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Acidente com Material

Biológico
INTRODUÇÃO

A exposição com material biológico (sangue ou outros líquidos orgânicos


potencialmente contaminados) pode resultar em infecção por patógenos
como o vírus HIV e os das hepatites B (HBV) e hepatite C (HCV).
Estão expostos aos riscos biológicos
todos aqueles que se inserem direta ou
indiretamente na prestação de serviços de
saúde, além dos visitantes e outros
profissionais que estejam ocasionalmente.

O risco de exposição varia de acordo com


a atividade realizada ou o setor de atuação
nos serviços de saúde.
Os acidentes ocorrem habitualmente através de ferimentos com artigos cortantes ou pela
exposição de mucosa ou pele não íntegra.

O risco da exposição resultar em infecção é variável, e está associada:

 Ao tipo de acidente;

 A extensão e profundidade da lesão;

 A presença e volume de sangue envolvido no acidente;

 A carga viral do vírus HIV do paciente fonte (paciente envolvido no acidente);

 A presença de infecção por hepatite C do paciente fonte;

 Ao esquema de vacinação para hepatite B do colaborador


A melhor profilaxia para exposição ocupacional é o
respeito às normas de biossegurança.
NORMA REGULAMENTADORA 32

Segurança e Saúde no trabalho em Serviços


de Saúde

OBJETIVO:

Estabelecer as diretrizes básicas para a implementação

de medidas de proteção à segurança e à saúde dos

trabalhadores em estabelecimentos de assistência à

saúde, prevenindo acidentes e doenças.


RISCO DE TRANSMISSÃO OCUPACIONAL APÓS
EXPOSIÇÃO COM MATERIAL BIOLÓGICO

O risco de soro conversão após exposição ocupacional percutânea ao HIV


é em média de 0,3%, mas varia de acordo com a quantidade de sangue e a
carga viral do paciente-fonte.

Os materiais biológicos com risco ocupacional documentado ou teórico são:


sangue e fluidos orgânicos com sangue, sêmen, secreção vaginal,
líquor, líquido pleural, líquido pericárdico, líquido peritoneal, líquido sinovial,
líquidos amnióticos ou tecidos.

Fezes, urina, escarro, vômito, lágrima, suor e saliva (exceto em odontologia),


são considerados sem risco ocupacional documentado ou teórico, no entanto,
a presença de sangue nestes materiais, o tornam de risco.
MEDIDAS PREVENTIVAS PRÉ - EXPOSIÇÃO
 MEDIDAS GERAIS: TODO FUNCIONÁRIO DEVE SE VACINAR PARA HEPATITE B ;

 Nunca reencapar, entortar ou quebrar agulhas;

 Não desconectar as agulhas das seringas antes de desprezá-las;

 Não utilizar agulhas para fixar papéis em substituição aos “percevejos”;

 Desprezar agulhas, escalpes, lâminas de bisturi, frasco-ampola de vidro e outros materiais perfuro cortantes,
mesmo sem contaminação com líquido biológico, em recipiente próprio para este fim;

 Manter a máxima atenção durante o procedimento. E se necessário, conter adequadamente o paciente durante as
atividades que utilize material perfuro cortante ou material orgânico;

 Utilizar material de apoio, como bandejas ou cubas durante a realização de punção venosa e outros procedimentos
com agulhas.

 Utilizar equipamentos de proteção individual (máscara, óculos, luvas, gorro, avental impermeável) quando existir a
possibilidade de respingos de sangue, gotículas ou fluidos orgânicos;
MEDIDAS ESPECÍFICAS
(CIRÚRGICAS)
 Não usar o propé sem sapatos; e sapatos sempre fechados.

 Durante o manuseio cirúrgico, apresentar material perfuro cortante em cuba rim ou deixá-lo em
área neutra, evitando a passagem manual dos mesmos entre o instrumentador e o cirurgião;

 Não utilizar os dedos como anteparo, durante a realização de procedimentos;

 Montar e desmontar os equipamentos perfuro cortantes com ajuda de pinças. Exemplos destes equipamentos: agulha
com porta agulha; lâmina e bisturi;

 Preferir fios agulhados para suturas.

 Não utilizar as lâminas de bisturi desmontadas (sem o cabo);


MEDIDAS ESPECÍFICAS
(CIRURGIAS)
 Durante o procedimento cirúrgico, se possível, evitar os procedimentos “às cegas”;

 Durante a realização do procedimento desprezar dentro da bandeja, o material perfuro cortante ou descartá-lo
no coletor próprio imediatamente após o uso;

 Utilizar capote impermeável ou com reforço plástico quando existir possibilidade de grandes sangramentos ou alto risco de exposição.

 Adotar dispositivos seguros como a lancetadora retrátil atendendo a NR32.


O RECIPIENTE PARA MATERIAL PERFURO CORTANTE:

 O recipiente para coleta de material perfuro – cortante deve atender às especificações da NBR 12809.

 Deve conter paredes rígidas e impermeáveis e tampa;

 Não deve ser preenchido acima do limite de 2/3 de sua capacidade total;

 Não deve ser deixado no chão, ficando sempre em local seguro;

 Deve ser colocado em ponto estratégico;


DESCARTE ADEQUADO DE MATERIAL
PERFURO-CORTANTE

• NUNCA reencape agulhas;

• Transporte o material perfuro cortante com o máximo de

cuidado somente na cuba rim até o “Descarpack”;

• Descarte o material logo após o uso dentro do coletor de

perfuro cortante(Descarpack);

• Não ultrapasse o limite máximo de 2/3 da capacidade do

coletor.
MEDIDAS APÓS A EXPOSIÇÃO

Conduta do profissional acidentado imediatamente após exposição:

 Em caso de exposição per cutânea ou cutânea: lavar a área lesada imediatamente após o acidente com água e
sabão. Em caso de exposição da mucosa, lavar abundantemente em água e sabão e solução fisiológica a 0,9%.

 Não é recomendado a aplicação de soluções irritantes (hipoclorito de sódio, soluções alcoólicas, glutaraldeído)
ou procedimentos que possam aumentar a área lesada, como a espremedura do local.

 Após estas medidas, seguir o fluxograma de atendimento do profissional acidentado.

Atenção: A exposição ocupacional ao vírus HIV


deve ser tratada como emergência médica. A profilaxia
deve ser iniciada o mais precocemente possível, não
devendo ultrapassar 72 horas após o acidente.
"C:\Users\IDEIAS\Desktop\A dança das agulhas Prevenção do acidente
perfurocortante em Hospitais.webm"
EQUIPE
Participante 1
Participante 2
Participante 3

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