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metabolismo - Parte 2
Prof. Bruna
Semana passada discutimos o conceito de metabolismo e o definimos da seguinte forma:
O fluxo de calor não é uma fonte de energia para as células, apenas a energia livre (de
Gibbs) permite predizer o sentido das reações químicas, sua posição de equilíbrio exata e a
quantidade de trabalho que elas podem realizar;
Os dois tipos de células transformam essa energia livre em ATP e em outros compostos ricos
em energia, capazes de fornecer energia para a realização de trabalho biológico em
temperatura constante.
A variação da energia livre padrão está diretamente relacionada à constante de equilíbrio
A maioria das reações bioquímicas ocorre em soluções aquosas com pH ~7; tanto
o pH como a concentração da água (55,5 M) são essencialmente constantes.
Observação:
Pode ser útil pensar na variação de energia livre de outra forma. ΔG′° é a diferença entre o conteúdo de
energia livre dos produtos e o conteúdo de energia livre dos reagentes, em condições-padrão.
Quando ΔG′° for negativo, os produtos contêm menos energia livre do que os reagentes, e a reação
ocorrerá espontaneamente em condições-padrão; todas as reações químicas tendem a seguir no sentido
que leva a um decréscimo na energia livre do sistema. Um valor positivo de ΔG′° significa que os
produtos da reação contêm mais energia livre do que os reagentes e essa reação tende a ocorrer no
sentido inverso se for iniciada com todos os componentes em concentrações de 1,0 M
A Tabela 13-4 fornece a variação de energia livre padrão de algumas reações químicas representativas.
Observe que a hidrólise de ésteres simples, amidas, peptídeos e glicosídeos, assim como os rearranjos e as
eliminações, ocorrem com variações relativamente pequenas de energia livre padrão, ao passo que a
hidrólise de anidridos de ácidos é acompanhada por decréscimo relativamente grande da energia livre
padrão. A oxidação completa de compostos orgânicos, como a glicose ou o palmitato, em CO2 e H2O, são
reações que requerem muitas etapas nas células, o que resulta em um decréscimo muito grande da energia
livre padrão. No entanto, as variações de energia livre padrão, como as apresentadas na Tabela 13-4,
indicam o quanto de energia livre está disponível a partir de uma reação em condições-padrão. Para
descrever a energia liberada sob as condições existentes nas células, é essencial uma expressão para a
variação de energia livre real
Não confundir a energia livre com a energia padrão livre:
O valor positivo de ΔG′° prediz que, sob condições padrões, a reação não
tenderia a ocorrer espontaneamente na direção em que está escrita.
O ATP doa parte da sua energia química para processos endergônicos, como a síntese
de intermediários metabólicos e de macromoléculas a partir de precursores menores,
para o transporte de substâncias por meio de membranas contra gradientes de
concentração e para o movimento mecânico.
Essa doação de energia do ATP geralmente envolve que ele participe covalentemente
na reação, com a eventual conversão de ATP em ADP e Pi, por exemplo.
A variação de energia livre para a hidrólise do ATP é grande e
negativa
Essas reações envolvem a perda de elétrons por uma espécie química, que é
oxidada, e o ganho de elétrons por outra espécie, que é reduzida. O fluxo de
elétrons nas reações de oxidação-redução é responsável, direta ou indiretamente,
por todo o trabalho realizado por organismos vivos.
O fluxo de elétrons pode realizar trabalho biológico
● Como as duas espécies químicas diferem em suas afinidades por elétrons, eles fluem
espontaneamente ao longo do circuito, impulsionados por uma força proporcional à
diferença de afinidade por elétrons, a força eletromotriz (fem).
● As células vivas têm um “circuito” biológico análogo, com compostos relativamente
reduzidos, como, por exemplo, a glicose, como fonte de elétrons. À medida que a
glicose é oxidada enzimaticamente, os elétrons liberados fluem de modo espontâneo por
uma série de intermediários transportadores de elétrons para outras espécies químicas
● Esse fluxo de elétrons tem maior afinidade por elétrons do que os intermediários
transportadores de elétrons. A fem resultante fornece energia para uma grande
variedade de transdutores moleculares de energia (enzimas e outras proteínas) que
realizam trabalho biológico.
As oxidações biológicas geralmente envolvem desidrogenação
Vias de transferência de elétrons
Vias de transferência de elétrons
Vias de transferência de elétrons
Isto depende da afinidade relativa do aceptor de elétrons de cada par redox pelos
elétrons. Essa afinidade é medida pelo potencial de redução padrão (E°, em volts)
Determinação do potencial de redução padrão (E′°) de
um par redox.
Por convenção, a uma semicélula que retira elétrons de uma célula padrão
de hidrogênio é designado um valor positivo de E°, e àquela que doa
elétrons para a célula de hidrogênio, um valor negativo.
n é o número de elétrons
transferidos por molécula e F é a
constante de Faraday (cte que
converte volts e joules)
Foi convencionado que, nas tabelas de potenciais de
redução, todas as semirreações são representadas como
reduções, porém, quando duas semirreações ocorrem juntas,
uma delas deve ser uma oxidação. Mesmo que uma semir-
reação ocorra na direção contrária à apresentada na Tabela
13-7, não se troca o sinal dessa semirreação antes de
calcular ΔE′°, uma vez que ΔE′° é definido como a diferença
entre os potenciais de redução.
Os potenciais de redução padrão podem ser usados para calcular a variação de energia livre