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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

Súmula nº 599 - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a


administração pública.

Em situações

STF excepcionais,
aplica-se o
princípio da
insignificância

STJ
Não se aplica o
princípio da
insignificância
(Súmula nº 599)
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem,


embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou
função pública.
FUNCIONÁRIO
PÚBLICO

Cargo,
emprego ou
função pública

Transitoriedade

Sem
remuneração
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a


detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
 

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer


outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo
(...):
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR EQUIPARAÇÃO

Art. 327, § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego


ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora
de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da
Administração Pública.      (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAUSA DE AUMENTO DE PENA

Art. 327, § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de
função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo
poder público.
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ART. 30 DO CP – COMUNICABILIDADE COM O PARTICULAR

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter


pessoal, salvo quando elementares do crime.
EXERCÍCIOS
(CESPE/2020 – MPE-CE – Técnico) – Ana, servidora do MP/CE, aproveitou-se
do acesso que sua função pública lhe permitia para se apropriar de valores do
órgão. Durante o inquérito policial, preocupada com eventual condenação, Ana
ofereceu vantagem pecuniária a uma amiga que não exerce função pública,
para prestar depoimento falso em seu favor, a qual assim o fez. Nessa situação
hipotética, Ana deve ser responsabilizada pelo crime de apropriação indébita,
com aumento de pena correspondente ao dano ao patrimônio público.
EXERCÍCIOS
(VUNESP/2019 – Prefeitura de Campinas – Guarda Municipal) – Afrodite é
funcionária pública, mas, atualmente ocupa um cargo em comissão. No
exercício desse cargo, Afrodite comete um crime contra a Administração
Pública. Nessa hipótese, portanto, o Código Penal dispõe que Afrodite
 
a) ficará isenta de pena por estar afastada do seu cargo público de origem.
b) será punida com a mesma pena aplicada ao seu superior que a nomeou
para o cargo.
c) terá reduzida a sua pena por ocupar cargo provisório e de confiança.
d) ficará sujeita a ter sua pena aumentada da terça parte.
e) não poderá ter a sua pena alterada pelo simples fato de ocupar cargo em
comissão.
EXERCÍCIOS
(CESPE/2020 – PGE-CE – Analista) – João, valendo-se da sua condição de
servidor público de determinado estado, livre e conscientemente, apropriou-se
de bens que tinham sido apreendidos pela entidade pública onde ele trabalha e
que estavam sob sua posse em razão de seu cargo. João chegou a presentear
diversos parentes com alguns dos referidos produtos. Após a apuração dos
fatos, João devolveu os referidos bens, mas, ainda assim, foi denunciado pela
prática de peculato-apropriação, crime para o qual é prevista pena privativa de
liberdade, de dois anos a doze anos de reclusão, e multa. A partir dessa
situação hipotética, julgue o item subsecutivo, considerando a disciplina acerca
dos crimes contra a administração pública. De acordo com o entendimento do
STJ, se João for réu primário e o prejuízo ao erário causado por ele tiver sido
de pequena monta, será possível a aplicação do princípio da insignificância.
PECULATO
CONCEITO

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro


bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário.
PECULATO
PECULATO DE USO

Art. 1º, do Decreto-Lei nº 201/67 - São crimes de responsabilidade dos


Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário,
independentemente do pronunciamento da Câmara dos Vereadores:
(...)
II - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas
ou serviços públicos;
PECULATO
PECULATO CULPOSO

Art. 312, § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de


outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à


sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de
metade a pena imposta.
EXERCÍCIOS
(CESPE/2018 – EMAP – Analista) – Julgue o item seguinte, a respeito dos
crimes contra a administração pública.

Constitui crime de peculato na modalidade de desvio a aplicação de recurso


para o alcance de finalidade diversa da prevista em lei, ainda que tal aplicação
atenda ao interesse público.
EXERCÍCIOS
(CESPE/2015 – TCE-RN – Assessor) – Acerca dos delitos previstos na parte
especial do Código Penal e na legislação extravagante, julgue o item que se
segue. 
 
No peculato culposo, a reparação do dano antes do recebimento da denúncia
incorre em extinção da punibilidade, ao passo que a reparação realizada entre
o recebimento da denúncia e o trânsito em julgado da sentença condenatória
possibilita a aplicação de causa de diminuição de pena.

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