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1
Programa da disciplina
Temas:
1.Conceitos de Qualidade e Normalização
2.Normas e Organismos de Normalização
3.Acreditação de empresas e certificação dos produtos
4.Metrologia
5.Estatística de amostragem e aferição de equipamentos
6.Controlo da qualidade e gestão
Media frequência=
Avaliação 1: 29 Setembro
Avaliação 2: 24 Novembro
3
Conceito de qualidade
4
Algumas definições do conceito de qualidade
5
Assumir a qualidade com função e enfoque
estratégico significa:
6
Alguns beneficios que reporta a qualidade
• Valoriza os produtos
• Estimula uma procura permanente
• É equivalente ao incremento da producção , sem gastos
complementarios de materias primas, energía, equipamento e
trabalho
• É factor decisivo das exportações, não ha outras opções num
mercado internacional que se caracteriza por uma feroz
competitividade.
• É uma fonte de poupança de trabalho social, de fortalecimento da
economía do país e da elevação do bem estar do povo
• É a imagen que se translada ao mundo
7
Garantia de Qualidade
Uma organização para alcançar a qualidade de seus produtos,
começa a realizar actividades ou seja a buscar a satisfacção das
necessidades que tem vindo evolucionando ate o día de hoje.
•Actividade Essencia
Inspecção da qualidade •Separação de unidades boas de más
9
O que são padrões ISO ?
Os padrões ISO são acordos documentados contendo especificações
técnicas e outros critérios precisos para serem usados constantemente
como regras, guias ou definições de características, para assegurar
que materiais, produtos, processos e serviços estejam de acordo com
os seus propósitos.
10
O que é a ISO ?
Foi fundada em 1947 em Genebra e a sua função é promover a
normalização de produtos e serviços, utilizando determinadas
normas, para que a qualidade dos produtos seja sempre melhorada. A
série de normas ISO 9000, foi publicada em 1987, e desde então já
sofreu ciclos de melhoria.
12
Normas ISO
13
A Normalização não deve dar resposta ao seguinte tipo de
situações:
-É perigoso utilizar as normas de forma cega. A utilização e aplicação das normas
pressupõe o seu estudo prévio por profissionais com o perfil adequado;
-Não acrescentar valor ao que se faz em nome da conformidade. Na maior parte dos
casos o que se pretende especificar é o desempenho e não a forma, as dimensões ou a
aparência;
-A Normalização não pode ser decretada nem ser imposta. A Norma é um documento
que pode ser utilizado como referência em contratos ou leis, mas neste casos a decisão
da sua utilização deverá ser uma decisão livre das duas partes (caso dos contratos) ou
uma decisão dos governantes ou representantes do sector (caso das normas tornadas
obrigatórias por lei).
14
ISO 9000 (Normas técnicas gestão da qualidade)
Esta família de normas estabelece: requisitos que auxiliam a melhoria dos processos
internos, a maior capacitação dos colaboradores, o monitoramento do ambiente de
trabalho, a verificação da satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores, num
processo contínuo de melhoria do sistema de gestão da qualidade.
15
Vantagens de normas ISO
A adoção das normas ISO é vantajosa para as organizações uma vez que:
i. Confere maior organização, produtividade e credibilidade
ii.Servicos e produtos sao facilmente identificáveis pelos clientes
iii.Aumentando a sua competitividade nos mercados nacional e internacional.
16
ISO 9001:2015
I.Organismos regionais
II.Organismos nacionais
I. Organismos Regionais
19
Norma EN
Comité Europeén de Normalisation (CEN), é um organismo composto por 30
organismos nacionais de normalização, o qual promove a harmonização voluntária de
normas técnicas na Europa, designadas por “EN”.
Em 1961, foi criado o comité Europeu de coordenação de Normas que veio, mais tarde,
a chamar-se Comité Europeu de Normalização (CEN). Este dedicou a primeira década
ao estudo de documentos de unificação, só depois tendo enveredado pelo estudo de
normas.
Em 1975, o seu Secretariado Central foi transferido de Paris para Bruxelas. Constituiu-
se então como associação técnica e científica internacional, sem fins lucrativos e, em
conformidade com as exigências do direito belga.
O CEN tem como objectivo fortalecer o desenvolvimento do comércio e da troca de
serviços, contribuindo para a eliminação de entraves de natureza técnica. O CEN
trata de assuntos dos mais variados domínios, excluindo os de electrotecnia.
20
Norma CENELEC
Comité Europeén de Normalisation Eletrotechnique (CENELEC), foi criado em
1973 como o resultado de uma fusão entre duas organizações europeias, o
CENELCOM e o CENEL.
21
Norma ARSO
22
A ISO reconheceu também, como organismos regionais de
normalização os seguintes:
i. Comissão Pan-americana de Normas Técnicas (COPANT)
ii. European Telecommunications Standards Institute (ETSI)
iii. Arab Industrial Development and Mining Organization (AIDMO)
iv. Euro Asian Council for Standardization, Metrology and Certification (EASC)
v. Pacific Area Standards Congress (PASC)
vi. A SEAN Consultative Committee for Standards and Quality (ACCSQ)
23
II. Organismos Nacionais
26
Diferentes tipos de Normas
i.Normas Básicas
ii.Normas de Produtos/serviços
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i. Normas básicas
Uma norma básica é uma norma de âmbito geral ou que contém disposições gerais
relativas a um domínio particular.
Existem duas áreas em que praticamente todos os países elaboram normas idênticas às
normas internacionais, sendo por isso designadas normas básicas:
a)Representação de expressões matemáticas, o sistema internacional de unidades (SI)
e a simbologia das quantidades físicas
b) Desenho técnico – apresentação e anotação gráfica
Em ambas as áreas foi possível criar um código de comunicação de ideias que sendo
independente de qualquer idioma, permite o entendimento entre cientistas, projectistas,
engenheiros e desenhadores.
Na realidade pode afirmar-se que, desde Leonardo da Vinci que o desenho técnico tem
sido o meio essencial de comunicação que ultrapassa todas as barreiras linguísticas.
Entre outros, as ISO 31, sobre unidades fundamentais e a ISO 1000 relativa ao Sistema
Internacional de Unidades, são dois exemplos de normas básicas.
28
ii. Normas de produto/serviço
São regra geral as especificações relacionadas com os requisitos do produto ou serviço
nos seus diferentes estádios de evolução, incluindo o desempenho, que estes devem
satisfazer para assegurar a sua aptidão ao uso.
Estas são o tipo de normas prioritárias para qualquer país.
Por “produto” entende-se tudo aquilo que pressupõe a intervenção humana, como
exemplo:
■ Matérias-primas
■ Equipamentos
■ Alimentação
■ Vestuário e calçado
■ Prestação de serviços
■ .....
29
ii. Normas de produto/serviço
Podem subdividir-se nas seguintes categorias:
■ Terminologia ─ norma referente a termos, geralmente acompanhados das suas
definições e por vezes de notas explicativas, ilustrações, exemplos, etc.
■ Ensaio ─ norma referente a métodos de ensaio, por vezes complementada com
outras disposições relativas ao ensaio, tais como amostragem, utilização de métodos
estatísticos, sequências dos ensaios.
■ Características ─ norma que contém uma lista de características, cujos valores ou
outros dados devem ser indicados para especificar um produto, processo ou serviço.
■ Interface ─ norma que especifica os requisitos relativos à compatibilidade de
produtos ou sistemas nos seus pontos de interligação.
30
Outros documentos normativos
Existem, ainda, outros documentos que caem na categoria de normas (sentido lato) não
obstante apresentarem características e naturezas diferentes:
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Métodos de adopção de Normas
I. Endosso
O estatuto dos documentos é o mesmo e os textos são iguais
É conveniente publicar uma “nota de endosso” (não esquecer direitos de autor se for
necessário disponibilizar a norma internacional)
II. Republicação
Reprodução directa do documento internacional publicado, acrescentando preâmbulo e
introdução, emendas e erratas e alterações editoriais.
III. Reestruturação
Neste caso pode haver, ou há, alteração de estrutura o que torna difícil detectar as
alterações relativamente ao texto original
32
.: Certificação:.
NORMA ISO 9001:2015
33
.: Certificação :.
37
Desvantagens de uma empresa ser certificada ela norma
ISO 9001:2015
Interesses de acreditação:
1.Declara que os organismos acreditados sao competentes e
imparciais,
2.Lhes permite , a nivel mundial, conseguir a aceitação de suas
prestações, e o reconhecimento de suas competencias,
3.Unifica e simplifica tramites de reconhecimentos de reconhecimento
dos operadores,
4.Evita as empresas exportadoras os controles que devem passar para
ter accesso ao mercado internacional,
5.Estabelece e promove a confiança a nivel nacional e internacional ao
comprovar a competencia dos operadores em questão.
40
AUDITORIAS
EXECUÇÃO DE AUDITORIAS INTERNAS
As auditorias internas também conhecidas como auditorias de
primeira parte, são conduzidas pela própria empresa, ou em seu nome,
para determinar o grau de conformidade da organização.
41
PREPARAÇÃO DA PRÉ-AUDITORIA
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PREPARAÇÃO DA PRÉ-AUDITORIA
Com base nos dados do questionário, a certificadora envia uma
proposta para certificação e submete-a à análise e aprovação. No caso
da aceitação da proposta, a empresa preenche e envia a confirmação
de certificação, formalizando seu compromisso com a certificadora.
Os documentos da qualidade, manual da qualidade e procedimentos,
são encaminhados para análise. Normalmente, é recomendado o prazo
de dois meses entre a pré-auditoria e a auditoria de certificação, de
forma que a empresa disponha tempo para corrigir as não
conformidades apresentadas na pré-auditoria.
A pré-auditoria normalmente é realizada por um auditor com duração
de dois dias.
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PREPARAÇÃO DA PRÉ-AUDITORIA
Consiste em:
-Apresentação da organização e do órgão certificador;
-Entrevista com a alta direção para verificação dos requisitos em
relação à responsabilidade da direção;
-Verificação da adequação da documentação do sistema de gestão;
-Diagnóstico mais profundo abrangendo todos os requisitos do sistema
de gestão;
-Verificação da situação de implementação do sistema de gestão
quando da verificação dos requisitos em relação a auditorias internas,
ações corretivas e treinamento;
-Confirmação das informações relevantes para a certificação;
-Visita as instalações da organização e verificação do atendimento a
alguns requisitos selecionados da norma de referência.
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PREPARAÇÃO DA PRÉ-AUDITORIA
Depois de verificado o sistema de gestão da qualidade, resulta
normalmente um parecer recomendando ou não, a empresa
contratar a auditoria de certificação.
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AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO
Na auditoria de certificação determina-se o nível e a eficácia da
implementação do sistema da qualidade na organização. A
auditoria é realizada na data marcada, com base numa lista de
verificação de todos os elementos do sistema de gestão do cliente.
Parte das evidências requeridas são os resultados de pelo menos
um ciclo completo de auditorias internas e de uma análise crítica
pela direção.
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RECERTIFICAÇÃO
Os certificados têm validade de três anos. Próximo ao seu término,
a empresa precisa se recertificar. Para este processo, é realizada
uma auditoria completa no sistema da qualidade da empresa, que
analisa sua adequação e conformidade à norma de referência.
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METROLOGIA
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Metrologia
A Metrologia é a ciência das medições, abrangendo todos os aspectos
teóricos e práticos que asseguram a precisão exigida no processo
produtivo, procurando garantir a qualidade de produtos e serviços
através da calibração de instrumentos de medição, sejam eles
analógicos ou eletrônicos (digitais), e da realização de ensaios, sendo
a base fundamental para a competitividade das empresas. Metrologia
também diz respeito ao conhecimento dos pesos e medidas e dos
sistemas de unidades de todos os povos, antigos e modernos.
51
Áreas da Metrologia
a)A Metrologia Científica, que utiliza instrumentos laboratoriais,
pesquisas e metodologias científicas, que têm por base padrões de
medição nacionais e internacionais, para o alcance de altos níveis de
qualidade metrológica.
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Áreas da Metrologia
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Áreas da Metrologia
b) A Metrologia Industrial
O INNOQ fornece serviços de calibração nas seguintes áreas:
Área de massa - Calibração de pesos e balanças de precisão, analíticas,
mecânicas e electromecânicas, ferroviárias e rodoviárias (Básculas);
Área de Temperatura – Termómetros, sensores de temperatura e
instalações de Temperatura;
Área Dimensional - metros, fitas métricas, micrómetros, paquímetros;
Área de Pressão - Manómetros Analógicos e Digitais, Manómetros de
coluna líquida, Manómetros diferenciais, Transdutores e sensores de pressão;
Área Eléctrica - Multímetros digitais, Pinças amperimétricas, Wattímetros,
Osciloscópios, Frequencímetros;
Área de Volume - Pipetas, micropipetas, balões volumétricos, buretas,
frascos volumétricos de aço e outras vidrarias volumétricas.
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Áreas da Metrologia
c) A Metrologia Legal
Intrumentos
Balanças
Básculas
Pesos
Bombas medidoras de combustíveis líquidos
Termômetros clínicos
Esfigmomanómetros
Fitas métricas
Produtos pré medidos ou produtos embalados na ausência do consumidor
Produtos alimentares
Bebidas alcoólicas e não alcoólicas
Produtos de higiene e limpeza
Produtos de Beleza
Material de construção
Produtos químicos
Material escolar
Insecticidas
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Papel da metrologia na organização
-A Metrologia garante a qualidade do produto final favorecendo as
negociações pela confiança do cliente, sendo um diferenciador
tecnológico e comercial para as empresas.
-Reduz o consumo e o desperdício de matéria-prima pela calibração
de componentes e equipamentos, aumentando a produtividade.
-E ainda reduz a possibilidade de rejeição do produto, resguardando os
princípios éticos e morais da empresa no atendimento das
necessidades da sociedade em que está inserida, evitando desgastes
que podem comprometer sua imagem no mercado.
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Calibração
58
MÚLTIPLOS E SUBMÚLTIPLOS DO METRO
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SISTEMAS DE MEDIDAS
Apesar de se chegar ao metro como unidade de medida, ainda são usadas
outras unidades. Na mecânica, por exemplo, é comum usar o milímetro e
a polegada.
O sistema métrico, de fácil entendimento e aplicação por ser baseado no
sistema decimal (múltiplos e submúltiplos de dez) é o sistema que é
reconhecido pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) e que utiliza
como unidade de base o metro.
O sistema inglês ainda muito utilizado na Inglaterra e nos Estados
Unidos, e também em Moçambique, devido ao grande número de
empresas procedentes desses países, é um sistema que está em extinção
por não ser reconhecido pelo Sistema Internacional de Unidades. Por
isso, este sistema está, aos poucos, sendo substituído pelo sistema
métrico.
Como os dois sistemas ainda são usados, as vezes até mesmo de forma
simultânea, existe a necessidade da conversão dos sistemas, ora de
sistema métrico para sistema inglês, ora de sistema inglês para sistema
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SISTEMA MÉTRICO
O sistema métrico utiliza como padrão, o metro. Esse termo teve
origem na palavra grega “METRON” que significa medir.
SISTEMA INGLÊS
O sistema inglês tem como padrão a Jarda. Esse termo tem origem na
palavra inglesa “yard“ que significa vara, em referência ao uso de
varas nas medições. Esse padrão foi criado por alfaiates ingleses.
61
SISTEMA INGLÊS
As relações existentes entre a Jarda, o Pé e a Polegada também foram
instituídas por leis, nas quais os reis da Inglaterra fixaram que:
1 jarda = 3 pés = 36 polegadas (1 polegada = 25,4 mm)
1 pé = 12 polegadas
1 milha terrestre = 1.760 jardas = 5.280 pés
SISTEMA INGLÊS BINÁRIO (fracionário)
O sistema binário (fracionário) caracteriza-se pela maneira de sempre
dividir por dois a unidade e as suas frações. Assim, obtém-se, da
polegada, a seguinte série decrescente:
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SISTEMA INGLÊS DECIMAL
O sistema decimal caracteriza-se por ter, sempre, no denominador da
fração, uma potência de base dez, como mostra a série.
SISTEMA INGLÊS
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CONVERSÃO DOS SISTEMAS
Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente daquela
que se está utilizando, deve-se convertê-la, ou seja, mudar a unidade
da medida. Assim sendo, para converter:
1. De polegada em milímetro
Sabendo-se que uma polegada mede 25,4 mm, a conversão de
polegada decimal em milímetro ou de polegada binário em milímetro
é feita quando multiplicamos o valor da polegada decimal ou binário
por 25,4 mm.
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1. De polegada em milímetro
66
2. De milímetro em polegada decimal
A conversão de milímetro em polegada decimal é feita dividindo-se o
valor da medida em milímetro, por 25,4 mm.
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3. De milímetro em polegada binário
A conversão de milímetro em polegada binário é feita dividindo-se o
valor da medida em milímetro, por 25,4 mm e multiplicando-o por
128. O resultado deve ser escrito como numerador de uma fração cujo
denominador é 128. Caso o numerador não dê um número inteiro,
deve-se arredondá-lo para o número inteiro mais próximo.
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4. De polegada binário em polegada decimal
A conversão de polegada binário em polegada decimal é feita
dividindo-se o numerador da fração pelo seu denominador.
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5. De polegada decimal em polegada binário
A conversão de polegada decimal em polegada binário é feita
multiplicando-se a medida expressa em milésimo por uma das
divisões da polegada, que passa a ser o denominador da polegada
fracionária resultante.
71
LEITURA NO SISTEMA INGLÊS
Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8 e 16 partes iguais.
As Escalas de precisão chegam a apresentar 32 e até 64 divisões por
polegada, enquanto as demais só apresentam frações de até 1/16”.
A ilustração a seguir mostra essa divisão, representando a polegada
em tamanho ampliado.
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LEITURA NO SISTEMA INGLÊS
Observe que, na ilustração anterior, estão indicadas somente frações
de numerador ímpar.
Isso acontece porque, sempre que houver numeradores pares, a fração
será simplificada. Exemplos:
1/16” ⇒ 1/16”
1/16” + 1/16” = 2/16” ⇒ 1/8”
1/16” + 1/16” + 1/16” + 1/16” = 4/16 “ = 2/8” ⇒ 1/4” e assim por
diante
A leitura na Escala consiste em observar qual traço coincide com a
extremidade do objeto.
Na leitura, deve-se sempre observar a altura do traço, pois ele facilita
a identificação das partes em que a polegada foi dividida.
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LEITURA NO SISTEMA INGLÊS
EXERCÍCIOS
Determine os valores das dimensões de “a” a “k” , em frações de
polegadas.
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LEITURA NO SISTEMA INGLÊS
EXERCÍCIOS
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Métodos Básicos de Medição
Para descrever o valor momentâneo de uma grandeza como um
múltiplo e uma fração decimal de uma unidade padrão, um Sistema
Metrico (SM) pode operar segundo um dos dois princípios básicos de
medição:
1.O MÉTODO DA INDICAÇÃO (OU DEFLEXÃO)
2.O MÉTODO DA ZERAGEM (OU COMPENSAÇÃO)
3.O MÉTODO DIFERENCIAL
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1. Método da indicação ou deflexão
Em um SM que opera segundo o método da indicação, a indicação
directa é obtida no dispositivo mostrador, seja este um mostrador de
ponteiro, indicador digital ou registrador gráfico, à medida em que o
mensurando é aplicado sobre este SM. São inúmeros os exemplos de
SM que operam por este princípio: termômetros de bulbo ou digitais,
manômetros e ou balanças com indicação analógica ou digital, balança
de mola, etc.
77
2. O método da zeragem ou compensação
No método da zeragem, procura-se gerar uma grandeza padrão com
valor conhecido, equivalente e oposto ao mensurando, de forma que as
duas, atuando sobre um dispositivo comparador, indiquem diferença
zero. A balança de prato é um exemplo clássico de SM que opera por
este princípio: procura-se formar em um dos pratos uma combinação
de massas padrão que tendem a contrabalançar a massa desconhecida
colocada no outro prato. Ambas massas são equivalentes quando a
balança atingir o equilíbrio.
78
3. O método diferencial
O método de medição diferencial resulta da combinação dos dois
métodos anteriores. O mensurando é comparado a uma grandeza
padrão e sua diferença medida por um instrumento que opera segundo
o método da indicação.
Normalmente o valor da grandeza padrão é muito próximo do
mensurando de forma que a faixa de medição do instrumento que
opera por indicação pode ser muito pequena. Como consequência, seu
erro máximo pode vir a ser muito reduzido sem que seu custo se eleve.
79
O ERRO DE MEDIÇÃO
80
O ERRO DE MEDIÇÃO
A Convivência com o Erro
O erro de medição é caracterizado como a diferença entre o valor da
indicação do SM e o valor verdadeiro o mensurando, isto é:
82
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
a) CALIBRAÇÃO DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO
Calibração é um procedimento experimental através do qual são
estabelecidas, sob condições específicas, as relações entre os
valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de
medição ou valores representados por uma medida materializada
ou um material de referência, e os valores correspondentes das
grandezas estabelecidos por padrões.
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Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
a) CALIBRAÇÃO DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO
Embora a calibração seja a operação de qualificação de
instrumentos e sistemas de medição mais importante, existem
outras operações comumente utilizadas:
84
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
85
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
Cadeia de rastreabilidade
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Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
b) Ajuste
-Operação complementar, normalmente efectuada após uma
calibração, quando o desempenho metrológico de um sistema de
medição não está em conformidade com os padrões de
comportamento esperados. Trata-se de uma "regulagem interna"
do SM, executada por técnico especializado. Visa fazer coincidir,
da melhor forma possível, o valor indicado no SM, com o valor
correspondente do mensurado submetido.
São exemplos:
-Alteração do factor de amplificação (sensibilidade) de um SM
por meio de um potenciômetro interno;
-Regulagem do "zero" de um SM por meio de parafuso interno.
87
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
b) Ajuste
No caso de medidas materializadas, o ajuste normalmente envolve
uma alteração das suas características físicas ou geométricas.
Por exemplo:
-Colocação de uma "tara" em uma massa padrão;
Após o término da operação de ajuste, é necessário efetuar uma
recalibração, visando conhecer o novo comportamento do sistema
de medição, após os ajustes terem sidos efectuados.
88
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
c) Regulagem
É também uma operação complementar, normalmente efetuada
após uma calibração, quando o desempenho metrológico de um
sistema de medição não está em conformidade com os padrões de
comportamento esperados. Envolve apenas ajustes efetuados em
controles externos, normalmente colocados à disposição do
usuário comum. É necessária para fazer o SM funcionar
adequadamente, fazendo coincidir, da melhor forma possível, o
valor indicado com o valor correspondente do mensurado
submetido. São exemplos:
-Alteração do factor de amplificação (sensibilidade) de um SM
por meio de um botão externo;
-Regulagem do "zero" de um SM por meio de um controle
externo indicado para tal.
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Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
d) Verificação
A operação de verificação é utilizada no âmbito da metrologia legal,
devendo esta ser efectuada por entidades oficiais existentes nos
diversos países.
Trata-se de uma operação mais simples, que tem por finalidade
comprovar que:
- Um sistema de medição está operando correctamente dentro das
características metrológicas estabelecidas por lei;
- Uma medida materializada apresenta características segundo
especificações estabelecidas por normas ou outras determinações
legais.
90
Operações Básicas para Qualificação de Sistemas de Medição
d) Verificação
São verificados instrumentos como balanças, bombas de
gasolina, taxímetros, termômetros clínicos e outros instrumentos,
bem como medidas materializadas do tipo massa padrão usados
no comércio e área da saúde, com o objetivo de proteger a
população em geral.
A verificação é uma operação de cunho legal, da qual resulta a
emissão de selo ou plaqueta com a inscrição "VERIFICADO",
quando o elemento testado satisfaz às exigências legais.
91
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
A escola ensina que a área do território nacional é de 801590 km 2.
Alguém pode perguntar: "Com a maré alta ou baixa?". De facto,
considerando grosseiramente que o litoral moçambicano possui cerca
de 2470 km de costa e que, em média, 20 m de praia são descobertos
entre as marés alta e baixa, verifica-se só aí uma variação de 140 km 2.
Atribuir nota zero a um aluno que errou os dois últimos dígitos em
uma prova de geografia parece contrariar o bom senso!
Sabe-se que não existe um SM perfeito. Por menores que sejam, os
erros de medição provocados pelo SM sempre existem. Logo, não se
pode obter um resultado exato de um SM imperfeito. Porém,
mesmo com um SM imperfeito é possível obter informações
confiáveis.
92
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
A ) Mensurando Invariável Versus Variável
Para formular um modelo adequado para determinar o resultado
da medição, o mensurando é aqui classificado como variável ou
invariável. Será invariável se o seu valor permanecer constante
durante o período que há interesse no seu valor. A massa de uma
peça metálica isolada do meio ambiente é um exemplo. A
temperatura de uma sala ao longo de um dia, ou em diferentes
posições, é um exemplo de mensurando variável, isto é, seu valor
muda em função do tempo e/ou da posição ao longo da sala.
A rigor, em termos preciosistas, não existem mensurandos invariáveis. Mesmo
a massa de uma peça de platina no vácuo sofre variações ínfimas se forem
considerados aspectos relativísticos, uma vez que a velocidade com que as
galáxias se afastam aumenta com a expansão do universo... Fugindo das
discussões filosóficas, em termos práticos, o mensurando será aqui
considerado invariável quando suas variações não podem ser detectadas pelo
SM em uso. Ou seja, o SM não consegue "enxergar" estas variações por serem
inferiores à sua resolução. 93
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
B) Uma Medida x Várias Medidas
Por questões de economia de tempo, comodidade ou praticidade,
não é raro na indústria aplicar uma única vez o SM sobre o
mensurando para determinar o resultado da medição (RM). Em
várias situações esta prática pode ser perfeitamente correcta do
ponto de vista metrológico embora haja um preço: uma redução da
qualidade do resultado da medição, isto é, aumento da sua
incerteza. Há casos onde não é aplicável.
94
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
B) Uma Medida x Várias Medidas
A repetição da operação de medição sobre a mesma peça leva mais
tempo e exige cálculos adicionais, mas é justificável em duas
situações: quando se deseja reduzir a incerteza da medição (IM)
ou quando se trata de um mensurando variável. No primeiro caso,
a influência do erro aleatório diminui à medida em que são efectuadas
várias medidas o que pode vir a reduzir a incerteza da medição,
portanto, a parcela de dúvida ainda presente no resultado. Tratando-se
de um mensurando variável, deve-se necessariamente efectuar várias
medições visando colectar um número suficiente de indicações que
permitam caracterizar a faixa de variação do mensurando. Nestes
casos, não faz sentido medir apenas uma única vez.
95
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando
Invariável
O ponto de partida para chegar ao resultado da medição é o
conhecimento das características do sistema de medição.
Informações sobre o sistema de medição, sua correcção,
repetitividade ou, alternativamente, seu erro máximo, tem que ser
conhecidas.
São estudadas duas situações distintas para a determinação do
RM:
a) quando são compensados os erros sistemáticos e
b) quando não o são.
96
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando
Invariável
a) Compensando efeitos sistemáticos:
Neste caso o operador conhece a repetitividade e a correção (C) do
SM e está disposto a fazer algumas continhas simples para
compensá-la. Se apenas uma medição foi feita, a indicação obtida
deve ser
corrigida e o resultado da medição ainda conterá uma parcela de
dúvida correspondente à repetitividade, que é a medida do erro
aleatório, ou seja:
RM = I +C ± Re
sendo:
I -indicação obtida
C -correção do SM
Re -repetitividade do SM 97
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
a) Compensando efeitos sistemáticos
Se o operador decidir investir um pouco mais de tempo e medir
repetidamente "n" vezes o mesmo mensurando e calcular a média
obtida, este esforço resultará em uma melhora no resultado da
medição. Os estatísticos provam que a influência dos erros aleatórios
na média de "n" medições reduz-se na proporção . Assim, quanto
maior "n", menor a influência do erro aleatório. Assim, quando a
média de "n" medições é efetuada, o resultado da medição pode ser
estimado por:
98
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
b) Não compensando efeitos sistemáticos
Corresponde à situação onde o valor da correção não é conhecido ou,
por questões de simplicidade ou falta de tempo, o operador
deliberadamente optou por não compensar os efeitos sistemáticos.
Neste caso, o erro máximo deve ser usado para estimar o resultado da
medição. Caso apenas uma medição seja feita, o resultado da medição
pode ser estimado por:
99
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
b) Não compensando efeitos sistemáticos
Neste caso se o operador decidir investir um pouco mais de tempo e
medir repetidamente "n" vezes o mesmo mensurando e calcular a
média obtida, este esforço terá pouco efeito sobre o resultado da
medição.
Como o erro máximo contém a combinação das parcelas sistemática e
aleatória, e não se sabe em que proporção, não é possível reduzir sua
influência de forma segura pela repetição das medições. Assim, o
resultado da medição pode ser estimado por:
100
O RESULTADO DA MEDIÇÃO
Problema Resolvido 1:
E1a) Quando saboreava seu delicioso almoço no restaurante
universitário, um estudante achou uma particula de ouro no meio da
sua comida. Dirigiu-se então ao laboratório com a finalidade de
determinar o valor da massa da particula usando uma balança. O
aluno não conseguiu localizar a curva de erros da balança, mas o
valor ± 2,0 g, correspondendo a seu erro máximo, estava escrito na
bancada. O aluno, inicialmente, mediu apenas uma única vez, tendo
obtido como indicação 32,8 g. O que pode ser dito sobre o valor da
massa da particula?
Solução:
A massa de uma particula é um mensurando invariável. O aluno fez-se
apenas uma única medição e dispõe apenas do erro máximo da
balança. Os efeitos sistemáticos, sendo desconhecido, não poderão ser
compensados. Assim, a incerteza da medição será o próprio erro
máximo: RM = I ± Emax RM = (32,8 ± 2,0) g 101
Problema Resolvido 1:
E1b) Não satisfeito com a incerteza da medição, que lhe pareceu
muito grande, o aluno obteve as nove indicações adicionais listadas a
seguir, todas em gramas. Para esta condição, qual o novo resultado
da medição ?
32,0 33,2 32,3 32,9 32,1 33,4 33,3 32,9 32,1
Solução:
Agora 10 indicações estão disponíveis. É possível calcular o resultado
da medição através da média das indicações disponíveis. Embora um
trabalho maior tenha sido realizado, seu efeito sobre o resultado da
medição é quase inexpressivo. Assim:
MI = 32,70 g
RM = MI ± Emáx
RM = (32,7 ± 2,0) g
102
Problema Resolvido 1:
E1c) Quando chegava ao trabalho após o período de almoço, o
laboratorista, encontrando o felizardo aluno ainda no laboratório, foi
buscar o certificado de calibração da balança. Juntos constataram
que, para valores do mensurando da ordem de 33 g esta balança
apresenta correção de + 0,80 g e repetitividade de 1,20 g. Para estas
novas condições, qual o resultado da medição ?
Solução:
Se o estudante usasse apenas a primeira indicação obtida, o resultado
da medição seria estimado por meio da equação:
RM = I + C ± Re
RM = 32,8 + 0,80 ± 1,20
RM = (33,6 ± 1,2) g
103
Problema Resolvido 1:
E1c) Continuação da solução
Entretanto, como 10 indicações estão disponíveis, é possível tirar
proveito desta os efeitos sistemáticos podem ser compensados pois a
correção é conhecida. O resultado da medição é calculado por:
104
Problema Resolvido 1:
105
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
Considere a figura. Representa-se, de forma exagerada, um muro
imperfeito, cuja altura varia em função da posição. Qual seria a
resposta mais honesta para a pergunta: qual é a altura deste muro?
Seria a altura máxima? A altura mínima? A média? Não. A resposta
mais honesta seria: a altura não é única, mas varia dentro de uma faixa
entre o valor mínimo e o valor máximo.
106
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
Na prática nem sempre é possível determinar com segurança os
valores extremos (mínimo e máximo) do mensurando de forma direta.
Recomenda-se que diversas medições sempre sejam realizadas,
procurando varrer todos os valores que possam ser assumidos pelo
mensurando. A escolha do número, posição e instante onde a medição
será realizada deve ser sempre direcionada para tentar assegurar que
os valores extremos do mensurando estão incluídos dentre as
indicações obtidas. Neste caso, e ainda considerando o SM ideal, a
faixa de variação do mensurando pode ser estimada pela quantidade:
108
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
a) Compensando efeitos sistemáticos:
Neste caso, o resultado da medição é estimado a partir da média das
indicações, ao qual é adicionada a correção. Incerteza da medição é
composta de duas componentes: a repetitividade do SM e o módulo da
máxima variação da indicação em relação à média das indicações .
109
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
a) Compensando efeitos sistemáticos:
Note que, mesmo que "n" medições sejam realizadas, a repetitividade
(Re) não é dividida pela raiz quadrada de "n". A razão para isto
decorre do fato que a indicação referente a um ponto extremo do
mensurando provavelmente será medida apenas uma única vez e,
conseqüentemente, estará exposta aos níveis de variação associados a
uma medição.
Pela análise nota-se que, uma vez expresso numericamente o resultado
da medição, não é mais possível identificar na incerteza da medição o
quanto corresponde à incerteza do sistema de medição e o quanto está
associado à variação do mensurando.
110
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
b) Não compensando efeitos sistemáticos
Corresponde à situação onde o valor da correção não é conhecido ou,
por questões de simplicidade ou falta de tempo, o operador
deliberadamente optou por não compensar os efeitos sistemáticos.
Neste caso, o erro máximo deve ser usado para estimar o resultado da
medição.
O resultado base é calculado a partir da média das indicações. A
incerteza da medição é estimada pela soma do próprio erro máximo do
sistema de medição e a variação máxima das indicações em relação ao
seu valor médio:
111
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
Problema Resolvido 2:
E2a) Pretende-se determinar o diâmetro de uma bola de gude. Para
tal, dispõe-se de um paquímetro com erro máximo de ± 0,10 mm,
estimado para as condições em que as medições são efetuadas.
Um total de 10 indicações foram obtidas e estão listadas abaixo,
realizadas em diferentes posições diametrais, procurando atingir os
valores extremos do diâmetro. Qual o diâmetro desta bola de gude?
112
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
Solução:
Como não se pode esperar “perfeição” na geometria de uma bola de
gude, é prudente trata-la como mensurando variável. São disponíveis
10 indicações e uma estimativa do Emáx, portanto:
113
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
114
Avaliação do Resultado da Medição de um Mensurando Variável
e
Invariável Quadro Geral
115
Fim
116