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Posição, equações

paramétricas do movimento
e trajetória
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

As interações entre os corpos, descritas por forças, permitem explicar a origem e as


alterações dos movimentos.
A parte da mecânica que estuda a relação entre as forças que atuam num corpo e as
características do seu movimento é a dinâmica.
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

A trajetória do centro de massa de um corpo pode ser retilínea ou curvilínea.

Trajetória retilínea Trajetória curvilínea

Se a trajetória for retilínea, bastará um único eixo cartesiano para descrever o movimento.

⃗𝑟
x/m
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

A posição de uma partícula depende do referencial no qual o movimento é descrito e


pode ser representada por um vetor, de símbolo , que tem a sua origem na origem do
referencial e a sua extremidade sobre o centro de massa da partícula.

⃗𝑟
x /m
0 6

A posição do centro de massa pode escrever‑se como ⃗ ⃗𝑥 (m),


𝑟 =6 𝑒

sendo o vetor unitário cuja direção é a do eixo dos xx, apontando no sentido
positivo desse eixo.
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

Se o movimento for curvilíneo como, por exemplo, o do centro de massa de um carrinho


numa pista, para descrever a sua posição serão necessárias duas coordenadas, x e y, ou
seja, um referencial cartesiano com dois eixos.

Decompondo o vetor nestes eixos: ⃗


𝑟 =𝑥 ⃗
𝑒𝑥+ 𝑦 ⃗
𝑒 𝑦 (m)
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

Um movimento mais complexo é o movimento curvilíneo a três dimensões, como o do


centro de massa de um drone, em que são necessárias três coordenadas, x, y e z, para o
descrever, sendo o vetor posição dado por:


𝑟 =𝑥 ⃗
𝑒𝑥+ 𝑦 ⃗ ⃗ 𝑧 ( m)
𝑒𝑦 + 𝑧 𝑒
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

Num movimento, o vetor posição varia ao longo do tempo.

A trajetória curvilínea de uma partícula e a


sua posição em intervalos de tempo iguais –
a chamada representação estroboscópica do
movimento – assim como os respetivos
vetores posição.

A variação do vetor posição traduz‑se na variação das coordenadas x, y e z, da posição da


partícula. Por isso, o vetor posição é função do tempo, = (t), e as suas coordenadas são
funções do tempo:
𝑥= 𝑥 ( 𝑡 ) ; 𝑦 = 𝑦 ( 𝑡 ) ; 𝑧 = 𝑧 (𝑡 )
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

𝑥= 𝑥 ( 𝑡 ) ; 𝑦 = 𝑦 ( 𝑡 ) ; 𝑧 = 𝑧 (𝑡 )

Estas três equações, que indicam a variação de cada coordenada com o tempo, são
designadas por equações escalares ou paramétricas do movimento (escalares porque
representam componentes escalares das projeções do vetor posição e paramétricas
porque as coordenadas dependem do parâmetro tempo, t).

A posição da partícula ao longo do tempo, também designada por lei do movimento,


pode então ser representada por:

⃗𝑟 (𝑡 )=𝑥 (𝑡 ) ⃗
𝑒 𝑥 + 𝑦 (𝑡 ) ⃗ ⃗ 𝑧 (m )
𝑒 𝑦 + 𝑧 (𝑡 ) 𝑒
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

A posição, como qualquer grandeza vetorial, pode ser indicada pela respetiva expressão
vetorial, (t), ou pelas projeções escalares das componentes do vetor (x, y e z).

O módulo ou norma de um vetor representa-se por ou, simplesmente, r (em


matemática, a norma de um vetor representa‑se por ).

𝑟 =|𝑟⃗|= √ 𝑥 2+ 𝑦 2 + 𝑧 2

O módulo do vetor posição indica a distância da partícula à origem do referencial (este


módulo não é suficiente para definir a posição, pois vetores diferentes podem ter o
mesmo módulo).
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

Qualquer movimento curvilíneo pode ser descrito como a composição de movimentos


retilíneos em dois eixos (movimento num plano) ou em três eixos (movimento no espaço).

A representação estroboscópica da
partícula na sua trajetória permite
decompor o movimento nos dois eixos e
caracterizar o movimento em cada eixo
como uniforme, acelerado ou retardado,
comparando as distâncias percorridas
entre posições sucessivas em intervalos
Lançamento horizontal de uma bola do cimo de uma
mesa. de tempo iguais.
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

Os movimentos em cada eixo são descritos pelas respetivas equações paramétricas,


sendo possível representá-los em gráficos posição‑tempo.

Gráfico y(x) Gráfico x(t) Gráfico y(t)


Movimento uniforme Movimento uniformemente
no eixo horizontal: acelerado no eixo vertical:
1
x(t) = x0 + v t 𝑦 = 𝑦 0+ 𝑣 0 𝑡 + 𝑎 𝑡 2
2
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

No gráfico da trajetória, y(x), representa-se a partícula sobre a trajetória.

Os gráficos posição‑tempo, x(t) e y(t), representam a variação das coordenadas x e y


no tempo. Nestes gráficos, não tem significado representar a partícula.

A forma das equações paramétricas dos movimentos retilíneos em cada eixo permite a
sua caracterização.
Movimento uniforme A coordenada de posição é uma função polinomial
(aceleração nula) do 1º grau em t. Exemplo: x(t) = 5 – 10t.
Movimento uniformemente A coordenada de posição é uma função polinomial
variado (aceleração constante) do 2º grau em t. Exemplo: y(t) = –2 + 10t – 5t2.
Movimento variado A coordenada de posição é uma função polinomial
(aceleração variável) de grau superior a 2 em t. Exemplo: x(t) = 2 – 10t3.
Posição, equações paramétricas do movimento e trajetória

A equação da trajetória de uma partícula obtém‑se a partir das equações paramétricas


do movimento, por eliminação do parâmetro t.

Se uma das equações paramétricas for do primeiro grau em t e a outra do segundo grau
em t, a trajetória será uma parábola.
Questões (Resolução)

1. Considere que o movimento de um corpo é descrito pelas seguintes equações


paramétricas:
x = 8,2t (m) y = 6,0t + 2,3t2 (m)

1.1 Classifique o movimento do corpo em cada eixo.


Em x o movimento é uniforme e em y o movimento é uniformemente
acelerado.
1.2 Escreva a expressão da lei do movimento.

⃗ 𝑒 𝑥 + ( 6 , 0 𝑡 +2 , 3 𝑡 ) 𝑒
𝑟 ( 𝑡 ) =8 , 2 𝑡 ⃗ ⃗ 𝑦 (m)
2

1.3 Escreva a equação da trajetória para este movimento.


(m)

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