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Os Maias, Eça de Queirós

A Educação
Quem contesta Quem aprova

Vilaça
Padre Custódio
Gente da casa
Gente de Resende

Afonso
Quem aprova
Narrador Quem contesta
(discurso
valorativo)
 N’Os Maias são confrontados dois sistemas
educativos opostos: processo de
caracterização de Pedro (e agora também
Eusebiozinho) e Carlos.
 Padre Vasques  Pedro  típica educação
portuguesa oitocentista e conservadora:
 o primado da cartilha e com ela uma conceção
essencialmente punitiva da devoção religiosa;
 o latim como prática pedagógica fossilizada e

não criativa;
 a fuga ao contacto direto com a natureza e com

as realidades práticas da vida;



Reflexos deste modelo de educação em Pedro da
Maia adulto:
A devoção histérica e a incapacidade para encarar
e resolver as contrariedades com que se defronta.
Pontos comuns entre a educação de
Eusebiozinho e Pedro da Maia
 primado da cartilha e da religião, transmissoras
de conceções religiosas essencialmente punitivas;
 aprendizagem de línguas mortas (o latim);
 fuga ao contacto direto com a natureza e com as
realidades práticas da vida;
 deformação da vontade própria, através do
suborno (a promessa de dormir com a mãe);
 imersão na atmosfera doentia e melancólica do
Romantismo decadente (“A Lua de Londres”);
 recurso à memorização e desvalorização da
criatividade e do juízo crítico
Ambas as personagens são, em adultos, indivíduos
sentimentalmente falhados, passivos, incapazes de encarar e
resolver as contrariedades da vida, com espírito de cedência e
de fuga aos problemas.

Carlos da Maia tem uma educação diferente, de inspiração


inglesa, caracterizada pela disciplina e método no
cumprimento de horários, pela valorização da
espontaneidade, criatividade e espírito crítico. Em adulto, é
um indivíduo saudável, inteligente, culto, elegante e seguro
de si, admirado e imitado por toda a alta sociedade lisboeta.

O romance critica a educação tradicional portuguesa de


oitocentos, responsabilizando-a pelo atraso do país, pela
mentalidade retrógrada dominante. Defende a necessidade de
Portugal se abrir aos modelos de educação de Inglaterra, o país
da modernidade da época.
A formação de Carlos em Coimbra
Capítulo IV
Em Coimbra • Estudante do liceu, Carlos deixara os seus
compêndios de lógica e de retórica para se
ocupar de anatomia. (p. 92)
Nos Paços de • Carlos faz ginástica, esgrima, whist sério; havia
Celas ardentes cavacos, tudo flamejava no fumo do
tabaco. Tinha nas veias o sangue do
diletantismo. (p. 94)
Vida Romântica • Episódio romântico com Hermengarda –
adultério. (p. 97)
• Romance torpe com a espanhola Encarnación,
prostituta a quem monta casa. (p. 98)
Os Companheiros • São dândis e filósofos, fidalgotes e
revolucionários.
A Formatura • Em Agosto, no atos de formatura, houve alegre
“Carlos partira para a sua longa viagem pela Europa. Um ano
passou. Chegara esse Outono de 1875: e o avô, instalado enfim
no Ramalhete, esperava por ele ansiosamente.” (p. 100)


FIM DA GRANDE ANALEPSE

CARLOS DA MAIA, MÉDICO, EM LISBOA
“ – O meu rapaz vem com grandes ideias de
trabalho – dizia Afonso aos amigos.” (p. 100)

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