessoa parece solitária ou
menospreziva em relação a terceiros, e carece do
desejo ou da habilidade para ter relações
pessoais próximas. Uma vez que não costuma
mostrar as suas emoções, não lhe importam nem
as pessoas nem aquilo que acontece ao seu redor

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