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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

CESAR CRISTIANO LINCK

cesar.linck@sou.unijui.edu.br
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

VIABILIDADE ECONÔMICA DE UTILIZAÇÃO DE


SISTEMA DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA CONECTADO
À REDE – ANÁLISE DE PAYBACK
CESAR CRISTIANO LINCK
cesar.linck@sou.unijui.edu.br

CRISTINA ELIZA POZZOBON


Mestra pela UFSC - Orientadora

Julho
2021
1. INTRODUÇÃO

A geração de energia fotovoltaica tem sido um investimento muito importante nos


últimos anos e devido aos incentivos governamentais, tem sido uma alternativa
sustentável às energias geradas por combustíveis fósseis, já que é renovável, limpa e
sem impactos ambientais.
A instalação deste tipo de sistema proporciona geração e consumo local, ajuda a
diminuir o carregamento da rede, reduz as perdas com transmissão e distribuição de
energia e principalmente, diminui o custo da energia.
O Brasil consumiu em 2020 cerca de 475,9 TWh/ano (Terawatt-hora por ano).

Em 2050, estima-se um consumo de energia elétrica de cerca de 1880


TWh/ano.

Figura 1: Translação e rotação da Terra em relação ao Sol.

Fonte: EPE (2018)


A micro e minigeração distribuída de energia (MMGD) está se tornando protagonista da
expansão da oferta de eletricidade no Brasil. Em 2020, a fonte solar distribuída superou a
expansão de todas as fontes centralizadas (EPE, 2021).

Com o avanço da tecnologia e dos incentivos, a procura por este tipo de sistema
aumenta, trazendo consigo dúvidas e indagações principalmente quanto aos custos.

Como a procura por energias limpas tem se intensificado, a demanda e a oferta


aumentam, reduzindo os custos de implantação.
1.1. TEMA E DELIMITAÇÃO

O estudo se deu na temática da viabilidade econômica de utilização de sistema de


geração fotovoltaica conectado à rede elétrica. O projeto e as instalações elétricas em
qualquer edificação é um subsistema dos sistemas prediais, logo, todo engenheiro civil
vai se deparar com essa possibilidade de demanda profissional.

Este estudo ficou delimitado a análise econômica pelo método do Payback,


também chamado de tempo de recuperação do capital, para clientes da
concessionária Rio Grande Energia (RGE), pertencente ao Grupo CPFL Energia, com
baixo consumo médio mensal de energia e cujas instalações estejam na modalidade
monofásica.
1.2. PROBLEMA

Tendo em vista a alta procura por esta solução sustentável e a falta de


informação referentes aos custos e ao retorno de investimento, procurou-se através
desta pesquisa, responder a seguinte questão:

A partir de que média de consumo de energia se torna economicamente viável a


instalação de um sistema fotovoltaico em Santa Rosa – RS?
1.3. OBJETIVOS

Tem-se por objetivo geral: Analisar sistemas fotovoltaicos instalados em Santa

Rosa – RS, para definir a partir de qual média de consumo de energia a sua

implantação se torna economicamente viável.

Decorrente do objetivo geral, são objetivos específicos:

• Analisar dados de sistemas fotovoltaicos em Santa Rosa - RS;

• Definir um valor mínimo de consumo médio mensal para instalação de um

sistema fotovoltaico economicamente viável;

• Orçar valores para sistemas fotovoltaicos residenciais;

• Analisar o tempo de recuperação do capital (payback) para os valores orçados.


2. EMBASAMENTO TEÓRICO

A exploração excessiva de combustíveis fósseis em busca da energia, traz impactos


ambientais, o que gera grande preocupação na atualidade. Pensando nisso, busca-se
fontes alternativas de geração de energia em especial as renováveis e não poluentes,
como a solar (COLLE; PEREIRA, 1997).

A energia fotovoltaica é hoje a fonte de energia limpa que mais cresce no mundo, e
pode ser diretamente convertida em energia elétrica (PORTALSOLAR, 2020).
2.1. ENERGIA SOLAR

A energia solar busca o aproveitamento da energia proveniente do sol. Essa energia pode

ser convertida diretamente em energia elétrica, por meio de efeitos sobre determinados

materiais, entre os quais se destacam o termoelétrico e o fotovoltaico (ANEEL, 2020).

Além das condições atmosféricas a disponibilidade de radiação solar, depende da latitude

local e da posição no tempo (hora do dia e dia do ano). Isso se deve à inclinação do eixo

imaginário em torno do qual a Terra gira diariamente (movimento de rotação) e à trajetória

elíptica que a Terra descreve ao redor do Sol (translação ou revolução) (ANEEL, 2005).
Figura 2: Translação e rotação da Terra em relação ao Sol.

Fonte: MAGNOLI, D.; SCALZARETTO. R, (1998)


Figura 3: Tipos de radiação solar.

A radiação solar que chega à superfície terrestre


ocorre em dois eventos, que são divididos em
componentes: radiação direta e radiação difusa.

O conhecimento do recurso solar é a variável


mais importante, para o desenvolvimento de um
projeto de geração de energia através de placas
fotovoltaicas (CRESESB, 2014).

Fonte: TIPOLO et al., (2017)


Figura 4: Potencial de geração fotovoltaica x Rendimento Energético anual.

O mapa ao lado mostra o rendimento


energético anual máximo (medido em
quilowatt-hora (kWh) de energia elétrica
gerada por ano para cada quilowatt-pico
(kWp) de potência fotovoltaica instalada) em
todo o território nacional.

Fonte: INPE (2017)


2.2. SITUAÇÃO FOTOVOLTAICA EM SANTA ROSA

Segundo INPE (2020), através do LABREN (Laboratório de Modelagem e Estudos de


Recursos Renováveis de Energia), a irradiação média anual em 2020, para a cidade de
Santa Rosa – RS, foi de aproximadamente 4602 Wh/m².dia.

Tabela 1: Irradiação média mensal e anual para Santa Rosa – RS (INPE).

Fonte: INPE (2020)


A cidade de Santa Rosa – RS é atendida por três fornecedoras de energia,
COOPERLUZ (Cooperativa Distribuidora Fronteira Noroeste), CERTHIL - Cooperativa de
Distribuição de Energia Entre Rios, e Rio Grande Energia (RGE). Dentre essas a RGE se
destaca como tendo mais facilidade de instalação e homologação, sendo que todo o
processo burocrático é feito de forma on line.
A quantidade de sistemas homologados em Santa Rosa – RS em junho de 2021 totaliza mais de
12 MW (doze megawatts) de potência instalada.
Figura 5: Situação fotovoltaica em Santa Rosa - RS.

Fonte: ANEEL (2021)

Figura 6: Sistemas homologados em Santa Rosa - RS.

Fonte: ANEEL (2021)


2.3. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

O sistema fotovoltaico é definido como um conjunto de elementos necessários para


realizar a conversão direta da energia solar em energia elétrica, com características
adequadas para alimentar aparelhos elétricos e eletrônicos, tais como lâmpadas,
televisores, geladeiras e outros (MARTINAZZO, 2014).

Os sistemas fotovoltaicos podem ser autônomos (off grid) ou ligados à rede (on grid).
Figura 8: Diagrama esquemático de um sistema solar fotovoltaico interligado à rede.

Fonte: CEPEL, (2014)


2.3.1. Células e módulos fotovoltaicos

A energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão direta da luz em eletricidade,


isso se chama Efeito Fotovoltaico.

O processo de conversão, acontece em função da célula fotovoltaica ser fabricada por


um material semicondutor (CABRAL; VIEIRA, 2012).

Para Gazoli (2012), as células fotovoltaicas são classificadas em 03 tipos: Silício


monocristalino (mono-Si), Silício policristalino (poly-Si) e Silício amorfo (a-Si).
Tipos de células fotovoltaicas:

• As células de silício monocristalino são as melhores atualmente, com cerca de 20% de


rendimento.

• As células de silício policristalino tem rendimento aproximado de 16%.

• As células de silício amorfo tem rendimento abaixo de 10%.


Figura 9: Tipos de células fotovoltaicas.

Fonte: CRESESB (2013)


Em qualquer instalação solar fotovoltaica o módulo solar fotovoltaico é a célula básica
do sistema gerador (RÜTHER, 2004).

Abaixo podemos ver a composição de um módulo fotovoltaico:


Figura 10: Componentes de um módulo fotovoltaico.

Backsheet

Fonte: Adaptado de PORTAL SOLAR (2021)


2.3.2. Inversor de frequência Figura 11: Inversor 3,0 KW - RENO-3K-PLUS - MONO - 220V/60HZ.

O inversor de frequência é um dispositivo que


basicamente converte a CC gerada pelos módulos
fotovoltaicos em corrente alternada CA.

Sem ele não seria possível a integração do sistema


fotovoltaico à rede.

Fonte: RENOVIGI (2021)


2.3.3. Dispositivos de Proteção

Entre os principais dispositivos necessários, podemos citar os disjuntores e os dispositivos de


proteção contra surtos (DPS).
Figura 12: Disjuntor Monopolar Siemens. Figura 13: DPS Classe II CLAMPER Front 45kA.

Fonte: CLAMPER (2021)


Fonte: Google Imagens (2021)
2.3.4. Medidor Bidirecional

Este equipamento é capaz de medir tanto a energia consumida da rede, como


também, a energia injetada na rede (em edificações com sistemas fotovoltaicos).

Figura 14: Medidor de energia bidirecional.

Fonte: CLAMPER (2021)


2.4. Engenharia Econômica

Para viabilidade de um projeto, os investidores têm interesse em saber o momento em


que o mesmo dará retorno.

O Payback ou tempo de recuperação de capital calcula o investimento total e a


economia que esse investimento poderá proporcionar ao ano. Com este método podemos
analisar o tempo que o benefício se iguala ao investimento.

Este método é uma forma simples, fácil e direta que estima o prazo necessário para se
recuperar o investimento realizado (BRUNI, 2013).
3. METODOLOGIA

A pesquisa realizada pode ser classificada quanto a sua natureza, como aplicada, pois
objetivou-se gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de uma
indagação específica (MATIAS-PEREIRA, 2012).

Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva, pois tem como objetivo o
reconhecimento e a análise das relações entre variáveis (GIL, 2016).
Em relação à abordagem de pesquisa, classifica-se como quantitativa, segundo

Pinheiro (2010), pois esse tipo de abordagem realiza a quantificação da coleta de

informações, tratamento dos dados e uso estatístico nas análises.

Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de modelagem e simulação, pois foram

utilizados e interrelacionados simultaneamente, variáveis de controle pré-definidas na

obtenção de um sistema que solucione o problema analisado (MIGUEL, 2012).


3.1. ETAPAS DE PESQUISA

• Revisão bibliográfica;

• Levantados dados sobre a situação atual da matriz energética no Brasil e sobre o consumo e
produção de energia elétrica e fotovoltaica no país;

• Seleção de dados sobre o emprego da tecnologia fotovoltaica em Santa Rosa – RS, de forma
sistêmica, baseada em instalações de baixo consumo e potência de geração;

• Análise de Payback, para 8 sistemas fotovoltaicos orçados e já instalados nesta cidade;

• Com os resultados obtidos foi feito um estudo comparativo de custo/benefício para definir
uma faixa de média de consumo, a partir da qual, se torna viável o investimento em um
sistema de energia fotovoltaica na mesma cidade.
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para orçarmos um sistema fotovoltaico são necessários os dados referentes ao


consumo energético (12 meses), que podem ser retirados da fatura de energia.
Figura 15: Levantamento do consumo mensal dos últimos 12 meses.

Fonte: Elaborado pelo autor (2021)


Para usufruir da energia elétrica o consumidor deve pagar uma tarifa definida pela ANEEL. Um
dos componentes dessa tarifa é o Custo de Disponibilidade, cujo valor foi definido de acordo com o
Tipo de Ligação da UC, conforme a Tabela abaixo.

Tabela 2: Custo de disponibilidade de energia.

‘’/

Fonte: ANEEL (2015)


Às taxas de energia, também são adicionados impostos, como o Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). Até 2015, os consumidores que possuíam sistemas fotovoltaicos
tinham a obrigação de pagar ICMS pela energia injetada na rede da concessionária.

A Tarifa de Energia (TE) e a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) são duas das
taxas que compõem o valor total das contas de energia residenciais, comerciais ou industriais
(TAB,2021).

Tabela 3: Tarifa de energia RGE.

R$ 0,48794118 R$ 0,42534314
Fonte: Adaptado de RGE (2021)
A Resolução Normativa 687/2015 da ANEEL estabeleceu condições gerais para a
conexão de microgeração (até 75 kW) e minigeração (de 75kW a 5MW) à rede
distribuída no Brasil e criou o Sistema de Compensação de Energia .

Com o Sistema de Compensação de Energia, o consumidor deverá pagar por toda


energia elétrica ativa consumida, deduzida da energia elétrica gerada e injetada na rede
pelo sistema fotovoltaico, desde que essa diferença seja maior ou igual ao custo de
disponibilidade.

Há ainda, a possibilidade de enviar os créditos de energia para outras instalações que


estão no mesmo CPF ou CNPJ da central geradora.
Para projetar o sistema com uma máxima eficiência, são buscados os dados de irradiação
solar da localidade de cada cliente.

Através da plataforma online do Centro de Referências para Energias Solar e Eólica Sérgio de
S. Brito (CRESESB), é realizada a pesquisa da irradiância média do local em Wh/m².dia:
Fifura 16: Radiação mensal considerando sombreamento e inclinação ideais.

Fonte: QUASAT (2021)


Figura 17: Relação entre energia consumida e gerada estimada.

Munidos com os dados de consumo


médio mensal e irradiação média, é
realizado o dimensionamento do
sistema de tal forma que, este gere no
mínimo o montante médio consumido
em kWh subtraindo-se o Custo de
Disponibilidade.

Com estes dados, é calculada a


quantidade de módulos fotovoltaicos
necessários e com estes, a potência
mínima necessária do inversor.
Fonte: QUASAT (2021)
Para a avaliação de payback foram coletados dados de 8 sistemas de clientes da
cidade de Santa Rosa – RS.

O orçamento do Gerador Fotovoltaico é composto pelos seguintes itens:

a) Módulos fotovoltaicos; h) Transportes (fretes dos equipamentos);

b) Inversor; i) Garantias e pós-venda.

c) Estrutura de fixação;

d) Cabos, String Box e os componentes de


segurança;

e) Projeto;

f) Serviço de instalação;

g) Processo de homologação do projeto com a


concessionária de energia;
A tabela abaixo traz um resumo dos orçamentos coletados.

Tabela 4: Resumo de orçamentos.

Quantidade de Potência de cada Modelo de potência


Cliente Valor orçado
módulos módulo do inversor

AGT 6 535Wp RENO-3K-PLUS R$ 19.000,00


AAK 8 365Wp RENO-4K-PLUS R$ 16.800,00
ARR 6 535Wp RENO-3K-PLUS R$ 19.000,00
EBD 7 410Wp RENO-3K-PLUS R$ 17.900,00
GF 6 535Wp RENO-3K-PLUS R$ 19.000,00
LB 9 365Wp RENO-4K-PLUS R$ 16.800,00
RAOS 8 365Wp RENO-4K-PLUS R$ 16.900,00
ST 5 535Wp RENO-3K-PLUS R$ 10.000,00
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)
Para o cálculo de retorno de investimento, não foram consideradas reposições dos
módulos e do inversor. Foi utilizada a proporção de 30% de consumo instantâneo durante
o dia e 70% do consumo puxado da rede durante a noite.

Os cálculos foram realizados no Microsoft Excel, software de gerenciamento de


planilhas eletrônicas.

Os valores obtidos nas planilhas são fundamentados em rendimentos mensais dos


sistemas e lucratividade esperados. Essa lucratividade é traduzida em valor monetário a
partir da multiplicação da geração do sistema em kWh e a tarifa de energia.

Esta tarifa sofre correção anual de 5% (taxa utilizada pelas empresas de sistemas
fotovoltaicos da região).
Tabela 5: Avaliação de Payback

Fatura média sem sistema FV Tempo de Retorno do Capital


TE 0,48 308 147,84 2021 2022 2023 2024 2025 2026
TUSD 0,42 308 129,36 janeiro - 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
Ilum. Pub 10,22 fevereiro - 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
março - 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
Total da fatura 287,42 abril - 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
maio - 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
Estimativa Fatura média com sistema FV junho 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
TUSD 0,15 215,6 32,34 julho 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
Ilum. Pub 10,22 agosto 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
TE 0,48 30 14,4 setembro 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
TUSD 0,42 30 12,6 outubro 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
novembro 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81 278,05
Total da fatura 69,56 dezembro 217,86 228,75 240,19 252,20 264,81
Total no ano:1307,16 2745,036 2882,288 3026,402 3177,722 3058,558
Reajuste anual 5
Retorno em novembro 2026 R$ 16.197,17
Diferença ano 1 217,86 Investimento R$ 16.000,00
65 meses
Tempo de retorno
5 anos e 5 meses
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)
Na tabela abaixo vemos os resultados do cálculo de payback para os orçamentos
anteriormente apresentados.
Tabela 5: Tabela investimento e Payback

Cliente Valor orçado Tempo de retorno

AGT R$ 19.000,00 67 meses 5 anos e 7 meses


AAK R$ 16.800,00 63 meses 5 anos e 3 meses
ARR R$ 19.000,00 67 meses 5 anos e 7 meses
EBD R$ 17.900,00 71 meses 5 anos e 11 meses
GF R$ 19.000,00 64 meses 5 anos e 4 meses
LB R$ 16.800,00 66 meses 5 anos e 6 meses
RAOS R$ 16.900,00 76 meses 6 anos e 4 meses
ST R$ 10.000,00 65 meses 5 anos e 5 meses
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)

Da simulação econômica realizada, percebe-se que os retornos dos investimentos serão


atingidos entre 5 e 6 anos, quando o fluxo de caixa se torna positivo.
CONCLUSÕES

O presente trabalho de conclusão de curso objetivou a realização de um estudo de


viabilidade econômica de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, no sentido de
encontrar uma média de consumo mínima em que fosse atrativo o investimento.

Para este fim, foram estudados 8 casos reais de sistemas fotovoltaicos instalados
em Santa Rosa – RS. Estes projetos eram os de menor potência e com menor média
de consumo nos registros da empresa.
Os resultados encontrados ratificaram o que vem se falando há algum tempo
sobre energia solar, que esta é a fonte de energia renovável que seria a melhor
alternativa às energias geradas por combustíveis fósseis.

Essa conclusão se dá principalmente devido a três importantes motivos: o


avanço da tecnologia de geração de energia fotovoltaica, a diminuição dos custos
dos seus componentes e o incentivo fiscal.
Percebe-se também, dadas as variâncias (devido particularidades de projeto),
que a partir de uma média anual de consumo de 300 kWh/mês, o retorno de
investimento se dá num prazo entre 5 e 6 anos, o que nos informa que com cerca de
um quarto de sua vida útil (aproximadamente 25 anos), o sistema passa a ser
rentável.
É importante destacar que o cálculo de payback pode apresentar variados
resultados, já que influenciam no cálculo o sombreamento, a inclinação e o
posicionamento do imóvel onde será instalado o sistema (variáveis consideradas
neste estudo).

Para concluir, este trabalho cumpriu o objetivo inicial proposto, mostrando que
mesmo com uma média de consumo mensal de energia considerado baixo, é
altamente atrativo o investimento em um sistema fotovoltaico residencial.
REFERÊNCIAS
EPE. Empresa de Pesquisa Energética. Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2031. Micro e
Minigeração Distribuída & Baterias. Julho de 2021. Disponível em:
<https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-607/
topico-591/Caderno_MM GD_Baterias_vfinal.pdf>. Acesso em: 04/07/2021.

COLLE, Sérgio; PEREIRA, Enio Bueno. A energia que vem do Sol. Santa Catarina: UFSC. Disponível em:
<http//:www.fisica.uems.br/arquivos/ fismeioamb/energia_solar.doc>. Acesso em: 13/11/2020.

PORTALSOLAR. Portal Solar S.A. O que é energia solar? Tudo o que você precisa saber. Disponível em:
<https://www.portalsolar.com.br/o-que-e-energia-solar-.html>. Acesso em: 13/11/2020.

ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Geração distribuída, 2020. Disponível em:
<https://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida>. Acesso em: 15/11/2020.

ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de energia elétrica do Brasil. 2ª Edição - Brasília: ANEEL
2005. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/03-Energia_Solar(3).pdf>. Acesso em:
15/11/2020.
MAGNOLI, D.; SCALZARETTO, R. Geografia, espaço, cultura e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. v. 1.

CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica (cepel.br). Sistema de Geração Fotovoltaica (2013).
Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&cid=cse_sistema_fotovoltaico>. Acesso em:
20/06/2021.

TIEPOLO, G. M.; PEREIRA, E. B.; URBANETZ JR, J.; PEREIRA, S. V.; GONCALVES, A. R.; LIMA, F. J. L.; COSTA, R. S.,
ALVES, A. R. Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná. 1ª Edição. Curitiba: UTFPR, 2017.

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. LABREN - Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis
de Energia. Irradiação Direta Normal para o Estado do Rio Grande do Sul (inpe.br). Disponível em:
<http://labren.ccst.inpe.br/atlas2_tables/RS_dir.html>. Acesso em: 20/06/2021.

MARTINAZZO, Michel. Análise Econômica da Implantação e Utilização de Sistemas de Aproveitamento de Energia


Solar e de Águas Pluviais em uma Residência Unifamiliar. 2014. 104f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de
Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Pato Branco,
2014.
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