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Ticiana Santiago
Psicóloga/ doutora em Educação
Reconstruindo uma trajetória de atuação
* Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisas sobre a criança (NUCEPEC)- Muldisciplinar, colegiado,
ensino-pesquisa-extensão. O núcleo é pioneiro na região Nordeste e entre as Universidades
públicas, segundo Núcleo Universitário de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no
Brasil.
*Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Fortaleza- Projeto Raízes de cidadania-
coordenação e atuação comunitária.
*Atuação em pesquisas e consultorias vinculadas ao Comitê Cearense de Prevenção a
homicídios da adolescência. (Assassinato de adolescentes e feminicídio)- Marcas da
necropolítica e da “nordestinização” da violência contra adolescentes. Construção de planos de
intervenção para a cidade e elaboração de políticas públicas na área. Vinculação ao movimento
“Cada vida importa”
Para saber mais : https://cadavidaimporta.com.br/publicacoes/
Articulações com o fórum DCA e com o Cedeca – Centro de Defesa do Direito da Criança e do
adolescente.
QUAIS PROGRAMAS, PROJETOS E POLÍTICAS SOCIAIS CONHEÇO NA ÁREA DA INFANCIA E ADOLESCÊNCIA
NO CEARÁ....
QQUAIS
"Quando me for deste mundo,
partirão duas pessoas.
Sairei, de mão dada, com essa
criança que fui.
Tentei não fazer nada na vida que
envergonhasse a criança que fui.
Em meio ao agitado caleidoscópio
dos dias e das horas atuais, quem
ainda encontra tempo para pensar
na criança que um dia foi?
Da criança pequena que um dia
fomos, o que foi que sobrou?
Da criança pequena que um dia
fomos, o que foi que o mundo não
https://www.youtube.com/watch? nos roubou.
v=G9RS2BkbqHw (José Saramago)
•
As crianças como sujeitos
Ghiraldelli (2000) discute duas produções discursivas sobre a infância.A primeira, ligada a
SANTO AGOSTINHO E DESCARTES, entende a infância como um momento a ser superado,
seja pelo fato de a criança estar imersa no pecado (e, portanto, ser fonte de todo o mal), seja
por ser desprovida da razão. A segunda visão, que rompe com A NOÇÃO CARTESIANA,
RELACIONA-SE A ROUSSEAU, o qual considera a infância um período de pureza e inocência,
imprescindíveis para a definição da verdade e o julgamento do que é moralmente correto.
O Código também previa a criação de: celas especiais para menores delinquentes, hospitais
psiquiátricos para os menores excepcionais; abrigo para os desfavorecidos ou considerados
inadaptados e menores abandonados; regulamentava o trabalho infantil que antes era
proibido (BIERRENBACH, 1987, p. 78)
Dia a dia nega-se às crianças o direito de ser criança. Os
fatos, que zombam desse direito, ostentam seus
ensinamentos na vida cotidiana. O mundo trata os
meninos ricos como se fossem dinheiro, para que se
acostumem a atuar como o dinheiro atua. O mundo
trata os meninos pobres como se fossem lixo, para que
se transformem em lixo. E os do meio, os que não são
ricos nem pobres, conserva-os atados à mesa do
televisor, para que aceitem, desde cedo, como destino,
a vida prisioneira. Muita magia e muita sorte têm as
crianças que conseguem ser crianças. (EDUARDO
GALEANO)
VIDEOS:
Luta pelos direitos das crianças: Portal Lunetas
O começo da vida e Bebês: A importância da Primeira Infância
Crianças Invisíveis : Análise de episódio do filme
Caminhando com Tim Tim: Mudança de paradigmas
As minhas experiências de criança: O exercício da cultura Lúdica
Para compreender as metodologias de
atuação com esses sujeitos: SOCIAL,
CULTURAL, ARTE, INTERAÇÕES REVISITADAS
• [...] deve-se considerar o meio e a cultura não como uma
circunstância do desenvolvimento, por encerrarem em si
certas qualidades ou determinadas características que já
propiciam por si próprias o desenvolvimento da criança,
mas é sempre necessário abordá-los a partir da
perspectiva de qual relação existe entre a criança o meio
e a cultura em dada etapa de desenvolvimento.
(VYGOTSKY, 1995, p.338)
O SOCIAL existe até mesmo onde há apenas um homem e as suas emoções
individuais. Por isso, quando a arte realiza a catarse e arrasta para esse fogo
purificador as comoções mais íntimas e mais vitalmente importantes de uma
alma individual, o seu efeito é um efeito social. (VIGOTSKI, 1998, p. 315)
O Ceará registrou 112 assassinatos contra crianças e adolescentes nos três primeiros meses de 2021, o que
representa uma média de 1,2 adolescente morto por dia no Estado ou 12 mortes a cada dez dias. Em
comparação ao mesmo período do ano passado, 2021 apresentou redução de 32,5% em relação à letalidade de
crianças e adolescentes. Lembre-se que o primeiro trimestre de 2020 coincide com o período de motim de
policiais militares (fevereiro de 2020), quando foram registrados altos índices de violência letal no Ceará. Quando
se compara o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período em 2019, percebe-se a tendência atual de
aumento de homicídios: alta de 93% no número de homicídios contra pessoas de 0 a 18 anos.
O acompanhamento mensal feito pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA Ceará), com base
nos dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), mostra que o contexto de assassinatos de
crianças e adolescentes no Ceará se agravou de maneira significativa no período de isolamento social, em
decorrência da pandemia da COVID-19
FONTE cedeca@cedecaceara.org.br 3252.4202