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FAMÍLIA ASTERACEAE (CULTIVO DE ALFACE,

ALMEIRÃO E CHICÓRIA)

Acadêmicas: Gabriela Delfino, Gabrieli Wasilkosky


e Marcela Delfino.
Professor: Rony da Silva
2022/2.
FAMÍLIA ASTERACEAE:
 A família está representada por numerosos gêneros (mais de 1.600) e cerca de 24 mil
espécies;

 Distribuição cosmopolita e com maior abundância nas regiões temperadas e semi áridas
dos trópicos e subtrópicos.

ALFACE (Lactuca sativa L.) ALMEIRÃO (Cichorium intybus L.) CHICÓRIA (Cichorium endivia L)
FAMÍLIA ASTERACEAE:
 Espécies de Asteraceae têm sido cultivadas pela sua importância econômica,
principalmente relacionada às culturas alimentícias de folhas;

 Dentre as espécies cultivadas, destacam-se: alface (Lactuca sativa L.), chicória (Cichorium
intybus L.), escarola (Cichorium endivia L.), alcachofra (Cynara scolymus L.) e girassol
(Helianthus annuus L.).

ALFACE (Lactuca sativa L.) ALMEIRÃO (Cichorium intybus L.) CHICÓRIA (Cichorium endivia L)
CHICÓRIA:
CHICÓRIA:

 A chicória, também conhecida como escarola;


 E consumida pelos egípcios, gregos e romanos da Antiguidade, principalmente pelas
suas folhas;
 As suas raízes eram utilizadas pelos mesmos povos, mas para fins medicinais.
 Apareceu na Inglaterra em 1548 e foi mencionada num catálogo de sementes nos
Estados Unidos em 1806, embora tenha sido introduzida antes dessa data;
CHICÓRIA:  Nome Científico: Cichorium endivia L.

 Nome Comum: Chicória.

 Nomes Populares: Chicória, escarola,


endivia, radíquio.
MORFOLOGIA:
DESCRIÇÃO DA CULTURA:

 Planta herbácea, bienal, com sistema radicular aprumado, profundamente, com raiz
principal delgada;
 Produz folhas radiais e numerosas, com aparência semelhante à da alface, ou crespas com
folhas divididas e enroladas.
 Importante fonte de vitaminas A, do complexo B, C e D e sais minerais;
 Propriedades medicinais, especialmente pelos princípios amargos presentes, que
estimulam os processos digestivos.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS:

 Produz melhor sob temperaturas não muito altas (amenas), entre 15º a 25ºC, sendo
semeada normalmente nos períodos de outono e inverno. Em regiões altas de clima ameno,
pode ser plantada o ano todo.
VARIEDADES:
 Classificam em duas principais variedades;
 Cichorium endivia var. Crispa, que inclui as endívias → tem folhas muito divididas
e retorcidas, com os bordos dentados;
 Cichorium endivia var. Latifolia que inclui as escarolas. → tem folhas amplas, lisas
e apenas os bordos dentados.
PRODUÇÃO:
 A chicória, incluindo tanto a de folhas lisas ou crespas, é produzida em pequenas
quantidades em muitos países, principalmente na Europa e na América do Norte.

 Os principais produtores são Itália, França, Espanha, Estados Unidos e Holanda;

 No Brasil, é cultivada nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul
SEMEADURA:

 As sementes são pequenas (aproximadamente 600-8000 sementes/g);


 O padrão comercial é no mínimo 60% de germinação;
 Semeadura Direta em canteiros, os sulcos são distanciados de 25 a 30 cm;
 Após a completa emergência das plantas, é feito o desbaste, mantendo, nas linhas, a
distância de 25 a 30 cm entre plantas;
 Espaçamento de 25 X 25 cm, a população final é de 160.000 plantas/há.
PREPARO DO SOLO:
 Prefere solos areno-argilosos, férteis, ricos em matéria orgânica, drenados e com o pH entre 6 e 6,8.

 Com base na análise do solo realizar o cálculo da necessidade de calagem para elevar a saturação de
bases para 70%, o calcário deve ser espalhado sobre toda a área com antecedência mínima de 60 dias
do plantio;

 Em seguida fazer a Aração e a gradagem para incorporação e para facilitar o levantamento de


canteiros.
PREPARO DO SOLO:
 A adubação deve ser realizada com base em análise do solo, de forma a disponibilizar as
quantidades necessárias dos nutrientes em cada fase do cultivo.

 Esterco de curral ou Composto orgânico é de 10 a 15 L/m2 de canteiro;


 Esterco de Galinha 3 a 5 L/m2.

 Na ausência de resultado de análise do solo recomenda-se a incorporação de 100 a 150 g/m2


da formulação NPK 4-14 -8 antes da semeadura;

 Em cobertura, aplicar a cada 10 ou a 15 dias 20 g/m2 de sulfato de amônia


IRRIGAÇÃO:

 Qualquer restrição no suprimento de água afeta na germinação, a emergência e o


crescimento das plântulas
 O fornecimento de água adequada de água estimula o desenvolvimento das folhas novas.
IRRIGAÇÃO:

 No início do desenvolvimento das plantas, as irrigações devem ser leves e frequentes.

 Com as plantas já estabelecidas, deve-se irrigar pelo menos uma vez ao dia,
preferencialmente no início da manhã ou no final da tarde.

 Os métodos de irrigação mais utilizados são a aspersão, a infiltração e o gotejamento.


PLANTAS DANINHAS:

 As plantas devem permanecer livre da competição de plantas daninhas nos primeiros 30


dias após a semeadura ou o transplante.
 O controle pode ser feito manual ou mecanicamente;
 Não há herbicidas registrados no MAPA para o controle químico de plantas daninhas.
DOENÇAS:
 FUNGOS:

 Podridão-basal (Sclerotinia sclerotirum);


 Septoriose (Septoria lactucae)
 Mancha-de-cercospora (Cercospora spp.)

 VÍRUS:

 Vírus do mosaico-da-alface
 Vira-cabeça, (transmitido por sementes e pulgões.)

 NEMATÓIDES:

 Nematóides-das-galhas, com destaque as espécies Meloidogyne javanica e M.incognita.


PRAGAS:

 As principais pragas são:


 Lagarta-rosca;
 Pulgões;
 Tripés;
 Mosca branca;
 Lesmas
 Caracóis
COLHEITA:

 A colheita deve ser realizada aos 70 a 90 dias após a semeadura, com rendimento
aproximado de 25 a 30 toneladas por hectare.
 A chicória pode ser guardada em geladeira, em sacos plásticos, sem lavar, por até 7 dias.
 Devem ser armazenadas em ambiente refrigerado e de preferência na ausência de luz.
MERCADO/COMERCIALIZAÇÃO:

 A chicória lisa é a variedade com maior valor comercial; é colhida em até 80 dias após a
semeação.
 A comercialização é feita por dúzias de plantas.
 Chicória Mendonça Unidade.R$ 4,99.
 Chicória Hidropônica Lovatti Unidade.R$ 3,59.
 Chicória Hidropônica Hortfort Unidade. R$ 4,99.
 Chicória Bom Gosto 250g. R$ 3,69.
CEAGESP
CONCLUSÃO DA CHICÓRIA:

 Conhecida como escarola;

 Utilizada para fins medicinais;

 Hoje em dia é cultivada em todo o mundo;


ALFACE
ALFACE:

 É uma cultura plantada e consumida em todo


o território brasileiro;
 Utilizada na alimentação humana desde
cerca 500 a.C.;
 Mundialmente cultivada para o consumo em
saladas;
 Planta anual;
ALFACE:
DESCRIÇÃO DA CULTURA:

 É uma planta herbácea;


 Caule diminuto ao qual se prendem as folhas.
 As folhas são a parte comestível da planta e podem ser lisas ou crespas, fechando-se ou não
na forma de uma "cabeça".
 A coloração das plantas pode variar do verde-amarelado até o verde escuro e também pode
ser roxa, dependendo da cultivar.
MORFOLOGIA:
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS:

 A cultura da alface exige temperaturas amenas para seu melhor desenvolvimento.


Temperaturas entre 20 e 25ºC são consideradas ideais.
 Existem, porém, cultivares melhorados, desenvolvidos para as diferentes condições de
clima.
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS:
 No inverno nas regiões Sul e Sudeste são cultivadas alfaces importadas adaptadas ao clima
mais frio, enquanto nas demais regiões predominam as alfaces de verão.
 As cultivares de verão tendem a apresentar atributos de qualidade inferiores, como um
número menor de folhas e cabeças menos compactadas.
TIPOS E CULTIVARES:

 No Brasil, as alfaces mais conhecidas e consumidas são as crespas e as lisas;


 Coloração: roxas ou verdes;
TIPOS E CULTIVARES:

Os principais tipos de cultivares de alface estão listados abaixo:

 Repolhuda lisa ou repolhuda manteiga: as cultivares deste tipo têm folhas lisas e tenras
formando cabeças compactas. São as cultivares da série Brasil, Áurea, Elisa, Carolina e
Aurélia;
TIPOS E CULTIVARES:
 Repolhuda crespa: também conhecida como alface americana, as cultivares têm folhas
crespas, crocantes e cabeça compacta. São elas: Great Lakes, Salinas, Lucy Brown e Lorca;
TIPOS E CULTIVARES:
 Alface de folhas lisas: de folhas lisas e tenras, não formam cabeças. As cultivares deste tipo
mais conhecidas são: Babá de Verão, Monaliza, Regina 71 e Vitória;
TIPOS E CULTIVARES:
 Alface de folhas crespas: as folhas são soltas, crespas, não formando cabeça. As principais
cultivares do grupo são; Grand Rapids, Brisa, Verônica e Marisa;
TIPOS E CULTIVARES:
 Tipo Romana: as folhas são alongadas, duras, com nervuras protuberantes e formam
cabeça fofa. As cultivares mais comuns com essas características são a Gallega e Romana.
PRODUÇÃO:

 Considerando todos os estados brasileiros, estima-se que sejam cultivados mais de 39 mil
hectares em todo território nacional, tendo a cultura um papel social muito importante na
geração de emprego e renda (ABCSEM, 2021).

 Destaca-se os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como maiores
produtores no Brasil (ANUÁRIO HORTIFRUTI, 2020).
SEMEADURA:

 Pode ser plantada em sementeiras ou diretamente no canteiro → o plantio em sementeiras


mais indicado por permitir um melhor controle sanitário das mudas e uma seleção das
mudas mais vigorosas para o transplante.
 As mudas são transplantadas com 4 a 6 folhas definitivas, (15 a 20 dias após o semeio)
 O transplantio deve ser feito nas horas mais frescas do dia → final da tarde ou no início da
manhã.
 Logo após o transplantio, e nas primeiras semanas, fazer irrigações diárias.
RECOMENDAÇÕES:
 Utilizar somente sementes com índices adequados de germinação, vigor e pureza → SEMENTES
CERTIFICADAS;

 Observar se as sementes se adaptam à região de cultivo pretendida;

 Certificar-se de que existe tolerância e/ou resistência às principais pragas e doenças, se o material se
adapta às exigências do mercado e possui boa conservação pós-colheita e resistência ao transporte.
PREPARO DO SOLO:
 O alface prefere solos argilo-arenosos, ricos em matéria orgânica.

 Quando estiverem com 2 a 3 folhas e com 8 a 10 cm, devem ser replantados em canteiros
bem adubados, de modo que a planta fique com o colo acima do nível do solo e com
espaçamento de 30cm entre as plantas.

 Só devem ser plantadas as mudas mais desenvolvidas, fortes e sadias.


PREPARO DO SOLO:

 Devem-se escolher solos leves, bem arejados, com bom teor de matéria orgânica, bem drenados e, de
preferência, com pH entre 6,0 a 6,8.

 É necessário um bom preparo de solo para construção de canteiros bem destorroados → a incorporação
dos fertilizantes não poderá ser profunda, pois o sistema radicular da alface é superficial e ramificado.

 Da mesma forma, não há necessidade de aração profunda.


ADUBAÇÃO:

 Recomendam-se fazer as adubações de acordo com os resultados da análise do solo.

 Aplicar aos 10, 20 e 30 dias as quantidades de 20, 35 e 45% do restante de N


recomendado;
 A aplicação de Fósforo deve ser feita no plantio;

 A aplicação de Potássio aos 10, 20 e 30 dias as quantidades de 20, 35 e 45%


do K2O recomendado.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA:

 A adubação dos canteiros pode ser feita apenas com adubo orgânico, que é feito com
esterco de animais ou com o "composto”

 Quando o canteiro estiver pronto, colocamos uma camada de esterco distribuída


uniformemente sobre a superfície, na base de 20 litros por m2, espalhando-o bem e
misturando-o à camada superficial da terra, deixando-a em condições de plantio.
IRRIGAÇÃO:
 Pode ser fonte de doença → Oferecer água de qualidade e de boa procedência;
 A alface é muito exigente em irrigação, fator que influi decisivamente na qualidade e
produtividade da cultura.
 Deve-se manter sempre um bom teor de umidade, sem, no entanto, provocar encharcamento.

- Recomendações:
 Evitar a presença de animais domésticos próximos à fonte de água;
 Fazer análises microbiológicas e parasitológicas, regularmente, da água de irrigação e lavagem
de hortaliças e registrar;
PLANTAS DANINHAS:

 A cultura da alface, assim como outras olerícolas, é exigente em solos com altos níveis
nutricionais e prefere solos com altos teores de matéria orgânica. Estas condições favorecem
a incidência de uma alta densidade populacional das plantas daninhas
PRAGAS:
 Durante o ciclo produtivo da alface ocorre a infestação de diversas pragas que podem reduzir a
produtividade, a qualidade ou mesmo transmitir doenças.
As principais pragas de alface são:
 Tripes (Thysanoptera);
 Mosca-branca (Bemisia tabaci);
 Pulgões (Myzus persicae);
 Nematóides (Meloidogyne spp., Pratylenchus spp.)
 Eventuais lepidópteros como o complexo de lagartas Spodoptera spp. e a falsa-medideira
(Chrysodeixis includens).
- Pulgões (Myzus persicae);
DOENÇAS FÚNGICAS:
 A alface pode ser afetada por inúmeras doenças fúngicas entre as quais se destacam o
míldio, a septoriose, a cercosporiose, a fusariose, o mofo branco entre outras.
DOENÇAS FÚNGICAS:
 MÍLDIO:

 O míldio da alface, causado pelo oomiceto Bremia lactucae, representa uma das maiores
ameaças ao cultivo dessa folhosa, podendo causar perdas superiores a 80%;

 Os sintomas são observados primeiramente nas folhas basais da planta, através de manchas
verde-claras ou amareladas, úmidas e de tamanho variável
DOENÇAS FÚNGICAS:
 MOFO BRANCO:
 O mofo branco ou podridão de esclerotínia é uma doença capaz de causar prejuízos
importantes ao produtor;
 Causado pelos fungos Sclerotinia sclerotiorum e Sclerotinia minor, a doença afeta a base das
plantas, causando o apodrecimento do caule e das folhas próximas ao solo
Podridão (Sclerotina)
DOENÇAS BACTERIANAS:

 As principais doenças bacterianas, que são um verdadeiro pesadelo dos horticultores, são a
podridão bacteriana e a mancha bacteriana.
 Esta última causa lesões aquosas em especial nas folhas mais velhas da alface. Com o
avanço da doença, surgem manchas marrons (assimétricas) com as bordas mais claras.
 O alvo do ataque das bactérias é a cabeça da alface, que logo se espalha por todo o pé.
MEDIDAS DE CONTROLE:
 Rotação de culturas → Deve‐se evitar o plantio sucessivo de alface e outras asteraceae. O

intervalo mínimo entre plantios não deve ser inferior a 2‐3 anos.

 Espaçamento → Evitar plantios adensados, pois estes prejudicam a circulação de ar entre as

plantas, favorecendo o acúmulo de umidade e a ocorrência de doenças.

 Adubação Balanceada;

 Controle químico;
SISTEMA DE CULTIVO:
 Atualmente, existem alguns sistemas produtivos de alface no Brasil:
 Cultivo convencional em campo aberto → Mais importante em termos de área e de
produção (GERALMENTE PERTO DE GRANDES CENTROS URBANOS);

 Sistema orgânico em campo aberto → Seguindo os preceitos básicos de uso de adubação


orgânica, manejo de doenças, insetos, artrópodes e plantas espontâneas → MAPA ou de
certificadoras;
SISTEMA DE CULTIVO:
 Cultivo protegido no sistema hidropônico → teve um notável desenvolvimento no Brasil
nestes últimos dez anos.

 Cultivo protegido no solo;

 Estufa;
Permite o plantio em épocas inadequadas
COLHEITA:

 A colheita deve ser feita no momento em que a planta atinge o seu desenvolvimento
máximo ⇒ cabeças firmes, bem formadas, folhas tenras e sem sinal de florescimento.
 Colheita: depende da cultivar e da época de cultivo:
- Alface americana: ciclo de 40 a 70 DAT Alface lisa e crespa (35 a 40 DAT)

 Colher sempre nas horas mais frescas, fazendo o corte das raízes e eliminando as folhas
velhas e danificadas.

 Lavar as cabeças e embalar devidamente.


PÓS - COLHEITA:

 A alface apresenta características morfológicas que a tornam rapidamente perecível;


 Alguns critérios devem ser seguidos para manter a qualidade do produto:

- Cultivares de alface com maior vida-de-prateleira (maior durabilidade),


podem ser conservadas por 2-3 semanas em temperatura de 1 graus
celsius e 90-95% UR.
- Diminuição do intervalo entre a colheita e o consumo: quanto mais
tempo o produto for armazenado, maior a chance de perdas;
- Manutenção da higiene: deve-se colher e armazenar as hortaliças em
ambientes e embalagens limpos;
MERCADO:
CONCLUSÃO DO ALFACE:
 É a principal hortaliça folhosa consumida no Brasil e no mundo;

 Possui grande importância econômica devido ao seu amplo volume de produção;

 Produção hidropônica vem crescendo cada vez mais;


ALMEIRÃO:
ALMEIRÃO
 Nome comum: Almeirão ou chicória amarga
 Nome científico: Cichorium intybus
 Família: Asteraceae (Antiga Compositae)
ALMEIRÃO:

 Importância nutricional: Fonte de vitaminas A, C e do complexo B,


minerais (fósforo e ferro), que auxiliam na circulação sanguínea e no
combate a problemas digestivos e intestinais.

 Utilização: cru em saladas ou refogado. Usado no preparo de tortas,


bolinhos e sopas ou como acompanhamento do arroz e feijão.
MORFOLOGIA:

 O sistema radicular é do tipo pivotante, mais profundo sem ramificações laterais


PREPARO DO SOLO E PLANTIO:
 Espaçamento 15 a 20 cm entre plantas (200.000 plantas/ha);
 Sementes pequenas (600 – 800 sementes/g);
 No Brasil se tem poucas pesquisas sobre a nutrição do almeirão;

 Realizar análise de solo, fazer a calagem se necessário com 60 dias de


antecedência, aração, gradagem.
PREPARO DO SOLO E PLANTIO:
PRINCIPAIS INDICAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE CULTIVO:

 Semeadura direto em canteiro sulcos com 1cm de profundidade;


1g/m2;
 Solo rico em matéria orgânica;
 pH 5,5 e 6,6;
 De acordo com a analise se necessário elevar saturação de bases
para 70%;
PRINCIPAIS INDICAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE CULTIVO:

 O padrão comercial mínimo de comercialização é de 60% de


germinação;

 A cultura se adapta a semeadura direta;

 No Brasil se tem poucas pesquisas sobra a nutrição dessa


cultura.
PREPARO DO SOLO E SUGESTÃO DE ADUBAÇÃO:

 Na ausência de analise de solo recomenda-se a incorporação de 100


a 150 g/m2 de NPK 4-14-8 antes da semeadura;
 Na cobertura aplicar a cada 10 a 20 dias 20 g por metro quadrado de
sulfato de amônio, sem deixar cair sob a folha;
 Após adubação realizar uma breve irrigação;
 Repetir a adubação de cobertura após o primeiro corte do almeirão.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA:

 Aplicar de 20 a 60 t/ha de esterco bovino bem curtido ou composto


orgânico, sendo a maior dose para solos arenosos. Pode-se utilizar
também ¼ dessas quantidades, se for esterco de galinha. Todos
devem ser bem incorporados ao solo, entre 10 e 20 antes do plantio.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA:
 Em solos com baixa atividade microbiana, aplicar de 50 a 200g por m² do
composto bokashi.

 Adubação de cobertura: parcelar em até 3 aplicações.

 Obs: Doses altas de N predispõem a planta à maior incidência de doenças.


IRRIGAÇÃO
 Cultura exigente em água;
 Essencial para germinação;
 Desenvolvimento folhas novas;
 Aspersão, sulco ou gotejamento.
SISTEMA DE PRODUÇÃO E CULTIVOS:
● Orgânico/Convencional
● Hidropônico
CULTIVARES:
 Folha larga
CULTIVARES:
 Catalonha
CULTIVARES:
 Pão de açúcar

Fonte:(Boutique de orgânicos, 2022)


CULTIVARES:
 Almeirão roxo/japonês

Fonte:(Jardinheiro et2022)
Fonte:(Cursos big, 2022)
PRINCIPAIS PRAGAS:

 Lagarta rosca (Agrotis ipsilon);


 Pulgões;
 Tripes;
 Mosca branca (Bemisia tabaci);
 Larva alfinete (Diabrotica speciosa);
 Grilos;
 Paquinhas;
 Moluscos.
DOENÇAS:
Fúngicas/Oomicetos:

 Tombamento (Rhizoctonia solani e Phytium spp);


 Podridão de esclerotínia (Sclerotinia scleotiorum, S. minor);
 Murcha de esclerócio (Sclerotinia rolfsii);
 Queima (Rhizoctonia solani);
 Murchadeira (Thielaviopsis basicola);
 Míldio (Bremia lactucae);
 Septoriose (Septoria lactucae);
 Cercosporiose (Cercospora spp).
DOENÇAS:
 Bacterianas:
 Mancha bacteriana (Pseudomonas cichorii);
 Podridão mole (Pectobacterium carotovora).

 Nematoides:
 Meloidogyne spp.
PLANTAS DANINHAS:

 As plantas devem estar livres de plantas daninhas nos primeiros 30


dias após semeadura ou transplante;
 Controle manual ou mecanicamente;
 Capina superficial para não afetar as raízes;
 Não há herbicida registrado no MAPA.
COLHEITA E PÓS-COLHEITA:
 Colheita quando as folhas estão desenvolvidas
50 a 60 dias após semeadura;
 Corta-se as folhas rente ao solo;
 Acondicionado em caixa ou saco plástico por até
5 dias com temperaturas de 5 a 10°C;
 Baixa preservação pós-colheita.
MERCADO:
➔ Vendido em maços de folhas;
➔ Comercialização em dúzia de
maço (6 Kg);
➔ Minimamente processado;
CONCLUSÃO DA ALMEIRÃO:
 Classificada planta nutracêutica, denominação dada às plantas com possibilidades de uso
nutricional e medicinal;

 As regiões sul e sudeste do país apresentam maior expressão quanto ao consumo desta
hortaliça;

 É uma espécie importante sob o ponto de vista econômico;

 No entanto, esta cultura é pouco contemplada pela pesquisa.


REFERÊNCIAS:
Fonte: LANA, M. M.; TAVARES, S. A. (Ed.). 50 Hortaliças: como comprar, conservar e consumir. 2. ed. rev. Brasília, DF: Embrapa
Informação Tecnológica, 2010. 209 p. il. color.

MATTOS, Antonio. Manual de boas práticas agrícolas na produção de alface. 2015. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-
de-publicacoes/-/publicacao/1009227/manual-de-boas-praticas-agricolas-na-producao-de-alface. Acesso em: 19 nov. 2022.

MOURA, Gabriel. Chicória. 2018. Disponível em: embrapa.br/hortalica-nao-e-so-salada/chicoria#:~:text=A%20chicória%2C


%20também%20conhecida%20como,da%20endívia%20e%20do%20radicchio.. Acesso em: 19 nov. 2022.

LOPES, Carlos Alberto; GUEZADO-DUVAL, Alice Maria. DOENCAS DA ALFACE. 1998. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/107340/1/CNPH-DOCUMENTOS-14-DOENCAS-DA-ALFACE-FL-07824.pdf.
Acesso em: 19 nov. 2022.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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