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Africanos no Brasil:

Feito por: Gabriel, Giovanna, Joaquim e Letícia.


Dominação e resistência

 A princípio, a escravidão foi praticada na África antes da


chegada dos europeus ao continente americano, no século
XV.
 O indivíduo podia ser escravizado por quatro motivos
principais:
1. Guerra entre povos: os vencidos podiam ser vendidos
como escravos;
2. Fome: famílias ofereciam-se em troca de alimentos e
moradia;
3. Penhora humana: servia como uma espécie de garantia
para o pagamento de débito.
 Além disso, a escravidão africana possuía características
próprias:
• Os escravizados eram minoria, a perda da liberdade
pessoal não era completa e os cativos eram integrados em
posições subalternas;
• Podiam se casar com pessoas livres e ascender
socialmente;
• Já os descendentes de escravizados tinham os mesmos
direitos das pessoas livres.
O início da roedura
 Na África, a dinâmica e a intensidade da escravidão
mudaram radicalmente depois da chegada dos europeus
ao litoral africano.
 Em 1443, os portugueses ergueram uma feitoria em
Arquim, na costa ocidental, onde encontrava-se um ponto
de comércio de africanos escravos e, posteriormente,
outros entrepostos ao longo do litoral.
Guerra e escravidão
 No início, os europeus sequestravam escravos no litoral da
África. Porém, logo a captura e a venda passaram a ser
um negócio grande e rentável, envolvendo europeus,
americanos e africanos.  
 Mas como funcionava?
 Passo 1: traficantes europeus ou americanos forneciam
manufaturados a chefes africanos em troca de prisioneiros
de guerra.
 Passo 2: os chefes africanos provocavam guerras para
obter mais poder e prisioneiros.
 Passo 3: os novos prisioneiros eram trocados por mais
armas/pólvora.
A travessia
 Os escravizados aguardavam a chegada do navio negreiro,
em barracões de madeira ou pedra. Ficavam amontoados
em situações precárias, podendo contrair doenças,
passavam sede e fome. Os navios só partiam após
completar a carga.
 As situações dos escravizados levava-os a morte,
aumentando o lucro dos traficantes. Ao chegar às costas
brasileiras os escravizados eram avaliados e então
negociados.
A dança dos números
 Algumas pesquisas apontavam que cerca de 12,5
milhões de africanos deixaram a costa de África
rumo a América entre 1500 e 1867. Destes, 4,9
milhões desembarcaram no Brasil. As regiões
destes 5 milhões eram três:
 África Ocidental: 10% do total;
 África Oeste africano: 73% do total;
 Sudeste africano: 17% restantes.
*Analisando dados genéticos
 Estenúmero pode ter sido de 2 a 4 vezes maior,
segundo os geneticistas Sérgio Danilo Pena e Maria
Cátera Bortolini. Em análise com 120 paulistas
autodeclarados negros, 4 de cada 10 deles,
apresentavam matéria genético da África
Ocidental.
 Independente da região destes milhões de
africanos, trouxeram muito mais que sua força de
trabalho, suas ricas culturas e seus modos de viver
e de expressar sentimentos.
O trabalho escravo
 Os escravos ocupavam as mais diferentes funções. Trabalhavam
no engenho, que ia desde semear a cana até controlar o açúcar.
Na época do plantio trabalhavam das 5 da manhã até 6 da
tarde, na safra chegavam a 18 horas de trabalho.
 A mulher ajudava nos serviços do campo e faziam serviços da
casa, cuidavam dos doentes e realizavam partos. Na cidade
vendiam os mais diversos tipos de coisas: quitutes, cestos,
lenha. Havia grande número de comerciantes femininas.
 O trabalho escravo incluía fins de semana, feriados, usados para
serviços gerais, como reparos e consertos. No Brasil, o trabalho
passou a ter uma grande inversão de valores, sendo visto como
desonroso, como coisa de escravo.
A violência
 Havia muita violência aos escravos. Os castigos aplicados eram
variados, como a palmatória e a máscara de flandres. Haviam
as repressões às suas religiões e festas, isso contribuía para a
baixa expectativa de vida entre os cativos.
A resistência
 Todo o sofrimento causado aos escravizados provocou
respostas. Eles reagiam fisicamente, fazendo “corpo mole” e
também culturalmente, formando irmandades, religiões de
matriz afro e capoeira. Exemplos dessas irmandades: São
Benedito, Rosário dos Pretos e Nossa Senhora da Boa Morte.
Os quilombos
 Eles proliferaram por toda a América escravista.
 Em lugares de difícil acesso, eles tinham relações
ambíguas com a sociedade, algumas vezes faziam
comércio, outras vezes, recusavam-se. Carlos Magno
definiu quilombo como “negação da ordem escravista”,
por isso as autoridades coloniais combatiam-no
permanentemente.
O quilombo dos Palmares
 Palmares é o maior quilombo da América colonial: ele viveu
cerca de 100 anos.
 Nasceu dos escravizados que fugiram de engenhos nordestinos,
onde atualmente pertence ao estado de Alagoas.
 A população palmarina aumentou com as invasões holandesas
no Nordeste. Nesse período, Palmares teve 15 mil habitantes.
Lá havia grandes construções reservadas às autoridades.
 Os palmarinos praticavam a policultura, tinham oficinas e
fundições. A produção de cada povoação era distribuída entre
seus membros e as sobras eram guardadas para épocas de
guerra, ou para comercializar em lugares próximos.
A Guerra
Os senhores de engenho e as autoridades locais consideravam Palmares um "sério
perigo" e enviaram diversas expedições contra o quilombo.
Zumbi, foi um jovem guerreiro e demonstrou sua capacidade de liderança e disposição
de luta, e em pouco tempo foi proclamado rei de Palmares.
Diante do fracasso repetido das expedições enviadas contra Palmares, as autoridades
contrataram o Bandeirante Domingos Jorge Velho, conhecido como caçador de
indígenas, para comandar a destruição do grande quilombo.
Em troca, ele exigiu prisioneiros de guerra, tecidos, dinheiro e o perdão pelos crimes
que havia cometido. Era chamado de Sertanismo de Contrato
Em fevereiro de 1694, depois de 42 dias de cerco, os mercenários conseguiram romper
a muralha de madeira que protegia a capital.
Zumbi conseguiu escapar com outros quilombolas e resistiu por vários meses. Mas em
20 de novembro de 1695, foi traído por um homem de sua confiança, foi capturado e
executado.
Remanescentes de quilombos
 Atualmente, por todo o território nacional, existem
comunidades formadas predominantemente por descendentes
de escravos, conhecidas como Remanescentes de quilombos.
 Foram obtidas como herança de quilombolas, por meio da
compra efetuada por ex-escravos, da doação de um senhor, ou
como prêmio por serviços prestados em lutas oficiais.
 Essas terras, chamadas tradicionalmente de "terras de pretos",
são denominadas hoje de Remanescentes de quilombos.
 População estimada de 80 mil pessoas, em algumas delas, a
falada conserva termos africanos.
FIM

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