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Proteção contra corrosão


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Proteção Catódica

Monitoramento e avaliação
da Corrosão
Ensaios
Taxa de Corrosão
Reações no Processo
Corrosivo - Produtos de
Corrosão
Reações no Processo Corrosivo

As reações que ocorrem nos processos de


corrosão eletroquímica são reações de oxidação e
redução.
As reações na área anódica (anodo da pilha de
corrosão) são reações de oxidação.
A reação mais importante e responsável pelo
desgaste do material é a de passagem do metal da
forma reduzida para a iônica (combinada).

M <--> Mn+ + ne     (responsável pelo desgaste do metal)


Reações no Processo Corrosivo
As reações na área catódica (cátodo da pilha de corrosão) são
reações de redução.

As reações de redução são realizadas com íons do meio


corrosivo ou, eventualmente, com íons metálicos da
solução.

As principais reações na área catódica são:


a) 2H+ + 2e H2 meios neutros ou ácidos desaerados
b) 4H+ + O2 + 4e  2H2O meios ácidos aerados
c) 2H2O + O2 + 4e  4OH- meios neutros ou básicos aerados
d) M3+ + e  M2+ presença em solução de íons em estado mais oxidado
e) Mn+ + ne  M redução de íons de metal mais nobre.
Reações no Processo Corrosivo

As reações catódicas mais comuns


nos processos corrosivos são "a",
"b" e "c" as reações "d" e "e" são
menos freqüentes, a última aparece
apenas em processos de redução
química ou eletrolítica.
Reações no Processo Corrosivo
Conclusões Importantes:
Das reações catódicas acima pode-se tirar algumas
importantes conclusões:

• a região catódica torna-se básica (há uma elevação do


pH no entorno da área catódica).

• em meios não aerados há liberação de H2, o qual é


absorvido na superfície e responsável pela sobretensão
ou sobrevoltagem do hidrogênio. Este fenômeno
provoca o retardamento do processo corrosivo e
chama-se polarização catódica.
Reações no Processo Corrosivo
Conclusões Importantes:

• em meios aerados há o consumo do H2 pelo O2, não


havendo a sobrevoltagem do hidrogênio. Neste caso
não há, portanto, a polarização catódica e haverá,
consequentemente, a aceleração do processo
corrosivo.
Reações no Processo Corrosivo
Observações:

Em meios ácidos haverá um decréscimo da acidez no


entorno da área catódica e em meios básicos haverá um
acréscimo da alcalinidade no entorno da área catódica.
Os produtos de corrosão nos processos eletroquímicos
são, em geral, resultantes da formação de compostos
insolúveis entre o íon do metal e o íon hidroxila. O
produto de corrosão é portanto, na grande maioria dos
casos hidróxido do metal corroído, ou óxido hidrato do
metal.
Reações no Processo Corrosivo
Observações:

Quando o meio corrosivo contiver outros íons poderá


haver a formação de outros componentes insolúveis e
o produto de corrosão pode ser constituído de
sulfetos, sulfatos, cloretos, dentre outras.
POLARIZAÇÃO
POLARIZAÇÃO
Polarização é a modificação do potencial de um
eletrodo devido à variações de concentração,
sobre-voltagem de um gás ou variação de
resistência ôhmica.

Caso não houvesse o efeito do fenômeno da


polarização a corrente entre anodos e catodos
seria muito mais elevada, à semelhança de um
quase curto circuito. Isto se daria porque as
resistências elétricas do metal e do eletrólito são
muito baixas, restando apenas as resistências de
contato dos eletrodos.
POLARIZAÇÃO
Na pilha galvanica, a energia elétrica resulta da
transformação de zinco em sulfato de zinco.
Teoricamente, enquanto o zinco não estiver
completamente gasto, a pilha deverá fornecer uma
diferença de potencial e uma corrente.
POLARIZAÇÃO

Na prática, observamos que a DDP e a corrente


diminuem a um valor muito baixo e em um tempo
relativamente curto. Isto é um inconveniente muito
sério, do ponto de vista prático.
POLARIZAÇÃO
Quando há circulação de corrente, os cátions de
H+ se dirigem para o eletrodo de cobre, unindo-se então
à elétrons e formando átomos de H e, em seguida,
moléculas de H2.

H+ H
+

- H2 - H2
e e

fonte d e elétrons
POLARIZAÇÃO
Caso esse H2 subisse à superfície, sob a forma de
bolhas, a força eletromotriz da pilha não diminuiria,
mas grande parte fica aderida ao cobre provocando:
•Diminuição da superfície útil do cobre; e
•Reações químicas com o cobre, modificando a
sua superfície.
O resultado é a diminuição da DDP entre o Cu e o
Zn, a qual denominamos POLARIZAÇÃO.
POLARIZAÇÃO
“Desligando-se” a pilha e deixando-a “descansar”,
o hidrogênio que está junto ao cobre escapa e a
polarização desaparece.

O fenômeno da polarização ocorre em todas as


pilhas.

É sempre o fenômeno pelo qual ocorre a


diminuição da força eletromotriz, em função da alteração
da concentração de íons em torno do eletrodo, durante o
funcionamento da pilha.
POLARIZAÇÃO
O efeito de polarização pode ser diminuído adicionando-
se ao eletrólito alguma substância capaz de reagir com
os íons, impedindo o aumento de concentração.

Essas substâncias são chamadas DESPOLARIZANTES.


O bióxido de manganês, por exemplo, é uma substância
despolarizante.

Os despolarizantes diminuem a polarização mas não a


eliminam completamente.
POLARIZAÇÃO
Os fenômenos de polarização promovem a aproximação
dos potenciais das áreas anódicas e catódicas e
produzem aumento na resistência ôhmica do circuito,
limitando a velocidade do processo corrosivo.

Graças a existência destes fenômenos as taxas de


corrosão observadas na prática são substancialmente
inferiores àquelas que ocorreriam caso as pilhas de
corrosão funcionassem ativamente em todas as
condições dos processos corrosivos.
POLARIZAÇÃO

São basicamente três as causas de polarização:

A - POLARIZAÇÃO POR CONCENTRAÇÃO


B - POLARIZAÇÃO POR ATIVAÇÃO
C - POLARIZAÇÃO ÔHMICA
POLARIZAÇÃO
A)Por Concentração:
Este tipo de polarização ocorre freqüentemente
em eletrólitos parados ou com pouco
movimento.

O efeito de polarização resulta do aumento de


concentração de íons do metal em torno da
área anódica (baixando o seu potencial na
tabela de potenciais) e a rarefação de íons H +
em torno da área catódica.
Caso o eletrólito possua movimento ambas as
situações não devem acontecer.
POLARIZAÇÃO
B) Por Ativação:

Este tipo de polarização ocorre devido a


sobre-voltagem de gases em torno dos
eletrodos.

Os casos mais importantes no estudo da


corrosão, são aqueles em que há liberação
de H2 no entorno do catodo ou do O2 em
torno do anodo.
POLARIZAÇÃO
B) Por Ativação:

A liberação de H2 em torno do catodo é


denominada polarização catódica e assume
particular importância como fator de
controle dos processos corrosivos.
POLARIZAÇÃO
B) Por Ativação:

Em eletrólitos pouco aerados o H2 liberado e


absorvido na área catódica provoca uma
sobretensão ou sobrevoltagem do hidrogênio
capaz de reduzir sensivelmente a
agressividade do meio. Podendo-se
considerar por este fato a corrosão do aço
desprezível na presença de água doce ou
salgada, totalmente desaerada.
POLARIZAÇÃO
C) Ôhmica:

A polarização ôhmica ocorre devido a


precipitação de compostos que se tornam
insolúveis com a elevação do pH no
entorno da áreas catódicas.

Estes compostos são principalmente


carbonatos e hidróxidos que formam um
revestimento natural sobre as áreas
catódicas, principalmente carbonato de
cálcio e hidróxido de magnésio.
PASSIVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DAS
PELÍCULAS PROTETORAS
As películas formadas em corrosão química poderão ser
protetoras ou não, dependendo das seguintes características:
• volatilidade: as protetoras não devem ser voláteis;
• resistividade elétrica: as películas de maior resistividade
elétrica oferecem maior dificuldade à difusão iônica e
logicamente são mais protetoras por imporem maior
restrição à passagem destes íons;
• impermeabilidade da rede cristalina: quanto mais
compacta a rede cristalina maior será a dificuldade para a
difusão e, portanto, mais protetora;
CARACTERÍSTICAS DAS
PELÍCULAS PROTETORAS
• aderência: as películas mais finas são, de modo geral, mais
aderentes quando a rede cristalina do produto de corrosão é
semelhante a do metal tem-se normalmente maior aderência
da película. Películas mais aderentes são mais protetoras;
• refratariedade: as películas para serem protetoras não
devem fundir a baixas temperaturas;
• plasticidade: as películas muito duras fraturam com
facilidade, tendendo a ser menos protetoras;
• porosidade: está intimamente ligada à impermeabilidade da
rede cristalina. Quanto menos porosa mais protetora é a
película;
CARACTERÍSTICAS DAS
PELÍCULAS PROTETORAS
• relação entre o volume do óxido e do metal que originou
o óxido:
Para    

a película é formada sob compressão podendo ser protetora;


Para    

a película é formada sob tração, é porosa e não protetora.


CARACTERÍSTICAS DAS
PELÍCULAS PROTETORAS
• Estas relações foram METAL ÓXIDO RELAÇÃO
estabelecidas por Pilling K K 2O 0,41
e Bedworth (1923) para Na Na2O2 0,57
alguns metais e estão Ca CaO 0,64
citados na tabela ao lado. Mg MgO 0,79
Al Al2O2 1,275
Pb PbO 1,29
Sn SnO2 1,34
Zn ZnO 1,58
Ni NiO 1,60
Cu Cu2O 1,71
Cr Cr2O2 2,03
Fe Fe2O3 2,16
Mo MoO3 3,3
W WO3 3,6
CARACTERÍSTICAS DAS
PELÍCULAS PROTETORAS
• Das propriedades mencionadas e da relação de Pilling e Bedworth
podem ser tiradas as seguintes conclusões relacionadas às películas
protetoras:

– K, Na, Ca, Mg formam películas porosas e, não protetoras


– Fe, Ni, Cu formam películas compactas, porém fraturam e
perdem aderência com facilidade.
– Al e Cr formam películas compactas, aderentes, plásticas,
impermeáveis, logo são muito protetoras
– O W e Mo formam películas compactas porém são voláteis
PASSIVAÇÃO
Passivação é a modificação do potencial de
um eletrodo no sentido de menor atividade
(mais catódico ou mais nobre) devido a
formação de uma película de produto de
corrosão. Esta película é denominada
película passivante.

Os metais e ligas metálicas que se passivam


são os formadores de películas protetoras.
PASSIVAÇÃO
Como exemplo podem ser citados:
·        cromo, níquel, titânio, aço inoxidável, monel que
se passivam na grande maioria dos meios corrosivos,
especialmente na atmosfera;
·        chumbo que se passiva na presença de ácido
sulfúrico;
·        o ferro que se passiva na presença de ácido
nítrico concentrado e não se passiva na presença de
ácido nítrico diluído;
A maioria dos metais e ligas passivam-se na
presença de meios básicos, com exceção dos metais
anfóteros (Al, Zn, Pb, Sn e Sb).
PASSIVAÇÃO

Taxas de Corrosão Taxas de Corrosão de


de um um Metal
Metal Passivável Não Passivável

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