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CURSO: ENGENHARIA INFORMÁTICA

ANO CURRICULAR: 1º
DISCIPLINA/CÓDIGO : TÉCNICAS DA COMUNICAÇÃO/ 193
PROFESSOR (A) : ROSALINA LAMBO

SUMÁRIO(S):Nºs 3 e 4. DATA: 2020-10-13 a 2020-10-14

NOTA: Os presentes slides são destinados exclusivamente aos alunos do ISUPEKUIKUI II e a sua reprodução por qualquer meio é
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proibida, constituindo crime.
Tema: Acto comunicativo – acto interativo
Sumário: Componentes do acto comunicativo
- Relação entre os elementos da comunicação e as funções da linguagem
 Elementos da comunicação dizem respeito a cada aspecto presente no fluxo comunicativo, desde o momento em
que a mensagem é emitida, até quando é recebida e compreendida. É importante salientar que esses elementos
estão presentes em qualquer tipo de comunicação e podem sofrer alterações para adequarem-se ao contexto em
questão.
Todos nós realizamos actos comunicativos do momento em que acordamos até a hora de voltarmos a dormir, e,
para isso, podemos utilizar a linguagem verbal escrita, falada, bem como a linguagem não verbal.

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Para cada momento em que utilizamos essa ferramenta chamada linguagem, de forma consciente ou
intuitiva, verificamos um esquema mínimo, uma estrutura que nos permite criar e compreender
mensagens, conforme demonstrado a seguir.

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Essa estrutura com a presença de seis elementos da comunicação foi divulgada por Roman Jakobson, linguista russo e
um dos grandes teóricos que apresentaram ao mundo estudos referentes à linguagem e à comunicação.
De acordo com os seus estudos, em todos os atos comunicativos podemos perceber a presença de  seis elementos:
emissor (locutor), receptor (interlocutor), mensagem, canal, código e referente. Na ausência ou no mau uso de um dos
elementos, diz-se que houve ruído na comunicação, o que significa dizer que ela não foi bem-sucedida. Nesse sentido, é
importante conhecermos os elementos, para que possamos fazer um bom uso deles e estabelecermos atos
comunicativos eficazes.

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Emissor ou locutor- quem elabora a mensagem, quem diz.
Receptor ou interlocutor- a quem a mensagem é dirigida, por quem ela é captada.
Mensagem- texto verbal ou não verbal propriamente dito, é a estrutura textual.
Referente ou contexto- o assunto que perpassa o ato comunicativo.
Canal ou veículo- o meio pelo qual a mensagem é difundida, divulgada, o seu veículo condutor.
Código- a forma como a mensagem organiza-se, é um conjunto de sinais organizados de maneira que
tanto o locutor quanto o interlocutor conheçam e tenham acesso.

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Para melhor ilustrarmos os elementos, tomemos como exemplo uma aula expositiva, ministrada por uma professora de
língua portuguesa sobre elementos da comunicação.
A locutora seria a professora.
Os interlocutores seriam os estudantes.
A mensagem seria o texto verbal oral elaborado pela professora em seu acto de fala.
O referente seria elementos da comunicação, o assunto da aula.
O canal seria a voz da professora, impulsionada pelo ar que entra e sai de seus pulmões, utilizando-se também de seu
aparelho fonador.
O código seria a língua portuguesa.

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Relação entre os elementos da comunicação e as funções da linguagem

Todo acto comunicativo prevê uma intencionalidade. Por mais despretensioso que seja, a exemplo de uma conversa de
elevador ou um “bom dia” via Whatsapp, quando nos comunicamos, temos uma razão para isso. E assim, a depender dos
nossos objetivos, a linguagem pode cumprir diferentes funções: explicar, informar, expor um ponto de vista, realizar
trabalho estético com o texto, manter a comunicação em curso e/ou persuadir, influenciar, convencer.

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Cada uma das funções da linguagem está vinculada a um determinado elemento da comunicação.

1. Se o foco está no emissor (locutor), a linguagem cumpre a função de expressar uma opinião, um ponto de vista, emoções
e sentimentos daquele que fala -função emotiva ou expressiva;

2. Se o foco está no receptor (interlocutor), a linguagem cumpre a função de convencer, persuadir, influenciar, levar o
interlocutor a assumir determinada postura ou pensamento- função apelativa ou conotativa;

3. Se a ênfase é dada ao referente (contexto), a linguagem despe-se de subjectividades e tende a apresentar dados,
informações, situações e factos da realidade — função referencial;

4. Se a ênfase é dada à própria mensagem, com o objectivo de trabalhá-la esteticamente- função  poética;

5. Quando o foco é dado ao canal (veículo), e o objectivo é manter a comunicação em curso- função fática ou de contato;

6. Finalmente, ao dar-se ênfase ao código, quando a intencionalidade é a de explicar- função metalinguística.

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Referências bibliográficas

AGUIAR, V. T. O verbal e o não verbal. São Paulo: UNESP, 2004.


BAKHTIN, m. m. Estética da criação verbal.  Trad.do russo por Paulo Bezerra. 4. ed. São

BAZERMAN, Charles. Atos de fala, gêneros textuais e sistemas de atividades: como os textos organizam atividades e
pessoas. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; HOFFNAGEL, Judith Chambliss (orgs.). Gêneros textuais, tipificação e interação. São
Paulo: Cortez, 2006.

MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (orgs.). Gêneros: teorias, métodos, debates. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2005.   

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OBRIGADA E BONS ESTUDOS

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