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REVISÃO PARA A 2

SOLUÇÃO DE
CONFLITOS
Profa. MSc. Susana dos Reis Machado Pretto
MEDIAÇÃO
CONCILIAÇÃO ARBITRAGEM

É um processo
autocompositivo de gestão de
É um processo É um processo
conflitos que envolve a
autocompositivo que intervenção solicitada e aceita heterocompositivo
objetiva uma relação de um terceiro imparcial, mas privado. As partes em
positiva entre os as tomadas de decisão conflito voluntariamente
envolvidos e a diminuição permanecem sob a pedem a um terceiro
do impacto do conflito. responsabilidade dos imparcial e neutro que
Favorece o envolvidos no conflito. O termo tome uma decisão em
estabelecimento de um de acordo é esboçado pelas seu lugar. A arbitragem
clima de confiança e a próprias partes e redigido pelo não favorece o diálogo
mediador.
melhora da comunicação. direto entre as partes.
CONCILIADOR MEDIADOR ÁRBITRO

o conciliador auxilia na O mediador tem como O árbitro é um terceiro,


relação processual, papel principal facilitar neutro ao conflito, ou de
gerenciando as a comunicação dos um painel de pessoas sem
negociações - sugerindo participantes utilizando interesse na causa, para,
propostas, apontando diversas técnicas. após um devido
vantagens e Postura neutra e procedimento, prolatar uma
desvantagens, com o fim imparcial decisão (sentença arbitral)
de alcançar o acordo entre visando encerrar a disputa.
os envolvidos. Postura
mais ativa, porém neutra
e imparcial.
PRÉ-PROCESSUAL OU
EXTRAJUDICIAL
 Opção alternativa ao ingresso na via
CONCILIAÇÃO JUDICIAL –
judicial, objetiva evitar o alargamento
PROCESSUAL
do número de demandas nos foros e a
(endoprocessual)
abreviação de tempo na solução das
pendências, sendo acessível a qualquer
MODALIDADES interessado em um sistema simples ao Somente ocorre após a instauração
judicial da lide. Trata-se também de
alcance de todos. […] A principal
DE característica dessa modalidade de instrumento hábil e célere que em
muitos casos resolve o litígio,
CONCILIAÇÃO conciliação é a promoção de encontros
entre os interessados, nos quais um encontrando amparo em vários
dispositivos legais, dentre eles,
conciliador buscará obter o
destaca-se a Lei 9099/95 e o Código
entendimento e a solução das
de Processo Civil.
divergências por meio da composição
não adversarial e, pois, ainda antes de
deflagrada a ação. […]. (PROJETO
MOVIMENTO PELA CONCILIAÇÃO,
2006, p. 02)
  Código de Processo Civil:
 Art. 165. [...]
 § 1o [...]
CÓDIGO DE  § 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos
em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá
PROCESSO sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as
CIVIL 2015
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
partes conciliem.

 § 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em


que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos
interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais
que gerem benefícios mútuos.
 recontextualização do caso;
Quais as  audição de propostas implícitas;
técnicas de  apoio; silêncio;
conciliação?  sessões privadas ou individuais;
 inversão dos papéis;
 perguntas orientadas a geração de opções;
 normalização;
 organização de questões e interesses;
 enfoque prospectivo;
 teste de realidade e validação de sentimento.
 fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/255180/conciliadores-e-mediadores-utilizam-tecnicas-para-conduzir-acordo-entre-as-partes
Instrumento de efetivação da paz social, uma vez que trata os
envolvidos no litígio de maneira diferenciada, educando−o
para que seja capaz de resolver suas próprias demandas,
presentes ou futuras.
 Lei 13.140/2015, art. 1º, 
parágrafo único
, “considera-se mediação a
MEDIAÇÃO atividade técnica exercida
por terceiro imparcial sem
poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas
partes, as auxilia e estimula
a identificar ou desenvolver
soluções consensuais para a
controvérsia”.
PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO
 A Lei 13.140/2015 (Lei da Mediação), estabelece no art. 2º os seguintes princípios:
 => imparcialidade do mediador,
 => isonomia entre as partes,
 => oralidade,
 => informalidade,
 => autonomia da vontade das partes,
 => busca do consenso,
 => confidencialidade
 => boa-fé.
 Estes princípios também são abordados pelo Código de Processo Civil, no seu art. 166, e
estão no art. 1º do Código de Ética dos Mediadores.
 Fonte: https://jus.com.br/artigos/84476/mediacao-historico-conceito-e-principios
 Escuta ativa: é uma técnica na qual passamos a prestar mais
atenção ao que o outro tem a dizer;
 Parafraseamento: Também chamada de recontextualização,
essa técnica é utilizada quando o mediador quer que as partes
vejam a disputa por outro ponto de vista.
 Rapport: é uma das principais técnicas utilizadas na mediação,
Técnicas de pois é ela que consegue criar empatia entre as partes e também
um maior vínculo com o mediador, fazendo que os participantes
mediação confiem nele para guiar a mediação.
 Caucus: o mediador se reúne, de forma privada, com cada uma
das partes, com sessões de mesma duração e uma logo após a
outra.
 Brainstorming: significa, ao pé da letra, tempestade de ideias e
tem a ver com a questão de dar a autonomia necessária às
partes.
Existe
diferença?
A arbitragem é um meio privado
de solução de conflitos. Ela pode
ser usada para resolver problemas
jurídicos sem a participação do
Poder Judiciário, ou seja, sem
juízes. É um mecanismo
voluntário, ou seja, ninguém
poderá ser obrigado a se submeter
à arbitragem contra a sua vontade.
ARBITRAGEM  Fonte: https://ericaavallone.jusbrasil.com.br/artigos/307533197/o-
que-voce-precisa-saber-sobre-arbitragem

Caracterizada pela informalidade,


embora com um procedimento
escrito e com regras definidas por
órgãos arbitrais e/ou pelas partes, a
arbitragem costuma oferecer
decisões especializadas.
 Processo, em regra, vinculante, em que ambas as partes são colocadas
diante de um árbitro ou um grupo de árbitros. Como regra, ouvem‑se
testemunhas e analisam‑ se documentos. Os árbitros estudam os
argumentos dos advogados antes de tomarem uma decisão. Usualmente,
em razão dos custos, apenas causas de maior valor em controvérsia são
submetidas à arbitragem e os procedimentos podem durar diversos meses.
 Apesar de as regras quanto às provas poderem ser flexibilizadas, por se tratar
CARACTERÍSTICAS de uma heterocomposição privada, o procedimento se assemelha, ao
menos em parte, por se examinarem fatos e direitos, com o processo
DA judicial.
ARBITRAGEM  A característica principal da arbitragem é sua coercibilidade e capacidade
de pôr fim ao conflito. De fato, é mais finalizadora do que o próprio
processo judicial, porque não há recurso na arbitragem. De acordo com a
Lei n. 9.307/96, o Poder Judiciário executa as sentenças arbitrais como se
sentenças judiciais fossem. Caso uma das partes queira questionar uma
decisão arbitral devido, por exemplo, à parcialidade dos árbitros, uma
demanda anulatória deve ser proposta (e não um recurso).
 Fonte: Manual Mediação – CNP – 6ª edição.
 Podem ser solucionados pela arbitragem questões relativas a
direitos que tenham valor econômico e que possam ser
comercializados ou transacionados livremente por seus donos.
Que problemas  Por isso, a separação de um casal ou a disputa pela guarda dos
filhos, por exemplo, não podem ser submetidas à arbitragem.
podem ser Da mesma forma, as questões criminais ou ligadas a impostos
solucionados por também não podem ser discutidas por arbitragem.
arbitragem?  Problemas advindos de contratos em geral (inclusive de
sociedade) ou casos que envolvam a responsabilidade civil,
como acidentes, podem ser solucionados por arbitragem.
 Direitos do consumidor e relacionados a vizinhança também
podem.
 Fonte: https://ericaavallone.jusbrasil.com.br/artigos/307533197/o-que-voce-precisa-saber-sobre-arbitragem
 A)Devido processo legal arbitral;

 B) princípio do contraditório;
Arbitragem
 C) Princípio da ampla defesa;
Lei 9307/96
 D) Princípio da confiabilidade;

Princípios:
 E) Princípio da disponibilidade;

 F) Princípio da Paridade
 Observação: condições da ação.
 Os instrumentos que podem ser utilizados para escolher a arbitragem são:
 A cláusula compromissória ou
 Compromisso arbitral
 A cláusula compromissória está inserida em um contrato, sendo
redigida antes do início do conflito. Já o compromisso arbitral é um contrato
próprio para escolher a arbitragem, redigido após o surgimento do conflito.
Como escolher a Esses dois instrumentos possuem os mesmos efeitos: levam as partes à
arbitragem e excluem a participação do Poder Judiciário, desde que a escolha
arbitragem? tenha sido feita livremente por todos os envolvidos.
 Portanto, ninguém pode ser obrigado a assinar um compromisso arbitral ou
um contrato que contenha uma cláusula compromissória.
 Contudo, se os envolvidos já fizeram, livremente, a opção pela arbitragem, no
passado, não poderão mais voltar atrás no futuro e desistir da arbitragem,
caso surja algum conflito. Havendo uma cláusula compromissória ou um
compromisso arbitral firmados voluntariamente, não será possível recorrer ao
poder Judiciário. Somente será possível reclamar ao juiz se tiver ocorrido uma
violação grave do direito de defesa e em outras situações muito limitadas.
 Fonte:https://ericaavallone.jusbrasil.com.br/artigos/307533197/o-que-voce-precisa-saber-sobre-arbitragem
 As sentenças arbitrais estão equiparadas às decisões proferidas
pelos órgãos do Poder Judiciário e não estão sujeitas a qualquer
tipo de homologação deste, tampouco se submetem a revisão pelo
órgão estatal, salvo em casos de nulidade expressamente previstos
em Lei.
É importante dizer que as sentenças arbitrais põem fim ao
A sentença procedimento arbitral, tornando-se imutáveis. Aos árbitros é
vedado rever as sentenças, pois, uma vez proferidas, dá-se por finda
arbitral a arbitragem.
O único “recurso” admitido para alteração da sentença arbitral é o
pedido de revisão, que se equipara aos Embargos de Declaração e
não visa alterar o mérito do julgado.
Estas peculiaridades da arbitragem precisam ser conhecidas e
explicadas ao cliente, para que ele esteja ciente de que não há como
rever uma sentença arbitral contrária aos interesses dele.
 Fonte: https://www.aurum.com.br/blog/arbitragem-no-direito-societario/
CONCEITOS
“é um conjunto de  ”objetiva equacionar
medidas que são tomadas interesses e buscar
com o intuito de solucionar soluções a partir de uma
situações em que duas ou situação de conflito para
mais pessoas discordam formalizar uma decisão de
em relação a algum consenso que pressupõe a
NEGOCIAÇÃO aspecto específico do
negócio.”
co-responsabilidade pelos
seus resultados.”
Os 4 princípios para uma
negociação efetiva segundo
Harvard

Eleja critérios
Separe as pessoas do
problema objetivos como
bases da negociação

Crie, invente, e
Foque desenvolva formas
nos interesses e criativas de
não na sua posição resolução para o
conflito

https://wevertonayres.jusbrasil.com.br/artigos/676118338/os-4-principios-para-uma-negociacao-efetiva-segundo-harvard
 São quatro os tipos:

 Ganha – Ganha
Tipos de
 Ganha – Perde
negociação
 Perde – Ganha
 Perde – Perde
 Habilidade no relacionamento
 Mostrar pontos fortes e não deixar transparecer as fraquezas; ser firme, porém
simpático; observar as características da outra parte e ir desenvolvendo os
CARACTERÍSTICAS próprios argumentos em função dessa percepção; saber ouvir e colocar-se no
lugar da outra parte; ser flexível e criar um clima de cooperação.
FUNDAMENTAIS  Táticas de negociação
DO NEGOCIADOR  Nunca chegar a uma negociação de improviso e sim planejar, conduzir e
controlar a negociação; conhecer algumas estratégias de argumentação e de
sensibilização da outra parte; fazer algumas concessões se elas forem
necessárias para superar impasses, para isso privilegiar a causa e não o duelo
pessoal; nunca usar a coerção.
 Conhecimento do negócio
 Ter o máximo de informações acerca do assunto a ser negociado, de modo a
não ser pego de surpresa com argumentos que não poderá rebater.
 Fonte: https://www.abrhrs.org.br/noticia/negociacao-e-gestao-de-conflitos
TEMAS PARA A2 - ESTUDO EM GRUPO
EQUIPE 1 – CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO – CONCEITO – CONFLITOS APLICÁVEIS –
TÉCNICAS

EQUIPE 2 – MEDIAÇÃO – CONCEITO – CONFLITOS APLICÁVEIS – TÉCNICAS

EQUIPE 3 – ARBITRAGEM – CONCEITO – CONFLITOS APLICÁVEIS – TÉCNICAS

EQUIPE 4 – NEGOCIAÇÃO – CONCEITO – CONFLITOS APLICÁVEIS – TÉCNICAS

EQUIPE 5 – DIFERENÇAS ENTRE A ATUAÇÃO DO CONCILIADOR, MEDIADOR, ÁRBITRO


E NEGOCIADOR

EQUIPE 6 – CONFLITOS NO ÂMBITO FAMILIAR

EQUIPE 7 – CONFLITOS NO ÂMBITO DO TRABALHO - COMPLIANCE


FORMATO DA QUESTÃO A2
“Várias são as formas de definição e conceituação dos conflitos, que vêm sendo entendidos como uma
divergência, um desentendimento ou luta expressa, estabelecida entre duas ou mais pessoas que mantém
relação de dependência entre si, que percebem que se encontram (ou parece que se encontram com) falta
de (ou limitação do acesso aos) recursos, metas ou objetivos contrapostos que se obstaculizam entre
si.”(PASSOS, Célia. Teoria dos Conflitos. 2014. Disponível em:
http://www.isaconsultoria.com.br/media_upload/Teoria%20do%20Conflito%20_% 20Texto%20Celia
%20Passos.5c7430ccc0610.pdf )

Com relação à compreensão do conflito, assinale a alternativa CORRETA:


a) O conflito deve ser compreendido como um processo exclusivamente jurídico.
b) A moderna teoria do conflito concebe o conflito como um fenômeno natural na relação de quaisquer
seres vivos e considera a possibilidade de o conflito ser visto de forma positiva..
c) A compreensão do conflito passa apenas pelas áreas de conhecimento psicológica e sociológica.
d) O conflito é um fenômeno negativo nas relações sociais que proporciona perdas para duas pessoas
envolvidas, não sendo compreendido como conflito quando envolve um grupo de pessoas.
e) O conflito é entendido como proliferador de discórdia na sociedade, não trazendo qualquer benefício,
e por isso deve ser abordado como algo nocivo à evolução social.
DINÂMICA DE GRUPO
Vocês deverão construir uma questão nos moldes da acima
mostrada, usando autores que encontrem as obras no
minhabiblioteca, artigos jurídicos e slides de aulas.
Vocês terão 30 minutos.
Depois trocaremos as questões e outro grupo irá responder
(30 minutos)
Em seguida, cada grupo responderá a questão que recebeu,
justificando quais alternativas estão corretas e incorretas.

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