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Crimes Ambientais
Crimes Ambientais
Lei 9.605/98
Profa. Carol
Mecanismos de proteção do meio ambiente face ao ilícito
jurídico ambiental
• Art. 225, §3º/CF: “As condutas e atividades consideradas
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos
causados”
• âmbito penal (aplicação das penas)
• âmbito administrativo (fiscalização e aplicação de sanções
administrativas, tais como embargo de obra, interdição de
atividades etc.)
• âmbito civil (liminares para prevenir danos, reparação de
danos, compensação por equivalente e indenização)
Direito Penal Mínimo e crimes ambientais
• De acordo com o caráter fragmentário do Direito Penal: só
deve tutelar os valores mais elevados, mais relevantes para
a sociedade, sempre que os outros mecanismos sejam
insuficientes (DIGNIDADE PENAL + NECESSIDADE PENAL)
• Justificativa da intervenção do Direito Penal na tutela dos
bens ambientais: meio ambiente é um direito fundamental
da pessoa humana, já que essencial à sadia qualidade de
vida (art. 225, caput da CF) e à dignidade humana (art. 1º,
III da CF) a relevância dos bens ambientais (dignidade
penal) aliada à grande eficácia dissuasória do Direito Penal
(necessidade penal) justificam a criminalização de condutas
que agridem o meio ambiente.
Bem jurídico/objeto jurídico tutelado nos
crimes ambientais:
• tutela-se a qualidade ambiental, a higidez do
meio ambiente.
• SUJEITO PASSIVO dos crimes ambientais é a
coletividade, já que é ela (e não o Estado) a
detentora do bem jurídico lesionado ou
colocado em risco. Por isso ser um crime vago,
pois não atinge a determinada pessoa e sim a
um todo.
SUJEITO ATIVO DOS CRIMES AMBIENTAIS
• 1. Pessoa natural:
• a) Condição especial do sujeito ativo CRIMES COMUNS – podem ser cometidos
por qualquer pessoa.
• CRIMES PRÓPRIOS – só podem ser cometidos por determinada pessoa ou
categoria de pessoas, como os crimes praticados por funcionário público.
EX: Art. 67 da Lei 9.605/98: “Conceder o funcionário público licença, autorização
ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou
serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Publico:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é
culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.”
b) Crimes ambientais praticados por índios Segundo o disposto no art. 4º do Estatuto
do Índio (Lei 6001/73): “Os índios são considerados: I- Isolados - Quando vivem em
grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e vagos informes através de
contatos eventuais com elementos da comunhão nacional; II - Em vias de integração -
Quando, em contato intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservam
menor ou maior parte das condições de sua vida nativa, mas aceitam algumas práticas
e modos de existência comuns aos demais setores da comunhão nacional, da qual vão
necessitando cada vez mais para o próprio sustento; III - Integrados - Quando
incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercício dos direitos
civis, ainda que conservem usos, costumes e tradições característicos da sua cultura.”
grau de integração do silvícola para
atribuição de sua culpabilidade:
• Art. 56 do Estatuto do Índio: “No caso de condenação de índio
por infração penal, a pena deverá ser atenuada e na sua
aplicação o Juiz atenderá também ao grau de integração do
silvícola. (atenuante genérica)
“Índio – Responsabilidade criminal – Tentativa de homicídio –
Índio em vias de integração – Lei 6.001/73, arts. 4º, 10 e 56. O
índio pode ser processado, criminalmente, estabelecendo-se, no
art. 56 da Lei 6.001/73, entretanto, que a pena deve ser atenuada
e na sua aplicação o juiz atenderá, também, ao grau de integração
do silvícola. Pelo só fato de encontrar-se em vias de integração,
não se torna, assim, o índio, criminalmente, inimputável...” (STF,
Rel. Min. Néri da Silveira. In: DJU 18.3.83, p. 2979)
imputabilidade plena penal: