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A Arte no Barroco Europeu

A Arte no Barroco Europeu


Maneirismo tardio e o Barroco foram
contemporâneos e as tensões sociais, filosóficas
e políticas do período atingiram os estilos e os
artistas.
A Reforma Protestante foi fundamental para
o Barroco.
A Contrarreforma (Concílio de Trento)
medidas: criou a inquisição, intensificou a
atuação de novas companhias católicas para
combater a Reforma Protestante
O Barroco serve como instrumento da Igreja
Católica, integrando a pintura, arquitetura e
escultura.
• O núcleo vital da arte barroca residiu na dualidade
filosófica que perturbava o pensamento da época:
conflitos existenciais
• Bem e Mal, Deus e Diabo, Céu e Terra, Pureza e
Pecado, Alegria e Tristeza, Paganismo e
Cristianismo, Espírito e Matéria ...Homem pêndulo
* Igreja católica via com bons olhos o uso da
pintura, da escultura e da arquitetura para cativar
os fiéis
• A arte tinha poder e foi colocada a serviço de
uma Igreja ameaçada pela Reforma
Protestante
• Igrejas com interiores ricamente decorados
com uma arte colorida e intensa e fachadas
mais simples
• Nos países baixos, a realidade do cotidiano se
mostrava por meio da pintura de gênero e
naturezas-mortas
• Na França, saiu das Igrejas para os palácios
com suntuosidade e exuberância
• Na Espanha, a religião católica tomou a
liderança (Murillo)
Características da Arquitetura Barroca

• Emocional sobre o racional; seu propósito é impressionar os


sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o
qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da
emoção  e não apenas pelo raciocínio.
• Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas,
contracurvas, colunas retorcidas;
• Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura;
• Violentos contrastes de luz e sombra;
• Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a
impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade
conseguida.
Características da Pintura Barroca
• Composição assimétrica, em diagonal – que se revela num
estilo grandioso, monumental, retorcido, substituindo a
unidade geométrica e o equilíbrio da arte renascentista;
• Acentuado contraste de claro-escuro (expressão dos
sentimentos) – era um recurso que visava a intensificar a
sensação de profundidade;
• Realista, abrangendo todas as camadas sociais;
• Escolha de cenas no seu momento de maior intensidade
dramática;
• A decoração em “trompe l’oeil”.
Principais artistas
• Michelangelo Merisi Caravaggio
• Johannes Vermeer
• Rembrandt
• Bartolomé Estebán Murillo
• Peter Paul Rubens
• Diego Velázquez
• Bernini
Caravaggio
(1571-1610) foi o pintor mais original do século XVII, veio injetar vida
nova na pintura italiana após a artificialidade do Maneirismo. Conduziu
o realismo a novas alturas, pintando corpos em estilo absolutamente
em oposição aos pálidos fantasmas maneiristas. Desse modo, Caravaggio
secularizou a arte religiosa, fazendo os santos parecer gente comum e
os milagres, eventos do cotidiano. Embora se especializasse em grandes
pinturas religiosas, Caravaggio defendia a “pintura direta” da natureza –
ao que parece diretamente dos cortiços mais sórdidos. Na obra,
”Chamado de São Mateus”, por exemplo, o futuro apóstolo está numa
taverna escura, cercado de homens chiques contando dinheiro, quando
Cristo ordena: “Siga-me”. Um foco de luz diagonal ilumina a expressão
aterrada e o gesto de perplexidade do coletor de impostos. Caravaggio
usa a perspectiva de modo a trazer o espectador para dentro da ação.
O sepultamento de Cristo - 1602
Vermeer
(1632-1675), holandês de nome Johannes Veermer, apresentou
muita técnica do uso da luz, enquanto outros pintores usavam
uma gama de cinza, verde, marrom, as cores Veermer eram mais
puras e vívidas, com uma intensidade de brilho jamais
vista. Veermer usou uma “câmera escura” para obter maior
perfeição do desenho. Consiste numa caixa escura com uma
abertura minúscula por onde se projeta a imagem do objeto a ser
traçado numa folha de papel. No entanto, Veermer não se limitava
a copiar as linhas da cena projetada. Seu manuseio da tinta
também foi revolucionário, usava de tal forma que se aproximava
do pontilhismo dos impressionistas. Um crítico descreveu essa
superfície como uma “mistura de pérolas socadas”.
O estúdio do artista -
Rembrandt 
(1606-1669), holandês, nascido Rembrandt van Rijn, teve grande
sucesso como pintor de retratos, mas sua fama também repousa  nos
quadros sérios, introspectivos, de seus últimos anos, pinturas em que o
sombreado sutil implica uma extraordinária profundidade emocional. O
que dirige nossa atenção nos quadros deste pintor não é propriamente o
contraste entre luz e sombra, mas a gradação da claridade, os meios-tons,
as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais
intensa. Rembrandt evoluiu dos pequenos detalhes para figuras de
tamanho grande, pintadas com grandes borrões de tinta. Ele
praticamente entalhava o pigmento, espalhando com a espátula uma
pasta pesada espessa e desenhando na camada de tinta malhada com o
cabo do pincel. O efeito é uma pintura irregular que cria um brilho ao
refletir e difundir a luz, enquanto as zonas escuras levam uma fina
camada vidrada para realçar a absorção da luz.
Lição de anatomia dr. Tulp
Rubens 
(1577-1640) nascido em Flandres, atualmente Bélgica, como
Sir Peter Paul Rubens conhecido como “Príncipe dos pintores e
pintor dos príncipes” teve uma vida sofisticada, que o levou às
cortes da Europa como pintor e diplomata. Um raro gênio criativo,
tinha uma formação clássica e era sociável, bonito , vigoroso e
viajado. Falava fluentemente vários idiomas e tinha uma energia
inextinguível. Além de um colorista vibrante, se notabilizou por
criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos
corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus
quadros, é geralmente, no vestuário que se localizam as cores
quentes – o vermelho, o verde e o amarelo – que contrabalançam
a luminosidade da pele clara das figuras humanas.
Luta de São Jorge e o dragão
Diego Velázquez 
(1599-1660) pintor espanhol, batizado de Diego Rodriguez da
Silva y Velázquez, além de retratar as pessoas da corte
espanhola do século XVII, procurou registrar em seus quadros
também os tipos populares do seu país, documentando o dia-
a-dia do povo espanhol num dado momento da história. Usava
os princípios da pintura barroca, como os efeitos luminosos
são usados – não através de contrastes ásperos, mas sim com
uma continua e gradual mudança de intensidade nas várias
zonas da tela – para fazer da composição um jogo de
anotações coloristas simbólicas, escondidas atrás de uma
aparência de absoluta adesão ao tema.
As meninas
Gianlorenzo Bernini (escultura)
(1598-1680) foi mais que um escultor do
período barroco. Foi também arquiteto,
urbanista, decorador, teatrólogo, compositor e
cenógrafo.  Algumas de suas obras serviram
de elementos decorativos das igrejas, como,
por exemplo, o baldaquino e a cadeira de São
Pedro, ambos na Basílica de São Pedro, no
Vaticano.
Êxtase de Santa Teresa
Arquitetura Barroca
• Integra três linguagens: pintura, escultura e
arquitetura
• Destaque para Gianlorenzo Bernini que
aglutina as três áreas com eficiência. Criou a
praça elíptica , que abriga a Basílica de São
Pedro, no Vaticano
Praça Elíptica

248 colunas sob uma cornija que apóia 162 esculturas de 2,70 m de altura cada uma.
A arte do Rococó
• Rococó é um estilo artístico que surgiu na França, e
desenvolveu-se na Europa no século XVIII, logo após o Barroco. 

Era mais leve e intimista do que o estilo anterior. Suas


características eram: o uso de dourado, formas de curvas e de
elementos decorativos, como laços e flores. Era usado,
inicialmente, em decoração de interiores. 

O estilo rococó aliviava o exagero ornamental e oferecia maior


moderação de interiores. 
• Entre seus principais temas estavam as cenas eróticas
da vida cortesã e da mitologia. Entre os anos de 1700
e 1780, durante o iluminismo, o rococó era a principal
corrente da arte e da arquitetura.

• Diferentemente da arquitetura, na escultura e na


pintura da Europa oriental e central não é possível
traçar uma linha divisória entre o barroco e o rococó.
No Brasil, Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde foram
os maiores representes do rococó.
Jean – Honoré Fragonard

A TRANCA

O BALANÇO
Salões de Arte e Bienais
• Nesse momento nascem os salões de arte.
• Para divulgar os pintores que surgiam, as academias
resolveram criar salões, ou exposições anuais, onde os
quadros ficavam expostos e eram analisados pela
criteriosa clientela.
• Prática muito semelhante as Bienais de Arte como as
de São Paulo e Veneza.
• 1951 – Primeira Bienal de São Paulo, o evento contou
com 729 artistas de 25 países. Aconteceu no Trianon,
na Avenida Paulista.

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