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INVASÕES HOLANDÊSAS

A economia colonial

Economia de exportação Produção para o mercado interno


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Cultura de subsistência

Latifúndio Cultura de
Mão de obra Exploração de metais
produtos
escrava e pedras preciosos
tropicais

Articulação econômica das colônias da Superação da crise do comércio das


América e da África especiarias asiáticas
OS HOLANDESES NO BRASIL -ANTECEDENTES
Os Países Baixos (atuais Holanda e Bélgica)tornaram-
se o principal centro mercantil da Europa.
Pertencente à Espanha até o final do século XVI.
Durante o séc. XVI, a burguesia holandesa, adere ao
Calvinismo.
Na segunda metade do século XVI, as províncias dos
Países Baixos se rebelaram contra a opressão
política e tributária e contra as perseguições religiosas
impostas pelo rei – católico e espanhol – Filipe II.
1581- Independência da Holanda, reconhecida pela
Espanha em 1648.
A UNIÃO IBÉRICA
Filipe II (da dinastia dos Habsburgos ou Casa d’Áustria) governava a
Espanha desde 1556. Detinha o controle do Sacro Império Romano-
Germânico, sediado na Áustria, com inluências também sobre a
Itália, os Países Baixos e a Alemanha.
 Ápice da exploração das minas de prata da América espanhola.
O domínio espanhol sobre Portugal e suas colônias, iniciado em
1580, foi consequência direta da morte sucessiva dos reis portugueses
D. Sebastião I e D. Henrique, que não deixaram herdeiros ao trono.
D. Sebastião I, “o desejado”, católico fervoroso, liderou, em 1578, uma
expedição cruzadista com o para livrar parte do norte da África do
domínio muçulmano. Em meio à Batalha de Alcácer-Quibir, ele
acaba sendo mortalmente ferido. “Sebastianismo”.
A UNIÃO IBÉRICA
Com a morte Do cardeal D. Henrique extingui-se a
dinastia de Avis.
“Que o cardeal-rei Dom Henrique
Fique no inferno muitos anos
Por ter deixado em testamento
Portugal aos castelhanos”
Vários pretendentes se candidataram então ao trono
vago, levando o rei espanhol a invadir Portugal e
derrotar seus concorrentes. Entre 1580 e 1640, o rei da
Espanha passou a ser, ao mesmo tempo, rei de
Portugal, período conhecido como União Ibérica.
OS MOTIVOS PARA A INVASÃO
Com a União Ibérica a Colônia brasileira passou ao controle da Espanha e
Portugal herdou, de imediato, todos os numerosos inimigos dos Habsburgos.
Do ponto de vista colonial, o mais temível inimigo era a Holanda. Os
flamengos estavam associados aos portugueses desde antes, da Expansão
Marítima.
Filipe II proibiu que navios holandeses mantivessem relações comerciais em
qualquer porto espanhol, incluindo Salvador, por onde saía toda a produção
de açúcar do Nordeste.
Esse fato levou à criação, pelo capital holandês, de duas companhias
privilegiadas de comércio, a das Índias Orientais, criada em 1603, e a das
Índias Ocidentais, criada em 1621, esta com o objetivo de atacar as possessões
espanholas na América e aquela com o de atacar os ricos empórios espanhóis
no Oriente.
A UNIÃO IBÉRICA
1581, do Juramento de Tomar, uma série
de compromissos assumidos pela
Espanha, onde Portugal manteria o
controle do comércio de suas colônias, a
manutenção das leis, usos e costumes
portugueses.
Tordesilhas - penetração de
desbravadores portugueses em territórios
situados na região amazônica e em áreas
que hoje fazem parte do Brasil central.
A INVASÃO À BAHIA (1624-1625)
A conquista foi fácil e rápida apesar dos os colonos,
sob a liderança de Mathias de Albuquerque
(donatário de Pernambuco) e pelo bispo D. Marcos
Teixeira, enfraquecerem os invasores.
Os invasores que, geralmente, tentavam impor a
doutrina calvinista aos colonos.
1625- esquadra comandada por D. Fradique de
Toledo Osório, denominada de “Jornada dos
Vassalos”, constituída por cerca de 50 navios e mais
de 12.000 soldados, que permitiram aos colonos
lançar um contra-ataque.
A INVASÃO A PERNAMBUCO (1630-1654)
No intervalo de cinco anos que vai da expulsão da Bahia em 1625 à invasão de
Pernambuco em 1630, os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais
apoderaram-se, no litoral da Bahia, de vários navios carregados de algodão,
pau-brasil, tabaco e principalmente açúcar. Também saquearam, nas Antilhas, a
frota anual espanhola que transportava ouro e prata em grande quantidade.
Os holandeses se prepararam bem para a tomada de Pernambuco.
Passaram a enviar ao interior expedições contra as guerrilhas, saqueando e
queimando os engenhos dos que resistiam, e prometendo paz e riqueza àqueles
que lhes vendessem açúcar.
De batalha em batalha, controlaram todo o litoral norte do país, até o Maranhão
Traição de
Domingos
Fernandes Calabar
1635, caiu o Arraial
do Bom Jesus
HOLANDESES EM PERNAMBUCO
Expansão holandesa na África.
Porto Calvo, São Jorge da Mina
1641-Sergipe e Maranhão (Brasil)
1641-São Tomé e Angola
7 de 14 capitanias.
ADMINISTRAÇÃO NASSAUVIANA
⚫ Objetivava evitar custos para a companhia.
⚫ Vendeu crédito dos engenhos abandonados.
⚫ Concedeu financiamento à proprietários e parte dos
comerciantes com baixos juros.
⚫ Liberdade de culto.
⚫ Diminuição da cobrança de impostos pela metade.
⚫ Instauração da Câmara dos Escabinos presidido pelo
escolteto.
⚫ Política de conciliação.
CULTURA NA ADMINISTRAÇÃO NASSUAVIANA
⚫ Reforma o Recife, capital da Nova Holanda.
⚫ Frans Post e Albert Eckhout.
⚫ Jardim botânico e zoológico.
DINASTIA DE BRAGANÇA
D. João IV inicia a dinastia Bragança no trono Lusitano.
Redução do Império Lusitano
Brasil, na América, algumas áres no Golfo de Guiné, Angola e Moçambique na África e
alguns pequenos territórios na índia e China.
Para enfrentar a Espanha Portugal fez a paz com Holanda.
Negociação entre a comprar ou comprar? Pe. Antônio Vieira Trégua de 10 anos entre Lusos
e flamengos.
Dispensa de Nassau em detrimento da administração pelo Supremo Conselho.
Intolerância, ausência de diálogo marcam o período.
Tensionamento com a WIC.
Ausência inicial de apoio Lusitano devido as questões contra a Espanha.
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA

André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira lideram o movimento.


Filipe Camarão (indígena) e Henrique Dias (negro) aderem com seus homens a
ofensiva contra os holandeses.
BATALHAS
Monte das Tabocas (1645 , 3 DE Agosto)
Engenho de Casa Forte
Batalha no Monte dos Guararapes (Abril de 1648 e Fevereiro de 1649)
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
Motivos divergentes para a mesma causa.
Dificuldades administrativas dos Holandeses.
O desacato à Realeza e a construção da rebeldia pernambucana.
1648 Chega o representante do rei, Francisco Barreto de Menezes futuro
governador.
Relação entre ingleses e holandeses.
Apoio do Governador da Bahia e de tropas Lusas.
A rendição holandesa só foi consolidada somente com acordos posteriores entre
os governos de Portugal e da Holanda. Pelo último acordo, de 1669, Portugal
pagou uma elevada indenização em dinheiro, equivalente à 63 toneladas de ouro.
1. Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os holandeses promoveram também o bloqueio naval de
Benguela e Luanda, na costa africana. Em 1637, Nassau enviou uma frota do Recife para capturar
São Jorge da Mina, entreposto português de comércio do ouro e de escravos no litoral africano
(atual Gana). Luanda, Benguela e São Tomé caíram nas mãos dos holandeses entre agosto e
novembro de 1641. A captura dos dois polos da economia de plantações mostrava-se indispensável
para o implemento da atividade açucareira.
 
ALENCASTRO, L. F. Com quantos escravos se constrói um país? In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio
de Janeiro, ano 4, nº 39, dez. 2008 (adaptado).
 Os polos econômicos aos quais se refere o texto são:
a) as zonas comerciais americanas e as zonas agrícolas africanas.
b) as zonas comerciais africanas e as zonas de transformação e melhoramento americanas.
c) as zonas de minifúndios americanas e as zonas comerciais africanas.
d) as zonas manufatureiras americanas e as zonas de entreposto africano no caminho para Europa.

e) as zonas produtoras escravistas americanas e as zonas africanas reprodutoras de escravos..


2. (UPE 2016) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou
numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos
tornaram o Brasil um centro intelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus
puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição
ao enriquecimento da vida cultural da região.
 
LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP,
2008. (Adaptado)
 
Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi:
a) a retração da produção de açúcar.
b) o florescimento de um movimento antimodernizador.
c) o estabelecimento da tolerância e da liberdade religiosa.
d) a preocupação apenas em explorar comercialmente o território.
e) a manutenção de boas relações comerciais com o mundo ibérico.
A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias
Ocidentais (1621). (...) O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império
Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois
atingiu os quatros cantos do mundo.
Regina Célia Gonçalves, Fim do domínio holandês In Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil.        
Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas
do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses devem ser associados à conjuntura de guerra
religiosa dominante na Europa, cabendo aos representantes batavos, prioritariamente,  impor o calvinismo nas regiões recém-
conquistadas, caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências europeias, especialmente Portugal e França,
determinaram uma onda permanente de guerras entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias
de comércio de capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando ao comando da produção açucareira, fez parte de um processo mais amplo,
porque esteve associada ao domínio de espaços fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até
então sob o domínio português..
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na América portuguesa e, para atingir esse
objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais
aberta à influência estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma guerra europeia de grandes
proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o
intuito de se defender da marinha de guerra holandesa.
 
4. Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais Não a Recife dos
Mascates Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertárias Mas o Recife sem
história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância
(Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem") Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto afirmar que ela

Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto afirmar que ela

a) teve conotação nativista, mas não antilusitana, uma vez que foi um movimento resultante da luta entre os
grandes proprietários de terras de Olinda e o governo, pelo comércio interno do açúcar no Recife.
b) resultou da insatisfação das camadas mais pobres da população da vila de Olinda contra o controle da
produção e comercialização dos produtos de exportação impostos pelos comerciantes de Recife.
c) refletiu a lógica do sistema colonial: de um lado, os colonos latifundiários de Olinda endividados e
empobrecidos; de outro, os comerciantes metropolitanos de Recife, credores e enriquecidos. .
d) significou o marco inicial da formação do nativismo na colônia: de um lado, criou um forte sentimento
antilusitano que se enraizou em Olinda; de outro intensificou a luta contra os comerciantes lusos de Recife.
e) foi um dos mais importantes movimentos de resistência colonial: de um lado, a recusa dos proprietários
rurais de Olinda em obedecer a metrópole; de outro, a luta dos comerciantes de Recife pelo monopólio do
açúcar.

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