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o Sucessão por cabeça: se título hereditário é idêntico entre os herdeiros (ex. todos
filhos): ÷ do patrimônio em partes iguais
Legítima
Antes DI 1790:
companheiro +
colaterais até 4º grau
Sucessão Herdeiros
facultativos
Após DI 1790:
colaterais até 4º grau
Testamentária
Legítima dos herdeiros necessários: quota fixa
Utilizar regras da
O testamento é
sucessão legítima
inválido
(1829 e seguintes)
Ordem de vocação hereditária
CC, Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge* sobrevivente, salvo se
casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da
comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares (1ª
classe: 1830, 1832 a 1835)
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge* (2ª classe: 1830, 1836
e 1837)
III - ao cônjuge* sobrevivente (3ª classe: 1838 e 1839, 1ª parte)
IV - aos colaterais (até 4º grau: 1839: 2ª parte a 1843)
*com a declaração de inconstitucionalidade do art. 1790 pelo STF (RE 878.694/MG: tema 809 + RE
646.721/RS: tema 498), onde se lê “cônjuge”, leia-se também “companheiro”!
1ª classe: 1ª hipótese = se só há descendentes
Preferência sucessória: descendentes concorrendo, eventualmente, com
cônjuge ou companheiro
2) Grau mais próximo exclui os mais remotos (2º, 3º: netos, bisnetos...): Art.
1.835 (ex. se filhos vivos, netos não recebem por cabeça)
igualdade de filhos, independentemente da origem (1596, CC + CF1988, §6º, 227)
Previsão legal genérica: descendentes sem limites de gerações (linha reta
infinita). Potencialmente beneficiados: netos, bisnetos, trinetos ...
1ª classe: os descendentes (por cabeça ou estirpe)
Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo
grau. (representação)
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas
NUNCA na ascendente. (filhos, netos, bisnetos...)
Art. 1853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em
favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
(APENAS sobrinhos, quando concorrem com tios)
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o
representado, se vivo fosse. (a quota do representado)
Por cabeça (por direito próprio): cada parte é entregue a um sucessor direto.
Ex. o filho com relação ao pai falecido.
Por estirpe (ou representação): receberão no lugar do representado o que ele
receberia. Ex. os netos (se pré-morto o seu pai) herdarão por representação o que
cabia ao seu pai.
F1 e F3: filhos herdam por cabeça (1835, 1ª parte)
F2 (pré-morto): filhos de F2 (netos) herdam sua quota-parte por
estirpe ou representação (1835, 1852, 1854)
de cujus = pai
(P)
1830: desde q/ não separado de direito ou de fato por + de 2 anos! (REsp 1.065.209/SP,
de 2010)
Pela possibilidade de concorrência entre cônjuge sobrevivente (sep. de fato há - de 2
anos) e atual companheiro(a): Enunc. 525 JDC/CJF
Pela impossibilidade (irrelevante o PZ 2 anos): Resp 1065209 (2010) e 555.771 (2009) +
doutrina majoritária contemporânea
garantia de 25%
Dispositivo aborda a descendência comum ou exclusiva:
de cujus
= FILHO Ascendentes não tem direito
de representação! (1852)
Avós não
Avó Avô
materna materno
herdam!
viva (2º) vivo (2º)
2ª classe: sucessão dos ascendentes, sem concorrência com cônjuge/ comp
a) pai E mãe (1º) + cônjuge/ companheiro: 3 pessoas = 1/3 para cada (1837, 1ª parte) –
exemplo acima
b) pai OU mãe (1º) + cônjuge/ companheiro: 2 pessoas = 1/2 para cada (1837, 2ª parte)
c) avós (2º) OU bisavós (3º) OU trisavós (4º) ... + cônjuge/ companheiro: 2 ou + pessoas =
1/2 para cônjuge/ companheiro e outra metade é dividida entre demais ascendentes
(1836, §1º e 1837, 3ª parte)
3ª classe: apenas cônjuge ou companheiro: 1838
CC, 1829, III
CC, 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro
ao cônjuge sobrevivente.
Cônjuge/companheiro é o único herdeiro: recebe 100%. (após DI art. 1790)
INDEPENDE o regime de bens adotado no casamento com o falecido! MAS, não
será herdeiro se já estavam separados judicialmente (melhor entendimento c/
EC66):
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da
morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais
de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem
culpa do sobrevivente.
Prova da culpa pela ruptura do casamento: criticada após EC66
Limites 1830 ainda em discussão na doutrina! Doutrina majoritária entende que prazo
é irrelevante, basta estar separado
Herdeiros de 1ª, 2ª, 3ª classe: NECESSÁRIOS
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o
cônjuge.
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos
bens da herança, constituindo a legítima.
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da
sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em
seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.
Regra geral: não podem ser excluídos da herança, salvo hipóteses de indignidade ou
deserdação!
Forte tese: companheiro é herdeiro necessário após DI art. 1790 (não pode mais
ser afastado por testamento)
Podem receber menos: desde que disposições de última vontade do autor da herança
não ultrapassem a legítima (metade dos bens).
A legítima dos herdeiros necessários: 1847
Impossibilidade em ato inter vivos no contrato de doação: nulidade qto à parte
que exceder, conforme CC:
Sucessão dos colaterais: 4ª classe (1840-1843)
Art. 1.829, IV
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art.
1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. (2º a 4º
grau)
Contagem a partir do parente/ tronco de referência*
HERDEIROS FACULTATIVOS: podem ser excluídos da herança por
testamento. Basta dispor do patrimônio sem os contemplar (1850).
*Tronco dos
Irmãos *Tronco dos
(2º)
pais (1º)
avós (2º)
Irmão 1 Irmã 2
vivo (2º): I1 morta (2º):
50% I2
de cujus
Sobrinha 1 Sobrinho 2
não herda Sobrinha 1
viva (3º): S1 vivo (3º):
S2 = 50%
Irmão 1 Irmã 2
bilateral unilateral
vivo (2º) (2º)
de cujus (2x: 2/3) (x: 1/3)
Colaterais de 2º grau bilaterais e unilaterais
(cont) Há inconstitucionalidade ou discriminação no dispositivo?
F. Tartuce, CFarias e N Rosenvald: entende que não: 227, §6º fala em filhos e não
em irmãos! Tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais.
Zeno Veloso e Rolf Madaleno: irmão bilateral é irmão 2 vezes. Vínculo é duplicad0,
cabendo quota dobrada. Norma atenta às mudas sociais e à realidade das famílias
mosaicas ou recompostas (RM)
Maria Berenice Dias, Paulo Lôbo, Eduardo de Oliveira Leite: arcaica repulsa à
fraternidade unilateral – inconstitucionalidade do 1841, CC – resquício da segregação
(filhos espúrios, desde as Ordenações do Reino)!
Colaterais de 2º grau: somente unilaterais
Irmão 1 Irmã 2
unilateral unilateral
vivo (2º) viva (2º)
de cujus 1/2 1/2
Colaterais de 2º grau unilaterais
3) Existência apenas de irmãos unilaterais: estes herdam em partes
iguais (1842). Ex. se o falecido deixar 2 irmãos unilaterais, cada um
receberá 50% da herança.
Irmão 1 Irmã 2
unilateral unilateral
vivo (2º) (2º)
De Cujus 50% 50%
Colaterais de 3º grau (sobrinhos e tios): 1843
4) Na falta de irmãos (2º): herdam os filhos destes (sobrinhos) (3º). Se não
houver sobrinhos, herdam os tios (3º)
Representação dos colaterais vai até o 3º grau
Os sobrinhos tem prioridade sobre os tios, por opção legislativa (são mais
jovens): apesar de mesmo grau (3º).
De Cujus
Primo
irmão Tia avó Tio avô
vivo viva (4º) vivo (4º)
(4º) 1/3 1/3
1/3 33,33% 33,33%
33,33%
Herança jacente: 1844
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente
algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se
devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas
respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em
território federal.
As despesas do funeral
*Enunciado 119 JDC/CJF: para evitar enriquecimento sem causal, a colação será efetuada:
com base no valor do bem à época da doação (2004 CC) se não pertencer mais ao donatário.
com base no valor do bem à época da abertura da sucessão se ainda integrar o seu patrimônio
LEGÍTIMA
No Direito Romano: 2/3 (até 4 filhos); ½ (+ 4 filhos); outros descendentes ou
ascendentes (variava da ½ a 1/3, ¼ se herdeiro era pessoa torpe – Cód. 3, 28, 1.27)
(Clóvis Beviláqua)
CC 1916: ½
CC2002: ½
Herdeiros necessários: 1845 a 1850
1849: se a quota disponível (50% ou menos) for deixada em testamento para
um herdeiro necessário (ou seja, sua herança será maior que a dos demais),
ele não perderá o direito à legítima (a parte nos outros 50%)