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Até o final do século XV não havia escolas com ensino especializado para surdos,
mas, na verdade, a figura do preceptor (professor particular) era muito comum
para todas as crianças e jovens, principalmente das famílias ricas.
A educação estava baseada, no ensino da fala.
Curiosidade
Nesse século, Juan Pablo Bonet publicou o que seria o primeiro livro do mundo
para ensinar língua de sinais a surdos, contendo o alfabeto manual. Bonet dava
grande importância à expressão e ao treino oral nos primeiros anos de vida da
pessoa e sempre utilizava a comunicação gestual. A primeira intervenção
pedagógica de Bonet com seus alunos era ensinar o alfabeto gestual e as letras
correspondentes na forma escrita.
A educação dos surdos avança bastante,
principalmente com os trabalhos do
Abade Charles Michel De L’Epée, na
França; de Thomas Braidwood, na
Inglaterra e de Samuel Heinicke, na
Alemanha.
Apesar de utilizarem metodologias
diferentes, o que os aproxima é o fato
de terem criado as primeiras escolas
coletivas para surdos em seus países.
No século XVIII
Thomas Braidwood fundou, em 1760,
em Edimburgo, a primeira escola para
surdos de toda Grã-Bretanha.
Braidwood utilizava um alfabeto digital
envolvendo ambas as mãos para apoiar
o ensino da escrita e da fala. Este
alfabeto ainda é utilizado na Inglaterra.
Samuel Heinicke criou, em 1778, uma
escola em Liepzig, na Alemanha. A sua
metodologia defendia que a coisa mais
importante no ensino da criança surda
seria a linguagem falada e que a
linguagem por meio de gestos poderia
prejudicar esta aprendizagem. Heinicke é
considerado o fundador do oralismo
(que vamos estudar melhor na seção
seguinte) e de uma metodologia que
ficou conhecida como o “método
alemão”.
Em 1775, De L’Epée fundou uma escola
para surdos, a primeira em seu gênero,
com aulas coletivas, na qual professores
e alunos usavam os chamados sinais
metódicos. A proposta educativa da
escola era que os professores deveriam
aprender tais sinais para se comunicar
com os surdos. Os professores
aprendiam com os surdos e, utilizando
os “sinais metódicos”, ensinavam o
francês falado e escrito.
A partir do século XVIII, dois grupos foram criados na educação de surdos:
-Em 1880, foi realizado o II Congresso Internacional, em Milão, que provocou uma
reviravolta nas práticas pedagógicas para o ensino dos surdos.
-Organizado praticamente apenas por oralistas, o objetivo velado do Congresso de
Milão era tornar o oralismo obrigatório na educação de surdos.
-Nesse congresso, o inventor do telefone Graham Bell exerceu enorme influência a
favor do oralismo.
A partir do Congresso de Milão, no mundo todo, com exceção do Instituto
Gallaudet nos Estados Unidos, o oralismo foi o referencial assumido e suas práticas
educacionais foram amplamente desenvolvidas e divulgadas, não sendo
questionadas por quase um século.
O SURDO, A SURDEZ, A EDUCAÇÃO, A CULTURA E IDENTIDADES SURDAS
O oralismo entende a surdez como uma deficiência que precisa ser direcionada para
a normalidade, mediante à estimulação auditiva e à reabilitação da fala da criança
surda, buscando assemelhá-la o máximo possível à criança ouvinte e assim integrá-la
na comunidade.
O objetivo do oralismo, ou filosofia oralista, é a integração da criança surda na
comunidade de ouvintes, mediante o desenvolvimento da língua oral, o português,
no caso do Brasil. (GOLDFELD, 1997).
Enfoque oralista
■ O trabalho para a aquisição da fala deve ser iniciado assim que se descobre a surdez da
criança, atualmente, com o “teste da orelhinha”, seria desde o seu nascimento.
■ A educação oral deve começar no lar, exigindo a dedicação de todas as pessoas que
convivem com a criança, especialmente a mãe, durante todas as horas de cada dia do ano.
■ O trabalho de aquisição da fala ou educação oral necessita de fonoaudiólogos e
pedagogos especializados para atender o aluno e orientar e acompanhar a ação da família.
■ A educação oral requer equipamentos especializados como o aparelho de amplificação
sonora individual.
GESTUALISMO
■ Estimulação auditiva.
■ Adaptação de aparelho de ampliação sonora individual (AASI - prótese auditiva).
■ Leitura labial.
■ Oralização.
■ Leitura e escrita.
BILINGUISMO