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Subdomínio
Unidade
Interações e seus efeitos
Aspetos quantitativos das
reações químicas

2.5 Aceleração média, aceleração


e gráficos velocidade-tempo
0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

Observe com atenção o movimento do automóvel.


0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

O automóvel apresentou uma velocidade


constante ao longo do movimento?

Não, a velocidade do automóvel variou ao longo do tempo.


0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

Quando a velocidade de um corpo


varia em função do tempo, diz-se que
o corpo está sujeito a uma aceleração.
0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

A aceleração reflete a variação de velocidade


do corpo por unidade de tempo.
0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

Qual foi, em média, o aumento da velocidade


do carro a cada segundo de movimento?
0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

Tempo/s Velocidade/m s–1

0 0
+3s + 6 m s–1
Em média, a velocidade
3 6
+2s + 4 m s–1 aumenta 2 m s–1
5 10
em cada segundo.
+1s +2ms –1

6 12
A variação média da velocidade por unidade
de tempo é denominada aceleração média (am).

A aceleração média (am) é uma grandeza


vetorial e é determinada da seguinte forma:

(m s–1)
Variação de velocidade (Δv)
Aceleração média (am) =
Intervalo de tempo (Δt)
(m s )
–2
(s)
No movimento retilíneo, o vetor velocidade
apresenta sempre a mesma direção.

v v v

Vetor velocidade com direção horizontal.

Assim, no movimento retilíneo:

Δv Sendo a componente Δv
am = ex
escalar da aceleração ⇒ am =
Δt Δt
média dada por
0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v
am am am

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

No exemplo inicial, a aceleração média é:

Δv 12
am = ⬄ am =
Δt 6

⬄ am = 2 m s–2

Em média, a cada segundo que passa, a velocidade aumenta 2 m s–1.


0 m s–1 6 m s–1 10 m s–1 12 m s–1

v v v
am am am

Tempo Tempo Tempo Tempo


0s 3s 5s 6s

O vetor aceleração média (am) apresenta as seguintes características:

Ponto de aplicação Automóvel

Direção Horizontal

Sentido Esquerda/direita

Intensidade 2 m s–2
Quando o movimento é retilíneo acelerado:

Δv
vi vf
am

vf

Δv tem a mesma direção –vi



e o mesmo sentido do movimento.
Δv

A aceleração média (am) tem sempre


a mesma direção e o mesmo sentido de Δv.
Quando o movimento é retilíneo acelerado:

Δv
vi vf
am

O vetor aceleração média (am) apresenta:

• a mesma direção do movimento;

• o mesmo sentido do movimento.


Quando o movimento é retilíneo acelerado:

Δv
vf vi
am

Este resultado é válido qualquer que seja o sentido do movimento.


vf

–vi
Neste caso, Δv é ⇒
Δv
Quando o movimento é retilíneo retardado:

Δv
vi vf
am

Δv
Δv tem a mesma direção mas vf

sentido contrário ao movimento.
–vi

A aceleração média (am) tem sempre


a mesma direção e o mesmo sentido de Δv.
Quando o movimento é retilíneo retardado:

Δv
vi vf
am

O vetor aceleração média (am) apresenta:

• a mesma direção do movimento;

• sentido contrário ao do movimento.


Quando o movimento é retilíneo retardado:

Δv
vf vi
am

Este resultado é válido qualquer que seja o sentido do movimento.

Δv

⇒ vf
Neste caso, Δv é
–vi
Quando o movimento é retilíneo uniforme:

am = 0 m s–2

v v

A velocidade (v) mantém-se constante,


logo, Δv = 0.

Como Δv = 0,
a aceleração média (am) é nula.
Quando o movimento é curvilíneo:

A direção da aceleração média


varia constantemente, pois depende
vi
Δv da variação da velocidade.
am

Δv
vf am =
Δv vf Δt

–vi
Quando o movimento é curvilíneo:

A direção de Δv varia
constantemente. Por isso, não é
vi possível determinar a componente
Δv
am
escalar da aceleração média (am)
apenas a partir dos valores de
velocidade.
vf
Δv vf

–vi
v/m s–1
12

10

6 O gráfico da figura ao lado


representa a velocidade
4
do centro de massa
2
de um corpo em função
t/s
0
1 2 3 4 do tempo.
–2

–4

–6
v/m s–1
12
A partir do gráfico velocidade-
10
-tempo para o movimento retilíneo,
8 é possível determinar:
6
• a componente escalar
4
da aceleração média;
2
t/s
0
1 2 3 4
• a componente escalar
–2 da aceleração instantânea.
–4

–6
v/m s–1
12
Qual é a aceleração média
10
A (0, 10) do corpo no intervalo [0;2] s?
8

6
t=0s ⇒ v = 10 m s–1
4
Ponto A
2
t/s
0
1 2 3 4 t=2s ⇒ v = –4 m s–1
–2
Ponto B
–4
B (2, –4)
–6
v/m s–1
12
Qual é a aceleração média
10
A (0, 10) do corpo no intervalo [0;2] s?
8

6 A aceleração média corresponde


4 ao declive da reta que une

2 os pontos A e B.
t/s
0
1 2 3 4 (vB – vA)
am = ___________
–2
Δt
–4 (–4 – 10)
B (2, –4) am = ___________ ⬄ am = –7 m s–2
–6 2
v/m s–1
12

10

8
Se considerarmos intervalos
6
de tempo cada vez mais
4
pequenos, podemos determinar
2 a aceleração instantânea
t/s
0 num dado ponto.
1 2 3 4
–2

–4

–6
v/m s–1
12

10 Ao considerar intervalos de
tempo cada vez mais pequenos,
8
próximos do ponto C, ...
6

2 ... conclui-se que a aceleração


t/s instantânea em C é dada
0
1 2 3 4 pelo declive da reta tangente
–2
C ao gráfico neste ponto.
–4

–6
v/m s–1
12

10
O valor da componente
8 escalar da aceleração,
6 num dado instante, t,
4 é dado pelo declive
2 da tangente ao gráfico
t/s
0 velocidade-tempo
1 2 3 4
–2 nesse instante.
C
–4

–6
v/m s–1
12

10 No ponto C, o declive da reta


8 tangente à curva do gráfico

6 é positivo.

2
A componente escalar
t/s
0
1 2 3 4 da aceleração em C é,
–2
C por isso, positiva.
–4

–6
v/m s–1
12

10 No ponto D, o declive da reta


8 tangente à curva do gráfico

6 é negativo.

2 D
A componente escalar
t/s
0
1 2 3 4 da aceleração em D é,
–2
por isso, negativa.
–4

–6
v/m s–1
12

10

8
Pela análise do gráfico,
6
é possível concluir sobre
4
a variação do movimento
2
do corpo ao longo do tempo.
t/s
0
1 2 3 4
–2

–4

–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 0 a 1 s:

10
• O movimento ocorre no
8
sentido positivo do referencial;
6

4
• O valor da velocidade diminui;
2
t/s
0
1 2 3 4 • O corpo para (v = 0) no instante
–2
de tempo t = 1 s e inverte
–4
o sentido do movimento;
–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 0 a 1 s:

10
• O declive da reta tangente
8
ao gráfico varia e é sempre
6
negativo — a componente
4 escalar da aceleração é
2 negativa.
t/s
0
1 2 3 4 v>0 e a<0
–2

–4
Movimento retardado
–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 1 a 2 s:

10
• O movimento ocorre no
8
sentido negativo do referencial;
6

4
• O valor da velocidade aumenta;
2
t/s
0
1 2 3 4
• Em t = 2 s, o declive da reta
–2 tangente ao gráfico é nulo,
–4 e a velocidade atinge o valor
–6 máximo;
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 1 a 2 s:

10
• O declive da reta tangente
8
ao gráfico varia e é sempre
6
negativo — a componente
4 escalar da aceleração é
2 negativa.
t/s
0
1 2 3 4 v<0 e a<0
–2

–4
Movimento acelerado
–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 2 a 3 s:

10
• O movimento ocorre no
8
sentido negativo do referencial;
6

4
• O valor da velocidade diminui;
2
t/s
0
1 2 3 4 • O corpo para (v = 0) no instante
–2
de tempo t = 3 s e inverte
–4
o sentido do movimento;
–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 2 a 3 s:

10
• O declive da reta tangente
8
ao gráfico varia e é sempre
6
positivo — a componente
4 escalar da aceleração é
2 positiva.
t/s
0
1 2 3 4 v<0 e a>0
–2

–4
Movimento retardado
–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 3 a 3,5 s:

10
• O movimento ocorre no
8
sentido positivo do referencial;
6

4 • O valor da velocidade aumenta;


2
t/s • O declive da reta tangente
0
1 2 3 3,5 4 ao gráfico varia e é sempre
–2
positivo — a componente
–4
escalar da aceleração é
–6 positiva.
v/m s–1
12
No intervalo de tempo de 3 a 3,5 s:

10

8 v<0 e a>0
6 ⇓

4 Movimento acelerado

2
t/s
0
1 2 3 3,5 4
–2

–4

–6
v/m s–1
12 No intervalo de tempo de 3,5 a 4 s:

10
• O movimento ocorre no sentido
8
positivo do referencial;
6

4 • O valor da velocidade
2 mantém-se constante;
t/s
0
1 2 3 3,5 4
–2 • O declive da reta tangente
ao gráfico é constante e nulo —
–4
a aceleração é nula.
–6
v/m s–1
12
No intervalo de tempo de 3,5 a 4 s:

10

8 v = constante
6 ⇓

4 Movimento uniforme

2
t/s
0
1 2 3 3,5 4
–2

–4

–6
Para cada gráfico velocidade-tempo, há um
gráfico aceleração-tempo correspondente.
v/m s–1 a/m s–2

6 6

4 declive 4
0
2 declive declive 2
–4 6
t/s t/s
0 0
1 2 3 4 1 2 3 4
–2 –2

–4 –4

–6 –6
Conclusão

• Quando a velocidade de um corpo varia


em função do tempo, diz-se que o corpo
está sujeito a uma aceleração.

• A aceleração média (am) é uma grandeza


vetorial e determina-se da seguinte forma:
Variação de velocidade (Δv)
Aceleração média (am) =
Intervalo de tempo (Δt)
Conclusão

• A aceleração de um corpo num dado instante


de tempo é dada pela reta tangente ao
gráfico velocidade-tempo.

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