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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Faculdade de Ciência da Informação


Programa de pós-graduação em Ciência da Informação

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
CONTEMPORÂNEA E DE VANGUARDA

Oscar César Brandão


Cláudio Gottschalg Duque

Brandão, O.C. ; DUQUE, C. G. . Comunicação Cientifica contemporânea e de


vanguarda. In: Cláudio Gottschalg Duque. (Org.). Ciência da Informação
Estudos e Práticas. 1.ed. Brasilia: Thesaurus, 2011, v.1, p. 09-33.
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Revolução Industrial,
Revolução Tecnológica e
Revolução Cientifica.

Classificação cronológica em 1ª, 2ª e 3ª


revoluções para destacar os respectivos
avanços tecnológicos que propiciaram as
significativas mudanças no processo
produtivo e de obtenção do conhecimento.
conhecimento
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Produção artesanal  Corporações 


Plantas industriais  Linhas de
montagem etc  Coetâneas
Organizações ditas inteligentes.

Intensiva utilização das TIC.
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Coetâneo: contemporâneo e ao mesmo tempo integrante


do contexto de vanguarda social, política, econômica,
técnica e científica.

A exaltação do artesanal na atualidade pode ser


interpretada como um luxo (...) com o proposito de
auxiliar no resgate dos agentes sociais não incluídos
economicamente.
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Não percebidas como produção utilitária ou necessária, a


produção artesanal não é arrolada nas expectativas
de consumo dos coetâneos; são mimos que as famílias
ajustadas ao que é contemporâneo dispensam aos que
ficaram à margem da evolução dos processos produtivos
avançados.

Produções não incluídas no mundo econômico


compensativo.

ECONOMIA SOLIDÁRIA
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 Avanços científicos remetem-nos à complexidade


(ideia de colaboração / rede).

 Nicolas Bourbaki publicou, em 1939 e anos


seguintes, volumosa produção cientifica na área
da matemática. “Bourbaki na realidade era um
pseudônimo adotado por um grupo de
matemáticos, principalmente franceses, que
colaboraram durante muitos anos na produção
dessa área” (MEADOWS, 1999, p. 107).

 Surgimento do termo “Escola Científica”.


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 Meadows (p.109), citando Beaver (1986),


comenta que a literatura produzida por
pesquisas realizadas por grupos em
colaboração mostra qualidade superior se
comparada com a produção de
pesquisadores solitários. “Há indícios de
que quanto mais integrada e coordenada a
equipe, melhor a qualidade de seu
desempenho”, diz Meadows (p.109),
mencionando Gupta & Nagpaul (1988).
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PRESSUPOSTO
O saber acadêmico, diferentemente do saber
conventual, deve seguir tendências
contemporâneas, coetâneas e coesas.
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Os esforços que se fazem para a


conformidade em metodologias cientificas tem
contemplado convenientemente os aspectos
formais da apresentação.
O mesmo empenho não se tem dado ao
emprego correto dos diversos instrumentos
de analise.
Sobram métodos quantitativos x Faltam
análises qualitativas.
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O alheamento permanece como uma


tendência dominante entre os pesquisadores
e os pequenos grupos que se isolam na
ilusória perspectiva de salvaguardas de suas
áreas de domínio, entrincheirando-se armados
de metáforas improprias para descrever o
cenário coetâneo.
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 Como se nos parece desejável o competente suporte


quanto à análise estatística e formulações
quantitativas outras, é fácil observar que permeando a
informação todas as áreas do saber, também seria
desejável a presença e suporte dos profissionais da
informação em cada equipe de pesquisa.
 Se confirmam os pressupostos iniciais: os diversos
autores não se dedicam às investigações sobre as
substanciais mudanças que têm ocorrido nos
processos de produção cientifica decorrentes dos
impactos provocados pelo uso intensivo das TIC e o
significado disso nas comunicações cientificas.
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 Seria desejável que os centros de pesquisas se


estruturassem com modelos de organização do
trabalho que incluíssem controles contábeis
para os diversos projetos, que um escritório de
projetos fizesse o controle e suporte ao
desempenho de cada um deles e que
estruturas de informação e de comunicação
fossem colocadas à disposição das equipes de
pesquisas, à semelhança dos relativos aos
paratextos editoriais.
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 Tendo-se em conta que a comunicação cientifica


se dá, na realidade, antes, durante e depois de
realizadas as pesquisas, em sentido ascendente e
descendente, sugere-se que essa estrutura se
registre progressivamente, em tempo real, com
a mesma valoração, passo a passo, que se tem
dado ao ato final de publicar.
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 O notório modelo econômico atribuído a Keynes teve,


na verdade, um precursor muito mais engenhoso e
completo, Michael Kalecki, que antes publicara seus
ensaios no idioma polonês.
 Reconhecimento e homenagens posteriores não
foram suficientes, pois o modelo continua
mencionado como keynesiano e ainda é pouco
conhecida a obra de Kalecki.
 Estamos inseridos em espaço cada vez mais
globalizado: centros de pesquisas dotados de suporte
para a tradução e publicação em idiomas
estrangeiros.
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PARATEXTOS EDITORIAIS
 O senso comum entende a comunicação, seja ela
jornalística, literária ou cientifica, como o breve ato
de tornar publico um fato.

 O meio acadêmico também sofre desse viés


centrado no texto e seus formatos, dando pouca
atenção aos processos editoriais, embora devesse
igualmente considerar o passo a passo da produção
dos registros relativos às pesquisas.
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 As facilidades das TIC reuniriam autor e editor


como o único agente, revistas eletrônicas e bases
de conhecimento, ou melhor, fontes de
informações se multiplicaram na mesma
velocidade do interesse na alavancagem da
ascensão funcional através da publicação a
qualquer custo.
 Esse contexto faz parecer o autor, ele mesmo, o
próprio editor, ocultando as arquiteturas dos
sistemas de comunicação, tanto em meio impresso
como digital.
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 Provisoriamente, até que se consolide o novo


paradigma, talvez fosse mais adequado o termo
metalivro, embora menos perceptível que a
consagrada expressão repercutida pelo mercado
como “facilitadora” da compreensão pelo senso
comum.
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As sociedades científicas, as instituições de ensino superior e


os seus editores parecem não se sensibilizar com as
possibilidades de publicações com agregações
tecnológicas de alto nível e de excelente qualidade
cognitiva.
Enquanto as lojas digitais abrem as portas para publicações
em meio digital, com recursos extraordinários, a preços em
torno dos US$ 4,00, os mais destacados editores de
revistas científicas com sede na Europa cobram de 30 a 40
Euros por artigo, enquanto os editores norte-americanos
cobram em torno de US$ 30,00 por artigo. Na outra ponta,
o movimento Creative Commons 2 pugna pela distribuição
gratuita. Ambas as posições podem parecer, aos olhos dos
economistas atentos, como comportamentos alienados.
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Diante de tais posições, não é difícil imaginar o


surgimento, em breve, de terceiros atores,
absolutos conhecedores do vir a ser dos elementos
constitutivos do paratexto editorial para o
ambiente digital, com um modelo de negócio
aderente a esse novo mundo.
Embora inadequadamente assessoradas, as
experiências de distribuição de produtos digitais
pelas editoras são comercialmente bem sucedidas;
porém, distantes da realidade da economia
digital de distribuição em massa.
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Seguindo o recente sucesso dos iPad®, outros


fornecedores fora do circuito das livrarias e
editoras estão lançando suas versões de tablets
acompanhadas de um sistema de distribuição
compatível com o ambiente digital.

Enfim, formatos, coleções, capas, anexos, folha de


rosto, títulos, intertítulos, índices e tabelas
requerem ser repensados (e receber adições) em
conformidade com as tecnologias de informação e
de comunicação contemporâneas.
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ECONOMIA DIGITAL

Tapscott & Williams (2007) dizem que “mudanças


profundas da tecnologia, da demografia e da
economia global estão fazendo emergir novos e
poderosos modelos de produção baseados em
comunidade, colaboração e auto-organização, e não
em hierarquias e controle”.
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Embora seus criadores venham a se remunerar por


outros meios que não a cobrança direta dos usuários,
seja pela propaganda ou pela expressão econômica
adquirida com constituição das redes, fato é que os
usuários permanecem recebendo serviços gratuitos
relevantes.
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Nova Internet (web 3.0 etc): esse novo patamar se


caracteriza como semelhante a uma plataforma
global, que em tempo real está transformando os
sistemas de colaboração, com forte impacto nas
relações humanas e nos processos de obtenção de
informações, assim como nas possibilidades de
comunicação, tanto no âmbito pessoal e empresarial
como no cientifico e tecnológico.
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Esses novos modelos evidenciam ser possível produzir


mais e melhor, a custos baixíssimos, promovendo o
acesso massivo aos bens econômicos, culturais e
científicos, em circunstâncias que poderiam abalar os
interesses dos modelos tradicionais.
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 Por exemplo, as editoras das universidades poderiam


oferecer ao mundo recursos científicos e tecnológicos
a custo baixíssimos, com qualidade editorial muito superior
ao que está sendo absorvido pelos consumidores, iludidos
com a metáfora e-book.

 Esta auto ilusão metafórica do e-book


tem, entretanto, repercussões econômicas
importantes, prejudiciais tanto ao
progresso da ciência como ao
aperfeiçoamento cientifico, notadamente
nos países que não têm o domínio
editorial especializado.
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 Explorando o imaginário coletivo que a metáfora livresca


produz, editores e distribuidores ofertam os mesmos
conteúdos, em pobre suporte no formato PDF, com
modestos descontos a título de “custo de oportunidade”.
 O custo de produção em meio digital é ínfimo se
comparado ao da produção em suporte impresso; além
disso, o tempo de produção é drasticamente reduzido; e
o custo de distribuição cai para próximo de zero.
 Vale dizer: os produtores de ciência e os consumidores de
publicações cientificas de todo o mundo estariam
transferindo renda das economias periféricas para as
centrais.
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 Dos “colégios invisíveis” – identificados por Robert


Boyle no Século XVII – a atualidade e a conectividade
entre pesquisadores, mediada pelas TICs, têm
alcançado números impressionantes. “Um estudo
realizado pelo Instituto de Santa Fé descobriu que um
físico de altas energias tem hoje, em média, cerca de
173 colaboradores. [... ] Cada vez mais artigos têm
entre duzentos e quinhentos autores, e aquele com o
maior número de autores tinha um total estonteante
de 1.681” (TAPSCOTT & WIllIAMS, 2007, p. 197).

COLABORAÇÃO
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PLATAFORMAS PARA A PROMOÇÃO DA CIÊNCIA


 Em meados do século passado, concretistas e
processualistas, vanguardistas brasileiros de projeção
internacional, proclamaram a teoria da comunicação
verbivocovisual1.
No mínimo, portais como canais de comunicação ostensiva
e restrita deveriam constar da agenda de cada unidade de
pesquisa, seja universitária ou corporativa.
 Diante dos progressos técnicos e científicos das TICs o
natural seria que os centros de pesquisa desejassem a
apropriação e domínio desses recursos.

(1) http://www.poesiaconcreta.com e http://www.poemaprocesso.com/introducao.php


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 Wlademir Dias-Pino, à época, publicou os seus livros -


objeto, cuja mensagem só se evidenciaria mediante a sua
desmontagem, o seu consumo.
 Dizia Pingnatari (1965) “o poema é forma e conteúdo de si
mesmo, o poema é. [... ] poesia concreta: tensão de
palavras-coisa no espaço-tempo”.
 Parodiando-o, a comunicação científica é forma e
conteúdo em si mesma, a comunicação científica pode
estar a caminho da autenticidade.
 Aos 84 anos Wlademir está tendo a oportunidade de
experimentar publicações espetaculares, jamais
imaginadas, nos tempos de sua absoluta competência
gráfica.
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 Em face da ausência de recursos para iniciativas como


aqui preconizadas, os centros de pesquisas, com o
emprego de software livre – LifeRay®, Joomla!® e
Alfresco® – vêm incrementando seus recursos mediante a
arquitetura de um portal hibrido, com uma face publica e
outra restrita.
 Conhecidas ferramentas de gestão e editoração de
revistas técnicas e científicas, bem assim de congressos –
Open Journal System® e Open Congress System®, ambos
desenvolvidos pelo PKP, na British Columbia University, no
Canadá – compõem os recursos disponíveis nos portais dos
centros de pesquisas.

PKP – Public Knowledge Project


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 Embora o laTeX® supere as limitações do formato PDF, a


próxima etapa tem como objetivo a busca de instrumentos
adequados para a publicação em múltiplos meios e
múltiplas plataformas, com o uso de recursos que
permitam integrar textos, imagens, áudios e vídeos,
mediante diagramação que estimule a navegação a um
tempo intuitiva e agradável.
 Enfim, os portais dos centros de pesquisas buscam
construir canais bidirecionais de comunicação e não
apenas um mural onde se colam textos, ou seja, num
instrumento de aproximação de cientistas com suas
audiências, onde quer eles estejam.
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 Pignatari (2002) esclarece que “utiliza a expressão Teoria


da Informação no seu significado abrangente, isto é, de
modo a compreender também a comunicação, uma vez
que não há informação de fora de um sistema qualquer de
sinais e fora de um veiculo ou meio apto a transmitir
sinais”.
 Nessa ordem de ideias, um sistema de comunicação
científica, nos moldes de uma plataforma de gestão
de pesquisas, deverá abranger não só os códigos e as
sintaxes, em fundo e forma, como principalmente os
aspectos estruturais da organização e transmissão das
mensagens (PIGNATARI, 2002, p. 15).
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 Enfim, cogita-se de uma arquitetura da informação


atrelada à sua consequente, a comunicação, como
afirmaram Norbert Wiener (“a organização é a
mensagem”) e Marshall Mcluhan (“o meio, o veículo, é a
mensagem”).
 Se o suporte é limitado, limitada será́ a mensagem; se o
suporte é flexível, expansível será́ a mensagem.
 Quem conhece as plataformas de pós-produção para
cinema e vídeo perceberá com clareza que os presentes
argumentos nelas foram inspirados, o que enfraquece a
ideia de originalidade desta proposta.
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 Ademais, os padrões que foram definidos para sistemas


de apresentações inteligentes em multimídia estão
estabelecidos desde o final do século passado (BORDONI,
1997). Que acréscimos poderíamos fazer, no caso da
comunicação cientifica?

Principal barreira: contexto semântico.
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AUTORIA EM ALTO NÍVEL

A arquitetura e processos para a produção de


comunicados, sejam eles científicos, educacionais, de
entretenimento ou de comunicação em massa, estão
definidos desde 1997 (BORDEGONI el al, 1997).
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 Desde então há um padrão de referência para um


modelo de Sistemas Inteligentes de Apresentação
por Múltiplos Meios (IMMPS, sigla em inglês).

 Os Processos de Produção de Comunicados (PPC), ou


seja, as autorias com a utilização de múltiplos meios e
em múltiplas modalidades coetâneos são
refinamentos induzidos pelos avanços das
tecnologias de informação e de comunicação.
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 Vencida a etapa conceitual, a primeira década deste


século foi palco para experimentação e
implementações industriais, estas se no nível dos
múltiplos usos caracterizando-se conforme a baixa e
alta complexidade.
 Deemter & Power (2002) definem Sistema de Autoria
de Documentos (SAD) como recursos que ajudam os
autores na preparação de documentos para
publicação, incluídos os orientados aos múltiplos
meios.
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 Classificam esses sistemas em baixo e alto nível,


citando alguns dos mais conhecidos como de baixo
nível, embora dotados de alguma sofisticação.
 Um exemplo marcante é diariamente acessado no
Youtube®: “200 países, 200 anos” uma demonstração
estatística de Hans Rosling que compreende cerca de
150.000 dados analisados e se demonstra
inequivocamente uma tendência, na melhor condição
cognitiva que se pode desejar.
Arquitetura da Comunicação
Científica Coetânea

Adaptado de Brandão e Duque (2011)


CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Os invólucros e os conteúdos, o fundo e forma


mudam, mas a estrutura do processo de
informação /comunicação permanece; há uma
fonte produtora de informação e um destino para o
consumo.
 E o encurtamento desta distância está
potencializando a aproximação entre produtores e
consumidores até chegarmos aos níveis máximos
da interatividade instantânea.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 A colaboração também está sendo enriquecida


em possibilidades conforme as tecnologias levam à
superação das barreiras do espaço e do tempo.
 O que o ambiente digital tem estimulado é a
interatividade cada vez maior, e em menor
tempo, entre os que produzem e os que
consomem informação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Os múltiplos meios eletrônicos, que estão


sucedendo os livros, revistas e jornais impressos,
ensejam múltiplas modalidades de comunicação,
quer científica, noticiosa, comercial ou de
entretenimento. longe de se constituir uma ameaça
aos produtores de ciência, estas mudanças
significam oportunidades extraordinárias para o
avanço e para a democratização do conhecimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• As agências de pesquisas que demonstrarem, em


tempo real, os controles que têm sobre seus
processos e sobre as aplicações de suas dotações
orçamentárias, bem assim de ter uma capacidade
robusta de se comunicar coetaneamente, a essas
certamente não faltarão recursos e colaboradores.
• Se estes tão nobres objetivos não puderem ser
alcançados de imediato, no mínimo se poderá
demonstrar que as práticas atuais são lesivas ao
desenvolvimento da ciência e perversa em relação aos
consumidores das informações científicas em geral e
para com pesquisadores de países e regiões menos
desenvolvidos em particular.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Como Santos Dumont no passado, os vanguardistas
brasileiros são suficientemente competentes para promover
esta travessia. hTMl5, CSS3 e EPUB 3.0 estão clamando por
iniciativas dos desenvolvedores sintonizados com os
avanços ocorridos com as novas gerações de linguagens e
códigos.
• Entendemos que os centros de pesquisas reúnem as
condições para administrar forças-tarefa, convocando
voluntários da Ciência da Computação, da Ciência da
Comunicação, das Artes Visuais, da Neurociência, da
Psicologia Cognitiva, da Engenharia de Redes, etc para o
fenomenal esforço de pesquisa transdisciplinar e propor
uma plataforma integrada, em alto nível, de editoração em
múltiplos meios.

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