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Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Pró-Reitoria de Graduação
Campus IV – Rio Tinto e Mamanguape
Curso de Ciências Contábeis

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO

UNIDADE I
FUNDAMENTOS E TEORIAS
CLÁSSICAS
Prof. Leandro Wickboldt
leandrowickboldt@hotmail.com
VEREMOS AQUI
Antecedentes históricos
As organizações
Administração e o profissional da administração
A Teoria Geral da Administração (TGA)
Ética e responsabilidade empresarial
Abordagem Científica
Abordagem Clássica
Abordagem Humanística
Abordagem Burocrática
ANTECENDENTES HISTÓRICOS
 Antiguidade: Cerca de 11 mil anos atrás: caçador-coletor > agrícola-coletivista.
Revolução agrícola e pecuária. Economia simples: Subsistência e armazenamento.
Surgimento da propriedade privada (posse da terra).
 Idade média: Feudos, produção artesanal, subsistência e armazenagem, proteção.
Propriedade privada com base na tradição e lealdade.
 Idade moderna: Renascimento, iluminismo e revolução francesa (proteção institucional
da propriedade privada). Mercantilismo e produção artesanal (Sec. XVI e XVII).
Corrente científica: Positivismo.
 Idade contemporânea: Revolução industrial (A partir do Sec. XVIII) – Grandes
descobertas e invenções. Propriedade privada capitalista (direito absoluto e
possibilidade de troca).
 Século XX – 1900 – primeiras teorias administrativas organizadas (chão-de-fábrica).
 Pós 2ª Guerra Mundial > 1950-1960 > Surgimento das organizações supranacionais e
orientação mundial para o desenvolvimento econômico-social. Separação da
propriedade (capital) e do controle (dirigentes), pulverização da propriedade.
 Década de 60 em diante (concorrência em larga escala).
 Revolução da informação: Anos 1990 (1992 surgimento da Internet comercial) em
diante. Globalização e a contemporaneidade. Questões ambientais (Rio-92, Agenda
21 ONU). Anos 2000 (Fraudes corporativas desencadeiam discussões sobre
Governança no meio empresarial).
ANTECENDENTES HISTÓRICOS
Passagem da produção agrícola-artesanal para a industrial permitiu a humanidade
“driblar” a armadilha Malthusiana (1783).

Fonte: Hoppe (2018)


ANTECENDENTES HISTÓRICOS
Revolução industrial (A partir do Sec. XVIII) – Inglaterra e EUA, posterior
Alemanha, França e Itália.
Descobertas: Energia, combustíveis fósseis, ferro e aço.
Invenções: Tear, motor a vapor, a carvão, ferrovias, motor a explosão.

Fonte: Pinterest (2020)


ANTECENDENTES HISTÓRICOS
 A revolução industrial na Inglaterra: Pequena propriedade rural, produziam quase todos os
produtos que consumiam, e vendiam o tecido excedente para obter as demais necessidades.
Aldeias > vilas > cidades e transferência da manufatura rural para as fábricas >
Revolução industrial. (1) máquina de fiação; (2) tear mecânico; (3) motor a valor. (1)
máquina de fiação mecânica. De um fio por vez para 8/16 simultaneamente, girando uma
manivela. 1784: Tear mecânico movido com a força da água. Muito grande, foi transferido
para prédios. Casa – trabalho. 1705: Sec. XIX a Inglaterra era a fábrica do mundo. Mão-
de-obra pouco especializada, crianças, idosos etc., Reformas evitaram uma revolução civil.
Produtividade ajudou, pois a divisão do trabalho implementada pela fábrica permitiu que cada
operário aumentasse muito sua produtividade, diminuindo suas horas de trabalho e
ganhando mais.

 América antes e depois da máquina – Novas formas de investimento com a


impossibilidade de exportação para a Inglaterra. Fio em um local, tecido em outro e
clareamento em outro. Juntar tudo para retirar o produto acabado. Primeira fábrica
moderna (algodão bruto numa extremidade e produto acabado na outra). Em 1814,
combinação do sistema de produção para realizar todo o processo. Qualquer um poderia ser
um profissional-operário. Revolução nos transportes (motor a vapor) e depois a ferrovia.

Atividade 1: Assistir o filme. Elaborar uma breve síntese, relacionando o surgimento das grandes manufaturas com a
evolução da Administração. A revolução industrial: seu início nos Estados Unidos e na Inglaterra > Encyclopedia
Britânica > youtube (48min).
Outros:
 A corporação > Mark Achbar > Youtube (2h25min).
 Os homens que construíram a América. Gigantes da indústria > History Channel > Youtube (7h – 8 episódios).
AS ORGANIZAÇÕES
Organizações informais e formais: as formais têm influência da igreja, do exército
e dos economistas liberais (século XVIII).

Organizações: Reunião de recursos físicos, financeiros e humanos em torno de um


objetivo que, geralmente, é produzir bens e serviços, visando lucro ou não, publica
ou privada. Evolução: Organizações de baixa complexidade (artesanal e comércio)
para organizações industriais.

Ambiente: Local, nacional e internacional. Econômico, político-legal,


sociocultural, ambiental e tecnológico de sua época. Stakeholders: Clientes,
concorrência, colaboradores, fornecedores, governo e acionistas.

São objetivos genéricos das organizações-empresas (fins lucrativos):


 Satisfazer as necessidades e desejos dos seus clientes no escopo da sua missão, por meio
da produção de bens e serviços;
 Estar em constante desenvolvimento;
 Manter o equilíbrio econômico-financeiro sustentável, sendo rentável;
 Contribuir com a sociedade com produtos e serviços de qualidade, gerando empregos;
 Buscar a modernidade, a perenidade e a competitividade.
COMPETITIVIDADE
COMPETITIVIDADE E RETORNO ECONÔMICO
MEDINDO A COMPETITIVIDADE

A vantagem competitiva deve ser buscada por meio de metas e objetivos


estratégicos compreensíveis, com eficiência e eficácia.
AS ORGANIZAÇÕES
Objetivos, papéis estruturas e processos organizacionais.

Plano, Tático e Operacional


Gestão
Ascensão profissional

“Ama’durecimento.”

Assessoria

Produção- Marketing-
Adm./Financeiro
Serviços Vendas

Processos organizacionais – linha e staff


A ADMINISTRAÇÃO
Administração: É a ciência e a técnica para prever, organizar, dirigir e
controlar organizações (FAYOL, 1916). Conjunto de processos
entrosados e unificados para previsão, comando e controle, o que a
organização por si só não dispõe, dado que ela é recursos, estrutura e
forma (CHIAVENATO, 2014). Portanto, é o campo científico e prático
responsável pela orientação e coordenação de recursos humanos,
materiais e financeiros de uma organização para obter o maior “valor”
possível de cada um deles. Administração e Gestão (aplicação).

Profissional de Administração: Exerce autoridade formal e simbólica


(status), por meio de habilidades técnicas, humanas e conceituais, bem
como interpessoais (motivação, liderança e integração), de informação
(dissemina e monitora) e de decisão (soluciona conflitos e negocia), nos
níveis estratégico (dirigente), tático (gerência) e operacional
(supervisão) das organizações.
A ADMINISTRAÇÃO
Áreas da Administração:

 Gestão (governança e relação com acionistas);


 Administrativa > contábil/jurídica/tecnologia;
 Financeira;
 Produção/operações;
 Logística/estoques/materiais;
 Marketing/vendas;
 Recursos humanos/pessoal.

OBS: Dependendo do tipo de organização essas áreas


(que representam os departamentos) podem ser
ampliadas, modificadas, suprimidas.
A IMPORTÂNCIA DA TGA
 Contribuições (modos de administrar) e a importância da TGA (Teoria Geral da
Administração).

 Porque estudar as TEORIAS ADMINISTRATIVAS? Analisam, documentam, organizam,


prescrevem e descrevem as melhores práticas de gestão evoluindo no tempo. Valem-se
dos conhecimentos multidisciplinares (Economia, Contabilidade, Engenharia, Informática,
Estatística, Matemática, Psicologia, Antropologia, Politica etc.).

AS TEORIAS ADMINISTRATIVAS REFLETEM O CONTEXTO econômico,


político-legal, sociocultural, ambiental e tecnológico de sua época, local e
internacionalmente. Além disso, refletem a realidade de consumo e concorrencial, de mão-
de-obra e sindicalização, de fornecimento de insumos (físicos/serviços e financeiros) e
governamental (local).
Considerando o CONTEXTO, as teorias, sob o “olhar” dos principais PENSADORES,
abordam a ESTRUTURA-TAREFAS, a TECNOLOGIA (modo fazer), as PESSOAS,
deixando suas CONTRIBUIÇÕES mais marcantes.

 Todos esses assuntos são abrangidos por todas as teorias, variando a ênfase e forma de
concepção-aplicação, agregando e adaptando os pressupostos da teoria anterior.
A IMPORTÂNCIA DA TGA
 Contribuições (modos de administrar) e a importância da TGA (Teoria Geral da
Administração).

AS TEORIAS ADMINISTRATIVAS constituem um manual para o(a)


Administrador(a)/Gestor(a) de comportamento, implementação e execução de estruturas
e tarefas. Dois tipos de orientação:

Clássicas

Modernas e
contemporâneas
ERA CLÁSSICA ERA MODERNA CONTEMPORÂNEA -ERA
1900-1950 1950-1990 DA INFORMAÇÃO
Após 1990
DECORRÊNCIAS
• DesenvolvimentoDA
• Início da
industrialização
industrial
• TI TEORIA
• Globalização
DAS
• Estabilidade DECISÕES
• Aumento
mudança
da • Ênfase nos serviços
• Pouca mudança • Aceleração da
• Previsibilidade • Fim da mudança
previsibilidade
• Regularidade e • Imprevisibilidade
certeza • Necessidade de
• Instabilidade e
inovação
incerteza
• Administração • T. Neoclássica Ênfase na:
Científica • T. Estruturalista • Produtividade
• T. Clássica • T. Comportamental • Qualidade
• T. Relações • T. de Sistemas • Competitividade
Humanas
• T. da Contingência • Cliente
• T. da Burocracia
• Globalização
EFICIÊNCIA X EFICÁCIA
 Eficiência: é fazer certo as coisas; o meio para se atingir um resultado;
Eficiente é o sistema que faz uma coisa da forma mais rentável possível
alcançando seu objetivo (eficácia). A máxima eficiência é atingida quando da
utilização do mínimo de recursos e revê-se na questão: como se fez. Mede os
objetivos intermediários do sistema e do processo para atingir um fim.
 Eficácia: é fazer a coisa certa; o resultado; o objetivo; aquilo para que se faz,
isto é, a sua Missão. A máxima eficácia é atingida com o alcance total dos
objetivos pré-estabelecidos. Mede o objetivo final.
 O resultado depende de fazer certo as coisas certas, ou seja, depende de
eficiência e eficácia.
 A eficácia é simplesmente medir. Alcançar a eficiência é uma questão mais
complicada, mas advém sobretudo da instauração de novos métodos de
produção, da automatização de procedimentos e da tecnologia presente.
Assim, ganhos de eficiência traduzem-se geralmente por diminuições de
custos.
EFICIÊNCIA X EFICÁCIA
EXEMPLO:
>>> Qual a Missão da área de Treinamento?
“Cacoete” >>> treinar pessoas; reciclar; Errado!
As respostas estão representadas por verbos e dirige-se à ação, portanto refere-se
a aquilo que se faz, ou à atividade ou o MEIO para se atingir o resultado.
>>> Qual a Missão da área de Treinamento?
PESSOAS APTAS às necessidades da organização! Correto.
A área de treinamento treina, ou desenvolve suas atividades para alcançar este
resultado (Eficácia).

Frequentemente: utiliza-se o indicador de “homens/horas/treinamento ” para


medir o resultado de treinamento quando se está medindo, apenas, o seu esforço,
ou seja, a sua eficiência no desenvolvimento da ação, mas não a sua eficácia.
OBJETIVO ESTRATÉGICO X META ESTRATÉGICA

Objetivo estratégico:
 Objetivos estratégicos são padrões pelos quais pode-se verificar o
desempenho presente e futuro em termos qualitativos para atingir a visão
pretendida pela organização.
Ex.: Ser o melhor restaurante de comida típica do Estado.
Meta estratégica:
 As metas são desempenhos em termos temporais e quantitativos. São
afirmações detalhadas que especificam como a organização pretende alcançar
cada um dos objetivos.
 As metas devem ser SMART:
eSpecíficas
Mensuráveis
Aplicáveis
Relevantes
Temporais
Ex.: Obter o selo 5 estrelas do TripAdvisor até 2018.
OBJETIVO ESTRATÉGICO X META ESTRATÉGICA
Exemplo:
OBJETIVO ESTRATÉGICO
 Objetivo estratégico: Ser o melhor curso de Contabilidade /
Economia do Estado até 2021.
Metas estratégicas para o objetivo
 Aumentar a nota no ENADE de 4 para 5 até 2021;
 Aumentar o índice de aprovação no exame do CFC de 70 para
80% até 2021;
 Ter duas pesquisa aprovadas em congresso ou revista por
semestre até 2021;
 Implementar Televisores de LED, trocando os datashows, nas
salas de aula até 2021;
 Aumentar o percentual de doutores de 25% para 50% até 2021.
ÉTICA E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL
 A ética constitui o conjunto de valores ou princípios morais que definem o que é certo ou
errado para uma organização. Em termos mais amplos, a ética é uma preocupação com o
bom comportamento. É um compromisso não apenas o bem-estar pessoal, mas com o das
outras pessoas (CHIAVENATO, 2014). A administração deve privilegiar práticas
administrativas que visem a equidade e a justiça.
 Benefícios da ética no âmbito corporativo: melhora imagem, clima organizacional e
produtividade; no nível agregado, empresas éticas necessitam de menor regulamentação.
 Código de ética: publicizado interna e externamente, atualizado e fiscalizado.
 Stakeholders: Grupos diretamente relacionados com a organização (como acionistas,
clientes, funcionários, instituições financeiras, fornecedores, agências reguladoras) e
outros mais indiretos (como comunidades, governo, mídia, grupos de interesse,
concorrentes, associações de defesa de interesses e a própria sociedade).
Responsabilidade objetiva e subjetiva da organização e de seus
colaboradores.
Atitudes Agir as
https:// virtuosas em normas
www.youtube.com/ prol do regulamentar
watch?v=F7tHf9fwVG0 coletivo além es e a moral.
do indivíduo.
ÉTICA E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL
STAKEHOLDERS
 Acionistas: provedores de capital, preocupam-se com o risco e retorno inerente ao investimento
realizado;
 Diretoria: executivos e gestores, preocupam-se com a continuidade operacional, buscando sucesso
equilibrado em todas as suas dimensões;
 Colaboradores: fornecedores de mão-de-obra, preocupam-se com a continuidade de suas carreiras,
buscam informações sobre a estabilidade de seus empregadores;
 Bancos: fornecedores de recursos financeiros, preocupam-se com a liquidez e com o endividamento;
 Fornecedores: fornecedores de matéria-prima, preocupam-se em avaliar saúde financeira de seus
clientes a fim de conceder crédito;
 Clientes: fornecedores de caixa, continuidade operacional da entidade;
 Governo: fornecedores de infraestrutura, preocupam-se com a arrecadação de impostos e a
fiscalização da atividade econômica, além da promoção de políticas econômicas;
 Agências reguladoras: outorgam e fiscalizam a entidade para operar segmentos de interesse público
e explorados pela iniciativa privada, p.ex.: ANATEL, ANEEL, BACEN, ANVISA, ANAC etc.
 Sociedade, mídia, ONG’s: fornecem a reputação da entidade, além de representarem o um público
para ações socioambientais.

Legitimida
Poder Urgência
de
Cinco Variáveis Básicas
da Teoria Geral de Administração
REFERÊNCIA
S
TAREFAS

ESTRUTURA PESSOAS
ORGANIZAÇÃO

TECNO-
AMBIENTE
LOGIA

CONTRIBUIÇÕES
Fonte: Adaptado de Chiavaneto, 2014.
Abordagens Administrativas
ANO TEORIA ÊNFASE
1903 ADM. CIENTÍFICA TAREFAS
1916 CLÁSSICA ESTRUTURA
1932 RELAÇÕES HUMANAS PESSOAS
BUROCRACIA E
1947 ESTRUTURA
ESTRUTURALISTA
CIBERNÉTICA E
1951 AMBIENTE
SISTEMAS
1954 NEOCLÁSSICA ESTRUTURA
1957 COMPORTAMENTAL PESSOAS
1972 CONTINGÊNCIA AMBIENTE E TECNOLOGIA
1982 NEO-SCHUMPETERIANA TECNOLOGIA
Abordagem Científica (1)
Destaque: Frederick Taylor (1903)
Ênfase: Na tarefa
Termos mais utilizados
Organização racional
Divisão das tarefas
Simplificação
Especialização
Tempos e movimentos
Abordagem Científica (1)
Organização Racional do Trabalho
SELEÇÃO PLANO DE
CIENTÍFICA DO INCENTIVO
TRABALHADOR SALARIAL

DETERMINA
TEMPOS E PADRÃO DE SUPERVISÃO MÁXIMA
ÇÃO DO
MOVIMENTOS PRODUÇÃO FUNCIONAL EFICIÊNCIA
“BEST WAY”

CONDIÇÕES
LEI DA
AMBIENTAIS LUCROS E
FADIGA
TRABALHO SALÁRIOS
Abordagem Científica (1)
Um dos expoentes dessa abordagem foi Henry Ford
(Ford Motor Co.).

Princípios (a linha de montagem):

1. Princípio de intensificação. Diminuir o tempo de


duração com a utilização imediata dos equipamentos
e matéria-prima e a rápida colocação do produto no
mercado. 
2. Princípio de economicidade. Reduzir ao mínimo o
volume do estoque da matéria-prima
em transformação, fazendo com que o
automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o
prazo de pagamento dos salários e da matéria-
prima adquirida. A velocidade de produção deve
ser rápida.
3. Princípio de produtividade. Aumentar a capacidade
de produção do homem (produtividade) por meio da
especialização e da linha de montagem. O operário
ganha mais e o empresário tem maior produção -
adaptação do conjunto de trabalhadores ao ritmo
imposto pela esteira de produção.
Abordagem Científica (1)
Escola da Administração Científica, desenvolvida nos Estados Unidos, a
partir dos trabalhos de Taylor. LINHA DE PENSAMENTO POSITIVISTA
E PRAGMÁTICA:
Henry Lawrence GANTT (1861-1919): Engenheiro mecânico norte-
americano que, em 1887, foi trabalhar na Midvale Steel e se tornou
assistente de Frederick Taylor.
Frank Bunker GILBRETH (1868-1924): Juntamente com Lillian
Moller Gilbreth, aprofundou os estudos dos movimentos, por meio do
entendimento dos hábitos de trabalho dos operários e encontrar meios de
aumentar sua produção.
Harrington EMERSON (1853-1931):  Engenheiro nas estradas de ferro
de Santa Fé, trabalhou para o governo norte-americano para reduzir os
custos de transporte. Fundou uma das primeiras firmas de consultoria do
mundo em 1900, Emerson Institute em New York.
Abordagem Clássica (2)
Destaque: Henri Fayol (1916)
Ênfase: Na estrutura
Classificação das atividades da empresa:
o Funções principais: técnicas, comerciais, de
segurança, contábeis, financeiras, e
administrativas.
o Funções de apoio: engenharia, jurídico etc.
o Função Administrativa paira sobre todas as outras
o Processo administrativo: planejar, organizar, dirigir
e controlar (PODC).
Abordagem Clássica (2)
Fayol, com a publicação em 1916 do livro "Administration Industrielle et Générale” propôs os 14
princípios gerais de Administração
PRINCÍPIO DESCRIÇÃO
1. Divisão do trabalho Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.

Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma


2. Autoridade e responsabilidade consequência natural da autoridade e significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas
entre si.

3. Disciplina Depende de obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.

4. Unidade de comando Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.

5. Unidade de direção Uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo.

6. Subordinação dos interesses Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas.
individuais aos gerais
7. Remuneração do pessoal Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.

8. Centralização Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.

9. Cadeia escalar É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando.

10. Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.

11. Equidade Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.


A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa
12. Estabilidade do pessoal permanecer no cargo, tanto melhor para a empresa.

13. Iniciativa A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso.

14. Espírito de equipe A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a organização.
Abordagem Clássica (2)
Corrente dos anatomistas (ESTRUTURA) e
fisiologistas (FUNCIONAMENTO) da organização,
desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de
Fayol.
"Escola dos Chefes", teve outro expoente:

Lyndall F. Urwick (1891-1979): Pensador britânico,


estabeleceu uma empresa de consultoria de gestão em
1940, Urwick Orr.
Abordagem Humanística (3)
Experiência de Hawthorne (1924)
Autor: Elton Mayo
Objetivo:
o Avaliar a relação entre a iluminação e a
produtividade.
 Resultados:
 A produção é influenciada pela integração social;
 O comportamento é socialmente regulado;
 Recompensas e sanções sociais;
 Grupos informais.
Abordagem Humanística (3)
Década de 30
Ênfase: Nas pessoas
Pressupostos:
o Incentivo econômico não é a única forma
motivadora;
o O trabalhador não se comporta como um ser
isolado (ênfase no coletivo);
o A especialização funcional não cria
necessariamente a organização mais eficiente.
Abordagem Humanística (3)
Questões Abordadas
Integração social
Comportamento social
Recompensas e punições
Relações intergrupais
Motivação
Liderança
Comunicação
Organização Informal
Dinâmica de Grupo
Processo Decisório
Mudança Organizacional
Abordagem Humanística (3)
As Necessidades Humanas Básicas

Abraham Maslow
Abordagem Humanística (3)
Apreciação Crítica
Confronto das Idéias Clássicas
Crença na possibilidade de superação do conflito
Ingenuidade
Enfoque manipulador: colocar a
organização informal a serviço da
organização formal
Burocracia – 1947 (4)
Destaque: Max Weber Características:
 Caráter legal e normativo
Ênfase: Na estrutura
 Formalidade das comunicações
Origens da Burocracia:  Racionalismo e divisão do trabalho
Racionalidade  Impessoalidade e hierarquia
 Rotinas e procedimentos
Ética Protestante
padronizados
 Meritocracia
 Profissionalização
 Especialização da administração
 Previsibilidade
Burocracia – 1947 (4) – Max weber
 Weber: Sociólogo, jurista e economista alemão,
 Weber, Marx e Durkheim: tríade da sociologia clássica;
 Estudos sociológicos:
 Compreensão da ação social:
“Ação racional com relação afins”;
“Ação racional com relação valores”;
“Ação tradicional”;
“Ação afetiva”.;
Burocracia – 1947 (4) Tipologia
Weberiana
Tipos de Características Exemplos
Autoridade
Tradicional Patriarcal e patrimonial. Clã, tribo, família.
Conservadorismo.

Carismática Centrada numa pessoa, Partidos políticos,


mística e arbitrária. igreja.
Revolucionária.
Racional-legal Racionalidade de meios e de Estados modernos,
(Burocrática) objetivos grandes empresas.
Burocracia (4)
Dilemas e disfunções:
 Tendência de organizações burocráticas transformarem-se em
carismáticas ou tradicionais
 Dificuldade de cumprimento irrestrito de regras
 Apego exagerado a regulamentos
 Formalismo e papelório
 Resistência a mudanças
 Impessoalidade e categorização
 Abusos de autoridade
 Conflitos com o público

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