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Metodologia de Pesquisa e

Elaboração de Artigos Acadêmicos

Sérgio Migowski

1
Tópicos
 A pesquisa: conceitos e definições
 Tipos de pesquisa
 Etapas da Pesquisa Científica
 O Primeiro Projeto de Pesquisa
 Exemplos

2
A Pesquisa: Conceitos e Definições
O que é pesquisa?
 “Pesquisar, significa, de forma bem simples, procurar respostas para
indagações propostas (Silva e Menezes, 2001).”
“Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada,

desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia


consagradas pela ciência (Ruiz, 1991).”
“A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, através do

emprego de processos científicos (Gil, 2008).”


“Pesquisa científica é um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados

no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para os


problemas propostos mediante o emprego de métodos científicos (Andrade,
2001).”

CUIDADO! EVITE!
apud – Ap. ou ap., citação de segunda mão (junto a, de acordo com, segundo,
citado por) – serve para indicar que o trecho transcrito não foi colhido
diretamente na obra do autor citado, mas na de um terceiro 3
A Pesquisa: Conceitos e Definições
 Finalidades (Andrade, 2001):
 Pesquisa pura (básica): satisfação do desejo de adquirir conhecimentos, sem
que haja uma aplicação prática prevista
 Pesquisa aplicada: os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação
prática voltados para a solução de problemas concretos da vida moderna
 Tipos de pesquisa, classificados segundo:
 A área da ciência
 A natureza
 Aos objetivos
 Aos procedimentos
 Ao objeto
 A forma de abordagem

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Tipos de Pesquisa
 Classificação quanto:
 À área da ciência
 Aos procedimentos
 Pesquisa teórica Pesquisa de campo
 Pesquisa metodológica Pesquisa de fonte de papel
 Pesquisa empírica ◦ Ao objeto
 Pesquisa prática Pesquisa bibliográfica
 À natureza
Pesquisa de laboratório
 Trabalho científico original
Pesquisa de campo
 Resumo de assunto
 Aos objetivos
 Pesquisa exploratória À forma de abordagem
 Pesquisa descritiva Pesquisa quantitativa
 Pesquisa explicativa Pesquisa qualitativa

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Tipos de Pesquisa
 Quanto à ciência
 Pesquisa teórica – dedicada a estudar teorias
 Pesquisa metodológica – ocupa-se dos modos de fazer ciência
 Pesquisa empírica – dedicada a codificar a face mensurável da realidade social
 Pesquisa prática – voltada para intervir na realidade social (pesquisa-ação)
 Quanto à natureza
 Trabalho científico original – pesquisa realizada pela primeira vez e que
contribui para a evolução do conhecimento da ciência
 Resumo de assunto – dispensa a originalidade, sem contudo, abrir mão do
rigor científico

6
Tipos de Pesquisa
 Quanto aos objetivos
 Pesquisa exploratória (CUIDADO!)
 Proporcionar maior familiaridade com o problema
 Levantamento bibliográfico ou entrevistas
 Pesquisa bibliográfica ou estudo de caso
 Pesquisa descritiva
 Fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem
interferência do pesquisador
 Uso de técnicas padronizadas de coleta de dados (questionário e observação
sistemática)
 Pesquisa explicativa
 Identificar fatores determinantes para a ocorrência dos fenômenos
 Ciências naturais – método experimental; ciências sociais – método observacional
7
Tipos de Pesquisa
 Quanto à forma de abordagem
 Pesquisa quantitativa
 Traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e
analisadas
 Utilizam-se técnicas estatísticas
 Pesquisa qualitativa
 É descritiva
 As informações obtidas não podem ser quantificáveis
 Os dados obtidos são analisados indutivamente
 A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa

8
Etapas de uma pesquisa
• Escolha do tema
• Revisão de literatura
• Justificativa
• Formulação do problema
• Determinação de objetivos
• Metodologia
• Coleta de dados
• Tabulação dos dados
• Análise e discussão dos resultados
• Conclusão da análise dos resultados
• Redação e apresentação do trabalho científico

9
Etapas de uma pesquisa
• Escolha do tema
 O que vou pesquisar?
 Um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou
desenvolver
 Assunto interessante para o pesquisador
 Originalidade não é pré-requisito
 Fontes de assuntos: vivência diária, questões polêmicas, reflexão, leituras,
conversações, debates, discussões
• Revisão de literatura
 Quem já pesquisou algo semelhante?
 Busca de trabalhos semelhantes ou idênticos
 Pesquisas e publicações na área

10
Etapas de uma pesquisa
• Justificativa
 Por que estudar esse tema?
 Vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar
 Importância pessoal ou cultural
 Deve ser convincente
• Formulação do problema
 Que respostas estou disposto a responder?
 Definir claramente o problema
 Delimitá-lo em termos de tempo e espaço
• Determinação de objetivos
 O que pretendo alcançar com a pesquisa?
 Objetivo geral – qual o propósito da pesquisa?
 Objetivos específicos – abertura do objetivo geral em outros menores (possíveis
capítulos)
11
Etapas de uma pesquisa
• Metodologia
 Como se procederá a pesquisa?
 Caminhos para se chegar aos objetivos propostos
 Qual o tipo de pesquisa?
 Qual o universo da pesquisa?
 Será utilizada a amostragem?
 Quais os instrumentos de coleta de dados?
 Como foram construídos os instrumentos de pesquisa?
 Qual a forma que será usada para a tabulação de dados?
 Como interpretará e analisará os dados e informações?
 Explicitar a metodologia de pesquisas de campo ou de laboratório é
bastante importante
 Pesquisa bibliográfica – leitura como material primordial
 Indicar como pretende acessar suas fontes de consulta, fichá-las,
lê-las e resumi-las, construir seu texto, etc.
12
Etapas de uma pesquisa
• Metodologia (cont.)
Universo da Pesquisa – total de indivíduos que possuem as mesmas características
definidas para um determinado estudo
Amostra – parte do universo
Instrumentos de Pesquisa – instrumentos de medidas ou instrumentos de coleta de
dados. Uso de bibliografias que orientem escolhas.
Instrumentos de pesquisa mais utilizados:
 Observação
 Entrevista
 Questionário – perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha
 Formulários

13
Etapas de uma pesquisa
• Coleta de dados
 Como será o processo de coleta de dados?
 Como? Através de que meios? Por quem? Quando? Onde?
 Paciência
• Tabulação dos dados
 Como organizar os dados obtidos?
 Recursos: índices, cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos
• Análise e discussão dos resultados
 Como os dados coletados serão analisados?
 Confirmar ou refutar hipótese anunciada
• Conclusão da análise dos resultados
 Sintetizar os resultados obtidos
 Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo
 Indicar as limitações e as reconsiderações
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Etapas de uma pesquisa
• Conclusão da análise dos resultados (cont.)
 Apontar a relação entre fatos verificados e teoria
 Contribuição da pesquisa para o meio acadêmico, empresarial ou
desenvolvimento da ciência e tecnologia
 ATENÇÃO – Volte aos objetivos específicos: Você os atingiu? Justifique
quando não o fez (descreva as limitações) ou os altere.
• Redação e apresentação do trabalho científico
 Redigir relatório de pesquisa: monografia, dissertação ou tese
 Segundo normas pré-estabelecidas

15
O que é, afinal, TCC I
(Projeto, Seminário, etc) e
TCC II (TCC)?

16
Planejamento da
METODOLOGIA DE PESQUISA
EM ADMINISTRAÇÃO e TPG pesquisa

TCC I Desenvolve o referencial


teórico

Realiza a pesquisa –
TCC II apresenta/analisa os dados e
constatações/considerações
finais.

17
METODOLOGIA DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO

COMPETÊNCIAS/OBJETIVOS

• Contextualizar a PROBLEMÁTICA A SER ESTUDADA,


deixando claras as questões de pesquisa, os objetivos e a
justificativa do estudo;
• Planejar um REFERENCIAL TEÓRICO adequado a
temática estudada no projeto;
• Identificar os MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
adequados para o levantamento e análise/interpretação de
dados, baseados em modelos qualitativos e quantitativos.

18
METODOLOGIA DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO

COMPETÊNCIAS/OBJETIVOS

• Elaborar projetos que contemplem os métodos e


procedimentos adequados ao desenvolvimento de
pesquisas na área da administração, obedecendo as
Normas ABNT vigentes;
• Identificar as melhores alternativas para a análise e
apresentação dos dados coletados em pesquisas;
• Apresentar publicamente as propostas de pesquisa,
demonstrando segurança e conhecimento quanto às
escolhas metodológicas adotadas.

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TRABAHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCCI

COMPETÊNCIAS/OBJETIVOS

• DESENVOLVER UM REFERENCIAL TEÓRICO


adequado à temática estudada no projeto, obedecendo as
Normas ABNT vigentes.

• Apresentar os MÉTODOS E PROCEDIMENTOS,


REVISADOS, quanto ao planejamento da pesquisa que
será utilizado no TC II.

• Apresentar publicamente o TCC I, destacando a definição


do problema, questões de pesquisa, objetivos gerais e
específicos, justificativa, principais autores do referencial
teórico, métodos e procedimentos.
20
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II
COMPETÊNCIAS/OBJETIVOS

• Apresentar a problemática a ser estudada, deixando clara a


definição do problema, a questões de pesquisa, os objetivos e
a justificativa do estudo realizado;
• Apresentar referencial teórico atualizado e adequado à
temática estudada no trabalho;
• Apresentar detalhadamente os métodos e procedimento de
pesquisa utilizados no estudo;
• Demonstrar conhecimento e reflexão, através da qualidade
textual e criatividade na elaboração da monografia,
principalmente na apresentação e análise dos dados coletados
em pesquisas, obedecendo a ABNT vigente.
• Apresentar publicamente o TCC realizado, demonstrando
conhecimento sobre o estudo desenvolvido.
21
TCC (MONOGRAFIA) = TRABALHO CIENTÍFICO

O QUE É UMA MONOGRAFIA?

MONOGRAFIA

Monos + Graphein
(um só) (escrever)

Redação a respeito de um assunto único

Os trabalhos científicos devem ser: Inéditos ou originais;


proporcionar ampliação do conhecimento, proporcionar a
compreensão de certo problema; servir como modelo e utilizar
métodos científicos.
22
PESQUISA CIENTÍFICA

Procedimento formal, com


método de pensamento
reflexivo, que requer um
tratamento científico e se
constitui no caminho para se
conhecer a realidade ou para
descobrir verdades parciais
(LAKATOS & MARCONI, 2002).

23
DIFERENÇAS
PROJETO DE PESQUISA E A MONOGRAFIA (TCC)

Projeto = Planejamento Monografia = Realizado


1 - Definição do problema
1 - Definição do problema
2 - Objetivos: Geral e
2 - Objetivos: Geral e
específicos
específicos
3 - Justificativa
3 - Justificativa
4 - Revisão da Literatura
4 - Revisão da Literatura
5 - Método
5 - Método
6 - Resultados - apresentação e
6 - Cronograma
análise dos dados.
7 - Bibliografia
7 - Conclusão - sugestões à
8 - Anexos
organização, avaliação dos
resultados alcançados.
8 - Bibliografia
9 - Anexos
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PROJETO DE PESQUISA

DEVE RESPONDER AS TRÊS PERGUNTAS BÁSICAS:

• Problema
O QUÊ ? • Objetivos geral e específico

POR QUÊ? • Justificativa

COMO? • Metodologia

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Etapas do Projeto
de Pesquisa
 Cronograma e Orçamento

 Método para coleta e análise dos dados

 Fundamentação Teórica

 Delimitação do Tema, Problema de


Pesquisa e Questão Norteadora,
Objetivos Geral e Específicos,
Justificativa

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DELIMITAÇÃO DO TEMA/ ASSUNTO
4 Deve ser direcionado para uma pesquisa científica.

4 Relevante para a área, envolvendo disciplinas do


curso.

4 Oferece dados e informações novas.

4 Viável, considerando o acesso às informações/dados.

4 Traz segurança para o pesquisador.

4 Considerar o limite de tempo, custo, bibliografia e


orientação para o estudo.

4 Seja de interesse da organização-alvo do estudo,


do orientador, mas principalmente, do seu interesse.

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Metodologia = Como?

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
- Delineamento da pesquisa
- Definição da área ou população-alvo/amostra, ou unidade
de análise
- Técnicas de Coleta de Dados
- Técnicas de Análise de Dados
- Limitações do Estudo (incluindo Limitações do Método)

28
Delineamento da Pesquisa

Método - Qualitativo e/ou Quantitativo

Níveis de Pesquisa/Estudo - Exploratório, Descritivo ,


Explicativo

Estratégia de Pesquisa/Delineamento - Pesquisa Bibliográfica,


Pesquisa Documental, Pesquisa Experimental, Levantamento
(Survey), Estudo de Campo, Pesquisa-Ação, Estudo de Caso.

29
PESQUISA CIENTÍFICA - NÍVEIS DE PESQUISA
Pesquisa Exploratória
 Objetiva proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de
determinado fato.
 Tema escolhido pouco explorado, podendo ser uma primeira etapa de
estudo.

Pesquisa Descritiva
 Objetiva descrever características de determinada população ou
fenômeno ou o estabelecimento de relação entre as variáveis.

Pesquisa Explicativa
 Objetivam identificar fatores que determinam ou contribuem para a
ocorrência dos fenômenos.
 Tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois
explica a razão e o porquê das coisas.

30
Tá perdido (a) ainda?

31
Vamos mastigar as partes mais
duras e melhorar essa carinha!

32
Puxa! Tô mais aliviado!

33
DEFINIÇÃO

DO PROBLEMA DE

PESQUISA

34
Definição da Situação Problemática
Caracterização da organização, historiando sua evolução a apresentando
dados sobre sua situação atual.(VER DICAS PRÓX. SLIDE)

Caracterizar o ambiente (mercado).

Historiar os antecedentes do problema, referindo suas causas, se possível.

Apresentar evidências sobre os efeitos do problema em aspectos da


organização.

Identificar para quem a situação representa problema (direção da


organização, um ou mais departamentos ou seções).

Estabelecer o foco do projeto e seus limites (de que ângulo, sob que
perspectiva deseja tratar o problema).

INSERIR A QUESTÃO DE PESQUISA NO FINAL DO TEXTO


Fonte: ROESCH, Sylvia. Projetos de Estágio do Curso de Administração -guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso.
2a. ed. São Paulo : Atlas, 1999.
35
Caracterização da Organização e do Ambiente

Pode incluir:
história da Organização;
data de fundação;
modificações de natureza jurídica ou propriedade;
nacionalidade;
número de estabelecimentos;
filiais;
faturamento;
número de funcionários;
linha de produtos/serviços;
clientes;
mercados em que atua
outras informações...

36
Objetivos do Projeto

• Objetivos:
- “alvo ou desígnio que se pretende
atingir” (Dicionário Aurélio, 1986);
- fixam padrões de sucesso pelos
quais o trabalho será avaliado;
- levam o autor do estudo a perceber
as etapas contidas em seu trabalho.

37
Objetivos como padrão de
sucesso
• Formular objetivos-meios;

• Formular objetivos realistas;

• Negociar seus interesses com os da


organização alvo (dica para facilitar
seu acesso aos dados e às pessoas).
38
- OBJETIVOS GERAL – Propósito do trabalho

- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Operacionalizam/especificam o modo como se


pretende atingir o objetivo geral.

• Não devem especificar o tipo de dado que vai ser


levantado, ou a amostra que vai ser utilizada (estes
itens fazem parte da metodologia do trabalho).

• A redação de objetivos deve ser clara (sentenças


curtas e claras).

39
EXEMPLOS:
QUESTÃO DE PESQUISA
Qual a influência da moda no design de calçados da Empresa Atelier de
Modelagem Cecconello, destinados ao mercado externo?
Objetivo Geral: Analisar a influência da moda no design de calçados da
Empresa Atelier de Modelagem Cecconello, destinados ao mercado externo.
Objetivos Específicos:
- Apresentar os principais estilistas/designers e eventos de moda realizados no
Brasil e no Exterior.
- Caracterizar a Empresa Atelier de Modelagem Cecconello.
- Apresentar as principais matérias-primas nacionais utilizadas na produção de
calçados da Empresa Atelier de Modelagem Cecconello.
- Comparar os processos de pesquisa no Exterior realizados para o
desenvolvimento do calçado, entre a Empresa e os principais designers da
região.
- Analisar a moda como um diferencial na criação do calçado da Cecconello
para exportação.

40
- Até que ponto a adoção de uma postura social por parte da
empresa Killing S/A Tintas e Solvente tem repercussão na melhoria
de sua imagem junto ao consumidor?

Objetivo Geral - Verificar se a adoção de uma postura social por


parte da empresa Killing S/A Tintas e Solvente tem repercussão
na melhoria de sua imagem junto ao consumidor
Objetivos Específicos
- Descrever as ações sociais desenvolvidas pela Empresa.
- Identificar o público-alvo atendido.
- Verificar se o cliente da Empresa tem conhecimento de sua atuação
na área social;
- Avaliar se a responsabilidade social é tida como um diferencial
competitivo que influencia no comportamento do cliente quanto a
escolha de compra.
Isis Godoy Hartmann (2002)

41
- Quais as diferenças nas estratégias de negociação
adotadas pela Springer Carrier, considerando a diferente
importância que cada fornecedor possui para a Empresa?

Objetivo Geral - Analisar as estratégias de negociação utilizadas


pela Springer com fornecedores que possuem grau de
importância diferente em relação ao negócio da Springer.

Objetivos Específicos
- Estudar bibliográficamente as estratégias e táticas de
negociação.
- Selecionar alguns fornecedores da Springer conforme seu
grau de importância.
- Identificar quais estratégias e téticas de negociação são
utilizadas pela Springer Carrier com seus fornecedores.
- Compar as estratégias e táticas que são utilizadas nas
negociações da Springer.
Luciano Alberto Silva dos Santos (2002)
42
Diante disto, cabe a questão: como métodos de capacitação de
enfermeiros e técnicos assistenciais ingressantes permitem manter a
qualidade do serviço assistencial em um ambiente de alta rotatividade?

◦ Objetivo Geral

O objetivo geral do trabalho consiste em analisar se métodos de capacitação de


enfermeiros e técnicos em enfermagem ingressantes permitem a manutenção
da qualidade do serviço de enfermagem prestado.

◦ Objetivos Operativos

• Identificar e descrever os métodos de capacitação, utilizados no hospital


selecionado, para os profissionais ingressantes da equipe de enfermagem;
• Analisar, de forma quali-quantitativa, o método atual de capacitação existente
na organização de saúde, comparando-o com o método anterior; e
• Verificar, através da triangulação das evidências encontradas, se os métodos
permitem a manutenção da qualidade do serviço de enfermagem prestado.
Migowski, 2011 – Dissertação de Mestrado

43
Justificativa

• Justificar é apresentar razões para a


própria existência do projeto.

- Importância
- Oportunidade
- Viabilidade

44
REVISÃO DA LITERATURA

O autor do projeto e o leitor tomam


conhecimento sobre o que já existe sobre
o assunto pesquisado, oferecendo
contextualização e consistência
à investigação (Vergara,1997).

 Permite que o autor tenha maior clareza quanto ao problema


 Sinaliza o melhor método para o estudo do problema
 É a sua luz que os dados coletados e tratados são interpretados

45
RECOMENDAÇÕES PARA LEITURA
EFICIENTE
Contato inicial com a obra:

- titulo obra, nome do autor, currículo,ler prefácio, ler


orelhas, ler índice/sumário,referências, edição e data.
Anotações da obra:

- Após este 1º contato é possível julgar se a


obra é interessante ou não.
- No caso de interesse comece as anotações, pois
o tempo é escasso.

46
RECOMENDAÇÕES PARA LEITURA
EFICIENTE
Leitura rápida:

- Procure identificar o plano da obra, deve ser veloz e sem


análise
Se a obra interessa, releia-a:

- De forma demorada, utilizar a ficha de leitura ( normas


ABNT ) e analisar o conteúdo
Revisão e Assimilação:

- Rever as anotações, repetir para si o aprendizado e não


decorar.

47
Exemplo de ficha de leitura
Ficha de Leitura e interpretação de Textos
 
 
Nome : ______________________________________ Data : __________
 
1 – Referência Bibliográfica sobre dados do autor e obra, segundo as normas da ABNT
 
2 -Levantamento dos principais conceitos (sublinhar no texto as palavras chaves e/ou as
frases chaves do texto e transcrevê-los. Ex: treinamento é um processo sistemático para
promover ...............).
 
3 - Interpretação pessoal (posicionamento crítico, opinião sobre o assunto).
 
 
48
Seu arquivo é em pdf?
Já ouviu falar em foxitreader?

https://www.foxitsoftware.com/pt-br/products/pdf-reader/

49
Resumo: é o trabalho condensado de um texto capaz de
reduzi-lo a seus elementos de maior importância

Ler todo o texto antes de resumir, esclarecendo o seu


conteúdo, sublinhando e fazendo anotações;
Ser breve e compreensível;
Percorrer as palavras sublinhadas e as anotações;
Transcrição textual, usar aspas e referenciar a obra;
No final, juntar idéias e críticas pessoais.

50
O que é importante na revisão da literatura...
• Buscar a definição clara dos conceitos-chave do projeto
• Não se deter a somente um ou dois autores: comparar visões diferentes
• Manter uma seqüência lógica na apresentação dos conteúdos;
• Criar subtítulos para diferenciar os assuntos tratados;
• Elaborar frases de ligação entre os assuntos e seções;
• Não deixar de abordar os aspectos-chave sobre o tema do trabalho;
• Não incluir textos que não estejam relacionados ao tema
(menos é MAIS);
• Utilizar as normas da ABNT;
• É FUNDAMENTAL e IMPRESCINDÍVEL citar cada autor
consultado !
OBS: A revisão não é uma mera cópia de textos. Eles
devem ser selecionados e apreciados pelo aluno,
que deve relacioná-los à temática em questão.
Roesch (1996)51
Para a Escolha dos Textos é importante...
QUESTIONAR:
• O texto é relevante para o assunto que estou interessado?
• O texto é escrito por autor conhecido, cujo trabalho é confiável?
• A fonte é confiável (periódico, congresso, Internet)?
• O texto está atualizado?

SUGESTÕES DE PERIÓDICOS PARA PESQUISA na Área da Gestão:


• Revista de Administração de Empresas - RAE e RAE Light, FGV
• Revista de Administração da USP (RAUSP)
• RAC - Revista de Administração Contemporânea
• RAP - Revista de Administração Pública
• Perspectiva Econômica - UNISINOS
• Anais de encontros da ANPAD (Associação Nacional dos Programas de
Pós-Graduação em Administração)

52
O Texto em um Trabalho Científico:
como deve ser apresentado ...
• Impessoal: Linguagem impessoal usando o presente do
indicativo. Ex: “Apresenta-se a seguir...”; “Espera-se que...”;
“Pretende-se alcançar”; “O presente trabalho” e não “o meu
trabalho”.
• Claro: evitar termos obscuros, linguagem vulgar, especificar
os termos, evitar reticências ou “meias-palavras”.
• Preciso: evitar termos imprecisos como: “muitos”, “alguns”,
“pequenos”, “certos” colocando dados e valores em seu lugar.
• Conciso: ser objetivo: cada frase envolve uma ideia; evitar
longos períodos.
• Científico: relatar o método utilizado, fontes de dados
devidamente referenciadas.

53
NÃO HÁ CIÊNCIA SEM O EMPREGO
DOS MÉTODOS CIENTÍFICOS!!

Método: (do Aurélio) “Caminho para chegar a um fim”


Metodologia: “Estudo dos métodos, e, especialmente, dos métodos
das ciências”

MÉTODO é o conjunto das atividades sistemáticas e


racionais que, com maior segurança e economia, permite
alcançar o objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros -
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões dos cientistas (Lakatos e Marconi,
1991).
54
MÉTODO

O capítulo do método descreve COMO o projeto


será realizado.

Envolve definir:
 Delineamento da pesquisa: método a ser utilizado: estudo de caso,
pesquisa-ação, survey, etc. Será exploratória, descritiva, explicativa?
 Definição da área ou população-alvo:
Qual a unidade de análise? Ou: Qual a população e amostra? Será
pesquisado um departamento da empresa? A empresa como um todo?
Quem e quantas pessoas irão compor uma amostra?
 Plano de coleta de dados: entrevistas? Questionários? Observação?
Documentos?
 Plano de análise dos dados: análise de conteúdo de entrevistas,
textos? Utilização de estatística? Comparação? Relação entre variáveis?

Roesch
55
(1996)
O MÉTODO CIENTÍFICO

Como se constrói a Ciência?


Confrontando...

.... Teoria x realidade

Dois principais métodos (Ciências Sociais):

 Hipotético-dedutivo (quantitativo)
 Fenomenológico (qualitativo)

56
PESQUISA CIENTÍFICA: duas tradições em
ciência – positivismo e Fenomenológico

Paradigma Positivista -“A idéia básica do


positivismo é que o mundo social existe
externamente ao homem e que suas propriedades
devem ser medidas através de métodos objetivos”
(ROESCH, 1999, p. 122).

O método quantitativo enfatiza a utilização de


dados padronizados que permitem ao pesquisador
elaborar sumários, comparações e generalizações;
por isso mesmo, a análise de dados é baseada no
uso de estatísticas.
57
O MÉTODO CIENTÍFICO
O método fenomenológico (qualitativo)
“... Enquanto na pesquisa quantitativa o pesquisador parte
de conceitos a priori sobre a realidade, o pesquisador qualitativo sai a
campo não estruturado, justamente para captar as perspectivas e
interpretações das pessoas. Neste caso, a reflexão
teórica ocorre durante ou quase no final do processo
de coleta de dados” (Roesch, 1996 )

Indução, entender os fenômenos em particular, ir a


fundo na percepção e experiências dos indivíduos

Procura explorar os significados,


mais do que tentar criar
leis universais, sem muita
estruturação a priori.
58
O MÉTODO CIENTÍFICO

MÉTODO TÉCNICAS DE TÉCNICAS DE


(delineamento da pesquisa) COLETA DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS

PESQUISA QUANTITATIVA
- Entrevistas - Métodos estatísticos
- Pesquisa experimental
- Questionários (freqüência, correlação,
- Pesquisa survey (por
- Observação associação)
enquete)
- Testes
- Índices e relatórios

PESQUISA QUALITATIVA
- Entrevistas em - Análise de conteúdo
- Estudo de caso profundidade e outras técnicas de
- Pesquisa-ação - Observação participante análise qualitativa
- Pesquisa participante - Focus Group (grupo
focado)
- Textos, documentos
Elaborado com base em Roesch, 1996 e Hoppen,
59
1997.
Dica Valiosa para não chegar
assim no semestre do TCC!

60
Estudos de caso
• Estudo de um ou de poucos objetos.
• Pode ser estudo de caso único ou múltiplo, tendo como
unidade de análise um ou mais indivíduos, grupos,
organizações, eventos, países ou regiões.
• Estuda fenômenos em profundidade dentro de seu
contexto.
• É especialmente adequado ao estudo de processos.
• Explora fenômenos com base em vários ângulos.
• Pode ser utilizado em pesquisas exploratórias,
descritivas e explicativas.
Fontes: Yin (2001); Roesch (1999); Gil (1999).

61
Estudos de caso - Cuidados na Elaboração
• Rigor metodológico - Como não são definidos procedimentos
metodológicos rígidos, o pesquisador deve redobrar cuidados
tanto no planejamento, coleta e análise dos dados.

• Generalizações - A análise de um único ou múltiplos casos não


proporcionam conhecimentos precisos sobre uma população, mas
favorecem a expansão e generalizações de proposições teóricas.

• Tempo destinado à pesquisa - Mesmo considerados como estudos


aprofundados, o tempo destinado a coleta de dados pode ser mais
curto, sem prejudicar a consistência dos resultados analisados.
Fonte: Gil (1999).

62
Estudo de Caso
É um método de pesquisa qualitativa
É útil para estudar fenômenos complexos
Estuda situações de vida real
Envolve um estudo intensivo e descritivo de uma determinada realidade
Envolve uma análise histórica e contextual
O pesquisador procura não interferir na realidade pesquisada
Baseia-se em múltiplas fontes de evidências

(Baseado em Yin, 2001)

63
Características do Estudo de
Caso
É um método flexível, que pode ser utilizado tanto sob
um paradigma positivista, quanto interpretativista, ou
crítico
Pode utilizar tanto dados qualitativos (ponto forte) como
quantitativos
Pode ser usado tanto com finalidade exploratória, para
geração de hipóteses, quanto para prover explicações ou
testar hipóteses
Deve-se ter cuidado para aplicá-lo com rigor (algo que na
maioria das vezes não é feito)
(Dubé e Paré, 2003)

64
Desenvolvimento/
aperfeiçoamento
Etapas dos Estudos de Caso da teoria e do
modelo teórico
Definição do problema e da unidade de análise
Seleção do(s) caso(s): caso único representativo do
problema estudado, casos múltiplos com aspectos
diferentes
Definição do protocolo de pesquisa: tipos de dados, fontes,
técnicas de coleta, técnicas de análise
Estudo de caso: coleta dos dados, análise dos dados
(codificação, análise, triangulação)
Confronto com a teoria
Desenvolvimento das conclusões e do relatório

65
Coleta dos dados
Aspectos críticos da coleta de dados (qualitativos)
para garantir a confiabilidade e validade dos dados
são:
1. Tipos de dados – primários e secundários;
2. Fonte de dados – “de onde obtenho os dados?”
3. Triangulação de dados – utilização e análise de
dados de várias fontes
4. Técnicas de coleta – “qual a técnica a utilizar?”
5. Protocolo de pesquisa – “como organizar e controlar
a coleta dos dados?”

66
Fazendo pesquisa (Silverman, 2009)
qualitativa confiável
Critérios para avaliação da pesquisa
1 - Os métodos são adequados para a questão de pesquisa formulada?
2 – É clara a conexão com um corpo existente de conhecimento e teoria?
3 – Há relatos claros dos critérios usados para a seleção de casos para
estudo?

4 – A coleta dos dados e a manutenção dos registros foram sistemáticas?


5 – Foi feita referência aos procedimentos adotados para a análise dos dados?
6 – Quão sistemática foi a análise dos dados? Há clareza sobre como temas,
conceitos e categorias derivaram dos dados?

7 - Há uma discussão adequada das evidências PRÓ e CONTRA os


argumentos do pesquisador?

8 – Há uma distinção clara entre os dados e sua interpretação?


67
Buscando a confiabilidade
Confiabilidade trata de replicabilidade
É necessário que o pesquisador documente cuidadosamente os
procedimentos que adotou
Usar descritores de baixa inferência – preservando a voz e os pontos de
vista dos pesquisados (Thick Description – ver Walsham, 1993)
Se possível, mais de um analista deve ser envolvido na coleta e na
análise de dados qualitativos
Gravação de entrevistas, transcrição literal e cuidadosa, apresentar
extratos das falas e explicitar à quais perguntas correspondiam
Sinalizar quando a interpretação é do pesquisado (êmico) ou do
pesquisador (ético)
(Silverman, 2009)
68
Buscando a confiabilidade
Quadro 14: Elementos a serem reportados em relação ao processo de pesquisa
-Casos ou locais de pesquisa escolhidos e razões da escolha
Descrição -Número de pessoas entrevistadas
do processo -Detalhes sobre as pessoas entrevistadas (nível hierárquico, formação
de coleta de profissional, etc.)
dados - Outras fontes de dados acessadas
- Período no qual a pesquisa foi realizada
Descrição - Como os dados de campo foram registrados
do processo - Como os dados foram analisados
de análise - Como ocorreu a interação entre os dados de campo e o referencial
dos dados teórico da pesquisa
FONTE: Walsham (1995)

69
Garantindo a validade
Comparar diferentes tipos de dados – triangulação (adiciona
rigor, amplitude, riqueza e profundidade aos dados);
Retornar os achados aos sujeitos pesquisados para validação;
Indução analítica – comparar casos, encontrar casos
desviantes, provar causa e efeito, hipóteses geradas a partir
dos dados
Tratamento abrangente dos dados, análises minuciosas, uso
de multimétodos (dados e análises quanti e quali), tabulação
dos dados, incidências, etc.

(Silverman, 2009)
70
Bibliografia utilizada – leia
mais
BENBASAT, I., GOLDSTEIN, D.K.; MEAD, M. The case research strategy in studies of information systems. MIS Quarterly, v.11, n.3,
September, p.369-386, 1987.
• BRESSAN, F. O Método do Estudo de Caso. Administração On Line – prática, pesquisa, ensino, v.1, n. 1, março 2000, 18p.
www.fecap.br/adm_online/art11/flavio.htm .
COLLIS, Hill, HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração. 2 ed. Porto Alegre : Bookman, 2005.
DUBÉ L.; PARÉ, G. Rigor in Information Systems Positivist Case Research:  Current Practices, Trends, and Recommendations. MIS
Quartely, Volume 27, Number 4, 2003.
EISENHARDT, Kathleen. Building Theories from Case Study Research. Academy of Management Review, 14 (4), 532-550, 1989.
• FREITAS, H. e JANISSEK, R. Análise Léxica e Análise de Conteúdo: Técnicas complementares, sequenciais e recorrentes para
exploração de dados qualitativos. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2000.
• HAMEL, J., DUFOUR, S., FORTIN, D. Case study methods. Newbury Park, CA: Sage, 1993.
• HARTLEY, Jean F. Case studies in organizational research. In: CASSELL, C. e SYMON, G. (Ed.). Qualitative methods in organizational
research: a practical guide. London: Sage, 1994.
• GOODHUE, Dale L. et al. Strategic data planning: lessons from the field. MIS Quarterly, 16 (1), 11-34, 1992.
• KVALE, S. Inter Views: An introduction to qualitative research interviewing. Thousand Oaks, CA: Sage. 1996.
• LEE, T.W. Using Qualitative Methods in Organizational Research. Thousand Oaks, CA: Sage, 1998
SACCOL, Amarolinda Zanela . Um retorno ao básico: compreendendo os paradigmas de pesquisa e sua aplicação na pesquisa em
Administração. Revista de Administração da UFSM, v. 2, p. 277-300, 2009.
SILVERMAN, D. Interpretação de dados Qualitativos: métodos para análise de entrevistas, textos e interações. 3ª. Ed. Porto Alegre:
Artmed, 2009 – capítulos 1, 2 e 8.
YIN, Robert. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001, p. 19-37
WALSHAM, G. Interpreting Information Systems in Organisations. West Sussex: John Wiley&Sons, 1993, 257 p.
WALSHAM, Geoff. Interpreting case studies in IS research. European Journal of Information Systems, vol. 4, no. 2, p. 74-81, 1995.

71
Estudos de campo
 Procura muito mais o aprofundamento da questão proposta
do que a distribuição das características da população
segundo determinadas variáveis.

 Maior flexibilidade no planejamento, aceitando inclusive, a


reformulação de objetivos ao longo do processo de pesquisa.

 Estuda um único grupo ou comunidade em termos de


estrutura social, ressaltando-se a interação entre seus
componentes.
Fonte: Gil (1999).

72
Levantamentos (Surveys)
• Interrogação direta das pessoas.
• Coletam-se informações de um grupo significativo de
pessoas acerca do problema estudado.
• Mediante análise quantitativa, obtém-se as conclusões
correspondentes aos dados coletados.
• Censo - Informações de todos os integrantes do universo
pesquisado (população).
• Amostra - As conclusões obtidas com as informações da
amostra são projetadas para a totalidade do universo
estudado.
Fonte: Gil (1999, 2002)

73
Levantamentos - Vantagens e Limitações
Vantagens
• Conhecimento direto da realidade
• Economia e rapidez
• Quantificação

Limitações
• Ênfase nos aspectos perspectivos
• Pouca profundidade no estudo da estrutura e do
processos sociais
• Limitada apreensão do processo de mudança
Fonte: Gil (1999, 2002)

74
Pesquisa Bibliográfica

Abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação


ao tema de estudo.

Publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,


pesquisas, monografias, teses, material cartográfico,
meios de comunicação orais (rádio, gravações em fitas
magnéticas e audiovisuais, incluindo filmes e televisão).

75
Pesquisa Documental

• Utiliza materiais que não receberam tratamento


analítico, ou que podem ser reelaborados de
acordo com os objetivos da pesquisa.

• Documentos oficiais, reportagens de jornal,


cartas, contratos, diários, filmes, fotografias,
gravações, relatórios de pesquisa, relatórios de
empresas, tabelas estatísticas etc.

76
Pesquisa-Ação
• Envolve descrições e teorias num contexto/situação prática,
realizando ações de intervenção no ambiente estudado.

• Estrutura basicamente em quatro fases:


– Fase exploratória - diagnóstico para identificar os problemas,
as capacidades de ação e de intervenção na organização;
– fase de pesquisa aprofundada - coleta de dados;
– fase de ação - planejamento e execução das ações, levantadas a
partir das discussões com os participantes do projeto;
– fase de avaliação - feedback e redirecionamento das ações.
Fonte: Thiollent (1997); Macke (2002).

77
Pesquisa Experimental
 Pesquisas empíricas que objetivam testar as relações de
causa-efeito (verificar a diferença numa situação).
 Apresentam basicamente dois grupos:
 Grupo experimental
 Grupos de controle
 Para ser considerada experimental, deve:
 ter os sujeitos da pesquisa alocados aleatoriamente para
comporem grupos denominados experimental e de controle;
 ser submetidos a algum tipo de influência;
 ter seus efeitos avaliados em condições de controle de observação.
Fonte: Gil (1999).

78
Sumário
Mensuração e escala
Questionário

79
Introdução
A mensuração é um aspecto importante na administração.
◦ Supervisores medem desempenho, motivação, rotatividade, entre outros
índices.
◦ Contadores medem lucros e prejuízos, passivo e ativo, depreciação, etc.
◦ Profissionais do marketing medem percepções dos clientes em relação a
marca, qualidade, preferência, satisfação ...

Tudo para melhorar suas decisões.

80
Mensuração
 A mensuração é realizada através de escalas.
 Uma escala é um instrumento de mensuração que pode ser distinto
ou contínuo:
◦ Distinto: mede direção
 Ex: sim/não; se gosta ou não; se concorda ou não

◦ Contínua: mede direção e intensidade


 Ex: se concorda ou não em escala que pode variar de 3 a 10 pontos.

81
Quatro Níveis de Mensuração:
Escala Nominal

Escala Ordinal

Escala Intervalar

Escala de Razão

82
Quatro Níveis de Mensuração:
 Escala Nominal – números como rótulos para identificação
e classificação. Baixa precisão;
◦ Ex: Você esta satisfeito com o atendimento no Samouel’s Greek ?
( ) sim ( ) não

 Escala Ordinal – permite um ranqueamento para


determinar se um objeto tem mais ou menos
características do que um outro. Não determina a
intensidade dessa diferença;
◦ Ex: Considerando suas visitas a restaurantes no último mês, classifique os seguintes
atributos de 1 a 4, sendo 4 a razão mais importante. Atribua números diferentes a cada
item.
Qualidade da comida ( )
Ambiente ( )
Preços ( )
Funcionários ( )

83
Quatro Níveis de Mensuração:
 Escala Intervalar – números classificam objetos e
permitem a comparação entre eles. Permite a
correlação de Pearson;
◦ Ex:
Discorda Discorda Não concorda nem Concorda Concorda
totalmente discorda totalmente

O restaurante Samouel’s é um lugar


divertido 1 2 3 4 5

 Escala de Razão – Parte de um ponto zero. Alto nível


de mensuração
◦ Ex: Quantas pessoas vivem em sua economia doméstica.

84
Escalas Métricas e Não-
Métricas:
 Métrica: normalmente chamadas de quantitativas. São as escalas
intervalares e de razão.
◦ EX: Likert, escalas numéricas, diferencial semântica, classificação gráfica.

 Não Métrica: normalmente chamadas de qualitativas. São as escalas


nominais e ordinais.
◦ Ex: Categóricas, ranqueamento, sorting, soma constante, comparação em
pares.

85
Escalas Métricas
De classificações somadas/Likert - quanto mais pontos, maior
precisão;

Numérica – números como opções de resposta ;

Diferencial Semântica – uso de âncoras finais bipolares


(cordial/rude) de 5 e 7 pontos; e

Classificação Gráfica – mensuração em um contínuo em forma de


linha, com âncoras numeradas e nomeadas.
86
Escalas Não-Métricas
 Categórica – gênero, idade, nível de instrução;

 Ordem de ranqueamento – ordem de preferência, semelhança, importância


relativa em relação a outros atributos;

 Sorting – classifica objetos na ordem percebida;

 Soma constante – divisão de um valor total pela importância percebida;

 Comparação em pares – respondente escolhe o preferido dentre duas opções.

87
Desenvolvendo Escalas ...
Número de categorias – quanto maior o número de
categorias do nível de instrumento, maior a exatidão.
Depende do nível de instrução do respondente (ex. crianças);

Número de itens para mensuração de um conceito - autores


recomendam mínimo de 3, devendo representar um único
construto;

Número par ou ímpar – depende do perfil da amostra (se


neutro – par);

88
Desenvolvendo Escalas ...
Equilibrada ou Não-equilibrada – número de categorias favoráveis e
desfavoráveis. Cuidado para não criar tendenciosidade;

Forçada ou Não-forçada – não há ponto central na escala. O item “Sem


opinião” fica à direita, à parte das demais;

Rótulo de Categorias para Escalas – Verbais, Numéricos e Sem Rótulo.

89
TÉCNICAS DE COLETA - PESQUISA QUANTITATIVA

 Entrevistas estruturadas

 Questionários - questões fechadas, abertas, abertas


com alguma estrutura, fechada com várias opções.
 Escalas
 Observação direta
 Entrevistas em grupo (focus group)
 Testes
 Índices e relatórios escritos

90
TÉCNICAS DE COLETA - PESQUISA QUALITATIVA

 Entrevistas em profundidade - entrevistas


estruturadas; semiestruturadas e não estruturadas

 Uso de diários

 Observação participante - encoberta ou aberta

 Entrevistas em grupo (focus group)

 Textos, documentos

 Técnicas projetivas

 Histórias de Vida

91
Passos a serem seguidos na
criação de um questionário...
 Administrar questionário – identificar a melhor maneira de aplicação e
determinar prazo e métodos de acompanhamento;

 Avaliar as questões do ponto de vista do respondente, analisando se ele é capaz


de auto administrá-la e compreendê-la;

 Somente perguntas relevantes devem ser incluídas, com critérios para tipos de
perguntas e sua ordem de inserção;

 Perguntas abertas e/ou fechadas - quando pesquisador não conhece possíveis


respostas, só abertas. Fechadas exigem mais tempo para elaboração, mas
facilitam mensuração.

92
Bibliografia
 ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho
científico: elaboração de trabalhos na graduação. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
 BASTOS, Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo a Aprender – Introdução à
Metodologia Científica. 16 ed. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1991.
 MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia Científica na Era da Informática. São Paulo:
Saraiva, 2002.
 MEDEIROS, F. A. S. Metodologia do Trabalho Científico. Manaus: Cesf, 2002.
Apostila.
 RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência de estudos. 3 ed.
São Paulo: Atlas, 1991.
 SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. 3 ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino à Distância da UFSC,
2001.

93
Fim

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