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Propriedades e transformações da

matéria
2.2. Gases e dispersões
Professora Paula Melo Silva
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Como se quantifica e caracteriza uma substância gasosa?
Atmosfera terrestre
A atmosfera terrestre é uma mistura de
gases que envolve a Terra e encontra-se
dividida em cinco camadas. Por ordem
crescente de altitude:

1. Troposfera (até 10 km)


2. Estratosfera (até 50 km)
3. Mesosfera (até 80 km)
4. Termosfera (até 500 km)
5. Exosfera (até dezenas de milhares de km)
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Atmosfera terrestre

Troposfera
• Camada mais perto da superfície
terrestre.
• Onde ocorrem os fenómenos
meteorológicos.
• Quimicamente muito complexa.
• A temperatura diminui com o
aumento da altitude.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Atmosfera terrestre

Estratosfera
• Onde está localizada a chamada
camada de ozono cujas moléculas
absorvem a radiação ultravioleta
do Sol protegendo-nos dos seus
efeitos nocivos.
• A temperatura aumenta com o
aumento da altitude.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Atmosfera terrestre

Mesosfera

• É nesta camada que ocorre o


fenómeno das estrelas cadentes
devido à “vaporização” de meteoros.
• A temperatura diminui com o
aumento da altitude.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Atmosfera terrestre

Termosfera

• Esta camada é bombardeada por


partículas de alta energia provocando
a ionização de átomos e moléculas.
• A temperatura aumenta com o
aumento da altitude.
• Camada onde ocorrem as auroras
boreais e circulam as naves espaciais.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Atmosfera terrestre

Exosfera

• Camada mais externa da atmosfera


da Terra e que se estende para o
espaço exterior.
• Os satélites geostacionários
encontram-se nesta camada.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Composição da troposfera terrestre
COMPONENTES MAIORITÁRIOS
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Composição da troposfera terrestre
COMPONENTES MAIORITÁRIOS

Nitrogénio molecular 78,03%


Oxigénio molecular 20,99%
Outros 0,98%
____________________________
TOTAL ≈ 99%
 
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Composição da troposfera terrestre
COMPONENTES MINORITÁRIOS

Outros
4%
Dióxido de carbono
4%

Árgon
93%

Outros Crípton
Metano

Hélio

Néon
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Composição da troposfera terrestre
COMPONENTES MINORITÁRIOS

Árgon 0,93000%
Dióxido de carbono 0,03500%
Néon 0,00180%
Hélio 0,00052%
Metano 0,00020%
Crípton 0,00011%
Di-hidrogénio 0,00005%
Xénon 0,00001%
Outros 0,03231%
____________________________
TOTAL ≈ 1%
 
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

Hipótese de Avogadro

Igual volume de gases diferentes, submetidos à mesma pressão e


temperatura, têm o mesmo número de partículas.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

Igual volume, igual número de unidades estruturais.


Esta situação só é possível porque o espaço vazio existente entre as
unidades estruturais do gás é significativamente superior ao tamanho das
respetivas unidades estruturais (moléculas ou átomos no caso de um gás
nobre). Assim, uma variação no tamanho dos corpúsculos acarretará uma
variação desprezável no volume total ocupado pelo gás.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

A conclusão de Avogadro permitiu verificar que 22,4 dm3 de qualquer


gás, nas condições PTN, contêm sempre 6,022  1023 unidades
estruturais, ou seja, o volume ocupado por uma mole de qualquer gás,
nas condições PTN, é aproximadamente igual a 22,4 dm3. Este valor,
22,4 dm3 mol–1, designa-se por volume molar.

O volume molar, cujo símbolo é Vm, consiste no volume ocupado por


uma mole de um gás, em determinadas condições de pressão e
temperatura.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

O volume molar de um gás só tem o valor de 22,4 dm3 mol–1 nas


condições PTN.

Para outras pressões e temperaturas, o volume molar pode assumir


outros valores.

Contudo, sejam quais forem as condições de pressão e temperatura, no


volume molar de um gás ideal existem sempre 6,022  1023 partículas
(1 mole de partículas).
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

Conhecendo o volume molar, é possível conhecer o volume ocupado


por qualquer outra quantidade de matéria do mesmo, ou de outro gás,
nas mesmas condições de pressão e temperatura.

Assim, se uma mole de um gás, nas condições PTN, ocupa o volume de


22,4 dm3, duas moles desse ou outro gás, nas mesmas condições de
pressão e temperatura, ocupam o volume de 2  22,4 dm3 (44,8 dm3).
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

Gráfico do volume ocupado por um gás em função da


respetiva quantidade de matéria

A constante de proporcionalidade,
dada pelo declive do gráfico, é o
volume molar do gás, nas
condições de pressão e
temperatura consideradas.
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Lei de Avogadro e volume molar

Em conclusão:

A expressão que relaciona a quantidade de matéria (n) com o volume (V)


de um gás, em determinadas condições de pressão e temperatura, e o
volume molar (Vm) nessas condições é a seguinte:
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Massa volúmica

É ainda possível relacionar a massa (m) de uma amostra gasosa e a


quantidade de matéria (n) com o volume molar (Vm), para determinadas
condições de pressão e temperatura.

Dado que:

vem:
2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Massa volúmica

Por outro lado, também se pode relacionar a massa volúmica (ρ) de uma
substância gasosa com a sua massa molar (M) e volume molar (Vm).

Dado que a massa volúmica, ou densidade, é dada por:

da expressão (1) vem:


2.1. Lei de Avogadro, volume molar e massa volúmica
Massa volúmica

Gráfico da massa molar de um gás em função da sua


massa volúmica

O gráfico evidencia a
proporcionalidade direta entre
estas duas grandezas.

A constante de proporcionalidade,
dada pelo declive do gráfico, é o
volume molar, nas condições de
pressão e temperatura
consideradas.
M16 Síntese de conteúdos

A atmosfera terrestre é uma mistura de gases que envolve a Terra. Encontra-se


dividida em cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e
exosfera.

Consoante a camada, a atmosfera terrestre apresenta diferentes composições


gasosas. O ar seco da troposfera (camada mais próxima da superfície terrestre) é
essencialmente constituído por dinitrogénio (78%) e dioxigénio (21%). Para
além de outros componentes vestigiais, o árgon e o dióxido de carbono são
incluídos no restante 1% de gases que constituem esta mistura.

O volume molar (Vm) consiste no volume ocupado por uma mole de um gás em
determinadas condições de pressão e temperatura (unidade usual dm3 mol–1).
M16 Síntese de conteúdos
À pressão de 1 atm e à temperatura de 273,15 K (0 °C) (condições PTN), o
volume molar de um gás é 22,4 dm3 mol–1. Sejam quais forem as condições de
pressão e temperatura, no volume molar de um gás ideal existem sempre
6,022  1023 partículas (1 mole de partículas).

A expressão que relaciona a quantidade de matéria (n) com o volume (V) de


um gás, em determinadas condições de pressão e temperatura, e o volume
molar (Vm) nessas condições é:

A massa volúmica () de uma substância gasosa relaciona-se com a sua massa
molar (M) e com o seu volume molar (Vm) através da expressão:
QUÍMICA 10
DISPERSÕES NA ATMOSFERA
COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE

A atmosfera é maioritariamente constituída por nitrogénio (78%)


e oxigénio (21%), mas também contém, em muito menor
percentagem e em quantidades variáveis, outros gases, como o
dióxido de carbono, o árgon e o vapor de água.

Composição média atual da


atmosfera ao nível do mar
(vapor de água não incluído).
QUÍMICA 10
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Corresponde a uma alteração na composição do ar capaz de
provocar efeitos nefastos a nível ambiental e/ou na saúde dos
seres vivos.
Dependendo da sua origem, os poluentes atmosféricos podem
ser classificados como:
• poluentes naturais (quando provem de fenómenos naturais);
• poluentes antropogénicos (quando resultam da atividade
humana).
Os poluentes atmosféricos também podem ser classificados,
atendendo a forma como são produzidos, em:
• poluentes primários quando são emitidos diretamente para a
atmosfera;
• poluentes secundários quando resultam de reações que
ocorrem na atmosfera, envolvendo poluentes primários.
QUÍMICA 10
SOLUÇÕES, DISPERSÕES COLOIDAIS E SUSPENSÕES
DISPERSÃO
Sistema no qual uma substância (disperso) está espalhada,
sob a forma de pequenas partículas, numa segunda
substância (dispersante).
Dependendo das dimensões das partículas dispersas, as
dispersões podem classificar-se em:
Partículas
Partículas dispersas Partículas dispersas
dispersas com
com dimensões entre com dimensões
dimensões,
1 nm e 1 μm. superiores 1 μm.
inferiores a 1 nm
QUÍMICA 10

O ar atmosférico é, fundamentalmente, uma mistura


homogénea de gases, ou seja, e uma solução gasosa. No
entanto, sobretudo nas camadas mais baixas da atmosfera,
o ar também contem outros tipos de dispersões, como
dispersões coloidais e suspensões.

Nevoeiro e fumo: exemplos de dispersões coloidais na atmosfera.


2.2. Soluções, coloides e suspensões
Que outros constituintes fazem parte da atmosfera terrestre?

A troposfera terrestre, devido à sua proximidade, contém, para além


da solução gasosa, materiais dispersos, sólidos e líquidos, originados
por fenómenos naturais e pela atividade humana.

Esses materiais dispersos, bem como a solução gasosa, consistem em


misturas de duas ou mais substâncias que se designam por
dispersões e que podem ser classificadas em três tipos:
 soluções
 coloides
 suspensões
2.2. Soluções, coloides e suspensões

Uma forma de distinguir as dispersões é através do tamanho médio


das suas partículas, que sendo diferente é responsável pela sua
aparência distinta.
2.2. Soluções, coloides e suspensões
Aparência das dispersões e tipo de partículas dispersas
2.2. Soluções, coloides e suspensões

Soluções são misturas de duas ou mais substâncias de aspeto


uniforme, invisíveis a olho nu e ao microscópio ótico, apresentando
partículas dispersas que exibem um tamanho inferior a 1 nm.

Numa solução não é possível separar o(s) soluto(s) por filtração.

Solução – constituída por uma


fase dispersante (solvente) e por
uma fase dispersa (soluto(s)).
2.2. Soluções, coloides e suspensões
2.2. Soluções, coloides e suspensões
Dispersões coloidais ou coloides são misturas de duas ou mais
substâncias invisíveis a olho nu mas visíveis ao microscópio ótico,
apresentando partículas dispersas que exibem um tamanho
compreendido entre 1 nm e 1000 nm.

Submetendo um coloide a uma centrifugação, verifica-se a formação


de depósitos, que podem ser extraídos por filtração.

Numa dispersão coloidal existe uma fase


dispersante (que corresponde ao solvente
numa solução) na qual está disseminada a fase
dispersa (que corresponde ao(s) soluto(s)
numa solução).
2.2. Soluções, coloides e suspensões

Tipos de coloides em função das fases dispersante e dispersa


2.2. Soluções, coloides e suspensões

Suspensões são misturas de duas ou mais substâncias de aspeto


não uniforme, visíveis a olho nu, apresentando partículas dispersas
que exibem um tamanho superior a 1000 nm.

No caso das suspensões, as partículas podem ser separadas


através de decantação, seguida, no caso da existência de partículas
sólidas, de filtração.
2.2. Soluções, coloides e suspensões

Exemplos de suspensões, tais como


fumos e poeiras, cujas partículas
apresentam um tamanho superior
a 1 mm, e a mistura de água com
azeite, que formam uma suspensão
que mistura dois líquidos.

O granito é também um exemplo de


uma suspensão.
2.2. Soluções, coloides e suspensões
A atmosfera terrestre contém, em particular na sua camada mais baixa
– a troposfera –, para além dos gases que constituem uma solução
gasosa, quantidades consideráveis de:
2.2. Soluções, coloides e suspensões
A atmosfera terrestre contém, em particular na sua camada mais baixa
– a troposfera –, para além dos gases que constituem uma solução
gasosa, quantidades consideráveis de:
• partículas de reduzida dimensão provenientes de fontes naturais,
como pólen, areia fina, cinzas vulcânicas ou bactérias;
2.2. Soluções, coloides e suspensões
A atmosfera terrestre contém, em particular na sua camada mais baixa
– a troposfera –, para além dos gases que constituem uma solução
gasosa, quantidades consideráveis de:
• partículas de reduzida dimensão provenientes de fontes naturais,
como pólen, areia fina, cinzas vulcânicas ou bactérias;
• suspensões de gotas de água, originando o nevoeiro e as nuvens;
2.2. Soluções, coloides e suspensões
A atmosfera terrestre contém, em particular na sua camada mais baixa
– a troposfera –, para além dos gases que constituem uma solução
gasosa, quantidades consideráveis de:
• partículas de reduzida dimensão provenientes de fontes naturais,
como pólen, areia fina, cinzas vulcânicas ou bactérias;
• suspensões de gotas de água, originando o nevoeiro e as nuvens;
• suspensões de partículas sólidas, que dão origem aos fumos e ao
smog – mistura de fumo com nevoeiro.
2.2. Soluções, coloides e suspensões

A atmosfera terrestre é uma solução gasosa na qual também se


encontram coloides e suspensões de matéria particulada (sólidos ou
líquidos em suspensão no ar).

A matéria particulada (PM) divide-se em dois tipos, consoante o


tamanho das partículas:
• PM2,5 se o tamanho das partículas é até 2,5 μm;
• PM10 se o tamanho das partículas se situa entre 2,5 e 10 μm.
2.2. Soluções, coloides e suspensões

A troposfera contém ainda substâncias gasosas responsáveis pela


poluição do ar, emitidas essencialmente pelas chaminés de fábricas e
pelos tubos de escape dos veículos automóveis. Estas substâncias
designam-se por poluentes, que podem ser:
Poluentes primários
• óxidos de enxofre (SO2 e SO3)
• óxidos de nitrogénio (NO, NO2 e outros)
• dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO)
• hidrocarbonetos (CXHY)
Poluentes secundários (poluentes primários que reagem entre si ou com os
componentes do ar, formando novos compostos)
• ácido sulfúrico (H2SO4)
• ácido nítrico (HNO3)
• ozono troposférico (O3)
2.2. Soluções, coloides e suspensões
Existem dois tipos de fontes poluidoras – naturais e antropogénicas.

As gotas de chuva, contendo esses ácidos, passam a apresentar um elevado grau


de acidez, formando a chamada chuva ácida. Ao precipitar sobre o solo, esta chuva
tem como consequências o desaparecimento de várias espécies aquáticas, a
destruição de espécies vegetais e a corrosão de metais e outros materiais.
2.2. Soluções, coloides e suspensões

A emissão de compostos orgânicos voláteis (COV), tais como


hidrocarbonetos e clorofluorocarbonetos (CFC), e de matéria
particulada provocam efeitos nocivos ao ser humano.
São exemplos desses efeitos dores de cabeça, náuseas, reações
alérgicas ou agravamento de bronquites.

Em algumas cidades do
Mundo a poluição do ar é tão elevada
que torna necessário o uso de máscaras.
M17 Síntese de conteúdos
A atmosfera terrestre é uma solução gasosa, constituída maioritariamente por
dinitrogénio e dioxigénio, na qual também se encontram coloides e suspensões
de matéria particulada (sólidos ou líquidos em suspensão no ar).

As misturas ou dispersões podem ser classificadas em três tipos: soluções


(constituídas por partículas dispersas até 1 nm de tamanho), coloides
(constituídas por partículas de 1 a 1000 nm de tamanho) ou suspensões
(partículas com mais de 1000 nm de tamanho).

A troposfera terrestre contém outras substâncias responsáveis pela poluição do


ar, tais como óxidos de enxofre (SO2 e SO3), óxidos de nitrogénio (NO e NO2),
dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO), resultantes da utilização
de combustíveis fósseis.

Outras substâncias nocivas que compõem a atmosfera são os compostos


orgânicos voláteis (COV), tais como hidrocarbonetos e clorofluorocarbonetos
(CFC), emitidos por tintas, vernizes, sistemas de ar condicionado e de refrigeração
(frigoríficos e arcas).
2.3. Composição quantitativa de soluções
Como exprimir a composição quantitativa de uma solução?
Concentração mássica

A concentração mássica (cm) de uma solução indica a massa de soluto


(msoluto) que existe por unidade de volume da solução (Vsolução).
2.3. Composição quantitativa de soluções
Concentração mássica

Qual deles será o mais gordo?

Qual deles tem maior concentração mássica em lípidos?

Qual o significado físico desse valor?


2.3. Composição quantitativa de soluções
Concentração mássica
Cálculo da concentração mássica em lípidos de cada
uma das amostras:

Amostra I Amostra II

   

     

 
   
2.3. Composição quantitativa de soluções
Concentração mássica
Amostra III

  


 

O leite mais gordo é o leite relativo à amostra III, dado


que, para o mesmo volume de solução, é o que
apresenta uma maior massa de gordura (lípidos).
Assim, o valor calculado significa que em cada 1 dm3
(ou L) deste leite (solução), existem 37 g de lípidos
dissolvidos (soluto).
2.3. Composição quantitativa de soluções
Concentração molar ou concentração

A concentração molar ou, simplesmente, concentração (c) ou ainda


molaridade indica a quantidade de matéria de soluto (nsoluto) que existe
por unidade de volume de solução (Vsolução).
Concentração molar ou concentração

A concentração molar total média do


sódio é de 0,46 mol/L.

Qual o significado físico deste valor?

Que quantidade química de iões sódio


existe num copo com 200 mL de água
do mar?
2.4. Diluição de soluções aquosas
Como diluir uma solução?

Diluir uma solução significa adicionar mais solvente à solução, mantendo a


quantidade de matéria de soluto.

Solução concentrada – solução que apresenta um maior valor de


concentração.
Solução diluída – solução que apresenta um menor valor de concentração.
2.4. Diluição de soluções aquosas
Exemplo 1:

Considere o rótulo de uma embalagem, onde se sugere a


preparação de uma solução diluída de sumo de laranja,
dissolvendo cada 100 mL de sumo concentrado em quatro
partes iguais em volume de água (4  100 mL = 400 mL).

Como é óbvio, neste caso do sumo, a solução diluída será


preparada a partir da solução concentrada por adição de
água.
2.4. Diluição de soluções aquosas
2.4. Diluição de soluções aquosas

Se se pretender preparar 1 L de sumo diluído, serão necessárias duas


porções de sumo de laranja concentrado e oito porções de água (200 mL de
sumo concentrado + 800 mL de água = 1000 mL de solução).
2.4. Diluição de soluções aquosas

Exemplo 2:
2.4. Diluição de soluções aquosas
2.4. Diluição de soluções aquosas
2.4. Diluição de soluções aquosas

Numa diluição a quantidade de matéria de soluto mantém-se constante:


2.4. Diluição de soluções aquosas
2.4. Diluição de soluções aquosas

Na diluição a concentração diminuiu cinco vezes.

Verifica-se igualmente que, durante a diluição, o volume aumentou 5 vezes –


passou de 0,200 L para 1,000 L de solução.

Este fator “5 vezes” é designado por fator de diluição. É uma grandeza


adimensional.
2.4. Diluição de soluções aquosas

O fator de diluição (fd) indica o número de vezes que a concentração da


solução diluída (cf = concentração final) é menor que a concentração da
solução concentrada (ci = concentração inicial):
𝒄𝐢 𝑽𝐟
𝒇 𝐝= 𝒇 𝐝=
𝒄𝐟 𝑽𝐢
M19 Síntese de conteúdos

Comparando a quantidade de soluto presente num mesmo volume de solução,


uma solução pode ser mais concentrada (apresenta um maior valor de
concentração)ou mais diluída (apresenta um menor valor de concentração).

Diluir uma solução significa adicionar mais solvente à solução, mantendo a


quantidade de matéria de soluto:

O fator de diluição (fd) indica o número de vezes que a concentração da solução


diluída (cf = concentração final) é menor que a concentração da solução
concentrada (ci = concentração inicial):
𝒄𝐢 𝑽𝐟
𝒇 𝐝= 𝒇 𝐝=
𝒄𝐟 𝑽𝐢
2.3. Composição quantitativa de soluções
Concentração molar ou concentração

  

  


 
O valor 0,46 mol/L significa que, em cada litro (ou dm3) de água do mar
(solução), existem 0,46 mol de iões sódio (soluto) dissolvidos.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em massa

A percentagem em massa (% m/m) indica a massa de soluto (msoluto)


existente em cada 100 unidades de massa de solução (msolução).
É adimensional.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em massa
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em massa

Qual o significado físico do valor 65% em


lípidos?

Qual o produto mais indicado para


pessoas cuja dieta alimentar recomenda
baixa ingestão de gordura?
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em massa

O valor 65% (m/m) em lípidos significa


que em cada 100 g de margarina
(solução), existem 65 g de lípidos
dissolvidos. A restante massa (35 g)
corresponde à massa dos restantes
componentes.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em volume

A percentagem em volume (% V/V) indica o


volume de soluto (Vsoluto) contido em cada
100 unidades de volume de solução (Vsolução).
É adimensional.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em volume

Que volume de álcool é ingerido ao beber 200 mL deste


vinho?

Qual o significado físico do valor 16,5% V/V?

  

  

𝑉 soluto =33 mL

2.3. Composição quantitativa de soluções
Percentagem em volume

Que volume de álcool é ingerido ao beber 200 mL deste


vinho?

Qual o significado físico do valor 16,5% V/V?

Bebendo 200 mL deste vinho do Porto são ingeridos 33 mL


de álcool.

O valor 16,5% V/V significa que em 100 mL deste vinho


(solução) estão dissolvidos 16,5 mL de etanol (soluto).
2.3. Composição quantitativa de soluções
Partes por milhão

Partes por milhão (ppm) indica a massa ou volume de soluto existente em


um milhão (106) de unidades de massa ou volume de solução. Utiliza-se
quando a concentração do soluto é muito baixa. É adimensional.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Partes por milhão
Considere-se, por exemplo, a percentagem em volume de metano numa
amostra de ar seco que é de 0,0002%.

Qual a composição deste gás na


troposfera expressa em ppmV?

Qual o significado físico do valor


encontrado?
2.3. Composição quantitativa de soluções
Partes por milhão
2.3. Composição quantitativa de soluções
Partes por milhão

Este valor, 2 de metano no ar, significa que existem 2 unidades de


volume (por exemplo, 2 L) de metano, por cada 1 000 000 unidades de
volume (um milhão de litros ou 106 L) de ar.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Fração molar

A fração molar (x) é o quociente entre a quantidade de matéria do


componente (por exemplo, o soluto A) e a quantidade de matéria total da
solução. É adimensional.

A soma das frações molares dos diferentes componentes de uma solução é


igual a 1.
2.3. Composição quantitativa de soluções
Fração molar

Tome-se como exemplo o soro fisiológico, que é


constituído por água destilada e cloreto de sódio a 0,9%
em massa.

Qual a fração molar de cloreto de sódio e de água


destilada nesta solução?

Qual o significado físico dos valores obtidos?


2.3. Composição quantitativa de soluções
Fração molar

O valor 0,9% em massa significa que em cada 100 g de


solução (soro), 0,9 g são de soluto (cloreto de sódio) e
99,1 g são de água destilada (solvente).
2.3. Composição quantitativa de soluções
Fração molar

Estes valores significam que em cada mole de partículas


que constituem o soro fisiológico, 0,003 mol são de
cloreto de sódio e 0,997 mol são de moléculas de água.
M18 Síntese de conteúdos
A composição quantitativa exprime-se por várias grandezas, como:

• A concentração mássica (cm) de uma solução é a massa de soluto por


unidade de volume da solução. A unidade usual é g/dm3.

• A concentração molar (c) é a quantidade de matéria de soluto por unidade


de volume de solução. A unidade usual é mol/dm3.

• A percentagem em massa (% m/m) é a massa de soluto existente em cada


100 unidades de massa de solução. É adimensional.

• A percentagem em volume (% V/V) é o volume de soluto contido em cada


100 unidades de volume de solução. É adimensional.
M18 Síntese de conteúdos

• Em partes por milhão (ppm) é a massa ou volume de soluto existente em um


milhão (106) de unidades de massa ou volume da solução, respetivamente.
Utiliza-se quando a concentração de soluto é muito baixa. É adimensional.

• A fração molar (x) é o quociente entre a quantidade de matéria do


componente e a quantidade de matéria total da solução. É adimensional. A
soma das frações molares dos diferentes componentes de uma solução é
igual a 1.

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