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Estudos Sobre Bicicletas e Motocicletas

05 – História da Motocicleta
Estrutura das Aulas

• História da Bicicleta

• História da Moto

• História do Grand Prix

• Documentário da History Channel


História da Bicicleta
ATENÇÃO

As datas apresentadas neste módulo são


aproximadas

Isso porque é difícil precisar exatamente quando uma determinada


tecnologia começou a ser amplamente utilizada. Mesmo as patentes são
alvos de muitas brigas.
Draisienne (1817)

Moda entre os dândis austríacos, franceses, ingleses e americanos. Durou cerca de


quatro anos.
Draisienne (1817)

Eram apenas duas rodas em linha. O


sistema autoalinhante da direção é que
permitia o equilíbrio.

A tecnologia já existia há 3.500 anos,


mas nunca ninguém havia pensado
nisso antes.

Os cientistas ficaram maravilhados em


como era possível alguém se equilibrar
em apenas duas rodas.
Bone Shaker (1865)

Finalmente alguém teve a idéia de colocar um pedal em uma bicicleta. Outra


moda de riquinhos mimados. A sociedade começou a protestar contra os
ciclistas que andavam pelas calçadas e assustavam os cavalos.
Rodas Raiadas (c. 1875)

Permitiam rodas maiores e absorviam o impacto.


High Wheel ou Ordinary (c. 1875)

Como não havia transmissão, a roda tinha que ser grande para aumentar a
velocidade das bicicletas. Só pessoas atléticas, jovens e corajosas andavam nessas
bicicletas.
Triciclos (c. 1880)

Um pouco depois das penny-farthing houve uma moda de triciclos. Agora os mais
velhos e as mulheres podiam andar. Ainda era coisa de rico.
Corrente (c. 1885)

A idéia das correntes era bem antiga, mas só em 1885 começam a ser utilizadas nas
bicicletas.
Kangoroo (c. 1885)

A Kangoroo não fez muito sucesso, mas demonstrou que correntes podiam
ser usadas.
Safety (c. 1885)

Finalmente uma bicicleta para todos. Ainda era cara, mas era segura. Para ser
uma bicicleta moderna faltavam só a catraca e as marchas. Com essas
bicicletas, os anos 1890 foram a Era de Ouro das bicicletas, com grande
consumo de tecnologia de ponta.
Pneu Inflável (1888)
Bicicletas e Liberação Feminina (c. 1890)

As bicicletas foram importantes para o movimento da liberação feminina. Agora as


mulheres podiam escolher o seu caminho e começaram a forçar uma mudança no
código de vestimenta.
Catraca (c. 1900)

As catracas também eram uma idéia antiga, mas só se tornaram populares no início
do século. Mas nessa época os ricos já tinham perdido o interesse pelas bicicletas.
Clunker (séc. XX)

No século XX a bicicleta finalmente se tornou o “cavalo do homem pobre”. Mas


agora, sem o interesse dos ricos, as bicicletas foram ficando mais pesadas e com
pouco avanço tecnológico.
Commuters (séc. XX)

As bicicletas são comuns em países em dificuldades econômicas. Nos EUA durante a


depressão de 30, na Europa após as duas grandes guerras e nos outros países em
desenvolvimento.
Derailleur (c. 1930)

Marchas já eram utilizadas desde o final do século XIX, mas usando um sistema de
engrenagens planetárias. Em 1930 o câmbio moderno se popularizou entre as
bicicletas de corrida.
10 marchas (c. 1970)

Na década de 70 houve um aquecimento na área esportiva e de lazer, com as


bicicletas de 10 marchas.
Mountain Bike (c. 1985)

A grande novidade do século XX foram as mountain bikes, que permitiam o acesso a


qualquer lugar. Elas se deram muito bem nas cidades.
Recumbent

Algumas pessoas defende fortemente as recumbentes. Como vantagens há a menor


resistência do ar e uma posição mais propícia para a respiração. Os inconvenientes são a
baixa visibilidade e dificuldade de manobrar no trânsito.
E-Bike

As bicicletas elétricas estão aparecendo com força no século XIX. No entanto, são
mais concorrentes das motos do que das bicicletas.
Variadas

Desde o início das bicicletas sempre houve um monte de propostas diferentes.


Empresas especializadas continuam a fazer isso.
O Futuro
• Não se espera que alguma tecnologia
revolucione o uso das bicicletas em um futuro
próximo. O necessário agora é:

– Barateamento das mountain bikes para commuting


– Estacionamentos
– Chuveiros
– Ciclovias
– Integração com o transporte de massa
História da Moto
c. 1885
• Bicicleta com rodas pequenas, transmissão por corrente e
pneu inflável.

• Motor Otto. A patente é de 1876, mas a primeira aplicação


em um veículo é de 1885.
1885

Daimler: primeira moto com duas rodas (?) e motor de combustão


interna. Foi desenvolvida para testar motores automotivos.
1894

Hildebrand & Wolfmuller – Primeira moto produzida em série

48 km/h
2.5 bhp
1500 cc
Avanços importantes

• [1817] Bicicleta com direção

• [1867] Bicicleta com pedal

• [1876] Motor de combustão interna

• [1885] Bicicleta com quadro tipo diamante, rodas do mesmo tamanho e corrente

• [1888] Pneu inflável

• [1893] Carburador com válvula borboleta.

• [1894] Popularização do uso da ignição por centelha e motor mais simples.


Primeira Guerra Mundial
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a confiabilidade das motos
pôde ser demonstrada. Eram usadas principalmente pelos DR (despatch
riders), que levavam mensagens e documentos.

– Inglaterra:
• Douglas, Triumph, Rudge, P&M e Royal Enfield.
– EUA
• Excelsior, Harley-Davidson, Indian
– Outras
• FN (Bélgica), NSU (Alemanha) e Puch (Austro-Hungria)

Em 1915 a Indian se dizia a maior produtora do mundo, com produção anual de 31.950 motos
Anos 20 e 30
• Os grandes produtores eram:
– Alemanha
– Itália
– Inglaterra
– EUA

• Motos também produzidas na Tchecoslováquia, França,


Bélgica, Suécia e Suíça, mas sem a mesma importância.

• Em 1932 a DKW se dizia a maior produtora do mundo, com


produção anual de 100.000 motores 2T.
Grandes Fabricantes da Segunda Guerra
Mundial

• EUA: Indian e Harley-Davidson

• Alemanha: NSU, DKW, BMW e


Zündapp

• Inglaterra: Matchless, BSA, Norton, AMC, Ariel, Royal Enfield,


Triumph, Douglas e Velocette. (420.000 motos)

• Itália: Benelli, Bianchi, Gilera e Moto Guzzi.


O Boom Pós-Guerra
• Muitas fábricas quebraram. Nos EUA só
sobrou a Harley-Davidson.

• A Inglaterra tinha que exportar muitas motos


para recuperar os prejuízos da guerra. BSA,
Norton, Ariel e Triumph se tornaram
conhecidas mundialmente.
A Era das Scooters 1945~1965
• Itália: Piaggio e Lambretta

• Inglaterra: Douglas

• Alemanha: NSU
Indústria Japonesa
• Em 1953 havia 200 fábricas de moto no Japão.

• Em meados dos anos 60 havia 4: Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki.

• Produção japonesa:

– 1940: 11.000 motos e triciclos


– 1950: 2.600 motos
– 1955: 260.000 motos
– 1960: 1.500.000 motos
– 1978: 6.000.000 motos
– 1990: 2.800.000 motos
– 2000: 2.400.000 motos
– 2006: 1.800.000 motos
– 2010: 600.000 motos (este número não é da mesma fonte, então talvez não
represente a mesma faixa de cilindrada).
Produção Mundial - 2010

• China: 25 milhões
• Índia: 10 mihões
• Indonésia: 6 mihões
• Brasil: 1.8 mihões
...
• Japão: 600 mil
• Itália: 500 mil
Brasil
• 1970: Fábrica da Yamaha
• 1971: Fábrica da Honda
• 1976: Proibição das importações

• Produção
– 1975: 5 mil
– 1979: 64 mil
– 1990: 116 mil

• 1992: Abertura das importações


Consumo Brasileiro - 2010

• Brasil: 4º maior produtor e 5º maior consumidor

• Honda (80%), Yamaha (11%), outras (9%)

• Consumo interno
– 1.5 milhões (87%) de motos abaixo de 200cc
– 250 mil (13%) acima de 200cc.
Distribuição Nacional do Consumo de Motos
Novas - 2010

• Sudeste: 35%
• Nordeste: 34%
• Sul: 11%
• Norte: 10%
• Centro-Oeste: 10%

• Pernambuco:
• 4.5% da população
• 5% das motos novas
• 4% das motos são acima de 200cc (13% no Brasil)
Garfos Dianteiros Telescópicos

• Já eram usados pela Scott desde 1910.

• Apareceram na BMW em 1935.

• Foram popularizados pela BMW e Matchless


durante a Segunda Guerra Mundial
Suspensão Traseira

• Em 1950 aparece a balança McCandless, com


dois amortecedores.

• No início dos anos 80 os amortecedores


duplos começam a ser substituídos pelo
monoshock.
Freio a Disco

• Meados de 1960.

• Em 1988 o ABS começa a ser usado nas BMW.


LSR – Land Speed Record
História do LSR (alguns recordes significativos - pistão, tração na roda)

1903 - 104 km/h


1907 - 220 km/h (não oficial)
1920 - 166 km/h
1928 - 200 km/h
1930 - 221 km/h
1937 - 272 km/h
1956 - 312 km/h (aqui começa Boneville)
1970 - 410 km/h
1978 - 510 km/h (22 anos para ser quebrado)
1990 - 518 km/h (16 anos para ser quebrado)
2006 - 552 km/h
2010 - 606 km/h
História do Motorcycle Grand Prix

500cc

Atenção: as datas não correspondem ao início da utilização da tecnologia, mas


sim quando a tecnologia ficou madura o suficiente para ganhar corridas e
campeonatos.
Isle of Man TT – 1907 até hoje

Importante para as vendas

140 curvas 60 km Velocidade média: mais de 200 km/h


Brookland Speedway

Importante para o desenvolvimento de motos, carros e aviões.

1907-1939 4.43 km 287 mil espectadores


Era Moderna
• O Grand Prix como conhecemos hoje em dia
começou em 1949.

• Como os países estavam com dificuldades


econômicas, as motos agora eram mais
simples: motor aspirado e combustível
convencional.
Anos 50
• No mercado, nos anos 50 a DKW e a NSU se
tornaram enormes, depois desapareceram.

• Os ingleses saíram do GP em 1954, depois os


italianos em 1957. Com exceção da MV Agusta.

• Depois de 1950, com a ajuda japonesa, houve um


grande aumento de motos pequenas no
mercado.
1951

As fábricas inglesas tinham motores confiáveis de um cilindro, mas


tinham alcançado o limite de 7000rpm. A Gilera soube projetar
bons motores com quatro cilindros que rodavam a 8500rpm, mas
que apanhavam um pouco das Norton com o chassis “featherbed”.
1952

Aparece o “featherbed” da Norton, que combinava garfo


telescópico, balança na traseira com amortecedor e um
chassis em loop que jogava o motor e o piloto mais para a
frente. Desenvolvido por Rex e Cromie McCandless.
1954

Carenagem aerodinâmica

Um problema dessa época eram as molas das válvulas, o que


fez a Ducati e a Daimler-Benz apostar nas desmodrômicas.
Década de 60
• Com a saída das italianas, inglesas e alemãs, o GP era
formado por “amadores” europeus e pelas novas
fábricas japonesas. A MV Agusta ganhava tudo. No
entanto, esse era praticamente uma equipe privada,
com esforços do Conde Agusta.

• As japonesas foram ficando cada vez mais fortes. A


Honda com motor 4T com alta rotação. A Yamaha e a
Suzuki com motor 2T, com torque aumentado pelo
bombeamento do escape.
1964-1967
• A Honda entra na competição das 500cc com
motores de quatro ciclindros operando em alta
rotação. A Honda não tinha muitos recursos, pois
estava investindo alto na produção de carros.

• A MV Agusta tinha uma moto ultrapassada. No


entanto, a sua experiência na dirigibilidade da
moto ainda era suficiente para ganhar da Honda.
Algumas datas importantes
• 1969: Limites impostos pela FIM
– Máximo de 6 marchas
– Máximo de 4 cilindros

• 1971: Primeira vitória de um 2T 500cc


Suzuki

• 1975: Primeiro campeonato de uma 2T 500cc


Yamaha
1973

Freio a disco
1974

Rodas sólidas
1980

Amortecedor traseiro simples


1980

Beam Frame
2002

Injeção eletrônica. Volta dos motores 4T.


Algumas datas importantes
• 1977: Isle of Man TT deixa o Grand Prix

• 1984: Pneu radial (Michelin)

• 1992: Big Bang (Honda)

• 2002: Volta dos 4T (990cc)

• 2007: 800cc

• 2012: 1000cc
Motores 2 tempos nas categorias menores
Motores 2 tempos
2002 a 2006: 990cc

2007 a 2011: 800cc

2012: 1000cc
Obrigado

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